Filed Under (Arqueologia, Artigos) by Geração Maranata on 03-09-2011
Última página do Didaquê
Por Geração Maranata
Didaquê do grego 'Διδαχń', significa ensino, doutrina, instrução, mais conhecido como 'Instrução dos Doze Apóstolos' (Didache kyriou dia ton dodeka apostolon ethesin).
Didaquê é um documento cristão do século I constituído de dezesseis capítulos e de grande valor histórico e teológico.
Sua importância e utilização para a igreja primitiva era tanta que houve uma possibilidade de ser incluída no cânon do Novo Testamento, estabelecido no século IV.
Estima-se que tenha sido escrito antes da destruição do templo de Jerusalém, entre os anos 60 e 70 d.C. Outros estimam que foi escrito entre os anos 70 e 90 d.C., contudo são unânimes quanto a origem: Palestina ou Síria.
O senso comum é que não foi escrito pelos doze apóstolos, porém foi compilado por fontes orais que receberam os ensinamentos, o mais provável é que tenha sido escrito por mais de uma pessoa.
O texto foi mencionado por escritores antigos, inclusive por Eusébio de Cesaréia que viveu no século III, em seu livro "História Eclesiástica". O manuscrito só foi descoberto em 1873 em um mosteiro em Constantinopla.
Didaquê é um conjunto de recomendações aos cristãos que cita direta ou indiretamente vários textos dos Evangelhos e Novo Testamento: Mateus, Lucas, I Coríntios, Hebreus, I Pedro, Atos, Romanos, Efésios, Tessalonicenses e Apocalipse. Tipo de conteúdo:
– A oração do “Pai Nosso” sendo “ensinada pelo Senhor” findando com a afirmação de que Jesus voltará, como no livro Apocalipse: “ … conforme foi dito: "O Senhor virá e todos os santos estarão com ele". "Então o mundo assistirá o Senhor chegando sobre as nuvens do céu."
– São reforçados o batismo no nome do Pai, Filho e Espírito Santo, sendo argumento para apoio ao dogma da Trindade.
– Possui argumentos para o defesa teológica de que Jesus é Deus.
Ainda hoje o documento é pouco conhecido. Ao lê-lo perceber-se que suas instruções vão contra, basicamente, com que algumas igrejas cristãs vivem na atualidade, quanto a seus pastores e ao que pregam e doutrinas adotadas hoje por esta mesma maioria.
CAPÍTULO XI
1. Se vier alguém até você e ensinar tudo o que foi dito anteriormente, deve ser acolhido.
2. Mas se aquele que ensina é perverso e ensinar outra doutrina para te destruir, não lhe dê atenção. No entanto, se ele ensina para estabelecer a justiça e conhecimento do Senhor, você deve acolhê-lo como se fosse o Senhor.
6. Ao partir, o apóstolo não deve levar nada a não ser o pão necessário para chegar ao lugar onde deve parar. Se pedir dinheiro é um falso profeta.
10. Todo profeta que ensina a verdade mas não pratica o que ensina é um falso profeta.
12. Se alguém disser sob inspiração: “Dê-me dinheiro” ou qualquer outra coisa, não o escutem. Porém, se ele pedir para dar a outros necessitados, então ninguém o julgue.
CAPÍTULO XII
1. Acolha toda aquele que vier em nome do Senhor. Depois, examine para conhecê-lo, pois você tem discernimento para distinguir a esquerda da direita.
2. Se o hóspede estiver de passagem, dê-lhe ajuda no que puder. Entretanto, ele não deve permanecer com você mais que dois ou três dias, se necessário.
3. Se quiser se estabelecer e tiver uma profissão, então que trabalhe para se sustentar.
4. Porém, se ele não tiver profissão, proceda de acordo com a prudência, para que um cristão não viva ociosamente em seu meio.
5. Se ele não aceitar isso, trata-se de um comerciante de Cristo. Tenha cuidado com essa gente!
Controvérsias doutrinárias
O Didaquê possui algumas controvérsias doutrinárias, como por exemplo:
– Cap 4:6: "Se possuíres algo, graças ao trabalho de tuas mãos, dá-o em reparação por teus pecados."
– Cap 6:2: "Pois, se puderes portar todo o jugo do Senhor, serás perfeito; se não puderes, faze oque puderes."
– Cap 10:6: "Aquele que não é (santo) faça penitência: Maranatá! Amém."
Apesar de sua importância para os primeiros cristãos e fonte de estudo para nossa época, o Didaquê nada mais é do que um conjunto de ensinamento e versiculos da própia Bíblia e não algo novo ou revelado pelo SENHOR. Um dos pais da Igreja, o Apóstolo Atanásio (4 d.C) disse sobre o Didaquê: "não é Sagrado, porém útil na instrução dos cristãos."
Leia também:
http://pt.scribd.com/doc/51853305/Analise-do-Didaque
A Didaquê (Instituto Presbiteriano Mackenzie)
Faça download do Didaquê aqui:
Fontes:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Didaqu%C3%AA
Didaquê: Documento teria instruções dos Doze Apóstolos após a crucificação de Jesus. Leia aqui
Filed Under (Apostasia, Defesa da Fé) by Geração Maranata on 15-11-2010
Excelente artigo sobre o livro apócrifo 'Evangelho de Judas'.
por Norma Braga
"nada há que seja novo debaixo do sol" (Eclesiastes 1:9)
Uma boa análise do "Evangelho de Judas", livrp apócrifo do século II, com uma explicação razoável sobre o gnosticismo que o produziu, pode ajudar a fazer a diferença entre o cristianismo verdadeiro e o embuste gnóstico, empurrada pela inconseqüente e ignorante mídia mundial como "novidade" e "séria ameaça" à credibilidade da doutrina cristã.
Artefatos do "evangelho" de Judas em exibição.
Para quem conhece tanto a cultura esotérica moderna quanto o conteúdo dos quatro evangelhos canônicos, o tal "evangelho" de Judas, texto produzido em meados do século II por gnósticos da seita dos Cainitas e conhecido como evangelho fraudulento por pais da Igreja como Irineu, classifica-se automática e inapelavelmente no primeiro caso – além de ser, para quem teve a paciência de lê-lo (como eu), um texto chatíssimo, no limite do insuportável. Em vez da expressividade dos evangelhos, o tom do relato apresenta-se vago, etéreo, cheio de detalhes numéricos, remetendo àquele tipo de linguagem pomposa que se quer passar por sábia com pouca ou nenhuma aplicabilidade. Está muito mais para literatura "paulocoelhina" que para texto bíblico. Os estudiosos dos primeiros séculos fizeram muitíssimo bem em deixá-lo de fora do cânon.
Porém, como chegar a essas conclusões sem conhecer minimamente o gnosticismo? Por isso, uma boa análise de texto, com uma explicação razoável sobre essas teorias, pode ajudar a fazer a diferença entre Cristianismo e Gnosticismo.
Gnosticismo vem do grego gnosis , "conhecimento". Enquanto o cristianismo se baseia na revelação de Deus ao mundo – que atinge seu ápice na vinda de Cristo ("Quem vê a mim vê ao Pai", João 14:9; "Eu e o Pai somos um", João 10:30) – , o gnosticismo é um movimento muito antigo e de largo alcance até os dias de hoje, sempre de caráter esotérico (eso significa "dentro" em grego, e esoterikos , "iniciados"), ou seja, que creditava a uns poucos a iluminação espiritual através de estudos ocultistas. Há uma semelhança impressionante entre as filosofias gnósticas anteriores ao Cristianismo – que floresceram em Babilônia, Egito, Síria e Grécia e procuraram se juntar posteriormente ao ensino de Cristo (o "evangelho" de Judas é uma das muitas provas disso) – e os ensinos de Allan Kardec e Madame Blavatsky, ambos nascidos no início do século XIX, que condensaram e impulsionaram o espiritismo e o esoterismo modernos, respectivamente.
De fato, as doutrinas espíritas e esotéricas atuais são ramificações do velho tronco gnóstico.
Representação de Demiurgo, o deus criador segundo os gnósticos.
Um bom ponto de partida para diferenciar cristianismo e gnosticismo é uma das questões fundamentais de toda religião: a origem do mal. Para o gnosticismo, doutrina dualista por excelência, a polarização do mundo em bem e mal era existente desde o começo. Rezava o gnosticismo que Deus, pertencente ao mundo espiritual (portanto "bom"), cria sucessivos seres finitos chamados éons, e um deles (Sofia) dá à luz a Demiurgo, deus criador, que fez o mundo material (portanto "mau"). Se o mal está na matéria, a solução lógica para o mal é a libertação deste mundo, que se dá após sucessivas passagens da alma na Terra (reencarnação). É por isso que, nas doutrinas gnósticas modernas, o corpo é invariavelmente visto como prisão do espírito. Assim, a solução para o mal no mundo é dada pelo homem, a partir do progressivo desenvolvimento espiritual, quando, tendo atingido um grau máximo de purificação, não mais precisa "rebaixar-se" ao mundo material.
Já no cristianismo, o mal não é criação de algum deus nem atribuído à matéria (criada e aprovada por Deus como "boa" em Gênesis), mas sim conseqüência da vontade de autonomia do homem, que crê poder decidir entre o bem e o mal sem a participação de Deus – de fato, isto é o que significa, segundo consenso dos teólogos, "comer da árvore do conhecimento do bem e do mal" (Gênesis 2:17) após a proibição divina. Desde então, o mal e sua conseqüência direta, a morte, entram no mundo, e uma das principais tragédias humanas é que, apesar de diferenciar bem e mal, o homem não consegue por si só decidir-se sempre a favor do bem – pois sua autonomia é uma condição artificial, assim como o mal no mundo, que é temporal e não absoluto. Os que reconhecem a necessidade de se arrepender desse desejo de autonomia (que é precisamente o pecado original) e recolocar Deus no centro de sua vontade para uma vida verdadeira são os salvos, que se valem do único meio de fazê-lo: o sacrifício de Jesus, que, sendo Deus encarnado – o único ser humano justo, ou seja, não atingido pelo pecado original – , pode levar embora todo o mal do mundo ao cumprir na cruz a morte que nos era destinada, reconciliando o mundo com Ele. A solução para o mal, portanto, está em Deus, não no homem.
A confusão entre visões religiosas tão diferentes começou já nos primórdios da igreja cristã. Na tentativa de conciliação com os ensinamentos de Jesus, gnósticos como Marcião (160 d.C.) e Valentim ensinavam que Cristo é um desses seres finitos (éons) que desceu dos poderes das trevas para transmitir o conhecimento secreto ( gnosis ) e libertar os espíritos da luz, cativos no mundo material terreno, para conduzi-los ao mundo espiritual mais elevado. Nisso consistiria, para eles, a salvação.
Temos, portanto, o encaixe da figura de Cristo, desdivinizada, no dualismo gnóstico, com reconhecíveis sinais de mitologia grega (quem deixa de ver Prometeu – aquele que rouba o fogo dos deuses para dá-los aos homens – na figura desse Cristo gnóstico?). Versões ligeiramente diferentes da mesma tentativa de conciliação ocorrem tanto na variação kardecista quanto na esotérica.
Segundo Allan Kardec, Jesus não era Deus, mas sim o ser mais elevado que já passou por este planeta.
Segundo Kardec, Jesus também não era Deus (afinal, Deus jamais se "rebaixaria" à matéria), mas sim o ser mais elevado que já passou por esse planeta, deixando-nos um exemplo de amor. E o esoterismo, embora não fale de éons, prega a existência de excelentes "mestres" espirituais ascensionados, que de tão elevados não encarnam mais, cada qual com um raio de atuação. Quem é considerado "o mestre do amor"? Cristo! Da mesma forma que no gnosticismo e no espiritismo, o esoterismo moderno o "encaixa" na fragmentação do governo do mundo, identificando-o apenas como um dos seres mais elevados que atuam sobre nós.
Assim, há uma clara convergência entre o esoterismo moderno, o espiritismo e o gnosticismo nas seguintes considerações centrais: o mal é absoluto e associado à matéria, ao corpo físico, à vida na terra; diante disso, enquanto estamos no mundo físico, a nós pertence a luta contra o mal e a "salvação" (o desenvolvimento do espírito), e para isso Cristo está aí para nos ajudar como um dos mestres (ou éons, ou espírito elevado), transmitindo-nos sabedoria para tal, como parte de uma grande hierarquia de espíritos prontos para guiar o homem – tão grande e tão especializada em diversos assuntos que, em meio a tudo isso, Deus se torna quase um espectador, uma espécie de "força motriz" quieta e silenciosa por trás de toda a agitação dos espíritos. A influência de Deus sobre o mundo é assim diluída no poder de uma miríade de seres angélicos. Em contato com essas doutrinas, o homem não é levado, como na Bíblia, a buscar a Deus ("Buscai o Senhor enquanto se pode achar", Isaías 55:6), mas a se deixar impressionar com o poder de outros seres.
No entanto, como pode alguém ser considerado apenas mestre, éon ou espírito elevado se, em suas próprias palavras, afirma-se Deus? Diz Ele: "Eu e o Pai somos um" (João 10:30) e "Eu sou a ressurreição e a vida" (João 11:25), entre muitas outras afirmações do mesmo teor. Se seus ensinamentos estão corretos, Ele é o que diz ser, senão não passaria de uma pessoa perturbada, não um grande mestre. Essa contradição não é percebida pelos gnósticos modernos, que deveriam, para uma coerência maior, não usar a Bíblia para respaldar suas crenças.
O "evangelho" de Judas traz exemplos flagrantes de muitas dessas doutrinas gnósticas. Logo no início, o leitor desse texto encontra uma afirmação bombástica: "Quando Jesus surgiu na terra, fez grandes milagres e maravilhas para a salvação da humanidade." A Bíblia nunca associa a salvação a milagres e maravilhas, que são considerados sinais de que Jesus era o Messias esperado pelos judeus, mas sim ao sacrifício de Cristo na cruz por nós. Mas o pensamento gnóstico dilui a salvação, atribuindo-a a uma série de atos isolados, todos partindo do homem, com uma ênfase no conhecimento adquirido pela alma.
A maior parte desse evangelho gnóstico consiste assim em ensinamentos de "Jesus" a Judas, com uma longa explicação sobre hierarquias angélicas em uma nova versão para a criação. Diz ele que, primeiro, um grande e invisível espírito está sozinho, uma nuvem surge a seu lado e ele pensa: "Que surja um grande anjo para assistir diante de mim", e esse anjo, chamado "Autogerado", sai da nuvem. A perplexidade do leitor é automática: se esse anjo foi gerado por si mesmo, qual foi o papel do grande espírito ao dizer aquilo? O relato continua e esse Autogerado (ou gerado com uma ajudinha, vá lá) começa a gerar por si inúmeros outros anjos e éons. Segue-se uma incompreensível explanação sobre um personagem chamado Adamas: "Adamas estava na primeira nuvem luminosa que nenhum anjo já vira entre todos aqueles chamados 'Deus'." Esse Adamas é tão poderoso que cria anjos, luminares e éons – de onde a "geração incorruptível de Seth". A partir daí, os números se sucedem em um tedioso relato: doze, vinte e quatro, setenta e dois luminares que fazem trezentos e sessenta luminares por sua vez, com trezentos e sessenta firmamentos – tudo isso para doze éons privilegiados. Ufa! Além disso tudo, esses éons, no final, recebem autoridade, inúmeros anjos e espíritos virgens(?) "para a glória e adoração de todos os éons, céus e firmamentos". Hummm… anjos e espíritos adorando éons? Isso contraria a Bíblia de par a par.
