2010
A Geração que “verá” a Volta de Cristo
Categoria (Arrebatamento) por Geração Maranata em 31-08-2010
Tag: geração maranata, Segunda Vinda
por Tim Lahaye (Pre-Trib Perspectives)
O teólogo reformado R. C. Sproul em sua defesa do Preterismo moderado (do qual é adepto) costuma citar o filósofo cético e ateu Bertrand Russell. Em seu livro "The Last Days According to Jesus" 1 [Os Últimos Dias Segundo Jesus], Sproul parece tentar agradar a Russell e seus seguidores com uma resposta à questão que Russel levantara sobre a divindade de Cristo. Ele tentou fazer com que a expressão “não passará esta geração sem que tudo isto aconteça” (Mt 24.33-34), se referisse à geração dos discípulos, alguns dos quais ainda eram vivos quando o exército romano (não o Anticristo, como mostra a profecia) destruiu a cidade de Jerusalém no ano 70 d.C.
Russell, que corretamente demonstrara o fato de que aqueles discípulos não viram a volta de Cristo nem o cumprimento de muitas profecias proferidas naquele sermão do monte das Oliveiras, deu então um “salto” interpretativo para chegar à conclusão errônea de que Jesus não podia ser Deus em carne humana, visto que fracassara em cumprir aquela profecia durante o tempo de vida daqueles discípulos.
Ao que parece, nunca lhe ocorreu que a expressão “esta geração” não era uma referência àquela geração de discípulos do primeiro século, mas sim uma alusão à geração que veria a seqüência de eventos do fim dos tempos que acontecerá conforme Jesus profetizou. Provavelmente Russell tenha sido movido por um forte desejo de identificar Jesus como “o profeta” que Moisés predissera ser o Messias em Deuteronômio 18.18-19: "Eis lhes suscitarei um profeta do meio de seus irmãos, como tu, e porei as minhas palavras na sua boca, e ele lhes falará tudo o que eu lhe ordenar. E será que qualquer que não ouvir as minhas palavras, que ele falar em meu nome, eu o requererei dele."
Também é provável que ele tenha sido influenciado pelos céticos acerca de Jesus que viveram em sua própria geração ou pelos racionalistas alemães ou, ainda, pelos céticos franceses que o antecederam, os quais negaram a divindade de Jesus e a inspiração sobrenatural das Escrituras. O uso equivocado que ele fez de Mateus 24.32-34 foi, muito provavelmente, uma tentativa de tirar a credibilidade de Jesus.
Essa é apenas uma das razões pelas quais tantos escritores eruditos abordam esse assunto em livros, folhetos e periódicos. É importante que se faça isso, não pelo texto das Escrituras em si mesmo, mas por causa da interpretação errada. Uma das coisas básicas que podemos aprender no estudo da lógica é que se você começa um argumento baseado numa premissa falsa, chegará a uma conclusão falsa. Essa é a razão pela qual a primeira coisa que se faz num debate é averiguar a veracidade ou falsidade da premissa básica.
Em vez de adotar o sentido claro desse texto das Escrituras a fim de entender seu significado, nossos colegas de linha reformada e preterista querem nos levar a crer que Jesus fazia uma alusão aos discípulos do primeiro século.
Infelizmente, nossos amigos ligados à Igreja Reformada (na sua maioria, amilenistas ou pós-milenistas), que chegaram às suas conclusões em virtude de seu sistema teológico e não pelo sentido claro da interpretação das Escrituras, tentam ler nesse texto aquilo que simplesmente nele não está escrito. Erram em não aceitar a declaração feita por Jesus de que “não passará esta geração sem que tudo isto aconteça” (v. 34) dentro de seu contexto, a qual refere-se à geração que veria os eventos que Ele acabara de profetizar.
Jesus respondeu à pergunta levantada pelos discípulos em Mateus 24.3, “…que sinais haverá da tua vinda e da consumação do século?”. Contudo, os preteristas cometem o erro de pular falaciosamente (enganosamente) para a conclusão de que Jesus se referia àqueles que estivessem vivos quando o templo fosse destruído.
Daí, então, os preteristas ficam presos à obrigação de dizer, por exemplo, que Nero (o qual nunca esteve em Jerusalém para cumprir o que está escrito em 2 Tessalonicenses 2.8) é o Anticristo ou a “besta” de Apocalipse 13 (a qual ainda se manifestará no futuro) e que Satanás está preso. Alguns chegam mesmo a dizer que a Segunda Vinda de Cristo já aconteceu no ano 70 d.C. (ainda que tal “cumprimento” não preencha os requisitos das promessas feitas por Jesus acerca de Sua Vinda, muito menos do que foi predito pelos anjos e pelos apóstolos). A concepção de que estejamos vivendo hoje em dia no Reino é ridícula; várias outras idéias, igualmente sem base nas Escrituras, têm sido por eles propagadas e parece que não se dão conta [do seu engano].
