Por Geração Maranata
Nunca antes presenciamos tantas tempestades assassinas, terremotos em vários lugares, guerras e rumores de guerras e pestes, esses assuntos dominam os noticiários continuamente.
Não é surpresa que as pessoas estejam cada vez mais interessadas nas Profecia dos Tempos do Fim.
Até quem não cristão fica imaginando se o fim não está próximo!
Agora o surpreendente mesmo é que a maioria dos cristãos nada sabe sobre profecias. Seminários não ensinam, logo os pregadores não pregam, portanto, os cristãos não a aprendem. No entanto, a Bíblia fala mais de Profecia dos Tempos do Fim do que qualquer outro assunto.
Raramente vemos Igrejas pregando mensagens explicando o quão importante é a profecia bíblica e o cuidado que o cristão deve ter em ter uma vida de santidade e reta diante de Deus.
Os cristãos não dedicam mais tempo para estudar profecias porque ficam assustados quando leem ou ficam confusos. Isso não deveria ocorrer, pois para o crente, a profecia não deveria ser assustadora nem confusa, mas a chave para entender o plano de Deus para o homem.
O estudioso em profecias bíblicas, Jack Kelley, elaborou um estudo onde o objetivo é lançar bases sobre esse assunto tão importante e relevante para os dias atuais.
Nota: Este estudo é baseado nas posições escatológicas: Futurista, Pré-Tribulacionista e Pré-Milenistas (leia o que representa cada uma dessas visões em artigos postados neste blog). O que está exposto neste artigo é a opinião do autor que é compartilhado em grande parte por outros cristãos. Devemos nos lembrar que alguns eventos são um tanto obscuros, prova disso são as diversas controvérsias a respeito.
Sete Coisas que Você Precisa Saber
Há sete informações que são essenciais para a compreensão da Profecia dos Tempos do Fim. Essas sete coisas são as bases para a construção da fundação forte que nós queremos:
1) A Sequência de Eventos Principais dos Tempos do Fim
2) O Destino dos Três Componentes da Humanidade
3) O Objetivo e a Duração da Grande Tribulação
4) O Objetivo do Arrebatamento
5) As condições que cercam a Segunda Vinda
6) O Objetivo e a Duração do Milênio
7) A Eternidade
Uma vez aprendido, esses sete tópicos ajudarão a evitar os erros que têm lançado outros para fora do caminho e darão a capacidade de colocar todos os versos proféticos da Bíblia em seu contexto apropriado.
1) A Sequência de Eventos Principais do Fim dos Tempos
Primeiro é saber o que acontece e quando.
O estudo da profecia fica realmente confuso se não soubermos a sequência na qual grandes eventos dos Tempos do Fim ocorrerão. A melhor maneira de descobrir é fazer o que o mundo dos negócios às vezes chama de exercício de agenda.
Trata-se de ir até o fim de um processo e identificar o resultado final. Então você lista todas as coisas que precisam acontecer para produzir esse resultado. Daí você os coloca em ordem inversa, voltando até o presente. É mais simples do que parece, e muito mais simples em profecia do que nos negócios, porque há muito menos eventos para organizar.
Vamos listar os eventos principais primeiro, depois vamos organizá-los.
Quase todos sabem sobre a 2 ª Vinda e a Eternidade, e muitos também já ouviram falar do Arrebatamento da Igreja e da Grande Tribulação. Mas há também o Reino Milenar, a 70ª Semana de Daniel, e as Batalhas de Ezequiel 38-39, Salmo 83 e Isaías 17; um total de nove grandes eventos ainda estão por vir.
Vamos organizá-los, começando com o resultado final e trabalhando de volta para o começo.
Como acontece com a maioria das listas, a ordem em que alguns eventos irão ocorrer é óbvia, enquanto outros são menos, e no começo alguns não parecem se encaixar em qualquer lugar mesmo. Iremos ordenar as mais óbvias primeiro.
Todos nós pensamos na Eternidade como o resultado final, e assim a partir do final significa que começamos lá. Mas o principal último evento descrito em detalhe na Bíblia é a Era do Reino ou Milênio. É o Reino de 1000 anos do Senhor na Terra, que se distingue e precede a Eternidade. O último capítulo do Apocalipse descreve árvores em ambos os lados do Rio da Vida com frutos diferentes a cada mês. Isso significa que o tempo ainda existe, e eternidade, por definição, é a ausência de tempo. Falaremos mais sobre isso mais tarde.
Vejamos como fica a agenda inversa:
- A Eternidade não pode acontecer até que o Milênio acabe.
- O Milênio, obviamente, não pode começar até depois da Segunda Vinda, porque é quando o Senhor retorna para estabelecê-lo.
- De acordo com Mat. 24:29-30 a Segunda Vinda não vai acontecer até o final da Grande Tribulação.
