Ponto de Vista Pós-Tribulacionista

Categoria (Arrebatamento) por Geração Maranata em 08-05-2011

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Pós-Tribulacionismo – Defende que os cristãos serão Arrebatados no final da Grande Tribulação, quando também ocorrerá a Segunda Vinda de Cristo.

O autor do artigo a seguir, apresenta uma defesa ao Arrebatamento Pós-Tribulacionista.

Não compartilho desse posicionamento, pois acredito que Deus livrará a Noiva (Igreja) da Ira Vindoura.

Isso não quer dizer que a Igreja não possa passar por tribulações e perseguições, mas nunca o Juízo, pois esse, a Bíblia mostra que será para os injustos e os que rejeitaram a graça salvadora.

"Pois do céu é revelada a ira de Deus contra toda a impiedade e injustiça dos homens que detêm a verdade em injustiça." Rom 1:18

"E esperar dos céus a seu Filho, a quem ressuscitou dentre os mortos, a saber, Jesus, que nos livra da ira futura." (1 Tes 1:10)

"Porque Deus não nos destinou para a ira, mas para a aquisição da salvação, por nosso Senhor Jesus Cristo." (1 Tes 5:9)

 

Os posicionamentos escatológicos não devem ser motivos para divisão, são apenas visões diferentes da profecia bíblica.  Nunca devemos nos esquecer que adoramos ao mesmo Deus e temos a mesma bendita esperança (Tito 2:13).

Com base nesse conceito, publico artigos com todas as teorias escatológicas, ora defendendo, ora refutando.

O estudante de escatologia poderá ler e confrontar todas essas correntes escatológicas.

 

Quais os principais fundamentos Pós-Tribulacionistas:

1. Jesus, em seu sermão profético, relaciona somente sua vinda após a tribulação, não mencionando em nenhum momento um arrebatamento oculto anterior ao momento da vinda em glória e sim um arrebatamento que faz parte de sua gloriosa vinda, logo após a grande tribulação (Mateus 24:29-31, Marcos 13:24-27 e Lucas 21:25-27)

2. A Bíblia não revela em nenhum lugar que a volta de Jesus será dividida em duas etapas: uma oculta, anterior à tribulação, e outra visível, após a tribulação. Pelo contrário, a Palavra determina apenas duas vindas: uma já concretizada há aproximadamente 2.000 anos e a outra ainda porvir (Hebreus 9:27-28)

3. Paulo revela que o arrebatamento ocorrerá ante a última trombeta. Jesus revelou que, por ocasião de sua vinda em glória, logo após a grande tribulação, haverá toque de trombeta. Portanto, nesse momento será tocada a última trombeta (I Coríntios 15:52, Mateus 24:31)

4. A promessa feita aos discípulos pouco após a ascenção de Cristo, aponta para seu regresso visível como Rei, pousando seus pés sobre o Monte da Oliveiras para derrotar o anticristo. Os discípulos, por ocasião da ascenção, estavam no Monte das Oliveiras e viram o acontecimento. Os anjos lhes revelaram que da mesma forma que Jesus tinha subido, Ele voltaria. Ou seja, de forma visível e pousando seus pés sobre o Monte das Oliveiras (Atos 1:11-12, Zacarias 14:3-4)

5. A Igreja primitiva não tinha qualquer idéia "pré-tribulacionista". Os cristãos primitivos esperavam a volta de Jesus já em seus dias, para livrá-los da perseguição e tribulação em que viviam, e não para evitar que eles entrassem num processo tribulacional. A idéia pré-tribulacionista surgiu no século XIX, atrelada ao dispensacionalismo (II Tessalonicenses 1:7-8)

6. Paulo descarta toda idéia de iminência anterior à concretização dos sinais profetizados por Jesus. Ele ensinou aos tessalonicenses que a vinda de Jesus e a nossa reunião com Ele, não ocorreria antes da apostasia generalizada e da manifestação do anticristo, mantendo a mesma ordem profetizada por Jesus no sermão profético (II Tessalonicenses 2:1-3, Mateus 24:10-15)

7. A volta de Jesus será como "um ladrão na noite" para aqueles que não a esperam e/ou não estão vigiando e atentos aos sinais (I Tessalonicenses 5:4, Apocalipse 3:3)

