O Tempo Está Próximo!

Categoria (Sinais Proféticos) por Geração Maranata em 21-10-2010

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por Norbert Lieth

"Setenta semanas estão determinadas sobre o teu povo e sobre a tua santa cidade, para fazer cessar a transgressão, para dar fim aos pecados, para expiar a iniqüidade, para trazer a justiça eterna, pa¬ra selar a visão e a profecia e para ungir o Santo dos Santos. Sabe c entende: desde a saída da ordem para restaurar e para edificar Jerusalém, até ao Ungido, ao Príncipe, sete semanas e sessenta e duas semanas, as praças e as circunvalações se reedificarão, mas em tempos angustiosos. Depois das sessenta e duas semanas, será morto o Ungido e já não estará; e o povo de um príncipe que há de vir destruirá a cidade e o santuário, e o seu fim será num dilúvio, e até ao fim haverá guerra; desolações são determinadas. Ele fará firme aliança com muitos, por uma semana; na metade da semana, fará cessar o sacrifício e a oferta de manjares; sobre a asa das abominações virá o assolador, até que a destruição, que está determi¬nada, se derrame sobre ele" (Dn 9.24-27).

Em Daniel 9 encontramos os mais precisos dados cronológicos proféticos da Bíblia. A primeira vinda de Jesus é descrita com exatidão, com menção do dia certo em que Ele viria.

Entendo a cronologia, através dessas datas, veremos que a volta de Jesus deve estar bem próxima.

 

1. Do que trata o capítulo 9?

Essa passagem fala das setenta semanas de Israel e, em especial da 70a semana, que terá uma duração de 7 anos.

Tudo o que é descrito nesse capítulo não tem relação com a história mundial ou com história da Igreja, mas trata exclusivamente de Israel e de Jerusalém. Ao profeta Daniel, um judeu, é dito: "Setenta semanas estão determinadas sobre o teu povo (Israel) e sobre a tua santa cidade (Jerusalém)" (v.24).

Trata-se, portanto, da história que Deus escreve com Seu povo terreno durante um período de setenta semanas (de anos). Quando o final da 70a semana tiver sido alcançado, acontecerão seis coisas, que estão indicadas em Daniel 9.24:

1. "…para fazer cessar a transgressão…" Isso significa que o Messias virá e dará um fim à transgressão do Anticristo e do falso Profeta.

2. "…para dar fim aos pecados… " O Senhor, em Sua vinda, afastará completamente o pecado de Israel, assim como também está escrito em Romanos 11.26: "E, assim, todo o Israel será salvo, como está escrito: Virá de Sião o Libertador e ele apartai a Jacó as impiedades".

3. "…para expiar a iniqüidade…" Também essa expressão testemunha da expiação definitiva da culpa de Israel. O Senhor Jesus já expiou a iniqüidade de Israel há mais de 2000 anos na cruz do Calvário, mas Israel ainda não reconheceu essa expiação. Ela se tornará realidade para os judeus como nação apenas quando olharem para Aquele a quem traspassaram (Zc 12.10).

Não foi por acaso que um gentio proeminente escreveu no alto da cruz de Jesus: "Este é o Rei dos Judeus" (Lc 23.38), pois Ele carregou a culpa dos judeus. O que está escrito profeticamente em Isaias 53 será a confissão de culpa dos judeus quando Jesus voltar, um dia, ao monte das Oliveiras:

"Certamente, ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus e oprimido. Mas ele foi traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados" (IS 53.4-5).

Neste momento pensamos no'"Yom Kippur", o Grande Dia da Expiação em Israel. Apenas neste único dia do ano o sumo sacerdo¬te podia entrar no Santo dos Santos do Tabernáculo ou do Templo. Levando em suas mãos o sangue dos animais sacrificados, ele desaparecia de diante dos olhos da multidão reunida no átrio, entrava no Lugar Santo e, passando pelo véu, entrava no Santo dos Santos aspergindo o sangue sobre e diante do propiciatório para reconciliar Israel com Deus.