Porém, há mais: Seth, o primeiro da linhagem incorruptível de éons, é chamado de… Cristo! Com ele, outros quatro éons governam "o mundo dos mortos, e principalmente o caos". (Não há explicação de como alguém pode governar o caos). Enfim, esse universo recheado de seres angélicos governando o mundo sem que Deus tenha um papel significativo em toda a história é a base do ensino gnóstico, sem tirar nem pôr.
Se, na Bíblia, Jesus fala o tempo inteiro no Pai ("Toda planta que meu Pai celestial não plantou será arrancada", Mateus 15:13; "qualquer que, entre esta geração adúltera e pecadora, se envergonhar de mim e das minhas palavras, também dele se envergonhará o Filho do homem quando vier na glória de seu Pai", Marcos 8:38; "Todas as coisas me foram entregues por meu Pai", Lucas 10:22; "Por isso o Pai me ama, pois dou a minha vida para a retomar", João 10:17), esse Jesus do evangelho de Judas está muito mais preocupado com anjos, éons e luminares, e alguns desses ainda são adorados – algo considerado anátema (maldito, condenado) na cultura judaica e incorporado pelo cristianismo como um dos princípios básicos: adoração, só a Deus. É por isso que em Apocalipse, por exemplo, o apóstolo João fica extasiado com a luz do anjo que vem falar com ele e se prostra para adorá-lo, mas o anjo imediatamente o faz erguer-se: "Não faças isso! Sou conservo teu e dos teus irmãos que mantêm o testemunho de Jesus; adora a Deus" (Apocalipse 19:10).
Além dessa diferença fundamental quanto ao poder de Deus no mundo e a adoração, temos também representado no "evangelho" de Judas o conhecido dualismo que absolutiza o bem e o mal. A idéia gnóstica consiste em que o mal é necessário para que o bem sobressaia – e é nisso que se baseia uma pretensa positivação do feito de Judas, tão alardeada pela mídia, para que Jesus pudesse ser crucificado. No entanto, se no gnosticismo o mal é tão absoluto quanto o bem, no cristianismo o mal é um parasita do bem, sujeito a Deus – cuja soberania age no sentido de fazer com que os feitos maus dos homens acabem cooperando para Seus desígnios.
A distinção é clara: Deus faz o mal cooperar, mas os homens não são por isso inocentados de seus atos maus. As palavras de Jesus na Bíblia são inequívocas sobre isso, ao tratar do papel de Judas em sua crucifixão: "Pois o Filho do homem vai, conforme está escrito a seu respeito; mas ai daquele por quem o Filho do homem é traído! Bom seria para esse homem se não houvera nascido" (Marcos 14:21). Essa afirmação é tão importante que se repete, com nenhuma variação importante, em Mateus 26:24 e Lucas 22:22. Vê-se que o conceito de mal no cristianismo não coincide com o pensamento gnóstico, que, levado às últimas conseqüências, pode ser utilizado perversamente para justificar e desculpabilizar os maiores crimes, ao inocentar o criminoso com base no argumento de que "seu mal serviu para algo bom".
Esse dualismo gnóstico se desdobra na divisão entre corpo (que é mau) e espírito (que é bom), dicotomia ausente no cristianismo.
Na Bíblia, o termo "carne" é usado de maneira apenas metafórica para designar a nossa natureza pecadora que milita contra o Espírito de Deus recebido por nós na salvação para nos vivificar, regenerar e santificar. Isso é patente sobretudo no fato de que Jesus não ressurge como espírito, mas ressuscita , ou seja, tem seu corpo reconstituído por inteiro a ponto de comer com os discípulos (veja Lucas 41-43, por exemplo). Mas no evangelho gnóstico há uma afirmação atribuída a Jesus que demonstra o dualismo corpo versus espírito: "Você [Judas] irá sacrificar o homem que me aprisiona." Na Bíblia, Jesus jamais se referia ao próprio corpo dessa forma. Sua morte não era, para Ele, uma libertação pessoal da matéria, mas sim um ato de amor para a remissão de pecados daqueles que cressem Nele – ato que é relembrado na Páscoa, para a alegria dos que foram feitos Filhos de Deus a partir de Seu sacrifício.
Portanto, você pode até crer no "evangelho" de Judas e lançar fora tudo o que está escrito nos evangelhos canônicos. Mas seja coerente: não deixe de chamar de "gnosticismo", e não de cristianismo, o conjunto dos ensinamentos desse "evangelho".
Quanto a mim, fico com o que o próprio Jesus disse, "Errais, por não compreender as Escrituras nem o poder de Deus" (Mateus 22:29), e com a advertência de um de seus apóstolos: "Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos pregue outro evangelho além do que já vos pregamos, seja anátema" (Gálatas 1:8).
Fontes:
www.chamada.com.br
http://normabraga.blogspot.com
Filed Under (Apostasia) by Geração Maranata on 15-11-2010
Desde sua publicação, em abril de 2003, O Código da Vinci vendeu mais de 40 milhões de exemplares nos Estados Unidos. Ele foi traduzido em 45 idiomas e é um sucesso de vendas em 150 países.
Ficou na lista dos mais vendidos do jornal The New York Times por dois anos, e esteve no topo, ou perto do topo, por 50 semanas.
O livro diz que os cristãos primitivos não criam na divindade de Cristo, que a ressurreição nunca ocorreu, que nossa Bíblia é o resultado de uma luta política do imperador romano Constantino e que os cristãos primitivos adoravam o "divino feminino". Essas afirmações são feitas por um afável especialista, um professor da Universidade de Harvard que (no contexto do livro) parece ser uma pessoa com credibilidade e autoridade.
Talvez você diga: "Nenhuma pessoa racional levaria esse tipo de coisa a sério." Isso era exatamente o que um líder evangélico pensava – até que começou a conversar com pessoas que tinham lido o livro. Ele descobriu que o livro endurece a descrença daqueles que não são cristãos e leva os buscadores honestos para longe do cristianismo. O livro chegou a fazer alguns cristãos se tornarem confusos e desiludidos.
De acordo com O Código Da Vinci, Jesus era apenas um homem comum que não era divino, não morreu pelos nossos pecados e não ressuscitou. Em vez disso, ele se casou com Maria Madalena e teve pelo menos um filho com ela. No livro o "cálice" é Maria Madalena, mitologizada e sexualizada como se fosse a amante ou esposa de Jesus Cristo.
O livro conta uma que há uma antiga sociedade secreta chamada 'Priorado de Sião' que preservou as informações sobre Jesus e Maria Madalena e seus descendentes. Ele afirma que Leonardo Da Vinci foi um grão-mestre do Priorado de Sião, e algumas de suas pinturas têm símbolos relacionados com o suposto relacionamento de Jesus com Maria Madalena.
Dan Brown tece uma narrativa com grande poder de entretenimento, ele afirma que Maria Madalena seria o Santo Graal (o cálice de Cristo), que ela e Jesus seriam os progenitores da linhagem merovíngia de governantes europeus e que ela estaria sepultada sob a pirâmide invertida de vidro no Louvre, em Paris, onde ainda hoje se poderia sentir emanações de seu espírito divino.
O romance descreve o Cristianismo como uma gigantesca conspiração baseada numa grande mentira (a divindade de Cristo), que os Evangelhos do Novo Testamento são produtos humanos de machistas e anti-feministas que teriam procurado reinventar o Cristianismo para oprimir as mulheres e reprimir a adoração à deusa. (Leia também o post Wicca).
O imperador Constantino teria convenientemente divinizado Jesus a fim de consolidar seu controle sobre o mundo. O livro indica que na votação do Concílio de Nicéia, sobre a divindade de Cristo, o resultado teria sido apertado, houve 300 votos favoráveis e apenas dois contrários. Definitivamente a precisão histórica não é o ponto forte do romance. Essa é apenas uma das muitas distorções deliberadas existentes no livro.
Outra envolve os heréticos evangelhos gnósticos escritos no final do século II como sendo os evangelhos "reais". Encontrados em Nag Hammadi no Egito, em 1946, esses mitos gnósticos nunca foram reconhecidos pela igreja primitiva como Escrituras legítimas.
Nos anos 60 as pessoas acreditavam em tudo que liam no jornal só porque estava escrito ali. Nunca lhes ocorreu que as reportagens e editoriais eram redigidos por pessoas com agendas pessoais e políticas. Acreditava-se naquilo que se lia, não importando quem era o autor. Hoje ainda é assim, e ainda pior, pois temos a televisão, o cinema e a internet.
A advertência é a mesma: não acreditem em tudo que vocês lêem em um romance ou vêem em um filme!
A Bíblia exorta: "Amados, não deis crédito a qualquer espírito; antes, provai os espíritos se procedem de Deus, porque muitos falsos profetas têm saído pelo mundo afora. Nisto reconheceis o Espírito de Deus: todo espírito que confessa que Jesus Cristo veio em carne é de Deus; e todo espírito que não confessa a Jesus não procede de Deus; pelo contrário, este é o espírito do anticristo, a respeito do qual tendes ouvido que vem e, presentemente, já está no mundo" (1 João 4.1-3). (Pre-Trib Perspectives)
por Dr. Ed Hindson (assessor do reitor da Liberty University em Lynchburg/VA (EUA).
Fontes pesquisadas:
www.chamada.com.br
www.espada.eti.br
www.wikipedia.com
Autor: **Geração Maranata** Se for copiar cite a Fonte!
Filed Under (Defesa da Fé) by Geração Maranata on 30-10-2010
Nos primeiros séculos do cristianismo, os responsaveis por copiar o Novo Testamento eram voluntários que adaptavam o texto a suas crenças. (extraído da Revista "Galileu")
Não é a primeira vez, e não será a última, que esta revista e outras, como a Época, Superinteressante, etc, trazem desinformação sobre Deus, Cristo e a Bíblia.
Gastam muito tempo, energia e dinheiro e se empenham em fazer com que as pessoas engulam suas pseudos-verdades, sempre fundamentadas por "autoridades" no assunto. Por quê?
Em primeiro lugar eles estão aplicando o método de mudança de pensamento; segundo, as pessoas acreditam em tudo sem buscar informação sobre o assunto e terceiro porque $vende$.
"No princípio, era o verbo, ja dizia o evangelho de João no seu primeiro versículo. Mas será que era isso mesmo o que foi escrito originalmente? Pode ser que não. Só Deus sabe o quanto o verbo foi modificado na Bíblia ao longo dos séculos. Sem poder solucionar essa questão, sobrou para o homem a tarefa de desvendar o porquê dessas alterações. Para tanto, foi criada uma disciplina: a crítica textual. Com o lançamento no Brasil do livro "O que Jesus Disse? O que Jesus não Disse? – Quem Mudou a Bíblia e Por Quê", do norte- americano Bart Ehrman, essa ciência e as discussões sobre o texto do Novo Testamento voltam à baila.
Ehrman é chefe do Departamento de Estudos Religiosos da Universidade da Carolina do Norte e uma das maiores autoridades mundiais sobre a Bíblia e a vida de Jesus. Lançado no começo deste ano nos EUA, o livro que agora chega ao Brasil permaneceu mais de quatro meses na lista dos mais vendidos no "The New York Times Books Review". Além da curiosidade sobre tudo o que envolva Jesus Cristo, o sucesso da obra se deve à abordagem do autor, que teve a idéia de desenrolar para o público leigo o novelo de culturas, histórias, lendas e mistérios que se esconde sob a crítica textual." (extraído da matéria)
por Prof. João Flávio Martinez
Todo fim de ano é o mesmo apelo mercadológico com o nome e a pessoa de Jesus Cristo. Este ano, uma das primeiras revistas de grande circulação que resolveu destilar suas conjecturas sobre Jesus foi a Galileu. Com a pergunta: “Jesus foi mal interpretado?”, o articulista da matéria comenta as “mais novas descobertas” do escritor estadunidense Bart Ehrma. Segundo a revista, o escritor em lide escreveu um livro sobre toda a problemática – "O que Jesus Disse? O que Jesus não Disse?" No conteúdo da matéria temos cosmovisão agnóstica do autor do livro supracitado mais entrevistas feitas a teólogos liberais. Sinceramente, achei o escopo fraco e de uma pobreza franciscana na questão de argumentação! Apesar de todas as supostas revelações serem caducas e redundantes e algumas delas conhecidas até pelos pais da Igreja, entendi que seria importante uma palavra de esclarecimento aos mais leigos.
Lembro-me que alguns anos atrás a questão não era “o que Jesus disse ou não disse”, mas se Ele realmente havia existido como indivíduo histórico. Hoje, com tantas descobertas históricas, arqueológicas, geográficas, filológicas, entre outras, fica difícil argumentarem que o Cristo não existiu. Agora, então a questão seria outra – Já que Ele existiu, então, arvoram, deve ter sido apenas um homem notável e nada mais. E mais uma vez os escritos neotestamentários são devastados (e isso é bom, pois não tememos os fatos).
A verdade é que se aplicássemos as muitas outras fontes históricas os mesmos rigores de que a crítica racionalista e até mesmo a cristã usou no estudo dos evangelhos, um bom número de acontecimentos do passado sobre cuja autenticidade não se levanta dúvida, passaria para o terreno das lendas. No entusiasmo de suas descobertas a alta crítica submeteu o Novo Testamento a provas de autenticidade tão severas, que, se as aceitarmos em outros campos, um cento de verdades históricas, como o Código de Hamurabi, Homero e sua Ilíada, Sócrates e Platão com suas belas conjecturas filosóficas, tudo não passaria do campo da lenda.
Encontramos, é verdade, algumas aparentes divergências em certas narrações contidas nos Evangelhos. Tais divergências, porém, são apenas detalhes e para as mesmas sobram explicações dos exegetas. No caso das conjecturas da Revista Galileu, todas as supostas revelações já foram desnudadas e explicitadas em vários compêndios teológicos que podem ser encontrados em várias livrarias, inclusive livrarias seculares. Ou seja, a argumentação do articulista da revista prova que o mesmo não tem o mínimo de conhecimento teológico da área em que resolveu pesquisar. E isso foi o problemático do conteúdo da matéria, sendo que perguntas bem elaboradas teriam deitado por terra todas as supostas descobertas do autor do referido livro.
Antes das minhas considerações, vem-me a mente as palavras do conhecido historiador francês Joseph Calmette, citado pelo escritor Mario Curtis Giordani: “O historiador (pesquisador) digno deste nome, não pode, com efeito, pense o que pensar em seu fórum íntimo, nem adotar a linguagem do orador de panegírico pronunciando seu elogio do alto da cátedra sagrada, nem o ceticismo do ateu ou do materialista que afasta a priori do seu campo de visão toda a noção de espiritual”.