Em vez de adotar o sentido claro desse texto das Escrituras a fim de entender seu significado, nossos colegas de linha reformada e preterista querem nos levar a crer que Jesus fazia uma alusão aos discípulos do primeiro século. Sua motivação ao fazê-lo não é porque o texto bíblico em questão ensine isso, mas porque suas pressuposições teológicas o exigem; do contrário, teriam de abandonar suas crenças Amilenistas e Pós-Milenistas. Aqueles que “interpretam as Escrituras em seu sentido literal, a menos que os fatos do contexto imediato nitidamente indiquem o contrário”, crêem, na sua esmagadora maioria, que Jesus voltará imediatamente após a concretização de muitos sinais que Ele apresentou nessa passagem como placas sinalizadoras em resposta às seguintes perguntas dos discípulos: “Dize-nos quando sucederão estas coisas e que sinais haverá da tua vinda e da consumação do século” (Mt 24.3).
Portanto, é importante examinar os eventos preditos por Jesus acerca de dias obviamente futuros, a fim de constatar se Ele aludia àquela geração do primeiro século ou fazia referência aos crentes que hão de contemplar os eventos profetizados.
Analise a relação abaixo e chegue à sua própria conclusão.
A Introdução do Discurso no Monte das Oliveiras
• Mateus 24.4-5: “Vede que ninguém vos engane. Porque virão muitos em meu nome dizendo: Eu sou o Cristo, e enganarão a muitos”. Desde o momento da ascensão de Jesus aos céus, centenas de falsos cristos já apareceram.
• Mateus 24.6: “E, certamente, ouvireis falar de guerras e rumores de guerras…”. Desde que Jesus predisse isso, já houve, pelo menos, 12 mil guerras.
• SUA MENSAGEM: “…vede, não vos assusteis, porque é necessário assim acontecer, mas ainda não é o fim”.
Jesus Predisse Sinais Que Antecederiam a Tribulação
• Mateus 24.5: “Porque virão muitos em meu nome […] e enganarão a muitos”. Centenas de falsos mestres apareceram em cena desde o primeiro século até agora.
• Mateus 24.7 – O primeiro sinal ou “dor de parto”: “Porque se levantará nação contra nação, reino contra reino”. Uma vez que a visão apresentada por Jesus neste versículo era de amplitude mundial, poderia ser uma alusão à I Guerra Mundial (1914-1917), a qual, historicamente, foi o primeiro conflito de proporções mundiais, iniciada por uma nação contra outra e que acabou por envolver as nações do mundo. “…e haverá fomes [a versão Almeida Revista e Corrigida acrescenta: ‘…e pestes’,] e terremotos em vários lugares”, que, literalmente, significa “em vários lugares ao mesmo tempo”. Isso ocorreu, pela primeira vez, depois da I Guerra Mundial. Nos idos de 1918 a 1920, a influenza foi provavelmente a “peste” mais letal do mundo em toda sua história. Os quatro elementos do primeiro sinal referiam-se à I Guerra Mundial.
• Mateus 24.8: “…tudo isto é o princípio das dores” (dores de parto) ou sinais da Sua Vinda. É interessante que depois disso, muitos outros sinais do fim dos tempos começaram a aparecer – Israel recebeu permissão para retornar à sua terra (em 1917, através da Declaração Balfour) e a Revolução Russa, que resultou no erguimento dessa nação como uma potência mundial, dentre outros sinais.
• Mateus 24.11: “Levantar-se-ão muitos falsos profetas e enganarão a muitos”.
• Mateus 24.12-13: “E, por se multiplicar a iniqüidade, o amor se esfriará de quase todos. Aquele, porém, que perseverar até o fim, esse será salvo” (ou seja, entrará no Milênio).
• Mateus 24.14: “E será pregado este evangelho do reino por todo o mundo, para testemunho a todas as nações. Então, virá o fim”. (Temos nos aproximado rapidamente do cumprimento dessa profecia à medida que o Evangelho se torna conhecido ao redor do mundo). Muitos expositores da Bíblia crêem que os versículos acima descrevem os primeiros três anos e meio do período da Tribulação, tratado detalhadamente nos capítulos 6 a 12 de Apocalipse.
A Grande Tribulação
• Mateus 24.15: “Quando, pois, virdes o abominável da desolação de que falou o profeta Daniel…”. Esse texto ensina que a [segunda metade da] Grande Tribulação terá inicío no momento em que o templo for profanado e destruído.
