“Quem” ou ‘O Que’ detém a manifestação do Anticristo?

Filed Under (Arrebatamento, Artigos, Segunda Vinda de Jesus, Sinais Proféticos) by Geração Maranata on 12-07-2013

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"E, agora, sabeis o que o detém, para que ele seja revelado somente em ocasião própria.

Com efeito, o mistério da iniqüidade já opera e aguarda somente que seja afastado aquele que agora o detém." (2 Tessalonicenses 2:6-7)

 

 

 

“Quem” ou ‘O Que’ está detendo a manifestação do Anticristo?

 

Introdução

Várias teorias escatológicas se propõem responder essa pergunta.

As controvérsias já começam em torno das palavras "Quem" e "O Que".  Em 2 Tesssalonicenses 2:6, Paulo se refere àquele que impede de modo impessoal o que o detém, já em 2 Tesssalonicenses 2.7 usa o modo pessoal e o gênero masculino aquele que agora o detém”.  

Então, o que poderá está detendo a manifestação do Anticristo: será Algo ou Alguém?

Sobre essa pergunta há um consenso entre os que estudam Escatologia, que o termo ‘O QUE/ALGO’ seria a Lei, e o ‘QUEM/ALGUÉM’ seria aquele que faz a Lei se cumprir.

Segundo esse entendimento o Anticristo irá surgir em um período de grande apostasia e rebelião, quando os homens não suportarão leis e normas.

kairos

A palavra grega “kairós”, traduzida por “ocasião própria” nos dá a entender que o Anticristo será revelado no momento determinado por Deus.

καιρος kairos
1) medida exata
2) medida de tempo, maior ou menor porção de tempo, daí: 
    2a) tempo fixo e definido, tempo em que as coisas são conduzidas à crise, a esperada época decisiva 
    2b) tempo oportuno ou próprio 
    2c) tempo certo 
    2d) período limitado de tempo 
   2e) para o qual o tempo traz, o estado do tempo, as coisas e eventos do tempo
 
Seguindo por essa linha, podemos entender que assim como houve uma “plenitude do tempo” para a vinda de Cristo (veja Gálatas 4.4), também haverá uma “plenitude do tempo” para o surgimento do Anticristo, porém tudo estará sujeito ao plano divino.
 
katecho

O significado do verbo traduzido “deter” ou "reter" em si também produz muitas controvérsias:

κατεχω katecho
1) não deixar ir, reter, deter
    1a) de partir
    1b) conter, impedir (o curso ou progresso de)
          1b1) aquilo que impede, o Anticristo de manifestar-se
          1b2) checar a velocidade ou progresso de um navio i.e. dirigir o navio
    1c) manter amarrado, seguro, posse firme de
2) conseguir a posse de, tomar
    2b) possuir

Em geral a tradução desse verbo é "segurar firme", mas na conjugação passiva este verbo pode ser usado para ficar "preso" ou “detido” por um poder sobrenatural.

Outras três possibilidades de tradução têm sido propostas:
1) “restringir" e "atrasar".
2) "manter domínio".
3) "agarrar" 

ek mesou genêtai

A maioria das divergências e controvérsias tem como base principal a frase ‘ek mesou genêtai’. Segundo o Dicionário Bíblico Strong a tradução das palavras dessa frase é a seguinte:

εκ ek ou εξ ex
Preposição primária denotando origem (o ponto de onde ação ou movimento procede), de, de dentro de (de lugar, tempo, ou causa; literal ou figurativo);
1) de dentro de, de, por, fora de

μεσοω mesoo
1) estar no meio, estar no meio do caminho.

γινομαι ginomai
1) tornar-se, vir à existência, começar a ser, receber a vida
2) tornar-se, acontecer.
    2a) de eventos
3) erguer-se, aparecer na história, aparecer no cenário.
    3a) de homens que se apresentam em público
4) ser feito, ocorrer.
   4a) de milagres, acontecer, realizar-se
5) tornar-se, ser feito.

– Preposição grega ek: de dentro de

– Palavra grega mesou: estar no meio

– Verbo genêtai: retirado de

'Ek mesou genêtai' pode ser traduzida como: retirado a partir do meio, retirado do meio para fora ou fora do meio.  
 

II Tessalonicenses 2:6-7 em várias versões bíblicas:

kai nun to katechon oidate eis to apokaluphthênai auton en tô eautou kairô to gar mustêrion êdê energeitai tês anomias monon o katechôn arti eôs ek mesou genêtai (Original Grego – Textus Receptus).

καὶ νῦν τὸ κατέχον οἴδατε εἰς τὸ ἀποκαλυφθῆναι αὐτὸν ἐν τῷ ἑαυτοῦ καιρῷ. 7 τὸ γὰρ μυστήριον ἤδη ἐνεργεῖται τῆς ἀνομίας· μόνον ὁ κατέχων ἄρτι ἕως ἐκ μέσου γένηται(NA27 – Nestle-Aland)

(Léxico do Novo Testamento – Grego-Portugues – F. Wilbur Gingrich)   

E, agora, sabeis o que o detém, para que ele seja revelado somente em ocasião própria. Com efeito, o mistério da iniqüidade já opera e aguarda somente que seja afastado (genêtai) aquele que agora o detém; (RA – Almeida Revista e Atualizada)

E, agora, vós sabeis o que o detém, para que a seu próprio tempo seja manifestado. Porque já o mistério e da injustiça opera; somente há um que, agora, resiste até que do (ek) meio (mesou) seja tirado (genêtai)(RC95 – Almeida Revista e Corrigida)
 
E agora vós sabeis o que o detém, para que a seu próprio tempo seja manifestado. Porque já o mistério da injustiça opera; somente há um que agora resiste até que do (ek) meio (mesou) seja tirado (genêtai)(ACF – Almeida Corrigida e Revisada Fiel)
 
E agora vós sabeis o que o detém para que a seu próprio tempo seja revelado. Pois o mistério da iniqüidade já opera; somente há um que agora o detém até que seja posto fora (genêtai); (AR – Almeida Revisada Imprensa Bíblica)
 
E agora vocês sabem o que o está detendo, para que ele seja revelado no seu devido tempo. A verdade é que o mistério da iniqüidade já está em ação, restando apenas que seja afastado (genêtai) aquele que agora o detém. (NVI – Nova Versão Internacional)
 
Agora sabeis aquilo que o detém, a fim de que seja revelado a seu tempo. Pois o mistério da iniqüidade já opera; somente até que seja removido (genêtai) aquele que agora o detém. (SBB – Sociedade Bíblica Britânca)
 
Agora, sabeis perfeitamente que algo o detém, de modo que ele só se manifestará a seu tempo. Porque o mistério da iniqüidade já está em ação, apenas esperando o desaparecimento (genêtai) daquele que o detém. (Versão Católica)

Algumas Teorias Propostas

Várias teorias se propõem a identicar o agente que impede a manifestação do Anticristo. A mais aceita tem sido o Espírito Santo, mas há quem ache que é o próprio Satanás(!).

Selecionei algumas teorias mais discutidas em livros sobre Escatologia e na internet.

 

Império Romano

Essa teoria diz que o apóstolo Paulo foi muito vago quando escreveu esses versos, mas provavelmente deve ter sido explícito verbalmente aos crentes de Tessalônica.

Isso vem reforçar a teoria de que o Império Romano era o agente retentor, pois se tratava de um poder impessoal (O que) que encarnava a pessoa do Imperador (Quem).

Como havia uma acusação contra Paulo em Tessalônica (At.17:6), qualquer menção ao Império Romano tinha de ser vago, pois havia o perigo da carta cair em mãos erradas.

"Porque já o mistério da injustiça opera". (v.7).

O princípio de rebelião contra Deus já estava operante, mas ainda não estava em vigor em todo o mundo, como será na dominação do Anticristo.  Neste caso a pessoa que estava detendo o Anticristo era próprio Imperador reinante na época, no caso o Imperador Cláudio (41-54 d.C.).  O sucessor de Cláudio seria o Imperador Nero, o maior perseguidor dos cristãos.

"Até que do meio seja tirado" – o Imperador deveria ser removido, mas Paulo não poderia falar explicitamente sobre isso, por isso foi impreciso.

Quando essa proteção fosse retirada, as forças do Anticristo poderiam exercer, livremente a sua própria vontade.

Se a passagem fosse pós-paulina, alguma consideração poderia ser dada ao mito do Nero redivivo, segundo o qual se acreditava que Nero não morrera, mas teria se ocultado no oriente entre os Partas, para que depois pudesse comandá-los numa invasão contra Roma.

Algumas pessoas vêem sinais deste mito em Apc.13:13-14. Segundo este ponto de vista, o que detém seria o Imperador reinante e o rebelde seria Nero na sua volta.

Este mito, porém, surgiu tarde demais para ter influenciado o próprio Paulo, e até mesmo o medo dos Partas não era um fator importante na década de 50 d.C.

Como a teoria do iníquo ser manifestado com a remoção do Imperador não ocorreu, os adeptos deste ponto de visto dizem que na verdade Paulo quis dizer que a força que retém o Anticristo não é Império Romano propriamente dito, mas o princípio da lei e da ordem que foi tipificado por ele, e que ainda continua na forma de outros sistemas políticos.

 

Figura apocalíptica

Essa teoria considera que aquele que detém é uma figura apocalíptica, no mesmo modo como o Anticristo é o "anjo do abismo" de Apc.9:1 e 20:1.

O problema é explicar porque Paulo foi vago em suas palavras, pois ao contrário da teoria do Império Romano, neste caso não haveria problema em usar termos mais explícitos.

 

Satanás

James Frame em seu livro “A critical and exegetical commentary on the Epistles of St. Paul to the Thessalonians” considera que a força que mantém domínio não é outra senão a do próprio Satanás, cuja influência já está no mundo representando "o mistério da iniqüidade".

Nesta teoria Satanás teria um plano “secreto”, um projeto cuidadosamente preparado para projetar o seu governante ao mundo, mas só deverá fazer apenas no momento certo para tentar "enganar até os escolhidos".