REFUTANDO AS ACUSAÇÕES DA REVISTA
1º ACUSAÇÃO:
“Copistas distorceram o Novo Testamento para justificar dogmas da Igreja Católica”.
Até parece que a dogmática católica precisa adulterar a Bíblia para defender ou promover uma doutrina exótica e antibíblica. A concepção católica da Bíblia é que a mesma é subjugada pela Igreja e como tal a cátedra Papal possui poderes superiores aos escritos apostólicos. O pensamento católico é o seguinte: “A Igreja canonizou a Bíblia e por isso tem autoridade superior aos escritos sagrados”.
Vejam algumas doutrinas Católicas que não possuem respaldo teológico bíblico:
a) Assunção de Maria;
b) Infalibilidade do papa;
c) Dogma da Imaculada Conceição;
d) Transubstanciação;
e) A "confissão auricular";
f) O celibato sacerdotal;
g) Idolatria;
h) Água benta e ramos bentos;
i) Mariolatria;
j) Velas nas Igrejas;
k) Reza pelos mortos;
l) Canonização de santos…
Para nenhuma dessas doutrinas antibíblica o catolicismo lançou mão de adulterar a Bíblia. Na verdade a leitura da Bíblia foi proibida aos leigos no concílio de Tolosa em 1222. Ou seja, a primeira acusação não procede às conjunturas fidedignas documentais e históricas
2º ACUSAÇÃO:
“Só Deus sabe o quanto o verbo foi modificado na Bíblia ao longo dos séculos”.
Atualmente sabe-se da existência de mais de 5.300 manuscritos gregos do Novo Testamento. Acrescente-se a esse número mais de 10.000 manuscritos da Vulgata Latina e, pelo menos, 9.300 de outras antigas versões, e teremos hoje mais de 24.000 cópias de porções do Novo Testamento (02). Nenhum outro documento da história se compara a isso. Temos subsídios suficientes para acreditarmos na confiabilidade da Bíblia como um dos documentos históricos mais importantes da historiografia humana.
Agora, as grandes questões: De que maneira os copistas do mundo todo, de diversas culturas atingidas pela bíblia, em tempos históricos diferentes, teriam orquestrado uma manipulação programada? Como a Igreja Romana teria domínio em todas as Igrejas do mundo para solicitar assim a tal adulteração? (Sem contar a histórica da rivalidade com a Igreja Patriarcal do Oriente). Como aceitarmos uma afirmativa de que não se pode saber a fidedignidade dos textos do Novo Testamento, se os manuscritos do século I ao século XV estão disponíveis ao mundo?
Já se sabe que a variação textual existente é de 5% e que tal variação não compromete a ortodoxia da Igreja, ou seja, o arvorado pela revista foi de uma leviandade sem tamanho! Se tal conjectura partiu do escritor norte-americano, então o seu livro é sem dúvida uma “obra-prima”.
3º ACUSAÇÃO:
“Textos foram inseridos na Bíblia”.
a) – Cláusula Joanina – o texto de I Jo. 5:7 – “Porque três são os que testificam no céu: o Pai, a palavra, e o Espírito Santo; e estes três são um” (ARA).
É verdade que poucos são os manuscritos gregos até agora encontrados que contêm a Cláusula Joanina. Mas isto não provaria a sua inexistência. O fato de já terem sido encontrados alguns manuscritos gregos que citam o texto em estudo prova sua existência e nos dá a esperança certa de que outros também existiram, e, quem sabe, poderão até ser encontrados.
Para fortalecer seu argumento, os que omitem o referido texto costumam citar o fato de que Erasmo não a incluiu na 1ª edição de seu Novo Testamento Grego, porque não conhecia nenhum manuscrito grego que a contivesse. Mas, quando isto aconteceu, foi grande a reação dos que já conheciam a existência da Cláusula Joanina, mesmo em outras línguas. Para acalmar os ânimos, Erasmo prometeu que a incluiria nas próximas edições do Novo Testamento Grego, se viesse a conhecer algum manuscrito que a contivesse. Essa promessa foi cumprida na 3ª edição do Novo Testamento de Erasmo, por lhe haver sido apresentado o Manuscrito 61. A relutância de Erasmo para incluir a Cláusula Joanina na 1ª edição do seu Novo Testamento será um argumento a favor da sua inexistência? Ou, ao contrário, é mais uma razão ou prova de sua existência?
Um ponto importante que precisamos salientar é – “seria necessário acrescer este texto para que a doutrina da Trindade fosse corroborada?” É óbvio que não. A Bíblia é muito rica nessa questão e com ou sem esse texto não haveria nenhuma mudança. Tertuliano, no século II, já havia definido bem essa questão e para provarmos isso temos os escritos patrísticos.
Concluindo esse item, podemos ter a certeza que a problemática envolvendo o texto de I Jo. 5:7 nada tem a ver com manipulação do cristianismo.
b) – O texto de Mc. 16: 9-20:
O trecho em análise é citado por escritores dos séculos II e II, como Taciano e Irineu, e teve guarida na imensa maioria dos manuscritos gregos e outros. Sem dúvida, isso é uma prova contundente de que a Igreja aceitou esse texto desde o princípio como fidedigno (03 e 04).
Agora, e se o texto em foco não estivesse nos originais ou não fosse parte do evangelho de Marcos? Com certeza não iria me tornar ateu por causa disso. Também a doutrina cristã não seria alterada em um único milímetro. Eu gostaria de ter aqui espaço para mostrar ao leitor o trabalho que os críticos tiveram para arvorar a mutilação do evangelho de Marcos – é de dar dó! Bem, pra mim não há dúvidas de que o texto de Marcos é fiel aos originais.
c) – O Texto de Jo. 8:1-11
A narrativa tem todos os sinais de ser historicamente veraz. Obviamente é uma peça da tradição oral que circulava em certas porções da Igreja Ocidental, e que, subsequentemente, foi incorporada em vários manuscritos, em diversos lugares (04). Apesar disso, sua canonicidade, seu caráter inspirado e seu valor histórico, no entanto, não sofrem contestação – é fidedigno e bíblico. Tal passagem apenas corrobora com a natureza bendita de Jesus e mostra o ódio em que viviam os doutores da Lei.
Não consigo ver qual o impacto teológico sobre essa problemática, que é conhecida desde o século II. O que alguém ganharia acrescendo o tal texto? Em que isso muda os piedosos ensinamentos de Cristo? O que mais me chama a atenção em toda essa antiga celeuma é que o escritor Bart foi abalado por isso – Por quê? Afinal de contas todo seminarista quando estuda o evangelho de João aprende sobre isso. Há revistas dominicais, feitas pra leigos, que os autores comentam sobre o caso da mulher adultera. Então, em que essa “grande” revelação afetaria o cristianismo?
Bem da verdade, o Sr. Bart não escreveu tal livro para esclarecer, mas com uma índole mercadológica – apenas isso e nada mais, pois não acrescentou nada, mas nada mesmo!
d) – O Texto de Mc. 1:41:
Diz a revista: “Outro exemplo de modificação intencional apontado por Bart Ehrman… Ali é relatado que Jesus cura um leproso… Alguns manuscritos Jesus aparece irado e, em outros, sentindo compaixão… é claro que os escribas cristãos preferiram esta última versão… A Bíblia de Jerusalém… também apresenta a ira… Muitas pessoas se sentem ameaçadas pelas conclusões que apresento… Com isso, as pessoas compreenderam que a fé em Deus não se baseia nas palavras em um livro…”.
Realmente o texto no original indica que há uma incerteza filológica a respeito do texto de Marcos 1:41– irado ou cheio de compaixão. Provavelmente a confusão tenha surgido devido às palavras similares (cf. siríaco, etbraham, “ele teve dó”, com ethra`em, “ele se enraiveceu” (05)). O contexto nos mostra Jesus dispensando um milagre para um pobre leproso, um indivíduo que não tinha nenhum valor para sua sociedade, mas que recebeu atenção do carpinteiro de Nazaré – a tradução não poderia ser outra – “movido de compaixão” e não “irado”.
A revista diz que no verso 41, na Bíblia de Jerusalém, o texto diz que Jesus estava irado, mas não é verdade – “Movido de compaixão, estendeu a mão, tocou-o e disse-lhe: Eu quero, sê purificado” (texto extraído na íntegra da Bíblia de Jerusalém em português). Talvez haja uma nova tradução da Bíblia de Jerusalém ou houve uma breve confusão dos editores da Revista. Mas o fato é que os tradutores da Bíblia não foram manipuladores ao escolher, entre duas palavras parecidas, a que mais se aproximava do contexto. Não vejo nada de anormal aqui. A acusação do sr. Bart mais uma vez é fantasiosa e falsa. Também não veja nada de libertador nisso ou de significativo a ponto de fazer desmoronar a fé de alguém.
4º ) ACUSAÇÃO:
“Houve supressões intencionais de textos Bíblicos”
A Revista cita alguns textos bíblicos em quadrados coloridos (Mt. 6:9-13; Rm. 16:7; Lc. 2:33 e Lc. 23:33-34), onde é exposto o texto no original e abaixo uma suposta tradução suprimida de alguma “verdade comprometedora”. Em meu entendimento, o único texto que merece mais atenção é o de Romanos. Os demais são redundantes e qualquer pessoa virá que o defendido pela matéria não faz muito sentido.
– O texto de Rm. 16:7
Diz a revista: texto original – “Saudai Andrônicos e Júnia, meus parentes e companheiros de prisão, eminentes apóstolos”. Texto modificado – “Saudai a Andrônico e a Júnia, meus parentes; também companheiros de prisão, apóstolos eminentes”. Com essa leve alteração, os copistas livram os cristãos do constrangimento de ter Júnia, uma mulher, no meio de um grupo apostólico.
É pueril esse argumento! Explico:
1º) – Júnia é nome de mulher?
Parece evidente que Júnia era nome tanto de homem quanto de mulher no período neotestamentário. O problema é que não sabemos que gênero Paulo o usou em Romanos. Epifânio, o bispo de Salamina em Chipre, menciona Júnia de Romanos 16.7 como sendo um homem que veio a ocupar o bispado de Apaméia da Síria. Concorda com isto o testemunho de Orígenes (morto em 252 D.C.), que num comentário em latim à carta aos Romanos se refere a Júnia no masculino. Então, temos uma saudação a dois apóstolos e não a uma apóstola e um apóstolo. Diante do pressuposto perguntamos – pra que mudar o texto, se o grego pede o contexto no caso do nome em questão? E o que dizer dos testemunhos que apontam Júnia como um homem?
2º) – As traduções protestantes corroboram que Júnia era apóstolo – “Saudai a Andrônico e a Júnias, meus parentes e meus companheiros de prisão, os quais são bem conceituados entre os apóstolos, e que estavam em Cristo antes de mim” (ARA).
3º) – Até mesmo traduções católicas corroboram que Júnia era apóstolo – “Saudai Andrônico e Júnia, meus parentes e companheiros de prisão, apóstolos exímios que precederam na fé em Cristo” (Bíblia de Jerusalém). – “Saudai Andrônico e Júnia, meus parentes e companheiros de cativeiro. Eles são apóstolos eminentes e pertenceram a Cristo mesmo antes de mim”. (Bíblia Edições Loyola).
Mais uma vez a acusação da revista e do sr. Bart é sem fundamentação, aleivosa e risível.
Bart – Um agnóstico
Diz a revista: “A história registra o caso de pelo menos um cristão que abandonou suas idéia sobre religião e Jesus ao tomar contato com essas questões bíblicas. O nome dele é Bart Ehrman – minhas convicções mudaram… nos mais de 30 anos que passei estudando… Logo me tornei um cristão mais liberal. Hoje… sou agnóstico…”.
Em resposta a essa argumentação de Bart, a revista cita um outro estudioso, mais moderado, que afirma que os argumentos de Bart não alteram a fé de ninguém – “de forma geral, a maioria dessas modificações (supostas e questionáveis) ficam apenas na parte externa dos textos, como se fosse uma maquiagem. O importante é que a essência é a mesma. Portanto os cristãos podem continuar acreditando no que lêem… O texto que conhecemos hoje é o mais próximo possível do original” (parênteses meu).
Bart deveria dar ouvidos ao seu colega e pesquisador. E mesmo que a maioria das suas conjecturas estivessem certas (e já provamos que não estão), não justificaria seu abandono da fé. Outro ponto importante de salientarmos é que nenhuma das “descobertas” desse escritor são novas ou que não foram escrutinadas devidamente por outros exegetas. O que posso concluir é que esse escritor não se tornou agnóstico por causa das suas pesquisas, mas por falta de uma experiência intrínseca e subjetiva com Deus.
Conclusão
O Novo Testamento é tão bem documentado que se não tivéssemos nenhum manuscrito grego, ainda assim seria possível reproduzir o seu conteúdo com base na multiplicidade de citações e comentários, sermões, cartas etc. dos antigos pais da Igreja. O volume de material do Novo Testamento é quase constrangedor em relação a outras obras da Antiguidade. Por isso, não resta agora mais nenhuma dúvida de que as Escrituras, principalmente as histórias a respeito de Jesus, chegaram até nós praticamente com o mesmo conteúdo dos escritos originais.
Fico feliz pela provocação feita por matérias desse tipo, pois só assim a oportunidade de falar sobre o assunto aflora.
Quando constato o milagre que Deus fez para que todo esse material (manuscritos e pergaminhos) chegasse até nós, a estrutura da minha fé pessoal torna-se ainda mais robusta e saudável. Sabemos que esse não será o último ataque, mas na adversidade Deus move homens para descobrir a verdade.
Bibliografia Recomendável:
(01) – Mario Curtis Giordani, “História de Roma”, Ed. Vozes, 1º Edição de 1968;
(02) – J. Macdowel, “Evidências que Exigem um Veredito”, Ed. Candeia, 2º Edição de 1992;
(03) – S.E. Mcnair, “A Bíblia Explicada”, Ed. CPAD, 10º Edição de 1992;
(04) – “A Bíblia de Jerusalém”, Edições Paulinas, 1985;
(05) – R. N. Champlin, “O Novo Testamento Interpretado”, Ed. Agnos, Edição de 1998;
06 – Lee Strobel, “Em Defesa de Cristo”, Ed. Vida, 1º Edição de 2000.
Leia também:
"Técnicas para mudança de Mente e Comportamento"
http://www.cacp.org.br – Centro Apologético Cristão de Pesquisa
por Geração Maranata
O estudioso de escatologia tem como questão mais importante o método de interpretação das profecias na Bíblia.
Os diferentes métodos de interpretação produziram as várias posições escatológicas existentes.
Por exemplo, a diferença básica entre Amilenistas e Pré-Milenistas não é se as Escrituras ensinam um Reino terreno, como ensina o Pré-Milenistas, mas como os versículos que ensinam esse Reino terreno devem ser interpretados. Portanto, antes de qualquer debate sobre as passagens proféticas e sobre as doutrinas escatológicas, é preciso estabelecer o método básico de interpretação.
I. O Método Alegórico
Um antigo método de interpretação que reavivou nestes últimos tempos é o método alegórico.