• Mateus 24.21-22: “porque nesse tempo haverá grande tribulação, como desde o princípio do mundo até agora não tem havido e nem haverá jamais”. (Para mais detalhes sobre esses três anos e meio da Tribulação, leia Apocalipse 13 a 18, período esse após o qual Jesus Cristo voltará com poder para estabelecer Seu Reino, conforme os capítulos 19 e 20 de Apocalipse). Visto que nunca houve um tempo como esse na história, fica evidente que os versículos profetizam eventos ainda futuros.
• Mateus 24.24: “Porque surgirão muitos falsos cristos e falsos profetas operando grandes sinais e prodígios para enganar, se possível, os próprios eleitos. Vede que vo-lo tenho predito”. Embora a Igreja tenha ficado infestada de falsos mestres que alegam ser “Cristo” ou “profetas”, os tais nunca realizaram “sinais e prodígios” capazes de enganar até mesmo os eleitos. A batalha entre os seguidores de Satanás e do Anticristo contra o Espírito Santo e os servos de Deus, durante a última metade do período da Tribulação será a maior batalha da história deste mundo.
• Mateus 24.29-30: “Logo em seguida à tribulação daqueles dias […] todos os povos da terra se lamentarão e verão o Filho do Homem vindo sobre as nuvens do céu, com poder e muita glória”. O texto insiste em repetir veementemente que a Segunda Vinda de Cristo acontecerá imediatamente depois do pior período da história humana. Para qualquer leitor imparcial, a conclusão óbvia é a de que tal período ainda não ocorreu, mas aguarda sua concretização no futuro […] futuro esse que, segundo a opinião de muitos, pode estar bem próximo.
Conclusão
A geração que, conforme os versículos 32-34, contemplará todas essas coisas, de modo nenhum podia ser a geração de discípulos que viveu no primeiro século. Infelizmente, até onde se sabe, Bertrand Russell morreu e foi sepultado com a enganosa concepção de que Jesus cometeu um erro ao profetizar que Sua geração veria a Segunda Vinda dEle, concluindo, assim, que as palavras de Cristo não eram confiáveis. Na verdade, Jesus se referia à geração acerca da qual os discípulos indagaram ao perguntarem: “que sinal haverá da tua vinda e da consumação do século”. Cristo descreveu“esta geração” como aquela que estará viva no momento em que “sucederão todas estas coisas” 2. Visto que muitos sinais, ao que parece, já começaram a se cumprir, todos nós deveríamos orar e trabalhar a fim de advertir as pessoas para que não percam a oportunidade de encontrá-lO na Sua Vinda para buscar a Igreja, por ocasião do Arrebatamento
“Logo em seguida à tribulação daqueles dias […] todos os povos da terra se lamentarão e verão o Filho do Homem vindo sobre as nuvens do céu, com poder e muita glória” (Mt 24.29-30).
Notas:
1. A série de citações que R. C. Sproul faz dos escritos de Bertrand Russell encontra-se no livro de Sproul intitulado "The Last Days According to Jesus" (Grand Rapids: Baker, 1998, p. 11-15). As citações foram extraídas do livro de Bertrand Russell intitulado "Why I Am Not a Christian: And Other Essays on Religion and Related Subjects", organizado por Paul Edwards (Londres: Allen & Unwin / Nova York: Simon & Schuster, 1957).
2. Para uma apresentação mais detalhada e aprofundada desse assunto, por favor, veja em: Thomas Ice e Tim LaHaye, The End Times Controversies, Eugene: Harvest House, 2003, p. 83-108 (no capítulo 4, sob o título: Preterist “Time Texts”).
Sempre tive dúvidas no que concerne a esse texto bíblico (matheus 24:34). Agora posso vislumbrar uma interpretação razoável que pode dar uma solução (pelo menos parcial) da dúvida que tinha. Entretanto, gostaria de que alguém pudesse me ajudar em outra parte, me refiro no texto encontrado em MATHEUS Capítulo 10, versículo 23 “. . . Voces não acabarão o seu trabalho em todas as cidades de Israel ANTES que VENHA o filho do homem. . . “. É tanta a vontade de elucidar esse trecho, que peço que se possível me respondam através do e-mail: agnamilan@hotmail.com. MUITÍSSIMO GRATO.