Quando chegar o tempo determinado por Deus, Satanás sairá do caminho para que o anticristo possa ocupar o palco.

Esta opinião requer que o verbo “katecho” seja traduzido "manter domínio". Uma opinião semelhante é sustentada por Ernest Best, que pensa que o poder que mantém domínio, "o poder hostil ocupante," é um agente mau (mas não o próprio Satanás) que se colocará de lado quando o anticristo aparecer.

James Everett Frame (A critical and exegetical commentary on the Epistles of St. Paul to the Thessalonians)
Ernest Best (Second Epistle to the Thessalonians)

 

Governo Humano (Domínio Gentílico)        

Essa opinião está muito associada à teoria do Império Romano como detentor, segundo seus proponentes (Hogg e Vine) o detentor é o governo e a lei humana, para isso citam a passagem de Daniel 2:37-44:

No devido tempo, o Império Babilônico, a cujo rei as palavras foram ditas, foi sucedido pelos Persas, depois os Gregos, e novamente aos Romanos, que floresceu no dia do Apóstolo….   As leis, sob as quais esses estados mantiveram sua existência, foram herdados de Roma assim como Roma herdou-os do Império que a precedeu.   Assim, as autoridades existentes são ordenados por Deus…  autoridade constituída destina-se a agir na contenção da ilegalidade.”

C. F. Hogg e W. E. Vine (As Epístolas do Apóstolo Paulo aos Tessalonicenses)

 

A Igreja    

A sugestão de que o limitador de iniqüidade pode ser a Igreja é baseado pelo fato desta ser o sal da Terra em uma civilização corrupta e luz que brilha em um mundo de trevas.

Similar ao governo humano, a Igreja está sendo usado por Deus para impedir a manifestação plena do Maligno e quando esse limitador for retirado, não haverá mais impedimento para as trevas operarem.

 

Deus

O estudioso Howard Marshall (http://en.wikipedia.org/wiki/I._Howard_Marshall), por sua vez, é da opinião que Deus é quem está adiando a manifestação do homem da iniqüidade.

Trilling argumenta que a força que detém é simplesmente a demora da “parousia” (Segunda Vinda de Cristo) que os leitores estavam experimentando e que, em última análise era devida ao próprio Deus.

Trilling diz que não há nenhuma diferença essencial entre as formas neutra e masculina da expressão, embora reconheça que é Deus quem fica por detrás da ação detentora.   Best é contra esta interpretação, pois acredita que esta é uma maneira muito estranha de referir-se à ação de Deus, que a teoria requer que "ser afastado" signifique "retirar-se e que entender “katechôn” (deter) no sentido de “atrasar” é anormal.

George Ladd também sugere que a força de restrição é o poder de Deus e é essa força que está atrasando a revelação do iníquo. Ele argumenta que a designação neutra do v.6 é “a energia” e no v. 7 é o próprio Deus. A frase no v. 7 "até que ele saia do meio" refere-se ao próprio iníquo, que ao
“sair do meio" acabará por revelar quem ele é. 

Na visão de Ladd os versículos de 2 Tessalonicenses ficaria assim:
E agora vós sabeis o que o detém [o poder de Deus], a fim de que ele [o Anticristo] pode ser revelado em sua própria época. Pois o mistério da iniqüidade já opera; 7a só há Ele [Deus], que o deteria agora até que ele [o Anticristo] ser levado para fora do meio.

Howard Marshall (1 and 2 Thessalonians)

W . Trilling (Thessalonicherbrief)

George Ladd  – A Theology of the New Testament

Ernest Best – First and Second Epistles to the Thessalonians, The (Black's New Testament Commentary)

 

O Evangelho

O. Cullmann (http://pt.wikipedia.org/wiki/Oscar_Cullmann) é de opinião que o fator que detém é a proclamação do evangelho (neutro) pelos missionários cristãos e em especial pelo próprio Paulo (masculino); quando Paulo estiver "fora do caminho," então viria o Fim.

Essa teoria sugere que Paulo cristianizou o princípio de que todo Israel deve arrepender-se antes que o Fim pudesse vir.

Uma objeção a essa teoria é que Paulo, conforme I Ts.4:13-18, contava com a possibilidade da sua própria sobrevivência até à “parousia”. É, também, muito duvidoso se Paulo, embora insista na sua posição de apóstolo aos gentios, via-se como fator essencial no plano de Salvação de Deus em prol da humanidade.

 

Falsos profetas

Giblin entende que o termo “katechôn” tem o sentido de "agarrar" e argumenta que falsos profetas estavam enganando os tessalonicenses; eram liderados por um indivíduo específico que, segundo Paulo acreditava, deveria ser expulso antes da manifestação do rebelde e a destruição deste pelo Senhor ocorrer.

Esta opinião deixa de explicar porque a remoção de falsos profetas numa só igreja local deveria ocupar uma posição tão crucial no desenvolvimento do plano de Deus.

Charles Homer Giblin  – An Exegetical and Theological Reexamination of 2 Thessalonians 2

 

Arcanjo Miguel

Há uma teoria que diz ser o Arcanjo Miguel que impede a aparição do iníquo.

Concluem que quem se encaixa melhor com o perfil de detentor da Besta é Miguel, o arcanjo guerreiro, junto com o exército de anjos liderados por ele. Esses anjos de guerra lutam frente a frente com os espíritos do mal resistindo ao aparecimento do Filho da Perdição naqueles abrangentes destacados Impérios até que no final do último sairá do caminho, deixando o inimigo ter total influência sobre os governos da terra, com mais ênfase através da pessoa do Anticristo.

Desta forma, antes do início dos sete anos de tribulação Miguel e o exercito do Senhor permitirão a manisfetação do Anticristo.

Os proponentes desta teoria citam Apocalipse 12:7 onde Miguel aparece e expulsa o Dragão e seus anjos do céu.

Versículos chaves:
"Mas o príncipe do reino da Pérsia me resistiu vinte e um dias, e eis que Miguel, um dos primeiros príncipes, veio para ajudar-me, e eu fiquei ali com os reis da Pérsia." ( Daniel 10:13)

"E NAQUELE tempo se levantará Miguel, o grande príncipe, que se levanta a favor dos filhos do teu povo, e haverá um tempo de angústia, qual nunca houve, desde que houve nação até àquele tempo; mas naquele tempo livrar-se-á o teu povo, todo aquele que for achado escrito no livro.." ( Daniel 12:1 )

"… E houve batalha no céu; Miguel e os seus anjos batalhavam contra o dragão, e batalhavam o dragão e os seus anjos;  Mas não prevaleceram, nem mais o seu lugar se achou nos céus…
E foi precipitado o grande dragão, a antiga serpente, chamada o Diabo, e Satanás, que engana todo o mundo; ele foi precipitado na terra, e os seus anjos foram lançados com ele.
E ouvi uma grande voz no céu, que dizia: Agora é chegada a salvação, e a força, e o reino do nosso D'us, e o poder do seu Cristo; porque já o acusador de nossos irmãos é derrubado, o qual diante do nosso D'us os acusava de dia e de noite.
E eles o venceram pelo sangue do Cordeiro e pela palavra do seu testemunho; e não amaram as suas vidas até à morte.
Por isso alegrai-vos, ó céus, e vós que neles habitais. Ai dos que habitam na terra e no mar; porque o diabo desceu a vós, e tem grande ira, sabendo que já tem pouco tempo
…" (Apocalipse 12:7-12)

 

Cristo ou O Dia de Cristo

No que diz respeito à vinda de nosso Senhor Jesus Cristo e nossa reunião com ele".

Esta teoria propõe que os versículos de II Tessalonicenses 2 não dizem respeito ao anticristo, mas a Cristo e ao Dia de Cristo.

Na verdade Paulo não estava preocupado com a vinda do iníquo, mas com a vinda do Senhor Jesus.

A confusão dos tessalonicenses não foi sobre a vinda do anticristo, mas sobre o boato de que Cristo já tinha chegado e eles estavam vivendo os dias de Cristo.

Assim, Paulo está explicando que a “parousia” do Messias ainda não havia ocorrido porque, na verdade, outros acontecimentos profetizados, devem ser satisfeitos em primeiro lugar.  

Então, o v.6 deve ser entendido dessa forma: "e agora vocês sabem o que está segurando ele (Cristo) no seu lugar", ou ainda, " E agora vós sabeis o que O detém (o dia de Cristo)."

Em seguida, no versículo 6, Paulo reitera dizendo: "E agora vocês sabem o que está segurando …." Paulo disse que o “Dia de Cristo” não viria até que a apostasia ocorresse e o homem do pecado fosse revelado. Esses dois eventos é que estavam atrasando a parousia do Messias e o arrebatamento da igreja.

"O qual convém que o céu contenha [O detenha] até aos tempos da restauração de tudo, dos quais Deus falou pela boca de todos os seus santos profetas, desde o princípio." (Atos 3:21).

 

Essa profecia já foi cumprida

Segundo a linha escatológica Preterista essa profecia foi cumprida por ocasião da destruição de Jerusalém em 70 dC.

O ano provável que a Carta aos Tessalonicenses foi escrita foi entre 50 e 52 dC, cerca de 20 anos antes da destruição de Jerusalém por Roma.

Segundo os Preteristas a Segunda Vinda de Jesus, não foi física, mas alegórica na forma de Juízo para aquela geração, conforme Cristo profetizou em Mateus 24. 

Os Preteristas sustentam que o termo usado como “Dia do Senhor” já havia sido usado quando Deus levou juízo à Jerusalém pela mão da Babilônia, quando o primeiro Templo foi destruído.  Dessa forma, quando Paulo disse que o “Dia do Senhor” estava se aproximando ele queria dizer que novamente Deus iria trazer juízo e desta vez pela mão de Roma e que o Templo (o segundo) seria novamente destruído.  Por isso Paulo disse que o Dia do Senhor não seria surpresa para os crentes.

Segundo os Preteristas o Homem da Iniqüidade foi Nero que também é a Besta do Apocalipse. Os próprios tessalonicenses sabiam o que estava restringindo o Homem da Iniqüidade; de fato, o Homem da Iniqüidade já estava vivo e esperando ser “revelado”. 

