Haverá um Reino Milenar depois que Cristo voltar? – Amilenismo

Categoria (Métodos de Interpretação Profética) por Geração Maranata em 19-08-2012

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por Geração Maranata

O Milênio

“E vi descer do céu um anjo, que tinha a chave do abismo, e uma grande cadeia na sua mão. Ele prendeu o dragão, a antiga serpente, que é o Diabo e Satanás, e amarrou-o por mil anos.

E lançou-o no abismo, e ali o encerrou, e pôs selo sobre ele, para que não mais engane as nações, até que os mil anos se acabem.

E depois importa que seja solto por um pouco de tempo.

E vi tronos; e assentaram-se sobre eles, e foi-lhes dado o poder de julgar; e vi as almas daqueles que foram degolados pelo testemunho de Jesus, e pela palavra de Deus, e que não adoraram a besta, nem a sua imagem, e não receberam o sinal em suas testas nem em suas mãos; e viveram, e reinaram com Cristo durante mil anos.

Mas os outros mortos não reviveram, até que os mil anos se acabaram. Esta é a primeira ressurreição.  Bem-aventurado e santo aquele que tem parte na primeira ressurreição; sobre estes não tem poder a segunda morte; mas serão sacerdotes de Deus e de Cristo, e reinarão com ele mil anos.

E, acabando-se os mil anos, Satanás será solto da sua prisão, E sairá a enganar as nações que estão sobre os quatro cantos da terra, Gogue e Magogue, cujo número é como a areia do mar, para as ajuntar em batalha. E subiram sobre a largura da terra, e cercaram o arraial dos santos e a cidade amada; e de Deus desceu fogo, do céu, e os devorou.  E o diabo, que os enganava, foi lançado no lago de fogo e enxofre, onde está a besta e o falso profeta; e de dia e de noite serão atormentados para todo o sempre.” (Apo: 20:1-10)

 

"Ora nos dias desses reis, o Deus do céu suscitará um reino que jamais será destruído e cuja realeza não será deixada a outro povo. Ele pulverizará e aniquilará todos esses reinos, e subsistirá para sempre" (Dn 2:44)

“E o Senhor será rei sobre toda a Terra; naquele dia um será o Senhor e um será o seu nome” (Zc 14:9)

 

A palavra millennium vem do latim mille annus que significa mil anos. O termo grego usado na Bíblia é chiliasm (quiliasmo).  

χιλιοι chilioi
plural de afinidade incerta
1) mil

ετος etos
1) ano

No capítulo 20 de Apocalipse encontramos a única menção de um Reino Milenar de Cristo e as divergências giram em torno desses mil anos.

Nem todos os cristãos acreditam que Jesus Cristo voltará literalmente à Terra para estabelecer um Reino de paz e segurança que durará mil anos.

Quatro correntes escatológicas tentam explicar o significado do Milênio:

Nesta última série veremos o ensino do Milênio segundo a visão Amilenista.

O Amilenismo é uma das quatro correntes que tentam responder à pergunta:

“Haverá um reino milenial depois que Cristo voltar?”

 

Amilenismo

Introdução

O termo Amilenismo é formado por três partes diferentes: prefixo grego "a" que quer dizer "não"; a palavra latina "mille", que significa "mil" (em grego "chilias") e "annus", outra palavra latina que significa "ano" (em grego "etos"). Portanto o Amilenismo, literalmente, significa "não mil anos".

O Amilenismo ensina que o capítulo 20 de Apocalipse deve ser interpretado alegoricamente, ou seja, não haverá um milênio literal e o reinado de Cristo não seria físico, mas celestial, uma vez que o reino de Cristo ‘não é deste mundo’, mas Ele reina especialmente nos corações daqueles que o aceitam com Rei e Senhor. Trata-se de uma figura de linguagem que faz referência a um longo período de tempo onde Deus realizará todos os seus propósitos.  

Para o Amilenismo, Satanás está preso atualmente, no sentido de não poder 'enganar as nações' e impedir o avanço da pregação do Evangelho.