Shalom irmão Agnaldo,
Existem várias teorias a respeito da passagem bíblica de Mateus 10:23 e tudo vai depender da posição escatológica de quem estuda as profecias bíblicas:
– Os teólogos liberais vão dizer que Cristo acreditava que seu próprio retorno iria ocorrer em breve (naquela época), ao ponto de os apóstolos não conseguirem terminar a missão de evangelizar Israel, portanto Cristo errou em sua previsão e não é divino. Esse é um dos argumentos usado pelo ateu Bertrand Russell (citado neste post) para provar que Jesus proferiu profecias que não se cumpriram.
– Outra teoria seria que Cristo, ao enviar os 70 (como diz em Lucas 10:1), se encontrou com os discípulos antes de eles terem terminado de percorrer as cidades de Israel. Não há profecia a ser cumprida no futuro, ela já ocorreu na ocasião da missão dos 70.
– Outros dizem que Jesus se referia a suas próprias aparições aos discípulos depois de haver ressuscitado.
– Outro ponto de vista seria o dia de Pentecoste, onde Jesus ‘veio’ representado pelo ‘Espírito Santo’ inaugurando o Reino de Cristo na Terra.
– Os Preteristas dizem que esta passagem se cumpriu com a destruição de Jerusalém no ano 70 dC, onde ocorreu a Segunda Vinda de Cristo, ou seja, a vinda do Reino de Deus no mundo através da Igreja, que tomou o lugar que era de Israel (Teologia da Substituição).
– Os Amilenistas irão dizer que essa passagem se cumpriu com a invasão romana (entre os anos 68 e 70 dC). Explicam que o termo ‘Vinda’ expressa um castigo divino. Os judeus rejeitaram o Evangelho de Jesus Cristo, por isso Jesus ‘veio’ em forma de ira divina usando o exército de Roma como instrumento. O capítulo 21 de Lucas é usado para dar suporte a esse ponto de vista.
– Os Futuristas colocam esses versículos para um cumprimento futuro, ou seja, na Grande Tribulação, onde os judeus convertidos e os cristãos (os que não foram arrebatados) pregarão o Evangelho em todo o mundo sendo perseguidos pelo Anticristo. Nesta ocasião, Israel retomará seu lugar (a Igreja já terá cumprido sua missão) na evangelização final, este será o remanescente do tempo do fim que anunciará a Vinda (literal) do Reino e presenciará a Vinda do Filho do Homem.
Quanto aos eventos, eu acredito que tanto os Amilenistas, quanto os Futuristas estão certos.
Quando comparamos Mateus 10 (Missão dos 70) e Lucas 21 (Volta de Jesus) percebemos que os acontecimentos (de Mateus e Lucas) parecem ter duplo cumprimento: uma parte se cumpriu na invasão romana (Amilenismo) e outra se cumprirá (ou repetirá) no futuro (Futurismo).
Isso pode ser verdade, pois o mesmo ocorreu na passagem de Daniel 8.23-26: tal profecia se cumpriu parcialmente com Antíoco Epifânio, que é um tipo do Anticristo, e será cumprida totalmente com a manifestação futura do Anticristo.
Jesus disse que os apóstolos: seriam odiados e perseguidos; iriam testemunhar perante autoridades e reis; iriam falar com a autoridade dada pelo Espírito Santo; seriam entregues pelos próprios parentes; etc. Esses eventos de fato ocorreram com os apóstolos de Jesus, conforme podemos ler em Atos dos Apóstolos e acontecerá novamente durante a Grande Tribulação.
Veja a seqüência de acontecimentos comparados:
Mt 10:17 Acautelai-vos, porém, dos homens; porque eles vos entregarão aos sinédrios, e vos açoitarão nas suas sinagogas;
Mt 10:18 E sereis até conduzidos à presença dos governadores, e dos reis, por causa de mim, para lhes servir de testemunho a eles, e aos gentios.
Lc 21:12 Mas antes de todas estas coisas lançarão mão de vós, e vos perseguirão, entregando-vos às sinagogas e às prisões, e conduzindo-vos à presença de reis e presidentes, por amor do meu nome.
Lc 21:13 E vos acontecerá isto para testemunho.
—
Mt 10:19 Mas, quando vos entregarem, não vos dê cuidado como, ou o que haveis de falar, porque naquela mesma hora vos será ministrado o que haveis de dizer.
Mt 10:20 Porque não sois vós quem falará, mas o Espírito de vosso Pai é que fala em vós.
Lc 21:15 Porque eu vos darei boca e sabedoria a que não poderão resistir nem contradizer todos quantos se vos opuserem.
—
Mt 10:21 E o irmão entregará à morte o irmão, e o pai o filho; e os filhos se levantarão contra os pais, e os matarão.
Lc 21:16 E até pelos pais, e irmãos, e parentes, e amigos sereis entregues; e matarão alguns de vós.