Isso implica que por enquanto os cristãos poderiam esperar certa proteção do governo Romano. As leis romanas com respeito à religião estavam naquele tempo a favor do Cristianismo, enquanto considerado uma seita do Judaísmo e antes de Nero subir ao trono

 

Apóstolo Paulo

Para alguns teólogos, o próprio apóstolo Paulo era “aquele que o detém”, enquanto a sua mensagem, o evangelho de Cristo destinado a judeus e gentios, era de fato o elemento neutro ou impessoal da expressão “aquilo que o detém”. A missão paulina de levar o evangelho também aos gentios foi cumprida, e com isso a força restritiva que impedia a manifestação do Anticristo foi cessada.

 

Espírito Santo

Esse é a teoria mais aceita entre os cristãos, pois entendem que Paulo está se referindo ao Espírito Santo, uma vez que Ele pode ser descrito tanto no gênero masculino quanto no neutro; Ele também é apontado como Aquele que restringia as forças do mal no AT. 

Essa visão é a mais popular e argumenta que Paulo identifica “quem” e “o que” está detendo alguém como sendo o Espírito Santo.

O Espírito Santo é aquele que convence o mundo do pecado e do juízo tanto no A.T. como no Novo Testamento.  Assim, Ele deve ser o que detém algo aqui em 2 Tessalonicenses 2.

Esta interpretação é particularmente aceita entre os Pré-Tribulacionistas, que acham que essa identificação no texto deve ser outra prova convincente "para um evento secreto” do arrebatamento antes da tribulação.

Alegam que o Espírito Santo está detendo o pecado em geral e o homem do pecado (o Anticristo) em particular. Assim, na opinião deles, quando o Espírito Santo for retirado da terra com a igreja para o céu no (arrebatamento Pré-Tribulação), a restrição do pecado terá desaparecido da face da terra e o homem do pecado se manifestará ao mundo.

Gerald Stanton sugere algumas razões para aquele que O está detendo deve ser o Espírito Santo:

  1. Por mera eliminação, o Espírito Santo deve ser o detentor. Qualquer outra hipótese deixa de preencher as exigências;
  2. O iníquo é uma pessoa, e suas operações abrangem o reino espiritual. O detentor deve, da mesma forma, ser uma pessoa e um ser espiritual para deter o Anticristo até a hora de sua revelação. Meros agentes ou forças espirituais impessoais seriam insatisfatórios;
  3. Para alcançar tudo o que deve ser realizado, o detentor deve ser um membro da Trindade. Deve ser mais forte que o iníquo e mais forte que Satanás, que energiza o iníquo. Para deter o mal no decorrer dos séculos, o detentor deve ser eterno. O campo de ação do pecado é o mundo inteiro: logo, é imperativo que o detentor seja alguém não limitado pelo tempo e espaço;
  4. Essa era é de certa forma a "dispensação do Espírito", pois Ele trabalha agora de maneira diferente de outros séculos como uma Presença residente nos filhos de Deus. A era da igreja começou com o advento do Espírito no Pentecostes e terminará com o inverso do Pentecostes, a retirada do Espírito. Isso não significa que Ele não estará operando — apenas que não será mais residente.
  5. O trabalho do Espírito desde Seu advento incluiu a detenção do mal (João 16.7-11), (l João 4.4.) Como será diferente na tribulação;
  6. apesar de o Espírito não ter residido na terra durante os dias do Antigo Testamento, assim mesmo exerceu influência detentora, ver Isaías 59.19.

Portanto, Stanton argumenta que aquele que O detém deve ser o Espírito Santo.

Alguns Pós-Tribulacionistas apóiam esta visão. Robert Gundry (http://pt.wikipedia.org/wiki/Robert_H._Gundry) sugere três motivos:

1) A contenção do mal deve ser a missão do Espírito Santo porque alguns na igreja primitiva eram dessa opinião.
2) Ele deve ser o Espírito Santo porque, para impedir uma pessoa, outra pessoa é necessária.
3) Porque esta identificação se ajusta melhor ao problema gramatical do neutro mudando para o masculino no particípio.

Embora Gundry e outros pos-tribulacionistas concordam nesta parte com os Pré-Tribulacionistas sobre a identidade do limitador, eles discordam sobre a forma como se dará o lançamento de sua retenção.

Os Pós-Tribulacionistas argumentam que o Espírito Santo ainda habitará os crentes sobre a Terra, capacitando-os para o evangelismo durante este tempo de tribulação, e que Ele ainda vai regenerar os incrédulos que estiverem dispostos ao arrependimento. Mas eles acreditam que o Espírito permite a contenção do mal, para que Satanás trabalhe como lhe agrada.

Gerald Stanton – Kept From The Hour

Robert Gundry  – The Church and The Tribulation

Conclusão

O estudantes em Profecias acreditam que a passagem de 2 Tessalonicenses 2:6-8 é uma das mais difíceis para o entendimento, daí as muitas interpretações.

O apóstolo Paulo foi vago quando se referiu "aquele que o detém" além de utilizar termos pessoais e impessoais.

Por isso existem muitas hipóteses para tentar explicar o que Paulo quis dizer. As divergências são muitas ao ponto de ir de um extremo a outro, há quem ache que o próprio Satanás está detendo o Anticristo.

Atualmente a teoria mais aceita é o Espírito Santo com agente restritivo.

O fato é que não é prudente afirmar com certeza qual é a teoria correta. 

Maranata!

 

Fontes
 
http://www.bibletruth.cc/Body_the_restrainer.htm
 
http://www.davarelohim.com.br/quem-e-que-detem-o-Anticristo-%E2%80%93-2-ts-2-67/
 
http://anisiorenato.com/teologia9.htm
 
http://www.intratext.com/IXT/ELL0010/
 
http://www.biblestudytools.com/lexicons/greek/kjv/ginomai.html
 
http://en.wiktionary.org/wiki/%CE%B3%CE%AF%CE%BD%CE%BF%CE%BC%CE%B1%CE%B9
 
http://www.ultimato.com.br/revista/artigos/309/o-Anticristo-aparecera-com-o-desaparecimento-daquele-que-agora-o-detem

Geração João Batista: Voz que clama no deserto

Filed Under (Artigos, Segunda Vinda de Jesus) by Geração Maranata on 28-03-2012

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Eu sou a voz do que clama no deserto: Endireitai o caminho do Senhor… (João 1:23)

 

João Batista, filho do sacerdote Zacarias e de Isabel, que era prima de Maria (mãe de Jesus), nasceu com a missão de anunciar a vinda do Messias e preparar o caminho de Jesus:  “Eu não sou o Cristo, mas sou aquele que foi enviado adiante dele.” (João 3.28)

O tempo de João Batista era caracterizado pelo declínio moral e espiritual, por isso sua pregação impactava tanto, pois ela confrontava o pecado do povo.  Os religiosos também eram confrontados por sua hipocrisia e legalismo. Até o governo da época, exercido pelo rei Herodes, não ficou impune.

João Batista, sozinho, enfrentou todo o reino espiritual das trevas causando um alvoroço na religião da época, trazendo o povo ao arrependimento preparando para a chegada do Messias.

Sobre Joao Batista o Senhor Jesus disse: "Em verdade vos digo que, entre os que de mulher têm nascido, não apareceu alguém maior do que João o Batista" (Mateus 11:11)

O cenário mundial para o retorno do Senhor será semelhante a época da primeira vinda de Jesus, e assim como João Batista, que surgiu neste cenário e cumpriu sua missão anunciando e preparando a chegada de Jesus, também haverá uma "geração João Batista" dos últimos dias; acredito que nós seremos essa Geração, que terá o privilégio e a honra de anunciar e preparar o retorno do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo!

 

Voz que Clama no Deserto

Em meio a tantos escândalos, tanta vergonha e desonra no meio evangélico, uma Geração se levantará: o exército que Deus tem preparado para esses últimos dias. 

João Batista vivia no deserto, se vestia de pelo de camelo, comia gafanhotos e mel silvestre; ele era diferente, se sobressaía entre os demais, como muitos gostam de dizer: ele era "radical".

Nós só iremos impactar esse mundo com nossa pregação, sendo diferentes como João Batista. Não é possível treinar o espírito para a batalha, vivendo e se dedicando às distrações desse mundo.

É no deserto que aprendemos a nos livrar de tudo que nos distrai e do amor ao mundo!

Essa Geração será forjada e preparada para batalha, consagrada para denunciar o pecado, viverá a santidade e pregará o arrependimento e a salvação em Cristo Jesus.

Dessa forma iremos cumprir, à semelhança de João Batista, o que esta escrito em Lucas 1:16-17:

"Fará retornar muitos dentre o povo de Israel ao Senhor, o seu Deus. E irá adiante do Senhor, no espírito e no poder de Elias, para fazer voltar o coração dos pais a seus filhos e os desobedientes à sabedoria dos justos, para deixar um povo preparado para o Senhor".

Nossa geração está sendo preparada para anunciar a Volta do Senhor Jesus.

Essa é a nossa missão.
 
E a mensagem é essa: “Arrependeis-vos, porque está próximo o reino dos céus.” (Mateus 3:1)
 
 

Maranata!

 

Leia também:

O Oculto Exército de Deus para os Últimos Dias

A voz do que clama!

 

A Volta de Cristo

Filed Under (Artigos, Segunda Vinda de Jesus) by Geração Maranata on 30-04-2011

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Um artigo de David Wilkerson

Quando eu era criança, o grito da igreja era: "Cristo está voltando! Como o ladrão da noite, Ele voltará quando menos se esperar. Virá num piscar de olhos, ao soar da trombeta. Fique preparado o tempo todo".

Por toda a minha adolescência, esse grito era ouvido todo culto de domingo. Todo evangelista que vinha pregar na igreja de meu pai tinha uma mensagem comovente sobre o breve retorno de Cristo. Seus gritos se perdem em minha memória. E a mensagem formava em mim um temor e expectativa santos. Aprendi a viver esperando o Senhor voltar a qualquer momento.