Todos os eventos dos tempos do fim ocorrerão de uma só vez logo após a volta de Cristo. Os Amilenistas, em sua grande parte, crêem que Cristo pode voltar a qualquer momento.

 

Histórico

Segundo os defensores desta posição escatológica, o termo Amilenismo é de origem recente e tem sido usado desde a década de 1930, porém não se sabe quando surgiu pela primeira vez. O termo pode ser novo, mas as idéias defendidas por essa visão remontam aos primeiros séculos do Cristianismo.  

Os primeiros cristãos acreditavam estar vivendo os últimos dias e aguardavam a volta de Cristo para estabelecer um reino literal. Orígenes de Alexandria (185 – 254)  trouxe uma nova interpretação, usando o método alegórico, espiritualizou o reino futuro e entendeu que ele seria a era da Igreja.  

O teólogo exegeta Ticônio (370 – 390) também era adepto da interpretação ‘espiritualizada’ das Escrituras, sobretudo o Apocalipse. Ticônio era antiquiliástico, sua interpretação sobre o milênio, excluía qualquer esperança de um reino terrestre futuro.  Para ele, o milênio prometido no Apocalipse começou com a Igreja, e não haverá nenhum outro evento concreto desencadeado por uma catástrofe cósmica qualquer.

A escatologia proposta por Orígenes e Ticônio influenciou e foi popularizada por Agostinho (354 – 430).  

Para Agostinho o milênio seria o período entre a primeira e a segunda vinda de Cristo e era literal, ou seja, ele cria que Jesus retornaria mil anos após sua ascensão.

Nota: Mais tarde, quando o ano 1000 chegou, e Jesus não retornou, esse ensinamento passou também a ser espiritualizado e passou a significar um período de tempo indefinido.

Com Agostinho, o Amilenismo ganhou grande destaque, pois apesar de Orígenes ter estabelecido as base ao propor o método não-literal de interpretação, foi Agostinho quem disseminou o conceito alegórico do milênio no que agora conhecemos como Amilenismo.

Em sua famosa obra, 'A cidade de Deus', Agostinho propôs que a Igreja visível era o reino de Deus na terra e com base nesse ensinamento, ele desenvolveu sua doutrina do milênio. 

Ele ensinou que o milênio deve ser interpretado espiritualmente como cumprido pela Igreja. Foi ele quem defendeu a idéia do aprisionamento de Satanás como tendo ocorrido durante o ministério terreno do Senhor Jesus (Lc 10.18) e a primeira ressurreição seria o novo nascimento do cristão (Jo 5.25).

“E disse-lhes: Eu via Satanás, como raio, cair do céu” (Lc 10.18)

“Em verdade, em verdade vos digo que vem a hora, e agora é, em que os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus, e os que a ouvirem viverão.” (Jo 5.25)

Jerônimo (347 – 420) também foi um defensor do Amilenismo.  Em seu comentário sobre o livro de Daniel, escrito um pouco antes do ano 400, Jerônimo ensinou que “os santos de modo nenhum terão um reino terrestre, mas somente um celestial; portanto, esta fábula dos mil anos tem que ser eliminada.” [1]

Grandes líderes da Reforma criam na escatologia Amilenista, ensinamento herdado da Igreja Católica que por sua vez se baseava nos ensinamentos de Agostinho.  

Calvino (1509 – 1564) ensinava que Israel e a Igreja eram a mesma coisa e aguardava a Segunda Vinda para que ocorressem a ressurreição, o juízo e o estado eterno. Foi um grande crítico ao quiliasmo (crença no milênio) e o descrevia como 'ficção', 'sonho', 'blasfêmia intolerável', etc.

No século XIX surgiu uma nova interpretação para o Amilenismo.  Em 1874, B. B. Warfield (prof. de teologia no Seminário Teológico de Princeton) passou a ensinar que o milênio é o estado presente dos santos no céu (conhecido hoje como Amilenismo Clássico).

 

Tipos de Amilenismo

Os adeptos do Amilenismo diferem acerca do cumprimento do milênio, uns acreditam que o Milênio está sendo cumprido na Terra (Amilenismo Agostiniano) outros acreditam que está sendo cumprido com os santos nos céus (Amilenismo Warfield ou Clássico).