- E isso não pode acontecer até o Anticristo estar no Templo em Israel declarando-se Deus. (2 Ts. 2:4). Esse é o evento que Jesus advertiu Israel a procurar como a salva de abertura da Grande Tribulação. Ele chamou de "A Abominação da Desolação" em Mat. 24:15-21. Daniel 9:27 indica que isso vai acontecer no meio do último período de sete anos: a 70ª Semana de Daniel.
- Mas a Abominação não pode acontecer até que haja um Templo. Não houve um Templo em Israel desde 70 AD e não haverá um até que os Judeus oficialmente decidam que precisam de um. Eles não precisarão de um até que Deus restabeleça seu relacionamento da Antiga Aliança, porque o único propósito do Templo é para adorá-Lo de acordo com exigências da Antiga Aliança. Isso vai sinalizar o início da 70ª semana de Daniel.
- A 70ª Semana não pode começar até que a Batalha de Ezequiel 38-39 seja vencida, porque Deus vai usar essa batalha para despertar Israel e restabelecer a sua aliança com eles. Em Romanos 11:25 Paulo disse que Israel foi endurecido em parte até o que número total de gentios tenha entrado, uma referência ao Arrebatamento da Igreja, após o qual Israel será salvo.
- Isso significa que o Arrebatamento tem que acontecer antes da Batalha de Ezequiel 38.
Agora, quando colocamos a Sequência dos Principais Eventos na sua devida ordem, fica parecido com isto:
- O arrebatamento da Igreja,
- A Batalha de Ezequiel 38,
- A 70ª Semana de Daniel começa,
- A Grande Tribulação,
- A 2ª Vinda,
- O Milênio,
- A Eternidade
Para aqueles que leem as Escrituras como estão escritas (método literal), apenas dois dos eventos nesta sequência estão sujeitos a debate quanto à cronologia. Estes são o Arrebatamento da Igreja e a Batalha de Ezequiel 38, os dois primeiros em nossa lista.
Então, vamos descobrir por que eles têm que estar onde estão colocados na sequência.
Mantendo a mentalidade regressiva vamos começar com a batalha de Ezequiel e voltaremos até o Arrebatamento.
"E eu porei a minha glória entre os gentios e todos os gentios verão o meu juízo, que eu tiver executado, e a minha mão, que sobre elas tiver descarregado. E saberão os da casa de Israel que eu sou o Senhor seu Deus, desde aquele dia em diante. Então saberão que eu sou o Senhor seu Deus, vendo que eu os fiz ir em cativeiro entre os gentios, e os ajuntarei para voltarem a sua terra, e não mais deixarei lá nenhum deles. Nem lhes esconderei mais a minha face, pois derramarei o meu espírito sobre a casa de Israel, diz o Senhor Deus." (Ez 39:21-22, 28-29)
O Templo e a Batalha de Ezequiel
O Senhor declarou em termos inequívocos, que Ele vai usar a batalha de Ezequiel para "acordar espiritualmente" Seu povo e chamá-los para Israel de todo o mundo. Isto irá resultar no restabelecimento de seu relacionamento da Antiga Aliança, revivendo as longamente adormecida profecia das "70 Semanas" de Daniel para seus sete anos finais e exigindo que um templo seja construído. Sem ele não há nenhuma maneira de eles guardarem a Sua aliança.
Isto foi provado uma vez antes na história durante o cativeiro babilônico.
Quando Nabucodonosor destruiu o Primeiro Templo, Israel deixou de existir. Mas logo que Ciro o Persa derrotou Babilônia e libertou os judeus, eles voltaram para Israel e começaram a construir um Templo antes de qualquer outra coisa. Sem um Templo não há sacrifício pelo pecado, e sem que o sacrifício, os judeus não podem se aproximar de Deus.
Tanto o Antigo quanto o Novo Testamento se referem a um Templo em Israel no fim dos tempos. A única razão para um Templo é para executar as ordenanças da Antiga Aliança. Mas hoje a construção de um causaria um alvoroço tal que ninguém no seu perfeito juízo consideraria isso.
Apenas uma exigência unificada do povo de Israel acompanhada por uma silenciosa aceitação por seus vizinhos muçulmanos, tornaria a construção de um Templo ao menos imaginável.
A Batalha de Ezequiel tornará possível duas situações: uma nação judaica reavivada com a presença de Deus em sua vida nacional e uma força de ataque muçulmana totalmente derrotada e sem condições de resistir.
Com isso as condições perfeitas finalmente existiriam para começar a construir o Templo. Por estas razões, a Batalha de Ezequiel tem que ocorrer no limiar da 70ª Semana de Daniel.
O Arrebatamento
Agora, por que o Arrebatamento da Igreja deverá se antes da Batalha de Ezequiel?
"Porque não quero, irmãos, que ignoreis este segredo (para que não presumais de vós mesmos): que o endurecimento veio em parte sobre Israel, até que a plenitude dos gentios haja entrado." (Rom 11:25)
De acordo com Ezequiel 37:7-10 (Vale de Ossos Secos), Israel renasceria primeiro na incredulidade.