Qualquer declaração de supostos fatos que aceita interpretação literal e, no entanto, requer ou simplesmente admite interpretação moral ou figurada, é chamada alegoria. É para a narrativa ou para a história, o que as figuras de linguagem são para as palavras simples, adicionando ao sentido literal dos termos empregados um sentido moral ou espiritual.
Às vezes a alegoria é pura, ou seja, sem referência direta à sua aplicação, como na história do filho pródigo. Às vezes é mista, como no Salmo 80, em que simplesmente se insinua que os judeus são o povo que a videira tem por objetivo representar. (Salmo 80:17)
Alegorização é o método de interpretar um texto literário, considerando o sentido literal veículo para um sentido secundário, mais espiritual e mais profundo.
Nesse método, o significado histórico é negado ou desprezado, e a tônica recai inteiramente num sentido secundário, de modo que as palavras ou os acontecimentos primeiros têm pouco ou nenhum significado.
Os perigos do método alegórico
1) O primeiro grande perigo do método alegórico é que ele não interpreta as Escrituras. Existe uma liberdade ilimitada para a fantasia, basta que se aceite o princípio, e a única base da exposição encontra-se na mente do expositor.
2) A citação anterior deixa prever, também, um segundo grande perigo no método alegórico: a autoridade básica da interpretação deixa de ser a Bíblia e passa a ser a mente do intérprete. A interpretação pode então ser distorcida pelas posições doutrinárias do intérprete, pela autoridade da igreja à qual ele pertence, por seu ambiente social e por sua formação ou por uma enormidade de fatores.
3) Um terceiro grande perigo do método alegórico é que não há meios de provar as conclusões do intérprete.
Afirmar que o principal significado da Bíblia é um sentido secundário e que o principal método de interpretação é a "espiritualização" é abrir a porta para imaginação e especulação. Por essa razão, entende-se que o controle na interpretação se encontra no método literal.
Assim, os grandes perigos inerentes a esse sistema são a eliminação da autoridade das Escrituras, a falta de bases pelas quais se podem averiguar as interpretações, a redução das Escrituras ao que parece razoável ao intérprete e, por conseguinte, a impossibilidade de uma interpretação verdadeira das Escrituras.
II. O Método Literal
Em oposição direta ao método alegórico de interpretação encontra-se o método literal.
O método literal de interpretação é o que dá a cada palavra o mesmo sentido básico e exato que teria no uso costumeiro, normal, cotidiano, empregada de modo escrito, oral ou conceitual.
Chama-se método histórico-gramatical para ressaltar o conceito de que o sentido deve ser apurado mediante considerações históricas e gramaticais.
O sentido "literal" de uma palavra é o seu significado básico, costumeiro, social. O sentido espiritual ou oculto de uma palavra ou expressão é o que deriva do significado literal e dele depende para sua existência.
Interpretar literalmente significa nada mais, nada menos que interpretar sob o aspecto do significado normal, costumeiro. Quando o manuscrito altera seu significado, o intérprete imediatamente altera seu método de interpretação.
Evidências a favor do método literal
Em defesa da abordagem literal, podemos sustentar que:
a) O sentido literal das frases é a abordagem normal em todas as línguas.
b) Todos os sentidos secundários de documentos, parábolas, tipos, alegorias e símbolos dependem, para sua própria existência, do sentido literal prévio dos termos.
c) A maior parte da Bíblia tem sentido satisfatório se interpretada literalmente.
d) A abordagem literalista não elimina cegamente as figuras de linguagem, os símbolos, as alegorias e os tipos; no entanto, se a natureza das frases assim exigir, ela se presta prontamente ao segundo sentido.
e) Esse método é o único freio sadio e seguro para a imaginação do homem.
f) Esse método é o único que se coaduna com a natureza da inspiração. A inspiração completa das Escrituras ensina que o Espírito Santo guiou homens à verdade e os afastou do erro. Nesse processo, o Espírito de Deus usou a linguagem, e as unidades de linguagem (como sentido, não como som) são palavras e pensamentos. O pensamento é o fio que une as palavras. Portanto, nossa própria exegese precisa começar com um estudo de palavras e de gramática, os dois elementos fundamentais de toda linguagem significativa.
Visto que Deus concedeu Sua Palavra como revelação ao homem, teria de esperar que Sua revelação fosse dada de forma tão exata e específica que Seus pensamentos pudessem ser comunicados e entendidos corretamente quando interpretados segundo as leis da linguagem da gramática. Tomada como evidência, essa pressuposição favorece a interpretação literal, pois um método alegórico de interpretação turvaria o sentido da mensagem entregue por Deus ao homem.
O fato de que as Escrituras continuamente remetem para interpretações literais serve de prova adicional quanto ao método a ser empregado para interpretar a Palavra. Talvez uma das evidências mais fortes a favor do método literal seja o uso que o Novo Testamento faz do Antigo. Quando o Antigo Testamento é usado no Novo, só o é em sentido literal. Basta estudar as profecias que foram cumpridas na primeira vinda de Cristo — em Sua vida, em Seu ministério e em Sua morte — para comprovar esse fato.
Nem uma profecia sequer, dentre as que se cumpriram plenamente, foi cumprida de outro modo que não o literal. Embora possa ser citada uma profecia no Novo Testamento como prova de que certo acontecimento cumpre de modo parcial uma profecia (como em MT 2.17,18), ou para mostrar que um acontecimento está em harmonia com o plano preestabelecido de Deus (como em At 15), isso não torna necessário um cumprimento não literal, nem nega um cumprimento completo no futuro, pois tais aplicações da profecia não exaurem o seu cumprimento. Portanto, essas referências à profecia não servem de argumentos a favor de um método não literal.
Com base nessas considerações, conclui-se que há evidências de apoio à validade do método literal de interpretação.
As vantagens do método literal
Há várias vantagens neste método que o torna preferível em relação ao alegórico:
a) Baseia a interpretação em fatos. Procura estabelecer-se sobre dados objetivos — gramática, lógica, etimologia, história, geografia, arqueologia, teologia.
b) Exerce sobre a interpretação um controle semelhante ao que a experiência exerce sobre o método científico, a justificação é o controle das interpretações. Qualquer coisa que não se conforme aos cânones do método literal-cultural-crítico deve ser rejeitada ou vista com suspeita. Além disso, esse método oferece a única fiscalização fidedigna para a constante ameaça de aplicar uma interpretação de duplo sentido às Escrituras.
c) Tem obtido o maior sucesso na exposição da Palavra de Deus. A exegese não começou a sério até a igreja já ter mais de um milênio e meio de idade. Com o literalismo de Lutero e de Calvino, a luz da Escritura literalmente se acendeu. Esse é o aclamado método da alta tradição escolástica do protestantismo conservador. É o método de Bruce, Lightfoot, Zahn, A. T. Robertson, Ellicott, Machen, Cremer, Terry, Farrar, Lange, Green, Oehler, Schaff, Sampey, Wilson, Moule, Perowne, Henderson Broadus, Stuart — para citar apenas alguns exegetas típicos.
Além dessas vantagens, pode-se acrescentar que este tipo de interpretação nos fornece uma autoridade básica por meio das quais, interpretações individuais podem ser postas a prova.
O método alegórico, que depende da abordagem racionalista do intérprete ou da conformidade a um sistema teológico predeterminado, deixa-nos sem uma verificação autorizada por base. No método literal, uma passagem da Escritura pode ser comparada a outra, pois, como Palavra de Deus, tem autoridade e é o padrão pelo qual toda verdade deve ser testada.
Com respeito a isso, pode-se observar que o método nos livra tanto da razão quanto do misticismo como requisitos da interpretação. Não é necessário depender de treinamento ou de capacidade intelectual, nem do desenvolvimento de percepção mística, e sim da compreensão do que está escrito em sentido comumente aceito. Somente sobre esse fundamento o leitor médio pode compreender e interpretar as Escrituras por si mesmo.
O método literal e a linguagem figurada
Todos reconhecem que a Bíblia está repleta de linguagem figurada. Com base nisso, muitas vezes afirma-se que o uso de linguagem figurada exige interpretação figurada.
No entanto, figuras de linguagem são usadas como meios de revelar verdades literais. O que é literalmente verdadeiro em determinado campo, com o qual se esta familiarizada; é transposto literalmente para outro campo, com o qual talvez não se esteja tão familiarizado, para ensinar alguma verdade nesse campo menos conhecido.
Se as palavras são empregadas em seu significado natural e primitivo, o sentido que expressam é o seu sentido literal estrito. Por outro lado, se são empregadas com um significado figurado e derivado, o sentido, embora ainda literal, é geralmente chamado metafórico ou figurado. Por exemplo, quando lemos em João 1.6 "Houve um homem […] cujo nome era João", é óbvio que os termos ali empregados são tomados estrita e fisicamente, pois o escritor fala de um homem real, cujo nome real era João. Por outro lado, quando João Batista, apontando para Jesus, disse: "Eis o Cordeiro de Deus" (Jo 1.29), também é claro que ele não usou a palavra "cordeiro" no mesmo sentido literal estrito que teria excluído toda metáfora ou figura de linguagem e denotado um cordeiro real: o que ele queria imediata e diretamente comunicar, isto é, o sentido literal de suas palavras, é que no sentido derivado e figurado Jesus podia ser chamado "Cordeiro de Deus". No primeiro caso, as palavras foram usadas em sentido literal estrito; no segundo, em sentido metafórico ou figurado.
O fato de os livros das Sagradas Escrituras terem sentido literal (estrito ou metafórico), isto é, sentido imediata e diretamente pretendido pelos escritores, é uma verdade tão clara em si mesma e ao mesmo tempo tão universalmente aceita, que seria inútil insistir nela aqui.
Será que alguma passagem das Sagradas Escrituras tem mais que um sentido literal? Todos admitem que, uma vez que os livros sagrados foram compostos por homens e para homens, seus autores naturalmente conformaram se a mais elementar regra dos relacionamentos humanos; que exige que apenas um sentido preciso seja imediata e diretamente pretendido pelas palavras de quem fala ou de quem escreve.
O literalista não nega a existência de linguagem figurada. Porém, ele nega que tais figuras devam ser interpretadas de modo que destruam a verdade literal pretendida pelo emprego das figuras. A verdade literal deve ser informada por meio dos símbolos.
Algumas objeções ao método literal
1) A linguagem da Bíblia muitas vezes contém figuras de linguagem. É o caso, sobretudo, da poesia. Na poesia dos Salmos, no estilo elevado da profecia e mesmo na simples narrativa histórica surgem figuras de linguagem que obviamente não tinham o propósito de ser entendidas literalmente.
2) O grande tema da Bíblia é Deus e Seus atos redentores para com a humanidade. Deus é Espírito; os ensinos mais preciosos da Bíblia são espirituais, e essas realidades espirituais e celestiais são muitas vezes apresentadas sob a forma de objetos terrenos e relacionamentos humanos.
3) O fato de que o Antigo Testamento é ao mesmo tempo preliminar e preparatório ao Novo Testamento é tão óbvio que dispensa prova. Ao remeter os crentes de Corinto, a título de advertência, aos acontecimentos do Êxodo, o apóstolo Paulo declarou que aquelas coisas lhes haviam sobrevindo como "exemplos" (tipos). Isto é, prefiguravam coisas por vir. Isso confere a muito do que está no Antigo Testamento significância e importância especiais. Tal interpretação reconhece, à luz do cumprimento no Novo Testamento, um sentido mais profundo e muito mais maravilhoso nas palavras de muitas passagens do Antigo Testamento do que aquele que, tomadas em seus antecedentes veterotestamentários, elas parecem possuir.
Em resposta ao primeiro desses argumentos, é necessário reconhecer o uso bíblico das figuras de linguagem. Como se ressaltou previamente, as figuras de linguagem podem ser usadas para ensinar verdades literais de maneira mais vibrante que as palavras corriqueiras, mas nem por isso exigem interpretação alegórica.
Com respeito ao segundo argumento, embora se reconheça que Deus é um ser espiritual, a única maneira pela qual Ele poderia revelar a verdade de um Reino, no qual ainda não entramos, seria traçando um paralelo entre esse Reino e o Reino em que agora vivemos. Por meio da transferência de algo que é literalmente verdadeiro no Reino conhecido para o Reino desconhecido, este nos será revelado. O fato de Deus ser espiritual não exige interpretação alegórica. E preciso distinguir entre o que é espiritual e o que é espiritualizado.
Por fim, com respeito à terceira objeção, embora se reconheça que o Antigo Testamento é preditivo, e que o Novo desenvolve o Antigo, a plenitude não é revelada no Novo por meio da alegorização do que é tipificado no Antigo; é revelada, isto sim, pelo cumprimento literal e pelo desenvolvimento da verdade literal dos tipos. Estes podem ensinar verdade literal, e o uso de tipos no Antigo Testamento não serve de apoio para o método alegórico de interpretação.
Livro pesquisado: Manual de Escatologia de Dwight Pentecost
Filed Under (Sinais Proféticos) by Geração Maranata on 29-10-2010
Com ajuda da tecnologia Bíblia pode ser traduzida nas 6.909 línguas existentes no mundo
Um esforço cristão de quase dois mil anos poderia ser concluído em 2025. Tradutores protestantes esperam ter a Bíblia, ou pelo menos parte dela, escrita em cada uma das 6.909 línguas faladas no mundo todo.
“Há 20 séculos estamos traduzindo a Bíblia e este período no qual estamos é o mais Produtivo”, disse Morrison Paul Edwards, que dirige a Wycliffe Bible Translators. Os computadores portáteis e satélites têm o crédito para acelerar as traduções de cerca 125 anos.
Anteriormente, uma família missionária Wycliffe ou a equipe passaria décadas aprendendo e transcrevendo um idioma em um canto remoto da Terra.
O homem responsável por levantar 1 bilhão de dólares necessários para o esforço, que chamou de Campanha do último Idioma (Last Language Campaign), acredita que Deus irá fornecer pessoas e dinheiro para.
“Com a provisão de Deus passamos por uma crise financeira e durante o mesmo ano com a crise financeira, temos o nosso melhor ano de todos em número de traduções já iniciadas,” disse Paul Edwards, diretor executivo da Campanha do último Idioma da Wycliffe, para o The Christian Post.
“Aparentemente, Deus está menos preocupado com o dinheiro e ele está mais preocupado em a sua Palavra ser liberada.”
A Campanha do último Idioma lançada em Novembro de 2008, com o objetivo de proporcionar a alfabetização, informação sobre saúde de salvar vidas, e Bíblia para todos os pequenos grupos de idioma do mundo. Desde o lançamento, a Wycliffe recebeu uma autorização total de US $ 184 milhões.
Rápida Velocidade de Translação com ajuda da tecnologia
Edwards disse que muitos fatores estão contribuindo para a velocidade rápida de tradução da Bíblia ao longo dos últimos anos.
Já em 1999, a Wycliffe estimou que levaria oito gerações, ou cerca de 140 a 150 anos, antes de ver a última tradução iniciada. Em 1999, o grupo teve em média 20 novas traduções começando a cada ano e faltavam cerca de 3.000 línguas.