Agostiniano – Entende que todas as promessas do Antigo Testamento, em relação ao Reino, foram cumpridas com Cristo reinando do trono do Pai sobre a Igreja na Terra. Esse ponto de vista é defendido também pela Igreja Católica. O Amilenismo Agostiniano prevê o completo domínio do bem sobre o mal, através da pregação do evangelho. À medida que o Reino de Deus está sendo expandido na terra, através da Igreja, a situação do mundo vai melhorando.

Clássico/Warfield – Crê que, desde a ascenção de Cristo no primeiro século, o Milênio foi estabelecido na Terra e durará por um período indefinido, chamado de 'o tempo da Graça'. Considera que o Reino de Deus é o domínio de Deus sobre os santos que estão nos céus – o Reino dos Céus. Ao contrário do Amilenismo Agostiniano, o Amilenismo Clássico não vê o futuro de maneira otimista para a humanidade. Para ele a presente irá piorar cada vez mais até a Segunda Vinda de Cristo, o qual virá para dar fim a apostasia.

Esses dois pontos de vistas podem ser considerados ortodoxos, pois crêem na interpretação literal das doutrinas da ressurreição, juízo, castigo eterno e outros temas relacionados.

Existe ainda outro tipo de Amilenismo chamado de Modernista (adepto da Teologia Liberal), que nega as doutrinas da ressurreição, do juízo, da segunda vinda, etc.

 

Doutrinas Amilenistas

Reino de Deus

Para os Amilenistas o Reino de Deus foi estabelecido por Cristo em sua primeira vinda à Terra e está operante atualmente até que seja revelado em sua Segunda Vinda. Discordam do ensinamento de que Jesus governará a partir do trono de Davi com sede em Jerusalém em algum tempo no futuro. Para os Amilenistas, Jesus já está reinando, não sobre um Israel natural, mas sobre um Israel de fé, ou seja, a Igreja.  Cristo não reina só sobre o povo, mas dentro do seu povo. A sede de seu governo é a Jerusalém celestial.  

"… O reino de Deus não vem com aparência exterior. Nem dirão: Ei-lo aqui, ou: Ei-lo ali; porque eis que o reino de Deus está entre vós." (Lucas 17:20-21)

 

Prisão de Satanás

O Amilenismo ensina que o diabo foi amarrado "espiritualmente" por Jesus. Por isso ele não pode impedir que a Igreja realize a obra de evangelizar e expandir o reino de Cristo no mundo.  Texto usado como sustentação: 
"Mas se é pelo Espírito de Deus que eu expulso demônios, então chegou a vocês o Reino de Deus. 
Ou como alguém pode entrar na casa do homem forte e levar dali seus bens, sem antes amarrá-lo? Só então poderá roubar a casa dele." (Mateus 12:28-29)
 
O Amilenismo ensina que, em Lucas 10:17-18, Jesus viu o reino de Satanás sofrer um grande golpe e foi neste instante que ocorreu o aprisionamento:
 
"Os setenta e dois voltaram alegres e disseram: "Senhor, até os demônios se submetem a nós, em teu nome".
Ele respondeu: "Eu vi Satanás caindo do céu como relâmpago." (Lucas 10:17-18)
 
Outro texto base: "Chegou a hora de ser julgado este mundo; agora será expulso o príncipe deste mundo. Mas eu, quando for levantado da terra, atrairei todos a mim". (João 12:31-32)
 
Satanás só será liberto quando se cumprir a 'plenitude' do reinado de Cristo na Igreja. Quando for solto, o diabo terá permissão para operar contra os cristãos e vencê-los.
 
Depois, Jesus voltará e os santos serão arrebatados e serão recebidos pelo Senhor nas nuvens.  Então se seguirá o juízo e o estado eterno, com os novos céus e nova terra e o reino eterno de Deus. 
 