Esse grito: "Cristo está voltando", raramente se ouve hoje na igreja. Não me lembro da última vez em que ouvi uma mensagem sobre a volta de Jesus. Como resultado, quando olho o corpo de Cristo, vejo pouca expectativa pela breve volta do Senhor. É triste, mas só uns poucos e fiéis servos parecem desejar e querer apressar a Sua manifestação.

Na verdade, há uma nova mentalidade quanto a esse assunto entre muitos cristãos. A idéia é: "Jesus não está voltando. Ouvimos isso há anos. De todas as profecias que precisam se cumprir antes de Sua vinda, só poucas se realizaram. Por que devemos esperar a Sua volta? Tudo continua do jeito que sempre foi".

A Bíblia previne quanto a essa mentalidade. Pedro diz que haveria escarnecedores nos últimos dias, zombando da mensagem quanto à vinda de Jesus:

"Nós últimos dias, virão escarnecedores com os seus escárnios, andando segundo as próprias paixões e dizendo: Onde está a promessa da sua vinda? Porque, desde que os pais dormiram, todas as cousas permanecem como desde o princípio da criação" (2 Pedro 3:3-4).

Incrível, muitos temem a volta de Cristo. O fato de pensarem em suas vidas chegando ao fim, e terem de enfrentar o dia do Juízo é tão amedrontador, que eles tiram isso da mente. Como tal coisa poderia acontecer com crentes, você pergunta? Segundo Pedro, suas vidas são ditadas por desejos: "andando segundo as próprias paixões" (3:3).

Pense no que Pedro está dizendo. Se você se prende a um pecado favorito, não vai querer nada com esta mensagem da volta de Cristo. A idéia de que Jesus virá e o julgará é o pensamento mais assustador que um pecador pode ter. Então é preciso zombar da idéia de ter de se comparecer diante de Deus em meio à suas cobiças devastadoras, e prestar contas.

A mensagem de Pedro para nós é clara: "Eis o que está por trás de toda impertinência quanto à volta de Cristo: zombaria da lei de Deus. É o ódio pela Bíblia, o depreço pelos Dez Mandamentos, o descaso pelo evangelho. Esse é o motivo que está por trás de toda corrupção, de toda essa petulância do pecado, da impotência da igreja. Os escarnecedores estão pregando uma nova mensagem: 'Cristo não está voltando. Não tem isso de acerto de contas. Tudo continua do mesmo jeito há anos. A gente não precisa ter medo do dia do Juízo".

Bem como Pedro profetizou, esses zombadores estão presentes hoje. E não estão zombando da lei terrena. Estão zombando das leis de Deus. Você vê isso na força feita para se romper a instituição do casamento entre um homem e uma mulher. Eles não se concentram na Constituição, mas na palavra de Deus. E tais escarnecedores estão em altos postos: no Congresso, em altas cortes, nas faculdades e escolas, até em seminários bíblicos.

Por causa dessa licenciosidade desenfreada, as pessoas são atacadas por uma cegueira deliberada. Os escarnecedores podem ser ouvidos dizendo, "Tudo continua se mostrando de maneira ordenada. O sol amanhã se levantará na hora programada, as estações virão e se irão. Tudo aquilo que nos foi dito no passado ainda não aconteceu. Então, não deixe que nada lhe atrapalhe. Curta e desfrute das coisas. Faça tudo que te deixa feliz".

Tenho de abanar a cabeça diante disso. Como alguém vivendo hoje poderia dizer que as coisas continuam como sempre foram? Pense no absurdo dessa declaração nesse tempo de terror. Terroristas destruíram as Torres Gêmeas em Nova York. Explodiram uma estação de trens na Espanha. E estão decapitando pessoas no Oriente Médio.

Já foi dito que um genocídio em massa como o Holocausto nunca poderia acontecer em nossos dias. Contudo 700.000 ruandans inocentes foram mortos pelos próprios compatriotas em poucos meses. A AIDS está matando milhões de pessoas na África, na China, Índia em outros países. Países ameaçando uso da bomba de hidrogênio se põem na posição de manter o resto do mundo como refém. E há um crescimento de novas doenças mortais, como a SARS e Ebola, que consomem o corpo de uma pessoa em semanas.

"Tudo continua como sempre"? Que ignorância teimosa. Deve estar claro até para os ímpios que o Senhor está abalando tudo que é possível ser abalado. E o que virá em futuro próximo é muito terrível até de se pensar.

No entanto, à medida que tudo isso acontece, há uma força poderosa e invisível agindo na terra. É um poder do qual nenhum homem pode se esquivar, ou ignorar. Estou falando do poder do Espírito Santo. Ele é o administrador de Cristo na terra. Foi enviado para dar poder aos justos, e convencer o mundo do pecado, da justiça e do juízo.

O Espírito Santo sabe exatamente porque Jesus ainda não voltou. É porque o nosso Senhor é longânimo. É paciente com o pecador, desejando que nenhum pereça. Em Sua misericórdia, está esperando que o mais vil dos pecadores se arrependa. E por essa específica razão, o Espírito Santo não irá afrouxar Sua tarefa. Você pode zombar ou tentar se livrar dEle, mas o Espírito volta vez após outra, convencendo do pecado e revelando a verdade de Cristo.

Apesar de Que os Escarnecedores Virão, as Escrituras Dizem que o Espírito Santo Também Virá nos Últimos Dias, Se Derramando Sobre a Terra

Isso aconteceu, no Pentecostes. E agora, ao final dos tempos, o Espírito Santo está dando o grito final, da meia noite: "Cristo está voltando". Os muçulmanos e os hindus ouvirão esse grito. Todo pecador, todo santo, todo judeu ou gentio sobre a terra o ouvirão. Essa verdade será proclamada às nações.

Pode-se perguntar, "De que tipo de 'volta de Cristo' você está falando? Está se referindo a um arrebatamento secreto? Está falando da volta pré, meio ou pós tribulacionista? Ou, você quer dizer que Cristo virá no extremo final dos tempos?".

Alguns cristãos acreditam que Jesus subitamente evacuará o Seu povo da terra naquilo que é chamado de arrebatamento. Outros ensinam que Cristo virá na metade de um período conhecido como a grande tribulação. Esse período duraria sete anos, marcado por terror e caos de um modo nunca antes visto pelo mundo. Outros crêem que Jesus virá ao final desse período de sete anos de tribulação. Outros ainda ensinam que Cristo voltará ao final extremo de todas as coisas.

Há respeitados estudiosos bíblicos em cada um desses campos. Porém há algo com o que todo cristão pode concordar: o próprio Jesus diz que ninguém sabe a hora de Sua vinda, nem mesmo os anjos. E para a pessoa verdadeiramente apaixonada por Cristo, a hora de Sua volta não é problema. Tais servos estão prontos para partirem a qualquer momento, seja por meio de um súbito arrebatamento ou em meio da tribulação. Não importa a eles que tenham de suportar tremendas provações e sofrimentos. Eles confiam que o mesmo Jesus que cuida deles agora a cada dia, cuidará deles em meio a tudo. Eles vivem em expectativa constante da Sua volta. (Grande observação do pr Wilkerson.  Não importa se seremos poupados ou não. O que importa é se estamos prontos, para ir ou para ficar).

Não, há aqui algo mais forte em ação. E isso é a idéia maligna que Satanás implantou em muitos que se dizem verdadeiros crentes. O diabo está cochichando uma mentira cruel nos ouvidos de multidões dentre o povo de Deus: "Cristo não tem previsão para voltar".

Em Mateus 24, Jesus conta uma parábola quanto a se estar preparado:

"Por isso, ficai também vós apercebidos; porque, à hora em que não cuidais, o Filho do homem virá. Quem é, pois, o servo fiel e prudente, a quem o senhor confiou os seus conservos para dar-lhes o sustento a seu tempo? Bem-aventurado aquele servo a quem seu senhor, quando vier, achar fazendo assim. Em verdade vos digo que lhe confiará todos os seus bens."

"Mas, se aquele servo, sendo mau, disser consigo mesmo: Meu senhor demora-se, e passar a espancar os seus companheiros e a comer e beber com ébrios, virá o senhor daquele servo em dia em que não espera e em hora que não sabe e castiga-lo-á, lançando-lhe a sorte com os hipócritas; ali haverá choro e ranger de dentes" (Mateus 24:44-51).

Note aqui que Jesus está falando de servos, significando crentes. Um servo é chamado fiel e o outro mau. O que torna o último servo mau aos olhos de Deus? Segundo Jesus, é algo que ele diz "consigo mesmo" (24:48). Esse servo não o diz em voz alta, e não o prega. Mas pensa. Ele vendeu o coração à mentira demoníaca de que "Cristo não tem previsão de volta". Note que ele não diz, "O Senhor não vai voltar", mas "não tem previsão de volta". Em outras palavras: "Jesus não virá de repente, inesperado. Não voltará na minha geração".

Esse "servo mau" é claramente um tipo de crente, talvez até mesmo um ministro. Ele recebeu a ordem de "vigiar" e ficar "preparado", "porque, à hora em que não cuidais, o Filho do homem virá" (Mateus 24:44). Porém tal homem acalma a consciência aceitando a mentira de Satanás.

Jesus nos mostra o fruto desse tipo de raciocínio. Se um servo está convencido de que o Senhor não tem previsão de volta, então não vê necessidade de uma vida reta. Ele não é compelido a fazer as pazes com os demais servos. Não vê necessidade de preservar a unidade no lar, no trabalho, na igreja. Ele pode ferir o próximo, acusá-lo, guardar rancor, destruir a reputação desse próximo. Como Pedro diz, tal servo é movido por suas paixões. Ele quer viver em dois mundos, se entregando a uma vida no mal e ao mesmo tempo acreditando estar seguro diante de um julgamento de justiça.

Alguns Dizem que Paulo Preveniu Contra a Pregação de Que a Vinda do Senhor Está Próxima, Para Não Agitar as Pessoas.