O povo todo ficava esperando lá fora até o sumo sacerdote voltar. Na bainha das vestes do sumo sacerdote estavam afixados pequenos sininhos de ouro que balançavam a cada passo. Por isso o povo sabia, quando o som ficava mais intenso, que o sumo sacerdote havia deixado o Santo dos Santos e logo estaria saindo pela porta do Lugar Santo até o átrio. Quando ele aparecia e confirmava ao povo que a expiação havia sido feita, um brado de grande alegria perpassava a multidão, pois agora eles sabiam: os pecados de um ano inteiro estavam expiados mais uma vez.

Esse acontecimento anual em Israel era um exemplo da obra futura de Jesus Cristo. Ele morreu na cruz do Calvário como o Cordeiro do sacrifício, sem mácula, pelos pecados do mundo todo. Com Seu sangue Ele entrou no Santo dos Santos de uma vez por todas e já se encontra há mais de dois mil anos junto do Pai celestial, assentado à Sua direita no trono de Deus. Em breve terá chegado o tempo em que Ele sairá do Santo dos Santos celestial e voltará de maneira visível para o mundo todo, trazendo a expiação para Seu próprio povo.

4. Então Ele também virá "…para trazer a justiça eterna…" Isto se refere ao tempo em que o Senhor vai reinar com justiça eterna. Quando Jesus tiver voltado, estabelecerá Seu Reino de paz de mil anos governando o mundo todo a partir de Jerusalém.

5. "…para selar a visão e a profecia…" Isso significa que todas as profecias divinas estarão se cumprindo. Tudo o que Deus disse e mandou anunciar por meio dos profetas através dos séculos estará sendo cumprido visivelmente diante dos olhos de todos. Deus é fiel, e cumpre Sua Palavra. Jesus disse: "Passará o céu e a terra, porém as minhas palavras não passarão" (Mt 24.35).

6. "…e para ungir o Santo dos Santos." Isso refere-se ao estabelecimento do Senhor Jesus Cristo como Rei eterno sobre todos os reis e Senhor dos senhores no novo templo, reconstruído em Jerusalém. Ele se assentará no "trono de Davi" e regerá o mundo com justiça a partir de Jerusalém.

Todos os pontos aqui alistados ainda não se cumpriram para lsrael. O Senhor ainda não voltou, pois Se encontra no santuário Celestial intercedendo por nós como sumo sacerdote.

Nos versículos seguintes temos a descrição do tempo (as 70 semanas) em que Israel se põe a caminho em direção ao alvo que acabamos de descrever. Figuradamente, é como se o Senhor tomasse um cronômetro em Suas mãos, marcasse uma hora, e o tempo começasse a correr. Ele diz a Daniel nos versículos 25-26:

"Sabe e entende: desde a saída da ordem para restaurar e para edifica Jerusalém, até ao Ungido, ao Príncipe, sete semanas e sessenta e duas semanas; as praças e as circunvalações se reedificarão, mas em tempos angustiosos. Depois das sessenta e duas semanas, será morto o Ungido e já não estará; e o povo de um príncipe que ha de vir destruirá a cidade e o santuário, e o seu fim será num dilúvio, até ao fim haverá guerra; desolações são determinadas".

O significado desses versículos pode ser dividido em oito itens:

1. O "cronômetro" divino que marca as setenta semanas para Israel começou a contar a partir do momento em que foi publicado o decreto que permitia aos judeus reconstruírem a cidade de Jerusalém "Sabe e entende: desde a saída da ordem para restaurar e para edificar Jerusalém, até ao Ungido, ao Príncipe, sete semanas (sete semanas de anos). Isso já se cumpriu

2. Até que veio o Ungido – Jesus Cristo – foram mais 62 semanas: "…e sessenta e duas semanas…" Também isso se cumpriu.

3. Então, "…depois das sessenta e duas semanas, será morto o Ungido e já não estará", portanto, depois de um total de 69 semanas (7 + 62 = 69 semanas) o Ungido seria morto e já não estaria mais sobre a terra. "Ser morto", assassinado, indica a morte cruel que Jesus sofreu pela crucificação. Ele já não estava mais em Israel. Também isto se cumpriu. Em Isaías 53.8-9 lemos em relação à morte do Ungido:

"Por juízo opressor foi arrebatado, e de sua linhagem dela cogitou? Porquanto foi cortado da terra dos viventes; por cau-sa da transgressão do meu povo, foi ele ferido. Designaram-lhe a sepultura com os perversos, mas com o rico esteve na sua morte, posto que nunca fez injustiça, nem dolo algum se achou em sua boca".