8. A volta de Cristo está relacionada na Bíblia ao DIA DO SENHOR, que será um dia literal e não um período de sete anos. Jesus mencionou a profecia de Joel 2:10 para especificar os sinais que antecederiam imediatamente sua vinda gloriosa, relacionando a mesma ao DIA DO SENHOR através dos mesmos sinais: o sol e a lua escurecendo. Joel nos revela que esses mesmos sinais antecederão o DIA DO SENHOR, relacionando esse dia ao dia da volta de Jesus e não ao período tribulacional de sete anos (Mateus 24:29, Joel 2:10, Isaias 13:10, Ezequiel 32:7-10)

9. É nítida na Bíblia a presença de servos de Deus em meio à tribulação dos últimos tempos. Não se trata de "ex-desviados", pois os cristãos da grande tribulação guardam os mandamentos de Deus e mantêm o testemunho de Jesus, algo impossível sem a atuação do Espírito Santo. Muitos desses servos de Deus, a exemplo dos cristãos primitivos, serão martirizados e odiados "por todas as nações" (Apocalipse 12:17, Apocalipse 6:9-11, Apocalipse 14:8-13, Mateus 24:9-12, Marcos 13:20, João 17:15, Daniel 7:25-27)

10. Desses cristãos, alguns serão protegidos de forma sobrenatural durante a tribulação, a exemplo do que ocorreu com o povo de Israel no Egito durante as pragas (Apocalipse 3:10, Apocalipse 12:14-16, Daniel 11:33-34, Mateus 24:22)

11. O chamado para “vigiar” (o termo vigiar vem de vigília = noite) e se manter atento aos sinais e à santidade, se prolonga até o final da tribulação (Apocalipse 16:15)

12. Jesus, em sua primeira abordagem direta sobre sua volta, relaciona diretamente o momento do arrebatamento à sua vinda gloriosa e à derrota dos exércitos do anticristo no Armagedom. Isso fica patente ao comparar Lucas 17:28-37 com Apocalipse 19:11-21 (Presença de destruição, cadáveres e aves de rapina)

13. O objetivo da tribulação não é o extermínio da raça humana nem a destruição total do planeta. Jesus compara sua vinda aos dias de Noé no que concerne ao descaso das pessoas diante das profecias e à malignidade das duas épocas em questão. Porém, os acontecimentos são diferentes: No dilúvio, o propósito era destruir todo ser vivo, exceto Noé, família e os animais na arca. Na volta de Jesus, a destruição virá sobre o sistema maligno no qual o mundo jaz e sobre aqueles que se prostram diante de tal sistema (I João 5:19, I Coríntios 15:23-25, Gênesis 6:7, Gênesis 8:21-22)

14. Após a grande tribulação haverá sobreviventes, inclusive das nações que marcharão contra Jerusalem no Armagedom (Zacarias 14:16)

15. Não existe base bíblica para separar a igreja da Israel espiritual. Apesar de existirem castigos e promessas específicas para a nação israelense, não se justifica presumir por isso um arrebatamento pré-tribulacional. Nós somos o Israel de Deus, filhos de Abraão, segundo a promessa (Efésios 2:14, Gálatas 3:29, Romanos 11:24:32)

16. Não existe legitimação para “dividir” a atuação de Deus em dispensações  separadas e excludentes. O que vemos na Bíblia é uma revelação progressiva do plano de Deus para a humanidade. Deus trata com todos ao mesmo tempo. Um exemplo disso é que Deus continua atuando profeticamente com Israel em plena “era dos gentios”

17. Não existe base bíblica alguma para sustentar a volta de Jesus “a qualquer momento”. O próprio Cristo se deteve para revelar todos os grandes sinais que antecederiam sua volta. Após o cumprimento de todos os sinais profetizados pelo Mestre é que sua volta será “a qualquer momento”. Paulo também nos revela dois grandes sinais (Mateus 24:33, II Tessalonicenses 2:1-3). Não se pode usar as epístolas paulinas para sustentar a volta de Jesus “a qualquer momento”, pois elas foram escritas para diversas igrejas até 66 d.C., ano em que Paulo morreu decapitado em Roma. Naquele ano não havia se cumprido sequer o primeiro grande sinal profetizado por Jesus: a destruição de Jerusalem, que só ocorreu em 70 d.C. Paulo e nenhum dos apóstolos ensinaram um arrebatamento “sem sinais prévios”

16. A salvação nos livra da ira de Deus. Quando falamos em “ira” relacionada à  salvação espiritual, não é correto associar essa “ira” a um processo tribulacional, onde os danos sofridos pelos servos de Deus são físicos. O próprio autor do versículo em questão morreu decapitado dentro de um processo de perseguição e tribulação. A salvação que temos é espiritual e eterna, a qual nos torna isentos da ira eterna de Deus, porém não isentos de passar por tribulações (I Tessalonicenses 1:10, I Tessalonicenses 4:9)