Paulo escreveu:

"Irmãos, no que diz respeito à vinda de nosso Senhor Jesus Cristo e à nossa reunião com ele, nós vos exortamos a que não vos demovais da vossa mente, com facilidade, nem vos perturbeis, quer por espírito, quer por palavra, quer por epístola, como se procedesse de nós, supondo tenha chegado o Dia do Senhor" (2 Tess. 2:1-2).

Os escarnecedores referem, "Veja, alguém na igreja primitiva agitou os crentes com a mensagem de que Cristo estava prestes a chegar. E Paulo lhes disse, 'Não, não se preocupem com isso. Não deixem que isso os incomode ou preocupe"'.

Mas não é isso que o original grego revela. A raiz grega é "[não vos perturbeis]…supondo tendo chegado o Dia do Senhor". O que perturbou os tessalonicenses foi acharem que Cristo já teria vindo, havendo eles perdido esse acontecimento.

Paulo lhes assegura no versículo seguinte, "Ninguém, de nenhum modo, vos engane, porque isto não acontecerá sem que primeiro venha a apostasia e seja revelado o homem da iniqüidade, o filho da perdição" (2:3). Paulo estava apenas dirigindo-se aos temores deles quando disse, "Não se preocupem, pois duas coisas precisam acontecer antes".

Então, qual é a teologia primordial de Paulo quanto à volta de Cristo? Nós a encontramos em duas passagens:

"E digo isto a vós outros que conheceis o tempo: já é hora de vos despertardes do sono; porque a nossa salvação está, agora, mais perto do que quando no princípio cremos. Vai alta a noite, e vem chegando o dia" (Romanos 13:11-12).

"Seja a vossa moderação conhecida de todos os homens. Perto está o Senhor" (Filipenses 4:5).

Paulo está gritando: "Acordem! Já passou da meia-noite. A vinda do Senhor está próxima, então mexam-se. Não sejam indolentes. Jesus está voltando para os que O aguardam".

Os céticos podem perguntar: "Mas e as palavras ditas pelo próprio Paulo? Ele realmente disse que duas coisas tinham de acontecer antes da volta de Cristo. Primeiro, o Senhor não virá enquanto uma grande apostasia não ocorrer. E segundo, o anticristo tem de levantar e se proclamar Deus. Teremos de ver o anticristo sentado no templo, exigindo que as pessoas o adorem, antes que Jesus volte".

Primeiro de tudo, alguém precisa estar deliberadamente cego para não ver uma apostasia violenta agarrando o mundo. A incredulidade varre as nações, com crentes caindo por todo lado. A apostasia a qual Paulo se refere claramente já chegou.

Note as palavras de Paulo aqui: "O mistério da iniqüidade já opera" (2 Tess. 2:7). O quê é esse mistério da iniqüidade? É a transgressão. É um espírito do caos, sem nenhum respeito pela lei de Deus. E é a razão específica pela qual Deus destruiu a terra pelo dilúvio, devido à violência e corrupção humanas.

Se a transgressão que Paulo viu em seus dias apenas aumenta, não é de se admirar que hoje as pessoas decentes fiquem alarmadas e assustadas com o que vêem acontecer. Leis e instituições que durante séculos evitaram que a sociedade caísse no caos estão sendo rasgadas a torto e a direito.

Paulo diz o seguinte sobre isso: "Aguarda somente que seja afastado aquele que agora o detém" (2:7). Ele está dizendo: "Há um poder de refreamento agindo, detendo o caos. Mas este que restringe está prestes a ser removido". O Espírito sempre estará aqui para cumprir Sua missão. Mas Seu ministério de restrição será "levado", ou içado, "afastado".

Não consigo imaginar nenhum outro poder que seja capaz de restringir a corrupção, a transgressão, além do Espírito Santo. Pense no que acontece a uma sociedade quando o Espírito Santo remove o Seu poder de restrição. Todas as instituições, sejam as do governo até a da família, saem totalmente de controle. Não dá para imaginar como seria Nova York sem que o Refreador estivesse detendo a explosão do mal. Eu não gostaria de estar perto dessa cidade se o Santo Espírito não estivesse em ação.

Mas vemos um espírito de transgressão agindo por todo o mundo. As forças do anticristo já estão se reunindo e revelando em altos níveis. Agora mesmo, a União Européia está estabelecendo uma Constituição que nega totalmente a Deus. Um ministro Pentecostal da Suécia está hoje na cadeia por ter pregado contra o homossexualismo. Isso é só um sinal de como o cenário está sendo preparado.

Pode-se dizer: "Sim, mas Paulo diz claramente que Jesus não pode voltar enquanto o anticristo não estiver no poder". Mas atente ao que as escrituras dizem:

"Quem é o mentiroso, senão aquele que nega que Jesus é o Cristo? Este é o anticristo, o que nega o Pai e o Filho" (I João 2:22).

Segundo João, o anticristo é qualquer um que negue o Pai e o Filho. E mais, diz ele, o aumento destes anticristos é prova de que estamos vivendo exatamente nos últimos dias. Além disso, virá um homem que irá incorporar o "nome do pecado".

Em resumo, nada está detendo a volta de Cristo. Pense no terrorismo mundial, na deificação do ego, nos ataques grosseiros contra a instituição do casamento e valores piedosos. Pense na brutalidade islâmica, no homossexualismo militante, na vileza da TV e do cinema, no assédio freqüente contra crianças. Uma diocese católica nos EUA declarou falência, incapaz de pagar os milhões de dólares adjudicados a sessenta crianças vítimas de assédio sexual cometidos por um sacerdote.

Leve em conta que tudo isso ocorreu estando ainda sob restrição. Eu lhe pergunto, o que acontecerá quando Deus disser Àquele que está detendo tais coisas: "Remova a Tua mão de contenção. Deixe que sigam o seu próprio curso até o ápice"? Paulo nos dá um quadro disso:

"Aguarda somente que seja afastado aquele que agora o detém (o Refreador); então, será de fato, revelado o iníquo" (2 Tess. 2:7-8).

O Espírito Santo sabe o quê deve breve acontecer, quando inexistirão mais restrições. Todo homem se entregará às suas paixões. Toda religião militante forçará seus deuses sobre as outras. Tudo que for santo será desprezado. Toda lei será quebrada livremente. E a igreja apóstata pregará as doutrinas mais corruptas e malditas do inferno.

Tudo está ajustado para acontecer até mesmo agora. Uma grande apostasia cobriu a terra. O ego assumiu o trono do coração do homem. E em um tempo muito curto, quando o Refreador tiver partido, virá o que Paulo chama "operação do erro, para darem crédito à mentira" (2 Tess. 2:11).

Que mentira é essa? Trata-se da aceitação cega de que qualquer pessoa que vier em nome de Jesus fala por Deus. Falsos mestres se levantarão, que aceitam Cristo como um bom homem mas não como Deus: "tendo forma de piedade, negando-lhe, entretanto, o poder" (2 Timóteo 3:5). Os que seguirem esses enganadores serão atraídos a um outro Jesus, a um outro evangelho. A cegueira será devastadora, arrebanhando multidões, inclusive os que antes estavam em chamas para o Senhor.

Por que Deus vai parar o Refreador? Porque, diz Paulo, "não deram crédito à verdade; antes, pelo contrário, deleitaram-se com a injustiça" ( 2 Tess. 2:12). Agora mesmo estamos vendo o refreamento do Espírito Santo sendo removido um pouquinho mais a cada dia.

Isso Nos Leva ao Ponto Central da Mensagem: O Anseio no Coração do Homem ou da Mulher Que Está em Cristo.

No Apocalipse, Jesus anuncia: "Eis que venho sem demora. Bem-aventurado aquele que guarda as palavras da profecia deste livro" (Apocalipse 22:7). Cinco versículos adiante Cristo diz: "E eis que venho sem demora, e comigo está o galardão que tenho para retribuir a cada um segundo as suas obras" (22:12).

Cá está o anseio do coração de todos os que aguardam com expectativa a volta de Jesus: "O Espírito e a noiva dizem: Vem!" (22:17). Isso se refere à noiva de Cristo, constituída de um corpo mundial de crentes sob o Seu senhorio. Todos esses servos são crentes nascidos de novo, e purificados pelo sangue.

Você pode dizer: "Compreendo que este seja o anseio do coração do crente. Mas por que o Espírito também clama a Jesus, 'Vem'?". É porque esta é a última oração do Espírito Santo, sabendo que Sua obra sobre a terra está quase completada. Como Paulo ou Pedro, a quem Deus comunicou que seu tempo sobre a terra era curto, o Espírito igualmente clama: "Vem, Senhor Jesus".

Então, onde ouvimos hoje esse clamor do Espírito? Ele vem através daqueles que estão assentados com Cristo nos lugares celestiais, que vivem e andam no Espírito, cujos corpos são templo do Espírito Santo. O Espírito clama neles e através deles, "Apressa-te Senhor, vem".

Quero lhe perguntar: qual foi a última vez que você orou, "Senhor Jesus venha rápido, venha breve"? Pessoalmente, não me lembro de ter feito essa oração. O fato é que eu nunca achei que poderia apressar a volta de Cristo permitindo que o Espírito fizesse essa prece através de mim. Mas Pedro nos dá prova dessa incrível verdade: "Esperando e apressando a vinda do Dia de Deus, por causa do qual os céus, incendiados, serão desfeitos, e os elementos abrasados se derreterão" (2 Pedro 3:12). Em grego, a frase "apressando a vinda do Dia…" significa "acelerando, instigando". Pedro diz que nossas preces expectantes estão apressando, adiantando, insistindo junto ao Pai para rapidamente enviar de volta o Seu Filho.

Só um ponto está detendo esse glorioso evento. Trata-se de uma única questão não resolvida: "Não retarda o Senhor a sua promessa, como alguns a julgam demorada; pelo contrário, ele é longânimo para convosco, não querendo que nenhum pereça, senão que todos cheguem ao arrependimento" (2 Pedro 3:9).