Mas 10 anos depois, a Wycliffe tinha 109 traduções iniciadas em 2009. A média de nova tradução iniciada para os últimos 10 anos é de 75, observou Edwards.
O diretor da Campanha do último Idioma creditou tecnologia e novas abordagens para a tradução para o aumento da velocidade.
O software de computador permite que os tradutores, razoavelmente, prevejam com precisão o resto do parágrafo, após entrarem com algumas palavras fonéticas. Também um pequeno satélite, alimentado por bateria e um laptop permite que um tradutor verifique seu tradutor com um tradutor mestre em algum lugar do mundo, com pouco esforço.
Anteriormente, o tradutor tinha que levar à mão a tradução de um parágrafo a partir da selva rural, por horas, usando barcos e caminhões e, em seguida, voar 20-50 horas só de ida para obter isso checado. Agora, com o satélite movido a bateria e laptop, os tradutores podem apresentar apenas online a sua tradução e horas mais tarde um tradutor mestre responde “é extraordinária a compressão do tempo,” disse Edwards em reverência.
Os missionários contemporâneos, munidos com a tecnologia e utilizando os tradutores nativos, pode ser capaz de supervisionar as transcrições de várias línguas.
“Os Missionários Wycliffe não evangelizam, ensinam teologia ou realizam estudos bíblicos. Fornecem a linguagem escrita. Eles ensinam a ler e escrever na sua língua materna”. Os missionários desenvolvem alfabetos e traduzem a Bíblia.
Cerca de 350 milhões de pessoas, principalmente na Índia, China, África Subsaariana e na Papua Nova Guiné só falam esses idiomas.
Trabalhar na tradução necessita de cerca de 6.600 missionários de carreira e de curto prazo com a formação da Bíblia e da lingüística. Eles estão seguindo o mandamento do Novo Testamento de Jesus no Livro de Mateus: “Ide, pois, e fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, ensinando-os a observar todas as coisas que vos tenho ordenado de você”.
Mas os missionários têm que ir à campo com seus próprios recursos ou com o apoio de uma igreja. A missionária Katie Zartman tem 27 anos de campo missionário e é designer gráfico sénior na sede da Wycliffe na Flórida, no estado de Orlando (EUA).
Ela retornou recentemente de uma missão de duas semanas para o Senegal, em língua francesa da África Ocidental, onde ministrou um workshop sobre o layout e design para Saafis, uma pequena minoria do Senegal para que Wycliffe não é apenas traduzisse a Bíblia, mas também ajudasse a criar um pequeno corpo de literatura nativa.
“Metade das pessoas não estavam confiantes em suas habilidades básicas do computador quando eles começaram, mas conseguiram em duas semanas”, disse Zartman.
Doze participantes que utilizam software de código aberto (download grátis) completaram uma dúzia de rascunhos de livretos de 24 páginas na língua materna Saafi. A maioria eram histórias infantis.
“Uma vez que eles têm a Bíblia em sua língua isso é quase como um dicionário para que eles escrevam sobre suas tradições orais e cultura”, disse Zartman. “O Saafis vêem o perigo de ser engolido pelas culturas em torno deles. Agora eles podem criar seus próprios livros”.
O lugar de Oração em Vision 2025. Wycliffe Bible Translators acredita que todas as línguas faladas no mundo podem ter parte da Bíblia escrita em sua língua materna dentro de 15 anos
Wicliffe
A era moderna da tradução da Bíblia começou com William Cameron Townsend em 1942. Ele fundou a Wycliffe, em homenagem a don John Wycliffe, que traduziu a primeira Bíblia em Inglês em finais dos anos 1300. Anteriormente os ingleses tinham que ler a Bíblia em latim.
Até agora a Wycliffe e suas organizações, como o Summer Institute of Language (agora conhecido como SIL International), tem participação em mais de 700 traduções das Escrituras.
A SIL tem estatuto consultivo formal com as Nações Unidas e o Conselho Econômico e Social das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura.
Edwards, um ex-fundraiser para a Universidade de Stanford e promotor do ministério do Colorado levantou mais de US $ 170 milhões em menos de dois anos para este grande impulso final, a última campanha de Idiomas.
Edwards disse que a Wycliffe está ajudando a preservar as línguas indígenas e culturas.
“Quinhentos anos atrás havia o dobro do número de línguas que temos agora”, disse Edwards.
Muitos outros idiomas estão à beira da extinção – falado por poucas pessoas idosas e sem filhos. No entanto, uma vez que uma língua é escrita não pode ser perdida completamente.
Os antropólogos foram mais céticos sobre o efeito dos missionários nas culturas indígenas. “Que bom que essas pessoas puderam fazer isso, mas eles devem ter algum interesse nisso”, disse o professor de Antropologia da Universidade do Colorado Paul Shankman. “Eles têm seus próprios objetivos”.
Nova abordagem
A Wycliffe também está usando uma nova abordagem com tradução com equipes de grupos ou clusters de tradução de línguas semelhantes ao mesmo tempo. Muitas equipes de tradução em todo o mundo estão trabalhando de cinco para 12 línguas semelhantes ao mesmo tempo, por isso, se um grupo de idiomas recebe um relato do Evangelho, então do mesmo modo fazem outros grupos de língua.
Outra inovação é não usar a cronologia para determinar o ponto de partida de tradução. Em vez disso, as equipes traduzem as histórias do Novo Testamento, que podem então ser rapidamente compartilhadas por contadores de história orais com os moradores. A ?linha de frente” tradutor também é alterada a partir de missionários ocidentais para um indígena.
“Nossa metodologia antiga era ? Uma equipe, para uma língua, por uma vida,” disse Edwards. “Nós poderíamos chamá-la de abordagem clássica.”
Mas agora, a Wycliffe tenta encontrar o maior número possível de clusters para a campanha. No entanto, algumas línguas ainda precisam ser traduzidas por “Uma equipe … por uma vida.”
“Nossa esperança e desejo quando olhamos para 2010-2011 é que as Igrejas norte-americanas possam acordar para escolher e dedicar-se a esse emocionante final,” disse Edwards. “Você pode citar um outro movimento contínuo de 2.000 anos que vai ter seu fechamento em nossa vida?”
Um terço das línguas faladas no mundo ainda não têm escrituras na sua língua materna.
Trazendo idéias estrangeiras
O Professor adjunto David Stoll do Middlebury College, em Vermont, que estudou a Wycliffe, tem escrito que as atividades de missionários Wycliffe, como os de todos os missionários, tornam-se intimamente ligados não apenas com as tradições religiosas, mas também com a expansão da cultura de fala Inglês, economia, tecnologia, medicina e objetivos políticos. Eles trazem todas estas coisas com eles.
“Se você não é capaz de satisfazer a liderança da aldeia não há nenhuma razão para que eles presumem que o que você está fazendo para trazer a eles – a língua escrita – é particularmente valioso “, disse Edwards.
A própria Bíblia não é pouca influência sobre a cultura. “Estou animada para traduzir a palavra de Deus em todas as línguas”, disse Zartman. “Todas as pessoas poderão ler a Bíblia em sua própria língua, assim Deus não será um conceito estranho”.
Fontes:
http://www.denverpost.com/
http://www.wycliffe.org/
http://portuguese.christianpost.com/
Filed Under (Arqueologia) by Geração Maranata on 20-10-2010
Documentos de 2 mil anos serão disponibilizados gratuitamente. Obras foram encontradas entre 1947 e 1956 no Mar Morto.
Traduções dos textos também serão colocadas à disposição. (Foto: Sebastian Scheiner/AP)
O departamento israelense de antiguidades e o Google anunciaram nesta terça-feira (19) o lançamento de um projeto para divulgar, na internet, os manuscritos do Mar Morto, que contêm alguns dos mais antigos textos bíblicos.
O plano, que custará US$ 3,5 milhões (2,5 milhões de euros) tem o objetivo de disponibilizar gratuitamente esses documentos, que possuem cerca de 2 mil anos.
“É a descoberta mais importante do século 20 e vamos compartilhá-la com a tecnologia mais avançada do século 21″, afirmou a responsável pelo projeto do departamento israelense, Pnina Shor, em uma coletiva de imprensa em Jerusalém.
A administração israelense captará imagens em alta definição utilizando uma tecnologia “multiespectral” desenvolvida pela Nasa. As imagens serão, posteriormente, publicadas na internet pelo Google em uma base de dados. As traduções dos textos também serão colocadas à disposição. Shor afirmou que as primeiras imagens estarão disponíveis nos próximos meses e o projeto terminará em cinco anos.
“Todos os que possuem uma conexão à internet poderão acessar algumas das obras mais importantes da humanidade”, disse o diretor do centro de pesquisa e desenvolvimento do Google em Israel, Yossi Mattias.
Descoberta arqueológica
Acredita-se que os 900 manuscritos encontrados entre 1947 e 1956 nas grutas de Qumran, no Mar Morto, constituem uma das descobertas arqueológicas mais importantes de todos os tempos. No material encontrado, há pergaminhos e papiros com textos religiosos em hebraico, aramaico e grego, assim como o Antigo Testamento mais velho que se conhece.
Leia mais:
Google, a Autoridade das Antigüidades de Israel e os Manuscritos do Mar Morto
A Autoridade das Antigüidades de Israel, o Centro de Desenvolvimento da em Israel a Fundação Leon Levy e a Fundação Arcadia lançam o primeiro projeto desse tipo – "A Biblioteca Digital dos Manuscritos do Mar Morto, em memória de Leon Levy." O que será a documentação completa na rede dos Manuscritos do Mar Morto.
19 de outubro de 2010 – por ocasião do seu 20 º aniversário, a Autoridade Israelense de Antiguidades lança um grande projeto para documentar os Manuscritos do Mar Morto – Biblioteca Digital dos Manuscritos do Mar Morto, em memória de Leon Levy. O projeto deverá incluir fotos mais importante descoberta arqueológica do século XX com inovadoras técnicas e upload de mais de 900 manuscritos (composto de milhares de peças), para a internet.
Entretanto, a Autoridade de Antiguidades de Israel esta manhã anunciou uma colaboração com o Centro de P & D do Google Israel, o que permitirá a elevação da grade de fotografias dos manuscritos, o navegador terá acesso ao conteúdo histórico.
O projeto foi possível graças a uma generosa doação da Fundação Leon Levy, uma contribuição adicional de Fundação Arcadia com mão de obra dando suporte, e permitirá que – pela primeira vez desde os 50 anos do século XX, seja feito o registro fotográfico de cerca de 30.000 fragmentos dos pergaminhos encontrados nos laboratório de conservação dos manuscritos da Autoridade das Antigüidades de Israel. Todas as peças serão fotografadas com as técnicas mais inovadoras disponíveis atualmente no mundo, serão disponibilizadas na rede.
A documentação tecnológica inovadora, que vai começar a estar disponível no começo de 2011, permitirá a foto (imagem) de cada seção de diferentes comprimentos de onda através de um sistema desenvolvido pela americana Chen Magoiz, com a performance de conservação de monitoramento ao longo dos anos, de forma precisa e não invasiva(sem tocar nos manuscritos). Criando imagens eletrônicas de qualidade comparável ao exame físico das secções dos manuscritos, evita a necessidade de exposições repetidas aos investigadores dos manuscritos e sua conservação para a posteridade. A tecnologia inovadora também encontrará seções re-escritas que "desapareceram de vista" ao longo dos anos, e agora – através de ondas de luz "além do visível", revela mais uma vez o seu conteúdo – um movimento que poderia abrir uma nova janela para o estudo dos pergaminhos.
Poderá ser feito upload de fotos com a ajuda do Google/Israel, e irá incluir a identificação dos pergaminhos, a sua transcrição em Utaragon. Os sistemas de busca permitem uma rápida verificação cruzada de todas as novas informações disponíveis que será lançada na rede.
Segundo Shuka Dorfman, diretor de Antiguidades de Israel: "Esta é uma ligação histórica com o progresso que fizemos, a fim de preservar a herança para as gerações futuras. Com a pesquisa detalhada e exaustiva, fomos capazes de recrutar os melhores cérebros e tecnológica para os meios de preservação do nosso património activo, de modo que o público possa, com um clique, expostor a história em toda a sua glória. Estamos orgulhosos de permitir o acesso imediato as mais importantes descobertas arqueológicas do século XX na Bíblia, a história do judaísmo e do cristianismo ".
Professor Yossi Matias, diretor do centro de pesquisa e desenvolvimento em Israel, o Google disse: "Estamos orgulhosos de participar do projeto que torna o rico acervo da Autoridade de Antiguidades de Israel acessível ao mundo inteiro. Este projecto vai enriquecer a preservar uma parte importante do património cultural mundial, tornando-o acessível a todos que navegam em qualquer lugar. Vamos continuar no esforço histórico para fazer com que todas as informações existentes sejam acessíveis de todos os arquivos e depósitos."
O anúncio foi feito esta manhã após três anos de pesquisa que a Autoridade das Antiguidades de Israel buscou as melhores tecnologias de imagem, sistemas de informação, medidas de conservação, e o aumento do orçamento necessário para iniciar o projeto em todo o mundo. Pnina Shor que gerencia o projeto em nome de Antiguidades da Autoridade, foi assistida pelas principais instituições e profissionais na área: Prof Steve Weiner, do Instituto Weizmann, Ze'ev Prof Eisenstadt Universidade Hebraica, o Dr. Gregory Berman – um ex-cientista sênior da NASA no Califórnia Institute of Technology, Diane van der Bryden, diretor do Departamento de Conservação da Biblioteca do Congresso em Washington, EUA, e professor Emilio Barcelona Marengo Universidade de Piemonte Oriental Manfredi, Itália.
Sobre Karen Leon Levy
Leon Levy Foundation é uma fundação privada sem fins lucrativos. O fundo foi criado em 2004, em homenagem a Leon Levy, um investidor lendário com um compromisso de muitos anos – em muitos projetos de caridade.
Sobre Fundação Arcadia
Arcadia Foundation, fundada por Isabel Rausinge Peter Baldwin, em curso desde 2001. Até hoje, a Fundação concedeu bolsas de estudo, totalizando 192 milhões de dólares.
Para saber mais:
www.arcadiafund.org.uk
www.leonlevy.org
Fontes:
www.g1.globo.com
www.cafetorah.com
Filed Under (Arqueologia, Defesa da Fé) by Geração Maranata on 26-09-2010
A Bíblia é o livro mais bem preservado de todos os livros da antigüidade. A preservação da Bíblia foi um trabalho realizado pelos os homens, porém não temos como deixar de ver a mão de Deus atuando e fazendo com que tenhamos em mãos a autêntica Palavra de Deus.
Frases como estas: “A Bíblia foi mudada com o passar dos séculos”; “Os papas e os sacerdotes de Roma mudaram toda a Bíblia"; "Os originais estão escondidos no Vaticano”; “Vários livros foram retirados da Bíblia”; “O problema com a Bíblia é que há muitas traduções”; “Há muitas Bíblias diferentes”.