19. Todos os termos neo-testamentários usados para referir-se à vinda de Jesus, nos dão a idéia de um evento visível, notável e não oculto: ephiphaneia (aparecimento), apokalipsys (revelação) e parousia (vinda-manifestação)

20. A primeira ressurreição ocorrerá por ocasião da vinda de Cristo em glória, no final da tribulação. Essa “primeira” ressurreição exclui uma ressurreição em massa anterior a esse momento (Apocalipse 20:4-6)

21. Toda a revelação escatológica de Jesus, dos apóstolos e até do Apocalipse, é direcionada à Igreja. Que objetivo haveria em revelar-nos esses pormenores e instruir-nos a estarmos atentos aos sinais, se a Igreja não estivesse inserida nesses acontecimentos?

22. As “bodas do Cordeiro” ocorrerão após  a vinda do reino de Deus. O anúncio dessas bodas é feito no final da tribulação (Apocalipse 19:7, Lucas 22:18 – Lucas 21:31)

23. Jesus nos insta a estarmos atentos aos sinais e a não sermos enganados em meio à tribulação pelos sinais malignos dos “anticristos” e “falsos profetas” (Marcos 24:4, Mateus 24:24, Lucas 12:54-59).

24. Jesus disse que “quem perseverar até o fim será salvo”. O “fim” de sua narrativa profética  no sermão do Monte das Oliveiras é sua vinda em glória, logo após a tribulação (Mateus 24:13, Mateus 24:6)

25. Jesus predisse que os seus servos seriam odiados “por todas as nações” e que o evangelho seria pregado em testemunho “a todas as nações”. Esses eventos ainda não aconteceram em sua plenitude e devem ocorrer durante a tribulação com a perseguição institucionalizada contra a Igreja e a diáspora decorrente dessa perseguição, produzindo um avivamento nunca antes visto e possibilitando a pregação a “todas as nações”.

26. Se o pré-tribulacionismo estiver certo, nós, pós-tribulacionistas, estamos preparados pela fé e através do novo nascimento para o arrebatamento anterior à tribulação. Se a posição pós-tribulacionista estiver certa, estaria a Igreja preparada em todos os aspectos para enfrentar esses momentos de sofrimento físico e social extremos? Estão todos sendo ministrados para enfrentarem essa possibilidade? Estão todos sendo ensinados a vigiarem em virtude do engano generalizado que se aproxima?

 

Perguntas aos que Crêem num Rapto Pré-Tribulacional

1. Se TODOS seremos transformados num momento, num abrir e fechar de olhos, como será possível que permaneçam escolhidos ou santos para serem transformados depois, no final da tribulação?

Quando a Bíblia fala do rapto, diz a respeito tanto dos vivos como mortos que “todos seremos transformados, num momento, num abrir e fechar de olhos” (1 Coríntios 15:51,52). Se o rapto ocorre antes dos 7 anos de tribulação, somente os crentes que estiverem vivos ou mortos até esse ponto serão transformados.

2. O que acontecerá com os crentes que morrerem durante este período de tribulação, ou que chegarem ao final da tribulação com vida? Serão imediatamente transformados os mortos? E então, com os vivos, o que se passará? Serão então arrebatados e transformados com um segundo grupo?

Não há base para tal crença. A Bíblia fala de um único rapto e não de dois, e de “uma só ressurreição (para vida)” (Apocalipse 20:5), não de duas; e esta ressurreição acontecerá no “ultimo dia” (João 6:39;40;44;54).

3. Se o rapto é na última trombeta, como é possível que ainda restem sete trombetas para soar? Além do mais, se o rapto é a última trombeta, quando soará a penúltima (antes da última) trombeta do rapto?

1 Coríntios 15:51-52 diz que a transformação será quando soar a última trombeta.

4. Quem são estes escolhidos? E se são escolhidos, porque permanecerão na terra e não foram no rapto?

Haverá falsos Cristos e falsos profetas enganadores no tempo da grande tribulação e tentarão enganar os escolhidos. Mateus 24:21,24.

5. Se a igreja é arrebatada antes da tribulação, quem pregará o evangelho do reino em todo o mundo?

Romanos 10:13-14,17 diz: “Porque: Todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo. Como pois invocarão aquele em quem não creram? e como crerão naquele de quem não ouviram falar? e como ouvirão, se não há quem pregue?… De sorte que a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Deus.” Alguns responderão que serão aqueles que ficarem que pregarão; outros têm dito que Deus terá um grupo reservado na terra para tal tarefa e outros dizem que serão os anjos. Ao que perguntamos:

Como é possível que os que não creram enquanto o Espírito Santo estava lhes dando poder e valor, possam estar agora diante da maior perseguição de todos os tempos pregando?