 
Ressurreição
 
Na visão Amilenista haverá uma única ressurreição dos crentes e dos incrédulos por ocasião da volta de Cristo: ""Não fiquem admirados com isto, pois está chegando a hora em que todos os que estiverem nos túmulos ouvirão a sua voz e sairão; os que fizeram o bem ressuscitarão para a vida, e os que fizeram o mal ressuscitarão para serem condenados." (João 5:28-29)

A expressão “primeira ressurreição”, descrita em Apocalipse 20:4-5, refere-se a ir para o céu, não é uma ressurreição física, mas uma ida à presença do Senhor e reinar com Ele no céu: "Vi tronos em que se assentaram aqueles a quem havia sido dada autoridade para julgar. Vi as almas dos que foram decapitados por causa do testemunho de Jesus e da palavra de Deus. Eles não tinham adorado a besta nem a sua imagem, e não tinham recebido a sua marca na testa nem nas mãos. Eles ressuscitaram e reinaram com Cristo durante mil anos. (O restante dos mortos não voltou a viver até se completarem os mil anos.) Esta é a primeira ressurreição." (Apocalipse 20:5). 

Nota: Existe outra interpretação Amilenista que diz que a “primeira ressurreição” é o novo nascimento (conversão), ou seja, se refere à ressurreição de Cristo e à participação dos crentes na ressurreição de Cristo por meio da união com Ele.

A "segunda ressurreição" ocorrerá na volta de Cristo e será geral, tanto para os crentes quanto para os ímpios.  Os crentes vivos e os ressuscitados serão transformados e glorificados: "Eis aqui vos digo um mistério: Na verdade, nem todos dormiremos, mas todos seremos transformados; Num momento, num abrir e fechar de olhos, ante a última trombeta; porque a trombeta soará, e os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados. (1 Coríntios 15:51-52)

Nota: A "primeira morte" é a morte física e a "segunda morte" será o castigo eterno.

 

Cristo, Israel e a Igreja

O Amilenismo ensina que as profecias feitas a Israel tem seu cumprimento na Igreja, que, segundo eles, é o Israel espiritual. Os Reformadores do século XVI aceitavam esse tipo de interpretação teológica.  

O Amilenismo argumenta que as profecias relacionadas a Israel, à Terra, ao Templo, devem ser entendidos como cumpridos na pessoa de Jesus: "Todos os cristãos estão acostumados a ver os sacrifícios, as festas e as cerimônias do Antigo Testamento como tipos, isto é, ferramentas pedagógicas que apontam para a obra de Cristo. Por que, então, os elementos que consideramos agora – a terra de Canaã, a cidade de Jerusalém, o templo, o trono de Davi, a própria nação de Israel – não poderiam ser compreendidos à luz da mesma percepção interpretativa utilizada para os sacrifícios e as cerimônias?" [2}

Os Amilenistas defedem que há diversas profecias no Antigo Testamento acerca da primeira vinda de Jesus, que se cumpriram espiritualmente. Um exemplo é a profecia de Oséias onde se lê: "Quando Israel era menino, eu o amei; e do Egito chamei o meu filho." (Os.11:1). Esta afirmação histórica de que Deus chamou Israel do Egito no Êxodo foi aplicada espiritualmente, no Novo Testamento, à Jesus Cristo, em Mateus 2:15: "E esteve lá, até à morte de Herodes, para que se cumprisse o que foi dito da parte do Senhor pelo profeta, que diz: Do Egito chamei o meu Filho." 

Esse é o argumento essencial do Amilenismo, é dessa forma que acreditam que o Novo Testamento deve ser interpretado. Os textos proféticos não serão cumpridos no futuro, pois eles já tiveram seu cumprimento em Jesus Cristo.