Por trás de todas elas, há um só temor: que a mensagem de Deus, entregue no passado aos homens, tenha sido desfigurada e corrompida como tudo o que passa pela mão da humanidade. Há também a desconfiança do homem e da mulher comum, acostumados a ver manipulação da informação em muitas ocasiões, e imaginando que o mesmo poderia ter sido realizado com a Bíblia.
É verdade que a Bíblia foi mudada com o passar do tempo?
Quando alguém fala da Bíblia como tendo sido alterada, é importante indagar em primeiro lugar, qual mudança o questionador tem em mente. Quando nos defrontamos com pessoas que têm esta dúvida, normalmente, a pessoa não pode citar nenhum caso específico de alteração. Fala-se muito sobre o Vaticano ou dos imperadores romanos. Outros falam de “livros proibidos” ou de “livros retirados ou perdidos” da Bíblia. Mesmo nestes casos, todas as referências são vagas e incertas. Pouquíssimos têm algo concreto a perguntar.
Quem não a conhece ou só tem conhecimento dela de segunda mão, muitas vezes por meio da imprensa sensacionalista, acaba desconfiando dela ou julgando que está corrompida, como os próprios meios de comunicação que lhe passaram informações falsas.
A aceitação da Bíblia como livro inspirado por Deus é um ato e decisão de fé: isto quer dizer que não se aceita este ensino sem confiar em Deus. Contudo, a Escritura não apela para a irracionalidade ou superstição. Quando estudamos a Bíblia à luz de certos conhecimentos humanos, percebemos facilmente a inspiração divina da Bíblia.
Se a Bíblia fosse um livro, “cheio de erros”, como dizem alguns, a afirmação de ser um livro inspirado por Deus estaria comprometida, pois, se um livro erra a todo instante, é obra humana e de pouco valor. Contudo, o que se observa é que a Bíblia é um livro “cheio de acertos” em todas as áreas do conhecimento humano: história, geografia, ciências biológicas, psicologia, etc. Embora a Bíblia não seja livro texto destas matérias, suas afirmações em cada uma destas áreas, sempre podem ser verificadas como correta.
Os críticos precisam eliminar a credibilidade na Bíblia, pois sem ela, eles se sentem à vontade para praticar todo tipo de atos perversos. A Bíblia é um tropeço na vida de tais pessoas, pois aponta e condena seus pecados que eles mesmos não querem largar.
Um dos modos mais usados para desacreditar a Bíblia é a criação de heresias para deturpar a mensagem dando a ela uma nova interpretação fora do contexto, como fazem várias religiões que neguem a inspiração divina da Bíblia, mas a usam para apoiar suas próprias doutrinas religiosas e com isso dar credibilidade a mesma. .
Mas é justo perguntar: a Bíblia merece crédito ?
A Bíblia pode resistir aos ataques que constantemente os críticos lançam contra ela?
Pretendemos usar a apologética propriamente dita, lançando mão de várias descobertas científicas principalmente arqueológicas como meio de refutação às criticas levantadas.
Outro fato são as profecias bíblicas. As profecias são uma das provas mais importantes a favor da inspiração Bíblica. Só um livro escrito sob a direção de Deus, poderia prever detalhes da história e, sobretudo, da carreira de Jesus na terra, com tanta precisão e antecedência.
A BÍBLIA MERECE CONFIANÇA POIS FOI BEM CONSERVADA
Os boatos sobre supostos erros da Bíblia baseiam-se no desconhecimento sobre como a Bíblia foi formada e como foi transmitida até hoje. Imagina-se que o processo de formação e transmissão da Bíblia desde a antigüidade até hoje, tenha sido um processo obscuro, cheio de falsificações e de interferências humanas.
A verdade é que a Bíblia atravessou os séculos, desde sua origem até hoje, em um processo que pode ser acompanhado pela análise da própria Escritura. A Bíblia foi redigida durante aproximadamente 1500 anos, desde o primeiro escritor, Moisés em 1440 a. C., até o último, o apóstolo João, que morreu pouco antes do ano 100 A.D. Depois disto, ela foi transmitida até nossos dias.
A integridade da evidência manuscrita
Como qualquer antigo livro que chegou a nós através de um grande número de manuscritos a pergunta que nos vem é se podemos confiar que eles são realmente como os originais. Vamos ver as comprovações que temos para a integridade dos livros do Novo Testamento?
Vamos comparar a evidência manuscrita para a Bíblia com outros escritos antigas de igual época.
a) Tácito, o historiador romano, escreveu seus Anais da Roma Imperial em aproximadamente D.C. 116. Só um manuscrito restou de seus trabalhos. Foi copiado em aproximadamente 850 D.C.
b) A Ilíada de Homero foi escrita ao redor de 800 A.C. Era tão importante para os gregos antigos como a Bíblia era aos hebreus. Há mais de 650 manuscritos que permanecem mas eles datam de 200 a 300 D.C. que são mais de mil anos depois que foi escrita.
Os Manuscritos
Um manuscrito é qualquer documento "escrito a mão", tradução literal do latim manu scriptum, em oposição a documentos impressos ou reproduzidos de outras maneiras, como a tipografia.
Autógrafos – 586 A.C. Jerusalém foi destruída pelo rei babilônico Nabucodonosor. Os judeus foram levados em cativeiro para a Babilônia. Eles permaneceram na Babilônia sob o Império Medo-persa e lá começaram a falar aramaico.
• 555-545 A.C. O Livro de Daniel 2:4 a 7:28 foram escritos em aramaico.
• 425 A.C. Malaquias, o último livro do Velho Testamento, foi escrito em hebreu.
• 400 A.C. Ez. 4:8 a 6:18; e 7:12-26 foram escritos em aramaico.
Papiros — Produzidos quando o movimento iniciado pelos discípulos de Jesus ainda era ilegal. Datam dos séculos II e III d.C e constituem valioso testemunho da veracidade do Novo Testamento, pois surgiram há apenas uma geração dos Autógrafos, que eram os Manuscritos originais.
Os mais conhecidos, que levam o nome de seus descobridores ou do local onde foram achados, são:
• Fragmento de John Rylands – [117 – 118 d.C] Encontrado no Egito em 1930. Contém parte do Evangelho de João;
• Papiros de Bodmer – [175 – 225 d.C] O p66 contém parte do Evangelho de João e data do ano 200; o fragmento p72 contém cópias de Judas e de I e II Pedro; e o p75 contém a mais antiga cópia do Evangelho de Lucas;
• Papiros Chester Beaty – [250 d.C] Contendo quase todo o Novo Testamento. O p45 contém os Evangelhos e o livro de Atos dos Apóstolos; o p46, a maior parte das cartas de Paulo; e o p47, parte do Apocalipse;
• Papiros de Oxirrinco [século III d.C] Diversos manuscritos encontrados no Egito em 1898.
• Manuscrito Oriental nº 4445 do Museu Britânico – trata-se de uma cópia do Pentateuco (Gênesis 39.20 a Deuteronômio 1.33) cujo texto remonta a 850 d.C.
Unciais — Manuscritos em caracteres maiúsculos, escritos em velino e pergaminho, constituem os escritos mais importantes do Novo Testamento dos séculos III a V. Existem cerca de 297 Unciais, entre eles:
• Códice Alexandrino – Data do século V;
• Códice Beza ou Cambridge – Cerca de 500 d.C; é o manuscrito bilíngüe mais antigo do Novo Testamento. Foi escrito em Grego e Latim;
• Códice Efraimita – Originou-se em Alexandria, no Egito, em cerca de 345 d.C;
• Códice Sinaítico [Álefe] – Data do século IV e possui poucas omissões;
• Códice Vaticano – É o mais antigo dos Unciais [325 – 350 d.C] e foi desconhecido dos estudiosos bíblicos até 1475, quando foi catalogado na Biblioteca do Vaticano. Contém a maior parte do Velho Testamento [Septuaginta / LXX] com os Apócrifos e o Novo Testamento em Grego;
• Códice dos Profetas Anteriores e Posteriores da Sinagoga Caraíta do Cairo. Foi escrito em Tiberíades em 895 d.C. Os Profetas Anteriores são: Josué, Juízes, Samuel, Reis. Os Profetas Posteriores são: Isaías, Jeremias, Ezequiel, Os Doze (Profetas Menores).
• Códice Petropolitano, escrito em 916 d.C. (ou 930 d.C.), veio da Criméia. Contém apenas os Profetas Posteriores. Está na biblioteca de Leningrado (a antiga Petrogrado, donde deriva o nome Petropolitano).
• Códice de Alepo, de cerca de 980 d.C. contém todo o texto do Antigo Testamento. Era guardado zelosamente pela sinagoga sefárdica de Alepo. Foi contrabandeado em anos recentes da Síria para Israel. Será utilizado como base da nova Bíblia Hebraica, em preparo pela Universidade Hebraica, de Jerusalém.
• Códice de São Petersburgo (B 19a) Está na biblioteca de Leningrado (Rússia). Foi escrito cerca do ano 1000 d.C. Foi copiado no ano 1008-9 d.C., no Cairo. Este, por um tempo, foi o mais antigo manuscrito completo do Antigo Testamento com data conhecida. Ele é a base da moderna Biblia Hebraica Stuttgartensia.
Minúsculos — Manuscritos em caracteres minúsculos que datam dos séculos IX ao XV, somando mais de 4000 documentos, entre Manuscritos e Lecionários.
Manuscritos do Mar Morto
Os manuscritos mais antigos oriundos dos trabalhos dos Massoretas são dos anos 900 a 1000 d.C. Apesar de serem tão distantes dos originais, a arqueologia tem demonstrado que eles fizeram um bom trabalho ao preservar o texto hebraico. Os manuscritos encontrados no Mar Morto (pertenciam a uma comunidade de Essênios de Qumran) datados, em geral, de 100 a.C – 100 d.C., confirmam a exatidão do chamado Texto Massorético, embora haja mais de 1000 anos de distância entre estes achados arqueológicos e os mencionados manuscritos dos massoretas.
Os Manuscritos de Quram foram encontrados casualmente em uma gruta, nas encostas rochosas da região do Mar Morto, na região de Jericó, em março de 1947 por um pastor beduíno que buscava uma cabra perdida de seu rebanho. São jarros contendo manuscritos de inúmeros documentos dos Escritos Sagrados de uma seita judaica que existiu na época de Jesus, os Essênios. Várias outras grutas foram encontradas após este achado, com muitos outros documentos.
Esta foi considerada a maior descoberta de manuscritos da época moderna e a mais importante na região da Terra Santa.
Os Manuscritos ou Documentos do Mar Morto tiveram grande impacto na visão das Escrituras, pois fornecem espantosa confirmação da fidelidade dos Textos Massoréticos aos originais. O estudo da cerâmica dos jarros e a datação por carbono 14 estabelece que os documentos foram produzidos entre 168 a.C e 233 d.C Destacam-se, nestes documentos, textos do profeta Isaías, fragmentos de um texto do profeta Samuel, textos de profetas menores, parte do livro de Levítico e um Targum [Paráfrase] de Jó.
Os famosos Manuscritos foram encontrados e revelaram algo admirável: tudo o que está escrito na Palavra de Deus é verídico! Estes Manuscritos antiquíssimos foram encontrados mais exatamente em Qumran. Neste lugar existem muitas cavernas, e como o local está num deserto, foi fácil esconder o material em jarros de barro lacrados, que foram postos nas cavernas.
Somente há cerca de 60 anos eles foram encontrados, e neste achado temos quase todo o Velho Testamento completo. Estes manuscritos só puderam resistir ao tempo porque foram colocados em potes de barro e lacrados. Um dos fatores que ajudou a sua conservação foi a baixa umidade da região e o isolamento dos manuscritos de contato com humanos. Os especialistas já examinaram grande parte dos manuscritos achados, porém nada há que possa nos surpreender ou mudar aquilo que temos como a Palavra de Deus.
Os críticos esperavam que esta descoberta revelasse coisas completamente diferentes das que possuímos na Bíblia. Para eles foi uma grande decepção! Os estudos revelaram sim, que há uma grande exatidão na Palavra que temos em nossas mãos, não havendo, realmente, nada de significativo a retirar-se ou a acrescentar-se à Bíblia.
O material de confecção dos manuscritos é o papiro, que é uma planta que nasce à beira dos brejos. Esta planta é como uma pequena cana, fina, que quando seu caule é cortado ao meio, entrelaçado com outros do mesmo tipo e prensado (para retirar a água da planta), ele forma uma folha de papel que era utilizada para escrever livros, mensagens, relatórios, etc. Isto é o que foi achado em Qumran e está exposto no "Museu do Livro" em Jerusalém.
Foram encontrados em Qumran cerca de 823 manuscritos, sendo que a maior parte é de livros bíblicos ou relacionados. Alguns manuscritos achados em Qumran, além do supracitado manuscrito de Isaías, são:
• O comentário de Habacuque (1QpHb) que tem apenas os capítulos 1 e 2, datado de cerca de 100-50 a.C.
• O rolo de Isaías da Universidade de Jerusalém (1QIsb) datado de cerca de 50 a.C. contendo parte do livro. Não confundir com o outro rolo de Isaías mencionado antes.
• Fragmentos de Levítico (1QLv) contém os capítulos 19-23. Este tem sido datado entre os séculos IV e II a.C. Está grafado com páleo-hebraico, uma forma arcaica de escrever.
• 4QSmª do livro de Samuel, datado do primeiro século a.C.
• 4QSmb, uma cópia de textos de Samuel, talvez seja o manuscrito mais antigo descoberto em Qumran. Datado de cerca de 225 a.C. ou antes, com uma ortografia primitiva.
• 4QXIIª é uma copia dos Profetas Menores datada do século terceiro a.C.
Há centenas de outros manuscritos de Qumran que podiam ser mencionados. Estes bastam, contudo, para mostrar que temos encontrado materiais muito antigos e que eles somente tem aumentado nossa confiança no texto bíblico, na certeza que ele foi bem preservado e transmitido até os dias de hoje.
Manuscritos do NT
Um famoso teólogo do início do século XIX, F.C.Baur, dizia que o evangelho de João só tinha sido escrito por volta do ano 160 d.C., negando a origem apostólica do documento. Porém no século XX foi encontrado um fragmento do evangelho de João, no Egito, datado de 125 d.C., derrubando completamente a teoria daquele "erudito". Este papiro (tecnicamente conhecido como Papiro 52), contém poucos versos do evangelho de João (18.31-33, 37-38), mas era o texto mais antigo do Novo Testamento que conhecíamos e mostra que o evangelho que havia sido escrito depois de 90 d.C. já tinha alcançado uma cidade do Egito em menos de 35 anos! É desta forma que as descobertas recentes confirmam o relato e o texto da Bíblia.
The Times, um famoso jornal inglês publicou em sua primeira página na véspera do natal de 1994 a notícia: “Um papiro que se acredita ser o mais antigo fragmento existente do Novo Testamento foi encontrado na biblioteca de Oxford” “Ele fornece a primeira prova material de que o Evangelho segundo Mateus é um relato de testemunha ocular, escrito por contemporâneos de Cristo”. A reportagem apoiava-se no trabalho de um respeitado estudioso bíblico alemão, o paleógrafo Carsten Peter Thiede. O papiro estava na biblioteca do Magdalen College (Faculdade Madalena), e havia recebido em 1953 uma datação errada, situando-o no fim do segundo século A.D., e portanto, não despertava atenção. A data atualmente proposta para este papiro é 50 A.D.! “Estes fragmentos são provas importantes da sofisticação e ambição institucionais da igreja antes da destruição do Templo, sugerindo uma bem planejada estratégia eclesiástica em ação nos meados do século I A.D”.