Nem sequer os apóstolos puderam sair a pregar sem que antes viesse o Espírito Santo. Alguns dizem que quem pregará serão os 144 mil selados que aparecem no livro de Apocalipse; porém, a Bíblia não diz que eles serão pregadores, e ainda que pudessem ser, isso é somente uma conjectura sem respaldo bíblico.

6. Providencie um texto bíblico onde diga que as bodas do Cordeiro ou as ceias durarão sete anos?

De acordo com a doutrina pré-tribulacionista, a igreja estará no céu celebrando as bodas do Cordeiro, enquanto os sete anos de tribulação estarão se passando sobre a terra.

7. Providencie um texto bíblico onde diga que as bodas do Cordeiro começarão sete anos antes da segunda vinda de Cristo.

8. Demonstre através da Bíblia que a grande tribulação durará sete anos.

9. Se o Espírito Santo, que tem um papel tão importante na salvação, não estará para redargüir e convencer o pecador de seu pecado, como, pois, crerão os que não são salvos? (De acordo com muitos pré-tribulacionistas, quando a igreja for levada antes do começo da grande tribulação, o Espírito Santo também será tirado do meio para que o Anticristo se manifeste).

10. Como é possível que a vinda do Senhor para redimir Seu povo seja em secreto e que ao mesmo tempo todos a vejam?

A vinda do Filho do Homem para Seu povo não será em secreto. Em Lucas 21:27-28, JESUS nos diz (leia com atenção):

“E então verão vir o Filho do homem numa nuvem, com poder e grande glória. Ora, quando estas coisas começarem a acontecer, olhai para cima e levantai as vossas cabeças, porque a vossa redenção está próxima”.

As coisas que sucederão serão os sinais no sol, na lua, nas estrelas, a angústia entre as pessoas, o bramido do mar e das orlas, o desfalecimento dos homens e o temor descritos em Lucas 21:25-27, justamente antes da vinda do Senhorpara redimir os Seus escolhidos.

11. O arrebatamento parcial (a maioria dos pré-milenistas crêem nele): não lhes recorda esta segunda oportunidade o ensinamento da heresia Católica Romana do purgatório, o qual é uma segunda oportunidade para os mortos pagar expiação por seus próprios pecados?

Esta crença ensina que somente os crentes que forem dignos serão arrebatados antes da tribulação, enquanto que os que não tiverem sido fiéis terão que passar pela tribulação e deixar que suas cabeças sejam cortadas para poderem ser salvos. Utiliza-se o verso de Hebreus 9:28 para demonstrar que se necessita preparação. É como um tipo de uma segunda oportunidade para os vivos.

12. Como é possível que, sendo novos convertidos, meninos na fé e sem o Espírito Santo (que supostamente já não está com os crentes), estes novos cristãos de menos de 3 anos de convertidos, sem igreja, nem pastor, nem mestre que lhes ensine a Bíblia, possam suportar os ataques do Anticristo e serem pregadores?

Os pré-tribulacionistas ensinam que durante a grande tribulação, os santos da tribulação são aqueles que se convertem a Cristo durante este período. Agora, neste tempo, não há muita perseguição, temos o Espírito Santo, e temos mestres e pastores que ensinam a Bíblia e a maioria não se atreve a dizer a um ímpio “Cristo te ama”.

Seguindo a teologia Pré-milenarista Dispensacionalista: Como é possível que a primeira ressurreição ocorra no rapto, sete anos ANTES da tribulação e que ao mesmo tempo a primeira ressurreição marque o começo do milênio em Sua segunda vinda DEPOIS da tribulação?

 

Obs: Na seção Comentários o Prof. José Nunes respondeu às perguntas Pós-Tribulacionistas. Confira.

 

Leia também:

Quais as diferentes visões sobre o Arrebatamento? Pré-Tribulacionismo

Defendendo o Arrebatamento Pré-Tribulação

 

Para saber mais:

http://pt.scribd.com/doc/6743475/o-Arrebatamento-Postribulacao

http://www.monergismo.com/textos/escatologia_reformada/paulojesusarrebatamento.htm

http://escatologiacrista.blogspot.com/2008/02/grande-tribulao.html

 

Fontes pesquisadas:

www.projetoomega.com

http://www.vidaeterna.org/esp/profecia/preguntas_rapto.htm

 

 

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