Na visão Amilenista o verdadeiro Israel é Cristo e interpretam todas as profecias relacionadas com Israel como tendo uma aplicação direta em Cristo. Logo os Amilenistas concluem que os cristãos que estão em Cristo, tornam-se o verdadeiro povo de Israel, o Israel da fé.  Isto quer dizer que não existem quaisquer promessas bíblicas para o Israel natural , pois as promessas são cumpridas em Cristo, o Israel de Deus, ou o seu povo, a Igreja, o Israel da fé. "E a todos quantos andarem conforme esta regra, paz e misericórdia sobre eles e sobre o Israel de Deus." (Gálatas 6:16)

Com relação ao Templo futuro a interpretação Amilenista é que o próprio Jesus é o Templo prometido, por isso não se deve esperar por outro. Texto base: "Jesus respondeu, e disse-lhes: Derribai este templo, e em três dias o levantarei." (João 2:19)

Essa forma de interpretação teológica também pode ser chamada de “Teologia de Substituição”, ou seja, a crença de que a Igreja tomou o lugar de Israel.  (Leia uma refutação à Teologia da Substituição aqui).

 
Paralelismo Progressivo
 
A interpretação do livro de Apocalipse é a mesma adotada pelo Pós-Milenismo, conhecido como "paralelismo progressivo", defendido por William Hendriksen, em seu livro: "More Than Conquerors" ("Mais que vencedores").
 
Este método de interpretação divide o livro do Apocalipse em seções, geralmente sete, "cada uma das quais recapitula os eventos do mesmo período ao invés de descrever os eventos de períodos sucessivos. Cada uma delas trata da mesma era – o período entre a primeira e a segunda vinda de Cristo – retomando temas anteriores, elaborando-os e desenvolvendo-os ainda mais. Apocalipse 20, portanto, não fala de eventos muitos removidos para o futuro, e o significado dos mil anos deve ser achado nalgum fato passado e/ou presente." [3]
 
 Essas sete seções estão divididas em dois grandes períodos Ap. 1-11 e Ap. 12-22. A primeira seção descreve a perseguição do mundo e ímpios e a segunda descreve  a perseguição do dragão e seus agentes.
  • Primeira Seção (Ap. 1-3) – Os sete candeeiros
  • Segunda Seção (Ap. 4-7) – Os sete selos
  • Terceira Seção (Ap. 8-11) – As sete trombetas
  • Quarta Seção (Ap. 12-14) – A tríade do mal
  • Quinta Seção (Ap. 15-16) – As sete taças
  • Sexta Seção (Ap. 17-19) – A derrota dos agentes do Dragão
  • Sétima Seção (Ap. 20-22) – O Reinado de Cristo
As sete seções paralelas referem-se ao mesmo período, ou seja, o tempo que vai da Primeira à Segunda vinda de Cristo. À medida que se aproxima o fim, as eventos vão se tornando mais fortes e o juízo de Deus mais evidente
 
 
Algumas interpretações do Apocalipse
 
O Cavalo Branco, que aparece na abertura dos Setes Selos, tem várias interpretações: o Anticristo, conquistas militares, pregação do Evangelho e a mais defendida entre os Amilenistas, representa o Cristo vencedor.
 
Os Sete Selos, as Trombetas e as Taças não serão eventos cósmicos futuros, mas são visões de paz e de guerra, de fome e de morte, de perseguição à igreja e do juízo de Deus, desde a ascensão até o regresso glorioso de Cristo.  
 
Enquanto os Selos falam do sofrimento da Igreja perseguida, as Trombetas falam do mundo incrédulo em virtude das orações da Igreja. Os Selos mostram o que vai acontecer na história até o retorno de Cristo, dando particular atenção ao que a igreja terá de sofrer. Já as Trombetas, descrevem o que vai acontecer na História até o retorno de Cristo, dando ênfase no sofrimento que o mundo irá sofrer, como expressão da advertência de Deus.
 
As Sete Taças compreendem todo o período da Igreja, assim como os Selos e a Trombeta. Enquanto as Trombetas são juízos parciais e alertas de Deus para o mundo, as Taças falam da Ira sem mistura, da consumação da cólera de Deus. Tanto as Trombetas como as Taças referem-se ao mesmo período.
 
A Grande Meretriz, Babilônia, é identificada como a Igreja apóstata. 
 
 
Eventos Escatológicos
 
Para o Amilenismo, o fim do mundo chegará quando o Milênio, ao qual estamos vivendo atualmente, terminar.   Antes disso, Satanás será solto por pouco tempo e então ocorrerá a Grande Tribulação, a  apostasia e o reinado do Anticristo.
 