Os escritos do Novo Testamento se utilizaram do Grego Koiné (Comum – No sentido de mesmo idioma para todos), amplamente conhecido e utilizado no século I em conseqüência do império de Alexandre – O Grande. Esse idioma possuía muitos recursos lingüísticos e precisão técnica, não encontrados no hebraico, o que permitiu uma maior e mais rápida propagação dos textos entre os povos (Assim como o inglês moderno, nos tempos atuais). É plenamente aceitável dizer que o idioma grego foi escolhido pelo Espírito Santo para difundir a Palavra a todos os povos naqueles dias e nos atuais, pelas características inerentes ao idioma.
Os manuscritos originais [Autógrafos] não existem mais, e foram reconstituídos a partir de cópias produzidas pelos primeiros pais da Igreja. Também foram utilizados nesta reconstituição os livros Apócrifos, documentos considerados não inspirados e comentários documentais dos mesmos pais da Igreja que produziram as cópias. Os originais desapareceram principalmente devido à fragilidade do material utilizado para escrever os livros, e pela ilegalidade do movimento, em seu início, o que implicava perseguição à Igreja. A veracidade dos escritos, no entanto, pode ser comprovada historicamente pelos motivos abaixo:
• Existem cerca de 5.400 escritos do Novo Testamento;
• Inscrições e gravações em paredes, pilares, moedas e outros lugares são testemunhos do Novo Testamento;
• Lecionários, que eram livros muito utilizados nos cultos da Igreja, continham textos selecionados das Escrituras para leitura, incluindo o Novo Testamento [séculos IV e VI];
• O estilo dos escritos confere com aqueles utilizados no século I [Grego Koiné];
• Os Escritos de Marcos [50 a 70 d.C];
• Os escritos foram redigidos num momento muito próximo aos acontecimentos que os geraram;
• Os livros apócrifos, apesar de não canônicos, apresentam dependência literária dos textos canônicos, chegando a imitá-los no conteúdo e forma literária, e citam vários livros que compõem o Novo Testamento;
• Os primeiros pais da Igreja comentam e fazem citações de praticamente todo o Novo Testamento;
• Vários papiros contendo fragmentos do Evangelho de João foram encontrados no Egito, anteriormente datado do século II, porém hoje se sabe que a datação é bem anterior, cerca de 50 d.C.
A BÍBLIA MERECE CONFIANÇA, POIS ESTÁ BEM TRADUZIDA
Surge, então, uma questão. De que adianta uma Bíblia inspirada por Deus, bem conservada pelos séculos, mas que tem inúmeras traduções conflitantes? Na verdade, esta insinuação é falsa. A Bíblia é o livro mais e melhor traduzido no mundo, de todas as épocas.
Hoje, as traduções da Bíblia feitas por eruditos, especialistas nas línguas antigas e modernas têm dado cada vez mais certeza da compreensão da vontade de Deus e do evangelho.
Embora existam muitas igrejas e muitas doutrinas, elas não se baseiam em “diferenças de traduções da Bíblia”. Uma Bíblia publicada por uma editora católica, os irmãos de Jesus ainda são irmãos de Jesus, não foi mudança para “primos”, por exemplo. Eles não ousaram traduzir a palavra de outra forma. Nas notas de pé de página, há a explicação católica de que a palavra irmãos pode significar primos de Jesus. No caso de Atos 2.38, todas as traduções ensinam que o batismo é “para remissão de pecados”. Embora o mundo evangélico, em sua maioria, não aceite esta expressão, não ousam mudar sua tradução: em todas as Bíblias evangélicas em português, o batismo, em Atos 2.38, é “para remissão de pecados”.
ARQUEOLOGIA BÍBLICA
Muitas são as objeções que se levantam contra a veracidade da Bíblia; objeções estas fincadas no naturalismo e ceticismo dos pressupostos da critica negativa.
Por muito tempo vários episódios descritos na Bíblia foram considerados não históricos. Contudo, descobertas após descobertas foram confirmando, fatos bíblicos que outrora considerado apenas lenda, era de fato historia real. Daremos um pequeno resumo logo abaixo:
Novas escavações, achados arqueológicos, escritos antigos, descobertas surpreendentes e avanços no conhecimento científico confirmam o que a Bíblia diz. Um recente documentário da BBC comprovou que o êxodo dos israelitas do Egito foi real.
Israel no Egito – O relato bíblico da saída do povo de Israel do Egito pode ser comprovado cientificamente. Segundo um documentário da televisão britânica BBC, os resultados de pesquisas científicas e os achados e estudos de egiptólogos e arqueólogos desmentem a afirmação de que o povo de Israel jamais esteve no Egito. Contrariamente às teses de alguns teólogos, que afirmam que o livro de Êxodo só foi escrito entre o sétimo e o terceiro séculos antes de Cristo, os pesquisadores consideram perfeitamente possível que o próprio Moisés tenha relatado os fatos descritos em Êxodo – o trabalho escravo do povo hebreu no Egito, a divisão do Mar Vermelho e a peregrinação do povo pelo deserto do Sinai. Eles encontraram indícios de que hebreus radicados no Egito conheciam a escrita semita já no século 13 antes de Cristo. Moisés, que havia recebido uma educação muito abrangente na corte de Faraó, teria sido seu sábio de maior destaque. E isso teria dado a ele as condições para escrever o relato bíblico sobre a saída do Egito, conforme afirmou também um documentário do canal cultural franco-alemão ARTE.
Segundo o documentário, algumas inscrições encontradas em palácios reais egípcios e em uma mina, bem como a descrição detalhada da construção da cidade de Ramsés, edificada por volta de 1220 a.C. no delta do Nilo, comprovariam que os hebreus realmente viveram no Egito no século 13 antes de Cristo. A cidade de Ramsés só existiu por dois séculos e depois caiu no esquecimento, portanto, o relato só poderia vir de uma testemunha ocular. Também as dez pragas mencionadas na Bíblia, que forçaram Faraó a libertar o povo de Israel da escravidão, não poderiam ser, conforme os pesquisadores, uma invenção de algum escritor que viveu em Jerusalém cinco séculos depois…
Muitas personagens bíblicas foram tidas como não históricas, mas que recentemente as descobertas tem mostrado que eram pessoas reais como bem descreve a Bíblia. Eis algumas:
Sargão: o arqueólogo francês Paul-Émile Botta em 1843 fez escavações em Corsabad e encontrou vestígios do "lendário" Sargão.
Belsazar: Tempos atrás o nome de Belsazar foi tido como lenda. Contudo no século 19 descobriu-se alguns cilindros com inscrições cuneiformes. O escrito mencionava uma certa oração ao filho de Nabonido cujo nome era Belsazar. Também havia a discrepância de que a Bíblia mencionava-o como rei, enquanto as inscrições o chama de filho de Nabonido, sendo ele na verdade um príncipe. Mas novas inscrições encontradas em escavações relatam a estreita união entre Belsazar e Nabonido na regência do reino. Também o nome rei podia ser dado mesmo a um regente abaixo do rei oficial. Escavações arqueológicas feitas na Síria descobriram uma estátua de um governante com duas inscrições em línguas diferentes, uma delas mencionava-o como governador a outra como rei.
Joaquim: Importantes inscrições babilônicas mencionam uma lista de rações dadas a um certo "Yaukin (Joaquim), rei de iahudu (Judá)".
Davi: A existência do rei Davi era considerada como lenda até 1993 quando foi descoberta uma pedra de basalto contendo a inscrição "Casa de Davi". Provando assim que se há uma casa (dinastia) de Davi, houve de fato um personagem real histórico que a deu origem.
Balaão: Em Deir Alá, localizado no vale do Jordão, foi descoberta uma inscrição aramaica de meados do século VIII, mencionando o vidente Balaão (Nm. 22-24).
Muitas cidades que outrora eram conhecidas apenas nos relatos bíblico foram desenterradas por escavações arqueológicas. Eis algumas delas:
Cidades antediluvianas: Eridu, Obeide, Ereque, Susa, Tepe Gawra, Sipar, Larsa tem sido desenterradas com utensílios da época ainda intactos, com isso muito dos costumes daqueles povos primitivos foram expostos ao conhecimento moderno.
Ur dos Caldeus: O arqueólogo Sir Charles Leonard Woolley descobriu Ur dos Caldeus.
Cidades Bíblicas como Faleg e Sarug, Nacor, Tare e Harã foram mencionadas em textos cuneiformes encontrados em Mari uma antiga cidade do século XIX a.C. Pelos arquivos do palácio de Mari as cidades de Harã e Nacor eram cidades florescentes em 1.900 a.C.
Siquém: "Escavações foram empenhadas em Siquém, primeiramente pelas expedições austríaco-alemãs em 1913 e 1914; posteriormente no período de 1926 a 1934, sob a responsabilidade de vários arqueólogos; e, por fim, por uma expedição americana no período de 1956 a 1972 […] A escavação na área sagrada revelou uma fortaleza na qual havia um santuário e um templo dedicado a El-berith, 'o deus da convenção'. Este templo foi destruído por Abimeleque, filho do juiz Gideão (Veja Jz 9) e nos proporcionou uma data confiável acerca do 'período teocrático'. Recentemente, nas proximidades do monte Ebal (Veja Dt 27.13), foi encontrada uma estrutura que sugere identificar um altar israelita. Datado do 13º ou 12º século a.C., o altar pode ser considerado como contemporâneo de Josué, indicando a possibilidade de o altar ter sido construído pelo próprio líder hebreu, conforme é descrito em Deuteronômio 27 e 28". (Horn, Siegfried H, Biblical archaeology: a generation of discovery, Andrews University, Berrien Springs, Michigan, 1985, p.40).
Arade: "Escavações realizadas por Y. Aharoni e R. B. K. Amiran no período de 1962 a 1974 comprovaram a existência de Arade – 30 km ao nordeste de Berseba" (The New Bible Dictionary, Wheaton, Illinois: Tyndale House Publishers, Inc., 1962). "O local consiste em um pequeno monte superior ou acrópole onde as escavações revelaram ser a cidade da Idade do Ferro". (Achtemeier, Paul J., Th.D., Harper's Bible Dictionary, San Francisco: Harper and Row, Publishers, Inc., 1985).
Susã: "Escavações conduzidas por Marcel Dieulafoy no período de 1884 a 1886 comprovaram a existência da cidade de Susã". (Douglas, J. D., Comfort, Philip W. & Mitchell, Donald, Editors. Who's Who in Christian History,Wheaton, Illinois: Tyndale House Publishers, Inc., 1992.)
Nínive: Em 1845, um explorador inglês A H Layard descobriu Nemrod que na Bíblia se chama Cale. Nínive foi encontrada nas escavações de Austen H. Layard no período de 1845 a 1857.
Betel: "W. F. Albright fez uma escavação de ensaio em Betel em 1927 e posteriormente empenhou uma escavação oficial em 1934. Seu assistente, J. L. Kelso, continuou as escavações em 1954, 1957 e 1960" (Achtemeier, Paul J., Th.D., Harper's Bible Dictionary, San Francisco: Harper and Row, Publishers, Inc., 1985).
Dafca: onde ficava a mina de Ramsés II foi descoberta por Flinders Petrie, arqueólogo inglês em 1904.
Cades-Barnéia: (Deut. 1.19) Esta antiga cidade Bíblica tem sido identificada com Ain Kadees, um oásis.
Hititas: Duvidava-se da existência deste povo até uma escavação feita em 1905 descobrir uma enorme quantidade de inscrições cuneiformes. A tradução mencionava um povo cuja Bíblia chamava de filhos de het. Os escombros das cidades hititas foram expostos ao mundo novamente.
As muralhas de Jericó: O dr. John Garstang, diretor da Escola Britânica de Arqueologia de Jerusalém e do Departamento de Antiguidades do governo da Palestina (1930-36), descobriu em suas escavações que o muro realmente "foi abaixo"; caiu, e que era duplo. Os dois muros ficavam separados um do outro por uma distância de cinco metros. O muro externo tinha dois metros de espessura e o interno, quatro metros. Os dois tinham cerca de dez metros de altura. Eram construídos não muito solidamente, sobre alicerces defeituosos e desnivelados, com tijolos de dez centímetros de espessura, por trinta a sessenta centímetros de comprimento, assentados em argamassa de lama. Eram ligados entre si por casas construídas de través na parte superior. Garstang verificou também que o muro externo ruiu para fora, pela encosta da colina, arrastando consigo o muro interno e as casas, ficando as camadas de tijolos cada vez mais finas à proporção que rolavam ladeira abaixo. O dr. Garstang pensa haver indícios de que o muro foi derribado por um terremoto, o que pode ser, perfeitamente unia conseqüência da ação divina.
Jericó: "Jericó foi a mais velha fortaleza escavada". (Horn, Siegfried H. Biblical archaeology: a generation of discovery, Andrews University, Berrien Springs, Michigan, 1985, p. 37). "A cidade de Jericó é representada hoje por um pequeno montículo de área […1 A cidade antiga foi escavada por C. Warren (1867), E. Sellin e C. Watzinger (1907-09), J. Garstang (1930-36), e K. Kenyon (1952-58)". (Achtemeier, Paul J., Th.D. Harper's Bible Dictionary San Francisco: Harper and Row, Publishers, Inc., 1985). "A primeira escavação científica em Jericó (1907-9) foi feita por Sellin e Watzinger em 1913". (The New Bible Dictionàry Wheaton, Illinois: Tyndale House Publishers, Inc., 1962).
Dã – "A escavação de Dá começou em 1966 sob a direção de Avraham Biran". (Horn, Siegfried H., Biblical archaeology: a generation of discovery, Andrews University, Berrien Springs, Michigan, 1985, p.42). "Primeiramente chamada Laís, esta cidade é mencionada nos textos das tábuas de Mari e nos registros do faraó Thutmose III, no século XVIII a.C. É identificada como Tel Dá (moderna Tell el-Qadi) e localiza-se no centro de um vale fértil, próximo de uma das principais fontes de alimentação, o Rio Jordão […] Tel Dá tem sido escavada por A. Biran desde 1966. A primeira ocupação no local remonta ao terceiro milênio antes de Cristo". (Achtemeier, Paul J., ThU, Harper's Bible Dictionary, San Francisco: Harper and Row, Publishers, Inc.,1985).
Cafarnaum – "Cafarnaum foi identificada desde 1856 e, a partir de então, tem sido alvo de escavações nos últimos 130 anos" (Achtemeier, Paul J., Th.D., Harpers Bible Dictionary San Francisco: Harper and Row, Publishers, Inc., 1985).