4. Em Daniel 9.26 está escrito ainda: "…e o povo de um príncipe que há de vir destruirá a cidade e o santuário, e o seu fim será num dilúvio…" Esse "povo de um príncipe que há de vir" é uma alusão aos romanos que destruíram a cidade de Jerusalém e o santuário (o templo) no ano de 70 d.C. Também isto se cumpriu.

5. Longo tempo depois, terá início a última semana, a septuagésima, que ainda falta se cumprir. E agora vem o próprio príncipe (o Anticristo). Se "o povo de um príncipe" no passado foram os romanos (império romano) que destruíram Jerusalém e o templo, no fim dos tempos o reino romano restabelecido será o povo de onde virá o príncipe (o Anticristo) de Daniel 9.26. Isso ainda não se cumpriu, mas está próximo de seu cumprimento.

6. Acerca do Anticristo, Daniel 9.27 diz: "Ele fará firme aliança com muitos, por uma semana". Isso quer dizer que o líder do reino romano restaurado se unirá a Israel através de uma aliança de paz de sete anos – na última das setenta semanas da profecia de Daniel.

7. "Fará cessar o sacrifício e a oferta de manjares; sobre a asa das abominações virá o assolador…" Isso significa que, no meio da última semana (que durará 7 anos), portanto depois de três anos e meio, o Anticristo quebrará a aliança que firmou com Israel. Por quê? Porque a respeito desse "homem da impiedade" está escrito que ele "se opõe e se levanta contra tudo que se chama Deus ou é objeto de culto, a ponto de assentar-se no santuário de Deus, ostentando-se como se fosse o próprio Deus" (2 Ts 2.4).

Neste momento Israel irá reconhecer que o Anticristo não é o Messias, e o rejeitará. Com isso estará rompida a aliança entre o Anticristo e Israel. Então virão os últimos três anos e meio, a Grande Tribulação propriamente dita, o "abominável da desolação", do qual o Senhor Jesus também falou em Seu Sermão Profético, por exemplo em Mateus 24.15: "Quando, pois, virdes o abominável da desolação de que falou o profeta Daniel, no lugar santo (quem lê entenda)".

Depois destes três anos e meio as setenta semanas estarão cumpridas para Israel, o "cronômetro" pára, o céu se abre e o Senhor da Glória vem para salvar Israel e destruir o Anticristo "até que a destruição, que está determinada, se derrame sobre ele" (v.27).

Então, em seguida se cumprirá aquilo que já vimos no versículo 24.

Entre a 69a e a 70a semana havia um segredo, um mistério ainda não revelado aos profetas da Antiga Aliança: a era da Igreja de Jesus, um tempo que Deus intercalou e que já dura quase 2.000 anos. Quando houver entrado "a plenitude dos gentios" (Rm 11.25), acontecerá o Arrebatamento da Igreja de Jesus dando início aos últimos sete anos, ou seja, a 70a semana de Daniel se inicia para Israel.

 

2. Cronologia dos eventos proféticos

Até aqui tudo se cumpriu como foi profetizado. Falta apenas a última, a 70a semana de sete anos.

3. Quão próximos estamos da 70a semana, a Grande Tribulação?

Primeiro devemos nos perguntar: de onde sabemos que a era da Igreja está terminando, que ela será arrebatada e que os últimos anos outra vez dizem respeito a Israel?

Em nossos dias também existem cálculos de diversos tipos, que devem ser levados a sério, e todos eles se referem ao tempo em que vivemos. Mas sabemos que precisamos ter muito cuidado e que não podemos confiar plenamente nesses cálculos. Ninguém sabe o dia nem a hora (Mt 24.36; 25.13)! Mas podemos confiar plenamente na Bíblia. Ela faz uma diferença entre espaço de tempo e momento (grego: kairos e chronos).