A misericordiosa paciência do Senhor dita a hora de Sua volta. Então, isso quer dizer que não devemos orar para a Sua vinda? Nada disso. O próprio Cristo nos diz no evangelho de Marcos:

"Porque aqueles dias serão de tamanha tribulação como nunca houve desde o princípio do mundo, que Deus criou, até agora e nunca jamais haverá. Não tivesse o Senhor abreviado aqueles dias, e ninguém se salvaria; mas, por causa dos eleitos que ele escolheu, abreviou tais dias" (Marcos 13:19-20).

Imagine o quê poderia acontecer se, por todo o mundo, a noiva de Cristo despertasse e orasse no Espírito, "Jesus, venha" ?

Ainda, se creio que o mundo dispara em direção ao caos irrefreável, e que Cristo voltará breve, então o meu clamor deve ser dirigido em favor aos meus familiares e amigos que estejam despreparados. Seria hipocrisia eu orar para Jesus vir, e no entanto não interceder para que os meus queridos estejam preparados para aquele dia. A minha oração deve ser, "Venha, Senhor. Mas primeiro, dê a meus familiares e amigos que estejam perdidos, ouvidos para ouvir. Salve-os, salve os perdidos".

Paulo escreveu a seu filho espiritual, Timóteo: "Sem cessar, me lembro de ti nas minhas orações, noite e dia" (2 Timóteo 1:3). Você pode dizer com consciência pura que tem orado por seus queridos não salvos com tal intensidade?

Eis o Âmago da Questão.

Por um instante, ponha de lado todas as doutrinas quanto à volta de Cristo. Atente para esse clamor do homem ou mulher que amam o Seu aparecimento: "Então, veremos face a face. O contemplaremos" (ver I Coríntios 13:12). A volta de Jesus não deve lhe perturbar. Ela deveria lhe entusiasmar. Se você realmente ama uma pessoa, então quer ficar perto dela. Dá para você imaginar como é Jesus chamando o seu nome?

Imagine um casal recém casado, e o marido sendo convocado para se ausentar por um período longo, seja a negócios ou para o exército. Ele diz à noiva, "Eu voltarei, mas não sei quando. Eis o endereço onde você poderá me achar".

Durante os primeiros anos, a noiva escreve sempre ao marido, lindas cartas de amor. Mas nunca diz, "Por favor – volte logo!". Dez anos se passam, depois vinte, e cada vez ela lhe escreve menos e menos. Ainda assim, nunca diz, "Volte rápido, eu te suplico. Preciso do teu abraço, preciso ver o teu rosto. Estou orando para que você volte logo".

Esse é um retrato da igreja hoje. Como podemos dizer a Cristo que O amamos e temos saudades, se nunca oramos para que volte para nós? Como pode acontecer de nunca expressarmos que Ele deve voltar depressa e nos levar consigo, e assim estarmos em Sua companhia constante? Como pode acontecer de não dizermos, "Não dá mais para resolver sem que estejas aqui. Não quero ficar longe de Ti" ?

Em meio ao nosso tempo, ouço Jesus dizendo, "Certamente, venho sem demora" (Apocalipse 22:20). E ouço a noiva de Cristo respondendo, "Vem, Senhor Jesus!" (22:20).

Maranata!!

O Sermão do Monte, segundo o evangelho de Lucas

Filed Under (Arrebatamento, Artigos, Segunda Vinda de Jesus) by Geração Maranata on 29-10-2010

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por Jack Kelley

Estudantes de profecias freqüentemente prestam mais atenção à versão de Mateus do Sermão do Monte por causa de sua maior extensão e detalhe. Mas ao ignorarmos o relato de Lucas, perde-se um terço da mensagem do Senhor. Isto porque os discípulos fizeram três perguntas ao Senhor:  em Mateus 24 Ele respondeu somente às duas últimas e a resposta de Lucas à sua primeira pergunta, que confirma toda a mensagem.

Eis o motivo. Quando um profeta revelava eventos que ocorreriam além do tempo de vida das pessoas a quem falava, o Senhor normalmente fornecia um cumprimento parcial de curto prazo para validar a profecia distante. É por isto que Ele disse ao povo que se o que um profeta disse não se realizasse, então eles não deveriam temê-lo, pois ele não teria falado pelo Senhor. (Deut 18:21-22)

Existem vários desses cumprimentos parciais nas Escrituras que serviriam como bons exemplos, mas talvez o mais claro venha de João 5:43. Falando a Israel, Jesus disse, "Eu vim em nome de meu Pai, e não me aceitais; se outro vier em seu próprio nome, a esse aceitareis." Ele se referia ao Anticristo, a quem muitos de Israel crerão ser o Messias quando aparecer em cena no início da 70ª Semana de Daniel. Mas logo antes de Jesus ser entregue para ser executado, Pilatos ofereceu libertá-Lo como sinal da misericórdia de Roma, tradicionalmente expressa na Páscoa. Ele deu ao povo uma escolha, o inocente Jesus que veio no nome de Seu Pai, ou um assassino condenado chamado Barrabás, que veio em seu próprio nome. O povo escolheu Barrabás. Isso foi o cumprimento parcial que validou a profecia do Senhor sobre Israle e o Anticristo na 70ª Semana.

Como veremos, a destruição de Jerusalém em 69/70 AD foi o cumprimento parcial que validou a Profecia do Senhor sobre o Tempo do Fim.

Vejamos Lucas 21:5-36

E, dizendo alguns a respeito do templo, que estava ornado de formosas pedras e dádivas, disse: "Quanto a estas coisas que vedes, dias virão em que não se deixará pedra sobre pedra, que não seja derrubada." E perguntaram-lhe, dizendo: "Mestre, quando serão, pois, estas coisas? E que sinal haverá quando isto estiver para acontecer?" (Lucas 21:5-7).

De acordo com Marcos 13:3, Pedro, João e André fizeram a pergunta. E em Mat 24:3 podemos ler a pergunta completa. "Dize-nos, quando serão essas coisas, e que sinal haverá da tua vinda e do fim do mundo?"

Esta é a nossa primeira pista de que as coisas serão diferentes no relato de Lucas. Ele contém somente os discípulos fazendo a primeira pergunta.

Enquanto começamos, é importante entender que nenhum dos escritores do Evangelho pensava em si mesmo estritamente como historiador. Houvesse o Senhor desejado somente documentar a história, um único relato evangélico teria sido suficiente. Ao invés disso, a cada escritor foi designada uma audiência diferente, e sob a inspiração do Espírito Santo, eles adaptaram seu relato de acordo com as necessidades de cada audiência. Cada um também retratou Jesus um pouco diferentemente para mostrar um lado dEle em particular. Mateus escreveu para os Judeus mostrando-lhes que Jesus era seu Rei-Messias, o Leão de Judá. Marcos escreveu aos Romanos, descrevendo Jesus como o humilde Servo do Senhor. Lucas escreveu aos Gregos, retratando Jesus como o Filho do Homem, e João escreveu para a Igreja, identificando Jesus como o Filho de Deus.

Entre outras coisas, este foi o cumprimento de quatro profecias do Antigo Testamento sobre uma figura que Deus chamou de "O Ramo", uma referência messiânica. Em Jeremias 23:5 o Ramo é chamado de Rei. Em Zacarias 3:8 Ele é o Servo. Em Zacarias 6:12 Ele é o Homem e em Isaías 4:2 Ele é o Ramo do Senhor. Em cada caso a palavra Ramo está em maiúsculas. Os Cristãos primitivos às vezes eram chamados de Netzerim, o povo do Ramo.

Agora vamos à resposta do Senhor.

Disse então ele: "Vede não vos enganem, porque virão muitos em meu nome, dizendo: Sou eu, e o tempo está próximo. Não vades, portanto, após eles. E, quando ouvirdes de guerras e sedições, não vos assusteis. Porque é necessário que isto aconteça primeiro, mas o fim não será logo."

Então lhes disse: "Levantar-se-á nação contra nação, e reino contra reino; e haverá em vários lugares grandes terremotos, e fomes e pestilências; haverá também coisas espantosas, e grandes sinais do céu." (Lucas 21:8-11)

No início, Sua resposta se parece muito com as de Mateus e Marcos. Mas isto está para mudar.

"Mas antes de todas estas coisas lançarão mão de vós, e vos perseguirão, entregando-vos às sinagogas e às prisões, e conduzindo-vos à presença de reis e presidentes, por amor do meu nome. E vos acontecerá isto para testemunho. Proponde, pois, em vossos corações não premeditar como haveis de responder; porque eu vos darei boca e sabedoria a que não poderão resistir nem contradizer todos quantos se vos opuserem. E até pelos pais, e irmãos, e parentes, e amigos sereis entregues; e matarão alguns de vós. E de todos sereis odiados por causa do meu nome. Mas não perecerá um único cabelo da vossa cabeça. Na vossa paciência possuí as vossas almas." (Lucas 21:12-19)

Esta corrente de acontecimentos claramente descreve a vida dos Apóstolos nos primeiros dias da Igreja. Pedro e João testificaram diante do Sinédrio. Paulo esteve em ambos os lados desta profecia, primeiro atacando os Cristãos com uma vingança e depois de sua conversão dando testemunho aos líderes como Félix, Festo e Herodes Agripa. Dos discípulos originais, somente João morreu de causas naturais e todos eles sofreram através das mais terríveis formas de tortura sem jamais retirar uma única palavra de seu testemunho.

"Mas, quando virdes Jerusalém cercada de exércitos, sabei então que é chegada a sua desolação. Então, os que estiverem na Judéia, fujam para os montes; os que estiverem no meio da cidade, saiam; e os que nos campos não entrem nela. Porque dias de vingança são estes, para que se cumpram todas as coisas que estão escritas. Mas ai das grávidas, e das que criarem naqueles dias! porque haverá grande aperto na terra, e ira sobre este povo. E cairão ao fio da espada, e para todas as nações serão levados cativos; e Jerusalém será pisada pelos gentios, até que os tempos dos gentios se completem." (Lucas 21:20-24)

Apesar de a maior parte desta passagem ser idêntica ao relato de Mateus, existem duas diferenças notáveis nos mostrando que não estão descrevendo o mesmo evento. Primeiro, em Mateus 24:15 o sinal de advertência de que é hora de fugir e a Abominação da Desolação no Lugar Santo. Aqui é o posicionamento do exército Romano ao redor de Jerusalém.