Corazim – "Escavações na atual cidade deserta indicam que ela abrangeu uma área de doze acres e foi construída com uma série de terraços com o basalto da região montanhosa local" (Achtemeier, Paul J., Th.D., Harper's Bible Dictionary San Francisco: Harper ando 10.
Éfeso – "Arqueólogos austríacos encontraram em escavações, no século passado, um teatro de 24.000 assentos, bem como muitos outros edifícios públicos e ruas do primeiro e segundo séculos depois de Cristo, de forma que a pessoa que visita o local pode ter uma boa impressão da cidade como foi conhecida pelo apóstolo Paulo" (Achtemeier, Paul J., Th.D., Harpers Bible Dictionary San Francisco: Harper and Row, Publishers, Inc.,1985).
Jope – "Durante escavações no local da antiga cidade de Jope (XIII a.C.) o portão da fortaleza foi descoberto…" (Achtemeier, Paul J., Th.D., Harper's Bible Dictionary, San Francisco: Harper and Row, Publishers, Inc., 1985).
Edom (atual Petra ) – Sua descoberta ocorreu em 1812 graças ao explorador suíço Johann Ludwig Burckhardt.
A Criação
Alega-se por vezes que as narrativas de Gênesis não passam de um refinamento de lendas de povos pagãos.
Os primeiros relatos de Gênesis sobre a criação, um jardim paradisíaco, a queda do homem, a árvore da vida, o dilúvio, a arca e a dispersão das raças tem encontrado paralelo em vários documentos extrabíblicos.
A queda do primeiro casal é relatado em documentos da Pérsia, Babilônia, Índia, Grecia, China etc… Os detalhes incrementados com cores politeísta dão o toque diferencial entre estes e o documento mosaico. No entanto, de modo geral, a mensagem central transmitida é sempre a mesma: o primeiro casal eram livres, andavam nus, mas em dado momento ofenderam os deuses e caíram no desfavor destes. Dois antigos sinetes babilônicos mostram a figura de um homem e uma mulher nus seguidos por uma serpente.
Apesar de documentos como Enuma Elish, e os épicos de Atrahasis e Gilgamesh mostrarem um paralelo incrível com Gênesis, no entanto, não podemos ver nisso nada mais que distorções de eventos reais. Não há de supor que os eventos descritos em Gênesis são apenas plágios refinados ao gosto mosaico destes documentos.
Contudo, estudiosos ao analisarem tais documentos viram que existem mais diferenças que similaridades. "No Oriente Médio antigo, a regra é que relatos ou tradições simples dão lugar (por acréscimo ou adorno) a lendas elaboradas, mas não o inverso."
Merryl Unger explica que "Suas semelhanças se devem a uma mesma herança, onde cada raça de homens manteve, de geração em geração, os históricos orais e escritos da história primeira da raça humana."
Também a incrível precisão cientifica do livro atesta contra todas essas alegações. Como explicar que no geral Gênesis se enquadra fielmente na ordem que a moderna ciência dá aos eventos da criação?
O Dilúvio
Os críticos dizem que o dilúvio é apenas um plágio de antigas lendas pré-históricas.
Antigamente era objetado que o dilúvio bíblico era algo fictício. Todavia, com a descoberta do Épico de Atrahasis e Gilgamesh que relatavam antigas histórias de um dilúvio, o pêndulo dos céticos oscilaram para outro lado: o de insinuar que o dilúvio bíblico a exemplo da criação, fora um plágio destas narrativas. Fora estes dois relatos encontramos ainda vestígios de um dilúvio nas literaturas de vários povos do mundo tais como os gregos, hindus, chineses, mexicanos, algonquinos, havaianos, sumerianos, guatemaltecos, australianos e muitos outros povos ainda.
Escavações levadas a cabo pelo arqueólogo Woolley, encontraram a colina de Ur e descobriram camadas de limo acima do nível do rio. O mar havia depositado restos de pequenos animais marinhos naquele lugar.
"Ao pé da velha torre escalonada dos sumérios, em Ur, no baixo Eufrates, podia-se descer por uma escada ao fundo dum estreito poço e ver e apalpar os restos de uma imensa inundação – uma camada de limo de quase três metros de espessura. E pela idade das camadas que indicavam estabelecimentos humanos e nas quais se podia ler o tempo como calendário, podia-se também determinar quando tivera lugar essa inundação. Ocorreu pelo ano 4.000 a.C.!" (E A Bíblia Tinha Razão… pg.45). Outras escavações foram feitas em Quis cidade próxima à Babilônia, assim como em Fará e Nínive, em todas elas constavam vestígios de uma inundação repentina.
Tirando os detalhes fictícios o Épico Gilgamesh, narra de forma incrível como se deu este dilúvio. Até mesmo a situação geográfica da tempestade e seus fenômenos meteorológicos. Segundo a narração tudo indica que ocorreu um gigantesco ciclone que culminou no dilúvio. Fenômenos naturais em escala menor ainda é visto em muitas ilhas como na Baia de Bengala que em 1876 adentrou 141 milhas à terra com ondas de até 15 metros de altura matando centenas de pessoas.
Outro fato interessante é que o principal veículo de escape de Noé é associado intimamente com o diluvio por tais documentos extrabíblicos. Os documentos babilônicos falam dele como um barco em que um homem escapou da terrível catástrofe. Este barco teria aterrado em um monte.
Sendo assim, aqueles que identificam o dilúvio com a ultima grande modificação acontecida ao fim da Era Glacial, em 7.500 a.C coloca o inicio da humanidade em tempos bem mais recuado. Segundo esta teoria, o derretimento do gelo represado no Mar Negro causou um síbito e violento vazamento de água, submergindo as terras férteis da Europa Central. Teoria proposta pelos oceanógrafos William Ryan e Walter Pitman, da Universidade Columbia.
Jesus
Fontes Não-Bíblicas Atestam a Historicidade de Jesus:
Flávio Josefo (37-100 d.C.). O historiador Josefo que viveu ainda no primeiro século (nasceu no ano 37 ou 38 e participou da guerra contra os romanos no ano 70, escreveu em seu livro Antiguidades Judaicas: "(O sumo sacerdote) Hanan reúne o Sinedrim em conselho judiciário e faz comparecer perante ele o irmão de Jesus cognominado Cristo (Tiago era o nome dele) com alguns outros" (Flavio Josefo, Antiguidades Judaicas, XX, p.1, apud Suma Católica contra os sem Deus, dirigida por Ivan Kologrivof. Ed José Olympio, Rio de Janeiro 1939, p. 254). E mais adiante, no mesmo livro, escreveu Flávio Josefo: "Foi naquele tempo (por ocasião da sublevação contra Pilatos que queria servir-se do tesouro do Templo para aduzir a Jerusalém a água de um manancial longínquo), que apareceu Jesus, homem sábio, se é que, falando dele, podemos usar este termo — homem. Pois ele fez coisas maravilhosas, e, para os que aceitam a verdade com prazer, foi um mestre. Atraiu a si muitos judeus, e também muitos gregos. Foi ele o Messias esperado; e quando Pilatos, por denúncia dos notáveis de nossa nação, o condenou a ser crucificado, os que antes o haviam amado durante a vida persistiram nesse amor, pois Ele lhes apareceu vivo de novo no terceiro dia, tal como haviam predito os divinos profetas, que tinham predito também outras coisas maravilhosas a respeito dele; e a espécie de gente que tira dele o nome de cristãos subsiste ainda em nossos dias". (Flávio Josefo, História dos Hebreus, Antiguidades Judaicas, XVIII, III, 3 , ed. cit. p. 254). (1, pg. 311 e 3).
Tácito (56-120 d.C.) – Tácito, historiador romano, também fala de Jesus. "Para destruir o boato (que o acusava do incêndio de Roma), Nero supôs culpados e infringiu tormentos requintadíssimos àqueles cujas abominações os faziam detestar, e a quem a multidão chamava cristãos. Este nome lhes vem de Cristo, que, sob o principado de Tibério, o procurador Pôncio Pilatos entregara ao suplício. Reprimida incontinenti, essa detestável superstição repontava de novo, não mais somente na Judéia, onde nascera o mal, mas anda em Roma, pra onde tudo quanto há de horroroso e de vergonhoso no mundo aflui e acha numerosa clientela" (Tácito, Anais , XV, 44 trad.) (1 pg. 311; 3)
Suetônio (69-122 d.C.) – Suetônio, na Vida dos Doze Césares, publicada nos anos 119-122, diz que o imperador Cláudio "expulsou os judeus de Roma, tornados sob o impulso de Chrestos, uma causa de desordem"; e, na vida de Nero, que sucedeu a Cláudio, acrescenta: "Os cristãos, espécie de gente dada a uma superstição nova e perigosa, foram destinados ao suplício" (Suetônio, Vida dos doze Césares, n. 25, apud Suma Católica contra os sem Deus, p. 256-257). (1 pg. 311; 3)
Plínio o Moço (61-114 d.C.) – Plínio, o moço, em carta ao imperador Trajano (Epist. lib. X, 96), nos anos 111 – 113, pede instrução a respeito dos cristãos, que se reuniam de manhã para cantar louvores a Cristo. (4, pg. 106).
Talo (52 d.C) – O historiador samaritano é um dos primeiros escritores gentios a mencionar Cristo indiretamente. Tentando dar uma explicação natural para as trevas que ocorreram na crucificação de Jesus, diz: "O mundo inteiro foi atingido por uma profunda treva; as pedras foram rasgadas por um terremoto, muitos lugares na Judéia e outros distritos foram afetados. Esta escuridão Talos, no terceiro livro de sua História, chama, como me parece sem razão, um eclipse do Sol." Tanto os escritos de Talo, como de Flêgão, não existem mais, alguns fragmentos foram preservados nos escritos de Júlio Africano (220 d.C)
Mara Bar-Serapião – 73 d.C (?) – Um sírio escrevendo ao seu filho Serapião sobre a busca da sabedoria, menciona a Cristo como sábio, embora não o mencione pelo nome, mas apenas como "rei dos judeus". Diz ele: "Que vantagem tem os judeus executando seu sábio rei?…O rei sábio não morreu; ele vive nos ensinos que deu."
Tertuliano (155-220 d.C.) – Escritor latino. Seus escritos constituem importantes documentos para a compreensão dos primeiros séculos do cristianismo. (6). Ele escreveu: "Portanto, naqueles dias em que o nome cristão começou a se tornar conhecido no mundo, Tibério, tendo ele mesmo recebido informações sobre a verdade da divindade de Cristo, trouxe a questão perante o Senado, tendo já se decidido a favor de Cristo…".
Os Talmudes Judeus – A tradição judaica recolhe também notícias acerca de Jesus. Assim, no Talmude de Jerusalém e no da Babilônia incluem-se dados que, evidentemente, contradizem a visão cristã, mas que confirmam a existência histórica de Jesus de Nazaré. (6)
Notícias Arqueológicas:
Arqueólogos: Encontrado Local do Templo
Fonte: http://www.cafetorah.com/Descobertas-Arqueologicas-no-Monte-do-Templo
Uma equipe de arqueólogos foram aos meios de comunicação em Israel e solicitaram dramaticamente uma intervenção do governo, pois o Waqf estaria realizando obras ilegais e destruindo as provas da presença do Grande Templo construido por Herodes no local do Primeiro Templo que foi erguido sob as mãos do Rei Salomão.
Segundo os arqueólogos, a construção do canal pela autoridade islâmica revelou uma parede de sete metros de comprimento que seria parte do edifício do Grande Templo.
JERUSALÉM (AFP) — Restos do segundo templo de Herodes podem ter sido encontrados em Jerusalém
Vestígios do segundo templo de Herodes foram presumivelmente descobertos durante trabalhos de escavação realizados na Esplanada das Mesquitas, em Jerusalém, informou nesta quinta-feira a rede de televisão pública israelense.
Um grupo de arqueólogos de Israel esteve no canteiro de obras destinadas a estabelecer um sistema de canalização -, realizadas pelo Waqf islâmico, o organismo de bens muçulmanos que supervisiona os locais sagrados para instalar suas infra-estruturas, acrescentou a televisão, que divulgou imagens de uma escavadeira no sítio da suposta descoberta.
Os restos consistem num "muro maciço de sete metros de comprimento", disse na televisão a arqueóloga Gaby Barkai, da Universidade Bar Ilan, perto de Tel Aviv, que pediu ao governo israelense a paralisação dos trabalhos.
A canalização feita pelo Waqf na Esplanada tem 1,5 metro de profundidade por 100 metros de comprimento.
O departamento nacional de antigüidades não comentou o achado.
A Esplanada da Mesquitas, onde ficam templos como o Domo da Rocha e a Mesquita de Al Aqsa, no setor oriental de Jerusalém ocupado e anexado por Israel, é o terceiro lugar santo do Islã, junto com as cidades de Meca e Medina, na Arábia Saudita.
Os judeus a chamam de Monte do Templo, o local mais venerado do judaísmo, onde existiu o segundo templo de Herodes, destruído pelos romanos no ano 70 da era cristã e do qual só resta o muro ocidental, conhecido como o das Lamentações.
Judeus e árabes: irmãos
Fonte: http://www.zaz.com.br/istoe/1598/ciencia/1598judeus.htm
Pesquisa mostra parentesco profundo entre adversários, apontando uma ancestralidade comum.
Estudando o cromossomo Y –aquela herança genética que é passada apenas de pai para filho sem nenhuma modificação –, obteve-se a confirmação científica de que todas as comunidades judaicas espalhadas hoje pelo mundo têm forte parentesco não apenas entre si, mas também com palestinos, sírios e libaneses. A pesquisa revela que todos esses povos possuem um ancestral comum: uma população que teria habitado o Oriente Médio há quatro mil anos.
O estudo também mostra que todas essas comunidades judaicas conseguiram manter praticamente intacta sua identidade biológica, mesmo tendo migrado para regiões tão distintas do planeta.
Para entender essa técnica é preciso voltar às origens da evolução humana, quando todos os cromossomos Y foram perdidos, à exceção de um, cujos poucos donos não tiveram filhos ou só filhas. Assim, todos os cromossomos Y de hoje são descendentes de um único “Adão genético”, que teria vivido há 140 mil anos. Então, se nada tivesse mudado, hoje todos os homens do planeta teriam o mesmo cromossomo Y. Mas ao longo desses milhares de anos aconteceram pequenos erros na sequência genética desse cromossomo. Erros que se reproduziram de geração em geração. São justamente esses pequenos erros que formam a assinatura que os cientistas procuram para identificar a ascendência genética das mais
O próprio Hammer não deixa de apontar as semelhanças entre os resultados de sua pesquisa e o relato do Gênesis. A afinidade genética entre judeus e árabes lembra o relato de como Abraão se tornou pai de Ismael, filho da empregada de sua mulher, Sara, que não podia ter filhos. Ou, então, quando Sara acabou conseguindo conceber Isaac. Embora os muçulmanos tenham uma versão diferente para a mesma história, o fato é que também consideram Abraão e Ismael, ou Ismail como chamam, seus patriarcas.
Fontes pesquisadas:
http://sites.google.com/site/ochamadodeus
http://www.cacp.org.br/
http://pt.wikipedia.org/
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