—
Mt 10:22 E odiados de todos sereis por causa do meu nome; mas aquele que perseverar até ao fim será salvo.
Lc 21:17 E de todos sereis odiados por causa do meu nome.
—
Mt 10:23 Quando pois vos perseguirem nesta cidade, fugi para outra; porque em verdade vos digo que não acabareis de percorrer as cidades de Israel sem que venha o Filho do homem.
Lc 21:20 Mas, quando virdes Jerusalém cercada de exércitos, sabei então que é chegada a sua desolação.
Lc 21:21 Então, os que estiverem na Judéia, fujam para os montes; os que estiverem no meio da cidade, saiam; e os que nos campos não entrem nela.
Lc 21:22 Porque dias de vingança são estes, para que se cumpram todas as coisas que estão escritas.
Os eventos de Lucas 21:20 tiveram cumprimento com os exércitos romanos cercando Jerusalém no ano de 68 dC e com a destruição total em 70 dC.
Os Amilenistas encerram todas as profecias neste evento, porém há uma continuação:
Lc 21:24 E cairão ao fio da espada, e para todas as nações serão levados cativos (os judeus); e Jerusalém será pisada pelos gentios, até que os tempos dos gentios se completem.
Lc 21:25 E haverá sinais no sol e na lua e nas estrelas; e na terra angústia das nações, em perplexidade pelo bramido do mar e das ondas.
Lc 21:26 Homens desmaiando de terror, na expectação das coisas que sobrevirão ao mundo; porquanto as virtudes do céu serão abaladas.
Lc 21:27 E então verão vir o Filho do homem numa nuvem, com poder e grande glória.
Após o cerco e a destruição de Jerusalém, os judeus seriam espalhados no mundo inteiro, haveria ainda outros sinais (v. 25 e 26), Jerusalém não seria mais ‘pisada’ pelos gentios e aí então o Filho do Homem viria com poder e grande glória.
Lc 21:28 Ora, quando estas coisas começarem a acontecer, olhai para cima e levantai as vossas cabeças, porque a vossa redenção está próxima.
Lc 21:29 E disse-lhes uma parábola: Olhai para a figueira, e para todas as árvores;
Lc 21:30 Quando já têm rebentado, vós sabeis por vós mesmos, vendo-as, que perto está já o verão.
Lc 21:31 Assim também vós, quando virdes acontecer estas coisas, sabei que o reino de Deus está perto.
Lc 21:32 Em verdade vos digo que não passará esta geração até que tudo aconteça.
Qual geração que viu ou verá os acontecimentos e quem são eles?
Eu acredito que a Igreja é um intervalo na história que iniciou nos tempos de Jesus e terminará antes da última Semana de Daniel.
Tudo começou com o povo judeu e terminará com eles.
É como se não existesse o intervalo da Igreja. Os acontecimentos começaram na época dos apóstolos e terminarão com os ‘apóstolos’ do tempo do fim.
Jesus profetizou os sinais e eventos para os apóstolos (judeus). Os judeus fizeram parte da geração primeira que foi perseguida e viu os dias de desolação e vingança com a destruição de Jerusalém (Lc 21:20-22). Também serão os que verão a restauração de Jerusalém com o fim da dominação dos gentios; serão perseguidos durante a Grande Tribulação, porém serão eles que presenciarão o retorno de Jesus:
“Eis que vem com as nuvens, e todo o olho o verá, até os mesmos que o traspassaram; e todas as tribos da terra se lamentarão sobre ele. Sim. Amém. ” (Apocalipse 1:7)
“Mas sobre a casa de Davi, e sobre os habitantes de Jerusalém, derramarei o Espírito de graça e de súplicas; e olharão para mim, a quem traspassaram; e pranteá-lo-ão sobre ele, como quem pranteia pelo filho unigênito; e chorarão amargamente por ele, como se chora amargamente pelo primogênito.” (Zacarias 12:10)
Atualmente o cenário se encontra (quase) do mesmo jeito da época de Cristo: o judeus estão de novo em sua terra (não estão mais espalhados) e Jerusalém é governada por eles. Ainda falta a “Paz Romana” e o Templo construído, mas isso é questão de tempo.
Diante desta visão o versículo de Mateus 10:23 passa a fazer sentido.
Mt 10:23 Quando pois vos perseguirem nesta cidade, fugi para outra; porque em verdade vos digo que não acabareis de percorrer as cidades de Israel sem que venha o Filho do homem.
O remanescente judeu convertido será perseguido e percorrerá novamente todo o Israel anuciando o Reino de Deus, mas antes que termine Jesus virá.
Maranata!