Não sabemos o momento do Arrebatamento, o dia e a hora. Mas podemos conhecer em que período de tempo ele vai acontecer, e é a esse período de tempo que devemos prestar atenção. O próprio Senhor Jesus disse:

"Ora, ao começarem estas coisas a suceder, exultai e erguei a vossa cabeça; pois que a vossa redenção se aproxima" (Lc 21,28).

Em relação aos sinais dos tempos Ele exortou dizendo:

"Sabeis, na verdade discernir o aspecto do céu e não podeis discernir os sinais dos tempos?" (Mt 16.3).

É como em um parto: o momento exato ninguém sabe, mas sabe-se a época aproximada em que o bebe vai nascer. Uma gravidez normal dura nove meses. Quando uma mulher se encontra no nono mês de gravidez, seu marido não lhe dirá: "Ainda temos muito tempo! Pode demorar mais alguns meses até que o nosso filho nasça!". Não, com certeza marido nenhum faz isso. Assim nós também podemos saber que nosso mundo está "grávido", maduro para o juízo, baseados em um sinal muito claro do fim dos tempos:

1. O maior e mais claro sinal do fim dos tempos é Israel. Jesus Cristo falou com muita clareza da figueira (Israel) como sendo o mais óbvio de todos os sinais antes de Sua Volta. Em Mateus 24.32-34 Ele diz:

"Aprendei, pois, a parábola da figueira: quando já os seus ramos se renovam e as folhas brotam, "sabeis que está próximo o verão. Assim também vós: quando virdes todas estas coisas, sabei que está próximo, às portas. “Em verdade vos digo que não passará esta geração sem que tudo isto aconteça ".

Muito já foi discutido no sentido de descobrir o que o Senhor queria dizer com "esta geração não passará". Entendemos que essa expressão pode significar não apenas a geração do povo de Israel daquela época, que já passou há muito tempo.

Também o Senhor não pode ter se referido ao povo de Israel como tal, pois é um fato profético que o povo de Israel precisa ficar preservado até a volta do Senhor, senão Ele não poderia salvar essa nação das mãos de seu maior e último inimigo, que será o Anticristo.

Resta apenas uma alternativa: o Senhor fala claramente dos tempos finais e daqueles que vão passar por esse tempo.

Isso significa, portanto, que a geração que vivenciou a restauração de Israel ("Aprendei, pois, a parábola da figueira: quando já os seus ramos se renovam e as folhas brotam…"), também será a geração que passará pela Grande Tribulação e vivenciará a volta de Jesus.

Para isto existe uma passagem paralela no Antigo Testamento, em Ezequiel 36, onde o Senhor fala através do profeta:

"No dia em que eu vos purificar de todas as vossas iniqüidades, então, farei que sejam habitadas as cida¬des e sejam edificados os lugares desertos. Assim diz o Senhor Deus: Ainda nisto permitirei que seja eu solicitado pela casa de Israel: que lhe multiplique eu os homens como um rebanho. Co¬mo um rebanho de santos, o rebanho de Jerusalém nas suas fes¬tas fixas, assim as cidades desertas se encherão de rebanhos de homens; e saberão que eu sou o Senhor" (vv.33,37-38).

Nós – nossa atual geração – vemos Israel reconstruindo cidades, enchendo-se de gente e seu deserto florescendo!

Portanto a volta de Jesus para perdoar os pecados de Israel deve estar muito próxima, pois as profecias dizem respeito, como podemos ver com nossos próprios olhos, aos tempos de hoje!

Fazendo as contas a partir de 1948 (fundação do Estado de Israel) ou de 1967 (reconquista de Jerusalém por Israel) – "Em verdade vos digo que não passará esta geração sem que tudo isto aconteça" – então temos toda razão e a obrigação de nos perguntar se o cumprimento dessa profecia não poderia acontecer em breve.

 

Fonte: Livro “As Profecias de Daniel” de Norbert Lieth

Onde encontrar: www.chamada.com.br/livraria/autores/?cod=NL

 

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