Normalmente seria muito tarde para fugir quando um exército pode ser visto cercando uma cidade. Mas em 68-69AD a situação política em Roma era instável, para dizer o mínimo. O ex-general dos exércitos Romanos no Oriente Médio era um homem chamado Tito Vespasiano. Ele recentemente havia passado seu comando para seu filho, também chamado Tito, para que pudesse se posicionar para ser o próximo Imperador. Isto aconteceu após a morte de Nero em 68, e Vespasiano foi nomeado Imperador em 1º de Julho de 69. Ele estivera preocupado de que precisaria de mais apoio militar para reforçar sua reivindicação, então, apesar de as legiões agora sob o comando de seu filho já terem iniciado seu cerco a Jerusalém, Vespasiano ordenou que retornassem a Roma. Quando eles começaram a se retirar para preparar a jornada, os crentes em Jerusalém que haviam sido ensinados sobre a advertência do Senhor se apressaram em escapar da cidade.

Mas antes que os Romanos pudessem sair, Tito Vespasiano enviou uma mensagem a seu filho de que as tropas não seriam necessárias e ordenou que retomassem o cerco a Jerusalém. Naquele momento todos os crentes já haviam escapado.

No mês que chamamos de Agosto de 69 AD os muros foram rompidos e o Templo foi capturado. A mobília interna pegou fogo e o calor fez com que o ouro que folheava as vigas de madeira do teto se derretesse. À medida que o ouro líquido escorria pelas paredes, ele correu para dentro das fendas entre as pedras. Quando o fogo apagou e as pedras esfriaram, os soldados Romanos derrubaram as ruínas pedra por pedra para pegar o ouro que havia escorrido entre elas e se solidificado. Nem uma pedra foi deixada sobre outra em cumprimento à profecia do Senhor.

Em 70 AD o exército Romano completou sua conquista da Terra Santa no cerco a Massada. Apesar de mais de um milhão de Judeus ter perecido, conforme a tradição, nem um único crente morreu na destruição de Jerusalém. (Alguns relatos históricos colocam a queda de Jerusalém e do Templo um ano antes em 68 AD mas existe um consenso geral de que aconteceu como eu descrevi.)

A segunda diferença entre os dois relatos é que enquanto o de Mateus termina na 2ª Vinda e tem o mundo todo em foco, o de Lucas descreve a diáspora Judaica e o subseqüente controle da cidade pelos Gentios. Em resumo, o relato de Lucas até agora se restringiu a descrever eventos relacionados à queda de Jerusalém. Ele estava descrevendo o cumprimento parcial de curto prazo dentro do tempo de vida da audiência do Senhor que valida o cumprimento total no Final dos Tempos.

"E haverá sinais no sol e na lua e nas estrelas; e na terra angústia das nações, em perplexidade pelo bramido do mar e das ondas. Homens desmaiando de terror, na expectação das coisas que sobrevirão ao mundo; porquanto as virtudes do céu serão abaladas. E então verão vir o Filho do homem numa nuvem, com poder e grande glória. Ora, quando estas coisas começarem a acontecer, olhai para cima e levantai as vossas cabeças, porque a vossa redenção está próxima." (Lucas 21:25-28)

Repentinamente Lucas expande a visão para incluir o mundo todo e o Final dos Tempos. Aqueles que estiverem vivos na Terra quando os sinais que ele descreveu começarem a acontecer entenderão que o evento culminante será o retorno do Senhor. E aos crentes é dito que quando começarmos a ver esses sinais pela primeira vez, deveremos começar a olhar para céu em expectação, pois o Senhor está vindo ao nosso encontro. Note como a narrativa muda da terceira pessoa "homens desmaiando de terror" e "verão vir o Filho do homem" para a segunda pessoa "olhai para cima" e "vossa redenção". E também como o foco muda do final da seqüência, "verão vir o Filho do homem", para o seu começo, "quando estas coisas começarem a acontecer". Se você já não soubesse disso dos ensinos de Paulo, não poderia reconhecer que Lucas está dando pistas de dois eventos separados, o Arrebatamento e a 2ª Vinda.

E disse-lhes uma parábola: "Olhai para a figueira, e para todas as árvores; Quando já têm rebentado, vós sabeis por vós mesmos, vendo-as, que perto está já o verão. Assim também vós, quando virdes acontecer estas coisas, sabei que o reino de Deus está perto."

"Em verdade vos digo que não passará esta geração até que tudo aconteça. Passará o céu e a terra, mas as minhas palavras não hão de passar."

"E olhai por vós, não aconteça que os vossos corações se carreguem de glutonaria, de embriaguez, e dos cuidados da vida, e venha sobre vós de improviso aquele dia. Porque virá como um laço sobre todos os que habitam na face de toda a terra. Vigiai, pois, em todo o tempo, orando, para que sejais havidos por dignos de evitar todas estas coisas que hão de acontecer, e de estar em pé diante do Filho do homem." (Lucas 21:29-36)

Como no relato de Mateus, a parábola da figueira não tem a intensão indicar Israel, mas a velocidade com que esses eventos se desdobrarão uma vez que comecem. A figueira era a última árvore a produzir folhas na primavera, assim eles sabiam quando viam as folhas da figueira que o verão estava realmente próximo. Da mesma forma, o período de tempo entre o começo dos sinais dos Tempos do Fim e o retorno do Senhor será relativamente curto.

Eu acho que esse resumo é direcionado tanto à geração viva durante a Queda de Jerusalém quanto à que está aqui no Final do Tempos. Trinta e cinco anos depois que o Senhor disse estas palavras os Romanos começaram sua campanha de três anos para completar a expulsão da nação Judaica. Muitos dos que receberam o ensino desta profecia pelos mesmos homens que a receberam direto da boca do Senhor ainda estavam vivos quando isso aconteceu. No Final dos Tempos, muitos dos que estiverem vivos quando estes sinais começarem a aparecer ainda estarão vivos na sua conclusão.

A última seqüência é especialmente significativa. "Vigiai, pois, em todo o tempo, orando, para que sejais havidos por dignos de evitar todas estas coisas que hão de acontecer, e de estar em pé diante do Filho do homem."

Observando o sinal dos exércitos Romanos cercando Jerusalém e orando por livramento, a primeira geração da igreja foi capaz de escapar da morte e destruição do julgamento de Jerusalém. Assim também, aguardando os sinais dos Tempos do Fim e orando por livramento, a última geração da igreja será capaz de escapar da morte e destruição do julgamento da Terra. O cumprimento parcial então confirmou o cumprimento final de tudo o que está para acontecer agora.

Fontes:

olharprofetico.com.br

gracethrufaith.com

 

A Fascinação do Cumprimento das Profecias Bíblicas

Filed Under (Artigos, Segunda Vinda de Jesus) by Geração Maranata on 14-10-2010

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por Geração Maranata

No livro de Daniel capítulo 8, pode-se ter uma noção do quanto a Palavra de Deus é confiável. Nesse capítulo podemos ver o cumprimento das profecias bíblicas, e esse cumprimento é simplesmente mais uma prova da existência de Deus e um desafio para se crer nEle. O próprio Deus desafia a humanidade quando diz:

"Quem há, corno eu, feito predições desde que estabeleci o mais antigo povo? Que o declare e o exponha perante mim! Que esse anuncie as coisas futuras, as coisas que hão de vir! Não vos assombreis, nem temais; acaso, desde aquele tempo não vo-Io fiz ouvir, não vo-Io anunciei? Vós sois as minhas testemunhas. Há outro Deus além de mim? Não, não há outra Rocha que eu conheça" (Is 44.7-8).

Está à procura de alguém em quem é possível confiar plenamente? Então você pode se dirigir a Jesus, pois Ele é real! Para fazer de Deus a nossa Rocha precisamos crer nEle, pois apenas saber de Sua existência não é o suficiente. Devemos crer e confiar! Deus sempre cumpre o que promete!

O Senhor diz que somente aquele que faz predições detalhadas é verdadeiramente Deus. E Sua pergunta: "Há outro Deus além de mim?" Ele próprio responde dizendo: "Não há outra Rocha que eu conheça ".

Existem dois grupos de pessoas:

1) Um dos grupos questiona, duvida e critica tentando honestamente chegar à verdade. Com essas pessoas pode-se dialogar, pois elas estão à procura de respostas às suas perguntas, e pela graça do Senhor elas chegam ao conhecimento de Jesus e crêem nEle para Salvação.

2) Mas existem pessoas que perguntam, questionam, criticam e duvidam por duvidar, na verdade não estão preocupadas em conhecer a Verdade. Com essas pessoas é difícil dialogar, pois não querem ajuda real e não se convencem da verdade, mesmo quando apresentada com toda a clareza.

 

Um panorama resumido do cumprimento da profecia bíblica

Daniel encontrava-se na cidadela de Susã e recebeu uma visão de animais, retratando o desenvolvimento da história mundial.

O carneiro

"Então, levantei os olhos e vi, e eis que, diante do rio, estava um carneiro, o qual tinha dois chifres, e os dois chifres eram altos, mas um, mais alto do que o outro; e o mais alto subiu por último. Vi que o carneiro dava marradas para o ocidente, e para o norte, e para o sul; e nenhum dos animais lhe podia resistir, nem havia quem pudesse livrar-se do seu poder; ele, porém, fazia segundo a sua vontade e, assim, se engrandecia" (vv.3-4).

Daniel não sabia o que significava tudo aquilo, mas recebeu a explicação junto com a visão:

"Havendo eu, Daniel, tido a visão, procurei entendê-la (ele abriu seu coração e procurou entender a verdade), e eis que se me apresentou diante uma como aparência de homem (a resposta divina às suas dúvidas já estava chegando). E ouvi uma voz de homem de entre as margens do Ulai, a qual gritou e disse: Gabriel, dá a entender a este a visão. …Aquele carneiro com dois chifres, que viste, são os reis da Média e da Pérsia" (vv. 15-16,20).