O Amilenismo interpreta que a Grande Tribulação, o Armagedom (Ap. 16:16) e a batalha de Gogue e Magogue (Ap.20:8) são a mesma coisa. Trata-se de uma descrição da última batalha contra o Cordeiro e sua noiva (a Igreja), durante o período que Satanás será solto.
 
A queda da Babilônia, do Anticristo, do falso profeta, de Satanás, dos ímpios e da morte acontecerão ao mesmo tempo, ou seja na segunda vinda de Cristo.
 
Os Amilenisas não crêem em um arrebatamento secreto como os Pré-Milenistas, mas crêem que ele ocorrerá na segunda vinda de Cristo. Esse arrebatamento será visível para todo o mundo.
 
Todos os mortos, tanto os crentes como os infiéis, serão ressuscitados ao mesmo tempo, não haverá duas ressurreições físicas.
 
Em seguida, ocorrerá o julgamento do Trono Branco (Ap. 20:11), onde todos, inclusives os crentes, irão comparecer para serem julgados. Os que tiverem seu nome no Livro da Vida herdarão a vida eterna e quem não os tiver serão lançados no Lago de Fogo, não simbólico, mas literal.
 
Após todos esses eventos iniciará o Estado Eterno, onde todos aqueles, cujos nomes estavam escritos no Livro da Vida, reinarão com Cristo por toda a eternidade.
 
Nota: A Nova Jerusalém não é uma cidade celestial, mas a própria Igreja.
 
Quadros Resumos
 

Arrebatamento

Tribulação

Segunda Vinda

Ocorre depois da tribulação

A igreja passa pela tribulação

Uma só fase

 

 Profecias do Reino Messiânico

Profecias do Novo Testamento

Profecias do Antigo Testamento

Centralizadas em Cristo

Estão se cumprindo no presente

Já se cumpriram no passado, em Cristo.

 

Principais fatos Escatológicos

Cumprimento

Milênio:

O Reino de Cristo e o Reino de Deus

O milênio é o reino celestial de Cristo nos céus sobre as almas dos salvos. O Estado Eterno será introduzido na volta de Cristo, com os novos céus e nova terra. Mt.25:34

O Israel de Deus (Gl.6:16)

O novo Israel de Deus é a Igreja.

Interpretação das profecias do Antigo Testamento

Método espiritual e Preterista, as profecias já se cumpriram em Cristo.

Interpretação do livro do Apocalipse

Paralelismo Progressivo. A maior parte está se cumprindo.

As duas Ressurreições (Ap.20:1-6)

A primeira é espiritual, a segunda é corporal. (Jo.5:25-29; Ef.2:1-6)

Leia também:

http://geracaomaranata.com.br/2011/05/ponto-de-vista-amilenista/

Proeminentes Amilenistas: http://www.amilenismo.com/p/proeminentes-amilenistas.html

 

 
Notas:
 
[1] http://solascriptura-tt.org/EscatologiaEDispensacoes/TeologiasNaoEscrituristicasAmilenarismoPosmilenarismo-TIce.htm
 
[2] O Milênio: 3 pontos de vista – Stanley Gundry 
 
http://intranet.uds.edu.py:81/biblioteca/Livros%20Teolog%C3%ADa/Amilenismo/O%20Reino%20Milenial%20de%20Cristo%20-%20Jorge%20L_%20Trujillo.htm
 
[3] HOEKEMA, Anthony A.apud, CLOUSE, Robert G. (Org). O  Milênio.Campinas: Luz para o Caminho, 1983. p.142.
 
 
 
Fontes:
 
A Segunda Vinda de Cristo – Samuel Alexandre Martins
 
Estudos no Livro de APOCALIPSE – Hernandes Dias Lopes
 
http://www.monergismo.com/textos/escatologia_reformada/escatologia_reformada.htm
 
http://www.monergismo.com/textos/escatologia_reformada/argumentos_amilenismo.htm
 
http://www.amilenismo.com/

 

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