Em linguagem simbólica, temos aqui a figura de um carneiro com chifres desiguais, que a explicação divina diz ser o reino medo-persa. O que admira é sua descrição detalhada no versículo 3: "…um carneiro, o qual tinha dois chifres, e os dois chifres eram altos, mas um, mais alto do que o outro; e o mais alto subiu por último." O que fascina nessa descrição é o cumprimento histórico detalhado e exato dessa profecia. O chifre pequeno, que veio antes, é uma figura do império medo, e o segundo chifre, que veio depois, é uma ilustração da Pérsia. Essas imagens se juntam e formam um grande reino de abrangência mundial. Mesmo que a Pérsia tenha se tornado poderosa depois da Média (no ano 559 a.C), ela superou em muito os medos. A Pérsia expandiu seu reino com seu exército gigantesco de mais de dois milhões de soldados para o ocidente, para o norte e para o sul. O Senhor já havia profetizado essa expansão, e tudo cumpriu-se literalmente no decorrer da história.

 

O bode

"Estando eu observando, eis que um bode vinha do ocidente sobre toda a terra, mas sem tocar no chão; este bode tinnha um chifre notável entre os olhos; dirigiu-se ao carneiro que tinha os dois chifres, o qual eu tinha visto diante do rio; e correu contra ele com todo o seu furioso poder. Vi-o chegar perto do carneiro, e, enfurecido contra ele, o feriu e lhe quebrou os dois chifres, pois não havia força no carneiro para lhe resistir; e o bode o lançou por terra e o pisou aos pés, e não houve quem pudesse livrar o carneiro do poder dele" (vv.5-7).

A explicação dessa profecia é encontrada no versículo 21: “… bode peludo é o rei da Grécia…". É fantástico ver que o anjo, que transmitiu a Daniel o significado da visão, chama a terra simbolizada pelo bode de Grécia. O que é tão especial nesse fato? No do reino medo-persa ainda poderíamos encontrar uma explicação lógica, pois Daniel ainda vivenciou o início do estabelecimento desse reino. Mas o que chama a atenção nessa profecia sobre a Grécia é que ela foi feita aproximadamente 200 anos antes que esse país surgisse no cenário mundial. E a profecia cumpriu-se nos mínimos detalhes.

Na ocasião em que a profecia foi feita, ninguém nem sequer imaginava que a Grécia poderia entrar em cena. Com certeza muitos nem sequer sabiam onde se localizava esse país.

Voltando a atenção aos detalhes que foram preditos 200 anos antes:

a) "Este bode tinha um chifre notável entre os olhos" (v.5). Quem é esse chifre? "…é o rei da Grécia; o chifre grande entre os olhos é o primeiro rei" (v.21). Quem foi o primeiro grande rei da Grécia? Alexandre o Grande! Ele era pequeno de estatura (apenas 1,55m), mas era chamado de "o Grande" porque seu reino era enorme.

b) "Estando eu observando, eis que um bode vinha do ocidente sobre toda a terra (pela história sabemos que Alexandre veio do ocidente com um exército pequeno e muito rápido), mas sem tocar no chão (em poucos anos Alexandre conquistou a Ásia Menor, a Síria, o Egito, a Mesopotâmia e depois os países até a Índia. Isso nunca havia acontecido em toda a história); este bode tinha um chifre notável entre os olhos; dirigiu-se ao carneiro que tinha os dois chifres, o qual eu tinha visto diante do rio; e correu contra ele com todo o seu furioso poder" (correu contra os persas, pois estes haviam tomado dos gregos duas cidades próximas a Atenas nas batalhas de Maratona e Salamis). Vi-o chegar perto do carneiro, e, enfurecido contra ele, o feriu e lhe quebrou os dois chifres, pois não havia força no carneiro para lhe resistir; e o bode o lançou por terra e o pisou aos pés, e não houve quem pudesse livrar o carneiro do poder dele" (vv.5-7).

Foi assim que a Grécia, sob o comando de Alexandre o Grande, venceu o império Medo-Persa.

c) "O bode se engrandeceu sobremaneira; e, na sua força, quebrou-se-lhe o grande chifre (Alexandre o Grande), e em seu lugar saíram quatro chifres notáveis, para os quatro ventos do céu"(v.8). Isso também é confirmado pela história. Alexandre o Grande realmente morreu subitamente na Babilônia no auge de seu poder, tinha apenas 32 anos de idade. Muitos afirmam que ele morreu de malária e das conseqüências do alcoolismo, outros dizem que foi envenenado. De qualquer maneira, o grande imperador morreu e “em seu lugar saíram quatro chifres notáveis, para os quatro ventos do céu".

Encontramos a explicação no versículo 22: "o ter sido quebra¬do, levantando-se quatro em lugar dele, significa que quatro reinos se levantarão deste povo, mas não com força igual à que ele tinha." E de fato, lendo hoje os livros que contam a história daquela época, nos deparamos com Alexandre, o Grande, que não teve filhos e cujo reino foi repartido entre quatro de seus generais após sua morte, o que é simbolizado pelos quatro chifres da visão do Daniel.

1. Ptolomeu recebeu o Egito e partes da Ásia Menor.

2. Cassandro recebeu territórios na Macedônia e na Grécia.

3. Lisímaco recebeu a Trácia e partes ocidentais da Ásia Menor.

4. Seleuco recebeu a Síria, a Mesopotâmia e Israel.

Esse reino grego foi dividido em quatro partes e jamais voltou a ter o mesmo poder que tinha sob Alexandre.  E tudo isso foi profetizado 200 anos antes!

"Quem há, corno eu, feito predições desde que estabeleci o mais antigo povo? Que o declare e o exponha perante mim! Que esse anuncie as coisas futuras, as coisas que hão de vir! (Is 44.7).

Mas a história continua.

 

O chifre pequeno

"De um dos chifres saiu um chifre pequeno e se tornou muito forte para o sul, para o oriente e para a terra gloriosa. Cresceu até atingir o exército dos céus; a alguns do exército e das estrelas lançou por terra e os pisou. Sim, engrandeceu-se até ao príncipe do exército; dele tirou o sacrifício diário e o lugar do seu santuário foi deitado abaixo. O exército lhe foi entregue com o sacrifício diário, por causa das transgressões; e deitou por terra a verdade e o que fez prosperou." (vv.9-12)

Esse texto fala do tristemente famoso imperador Antíoco Epifânio. Ele merece uma longa descrição no texto bíblico, pois é uma ilustração profética do Anticristo que virá no fim dos tempos.

Devemos ter em mente que as afirmações referentes a Antíoco Epifânio foram feitas com aproximadamente 380 anos de antecedência. Ele chegou ao poder em 175 a.C. Tudo o que foi escrito a seu respeito é confirmado integralmente pela história. Ele é o "chifre pequeno" oriundo de um dos quatro reinos já mencionados, que surgiram da divisão do reino de Alexandre o Grande, da região de Seleuco, a quem pertencia a Síria, Mesopotâmia e Israel. Mais tarde ele subjugou o sul (Egito), o leste e a terra gloriosa (Israel) (v.9).

Ele praticou uma abominação nunca vista no lugar Santíssimo do templo judeu. Ele próprio se intitulava Antíoco Epifânio (“o iluminado"). Os judeus chamavam-no de Antíoco Epimano (“o louco") por seus atos desvairados, e ele morreu como demente.

Leiamos mais uma vez a descrição de seus atos na Bíblia Viva:

"Chegou a desafiar o Comandante do exército do Céu, interrompendo os sacrifícios que eram oferecidos diariamente a Deus e manchando a pureza do seu templo. Apesar desses pecados terríveis, Deus não deixou o exército do Céu castigar o chifre. O resultado disso foi que a verdade e a justiça desapareceram e a maldade se espalhou" (vv.11-12).

– Durante seu reinado os judeus estavam proibidos de obedecer à Lei;

– Eles não podiam guardar o sábado;

– Seus filhos não podiam ser circuncidados;

– Suas festas anuais foram proibidas;

– Os sacrifícios foram banidos, e em seu lugar foram levantados altares a deuses estranhos em Jerusalém e oferecidos sacrifícios impuros;

– Os judeus foram obrigados a comer carne de porco;

– E o auge aconteceu a 16 de dezembro de 167 a.C.. Ele mandou fazer uma estátua de abominação e erigiu no altar do holocausto um altar para Zeus Olimpo, mandando sacrificar sobre ele um porco.

Milhares e milhares de judeus morreram da forma mais cruel por terem resistido às leis de Antíoco Epifânio. Ele morreu demente no ano de163 a.C. na Pérsia.

Na declaração do Senhor – acerca da duração da abominação desoladora – vemos mais uma vez o quanto a Palavra de Deus é digna de confiança:

"Depois, ouvi um santo que falava; e disse outro santo àquele que falava: Até quando durará a visão do sacrifício diário e da transgressão assoladora, visão na qual é entregue o santuário e o exército, a fim de serem pisados? Ele me disse: Até duas mil e trezentas tardes e manhãs; e o santuário será purifica¬do" (vv. 13-14).

O anjo falou que duraria "até duas mil e trezentas tardes e manhãs". É provável que não signifique 2300 dias, pois a afirmação refere-se ao sacrifício diário. E em Israel se sacrificava duas vezes ao dia, no sacrifício matutino e no vespertino, e isso perfaz 1150 dias (2300 sacrifícios = 1150 dias).

Esse é o tempo exato da profanação do templo, de 16 de dezembro de 167 até o momento em que o templo foi renovado por Judas Macabeu no final de 164 a.C até o início de 163 a.C, quando ele restabeleceu os sacrifícios judaicos. Judá reconquistou sua liberdade religiosa. O tempo determinado cumpriu-se literalmente!

Esse é um resumido panorama do cumprimento das profecias bíblicas que encontramos no capítulo 8 de Daniel.

 

 

Livro: "As Profecias de Daniel" de Norbert Lieth

Onde encontrar: http://www.chamada.com.br/livraria/autores/?cod=NL

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