Paulo disse que eles permanecerão parcialmente separados de Deus até que a Igreja gentílica atinja o seu completamento total (número pré-determinado) e chegue ao seu destino.
Nota: A palavra grega πληρωμα(pleroma) traduzida como "plenitude" em Romanos 11:25 era um termo náutico normalmente utilizado para descrever o número total de tripulantes e de carga necessários para cumprir a missão de um navio. A embarcação não poderia navegar até que essa exigência fosse cumprida. A palavra traduzida "entrado" significa chegar a um local designado.
πληρωμα pleroma (Léxico Grego Strong)
1) aquilo que é (tem sido) preenchido
1a) um navio, na medida em que está cheio (i.e. tripulado) com marinheiros, remadores, e soldados
1b) no NT, o corpo dos crentes, que está cheio da presença, poder, ação, riquezas de Deus e de Cristo
2) aquilo que enche ou com o qual algo é preenchido
2a) aquelas coisas com as quais um navio está cheio, bens e mercadorias, marinheiros, remadores, soldados
2b) consumação ou plenitude do tempo
3) plenitude, abundância
4) cumprimento, realização
Então o véu será puxado para trás enquanto e Deus se revelará a eles novamente.
Como vimos acima, Ele usará a Batalha de Ezequiel para começar essa renovação da Antiga Aliança com eles, fazendo, mais tarde, a transição de Israel da Antiga Aliança para a Nova no final da Grande Tribulação.
"Mas sobre a casa de Davi, e sobre os habitantes de Jerusalém, derramarei o Espírito de graça e de súplicas; e olharão para mim, a quem traspassaram; e pranteá-lo-ão sobre ele, como quem pranteia pelo filho unigênito; e chorarão amargamente por ele, como se chora amargamente pelo primogênito." (Zc 12:10).
Lembre-se, se eles não voltassem ao Antigo Concerto primeiro, não seria necessário um Templo. Ele os está retomando de onde pararam.
"E, havendo-se eles calado, tomou Tiago a palavra, dizendo: Homens irmãos, ouvi-me: Simão relatou como primeiramente Deus visitou os gentios, para tomar deles um povo para o seu nome. E com isto concordam as palavras dos profetas; como está escrito. Depois disto voltarei,e reedificarei o tabernáculo de Davi, que está caído, levantá-lo-ei das suas ruínas, e tornarei a edificá-lo. Para que o restante dos homens busque ao Senhor, e todos os gentios, sobre os quais o meu nome é invocado, diz o Senhor, que faz todas estas coisas, conhecidas são a Deus, desde o princípio do mundo, todas as suas obras.'" (Atos 15:13-18)
Isso foi cerca de 20 anos após a cruz.
A polêmica era se os gentios tinham que se tornar judeus antes de se tornarem cristãos. E se não, o que seria de Israel?
Tiago, o irmão do Senhor, explicou aos Apóstolos e outros presentes no Concílio de Jerusalém que Israel estava sendo temporariamente posto de lado enquanto Deus focalizava na Igreja.
Depois de ter tomado esse "povo para o Seu nome" (os cristãos) dentre os gentios, Ele voltaria e reconstruiria Seu Templo.
A palavras grega λαμβανω(lambano) traduzidas por 'tomar' significa 'levar alguma coisa para longe ou remover do seu lugar', então a passagem implica que Ele levaria a Igreja a algum lugar e então voltaria para reconstruir o Templo, restaurar Israel, e dar ao que sobrou da humanidade uma última chance de O buscarem.
λαμβανω lambano (Léxico Grego Strong)
forma prolongada de um verbo primário, que é usado apenas como um substituto em certos tempos
1) pegar
1a) pegar com a mão, agarrar, alguma pessoa ou coisa a fim de usá-la
1a1) pegar algo para ser carregado
1a2) levar sobre si mesmo
1b) pegar a fim de levar
1b1) sem a noção de violência, i.e., remover, levar
1c) pegar o que me pertence, levar para mim, tornar próprio
1c1) reinvindicar, procurar, para si mesmo
1c1a) associar consigo mesmo como companhia, auxiliar
1c2) daquele que quando pega não larga, confiscar, agarrar, apreender
1c3) pegar pelo astúcia (nossa captura, usado de caçadores, pescadores, etc.), lograr alguém pela fraude
1c4) pegar para si mesmo, agarrar, tomar posse de, i.e., apropriar-se
1c5) capturar, alcançar, lutar para obter
1c6) pegar um coisa esperada, coletar, recolher (tributo)
1d) pegar
1d1) admitir, receber
1d2) receber o que é oferecido
1d3) não recusar ou rejeitar
1d4) receber uma pessoa, tornar-se acessível a ela
1d41) tomar em consideração o poder, nível, ou circunstâncias externas de alguém, e tomando estas coisas em conta fazer alguma injustiça ou negligenciar alguma coisa
1e) pegar, escolher, selecionar
1f) iniciar, provar algo, fazer um julgamento de, experimentar
2) receber (o que é dado), ganhar, conseguir, obter, ter de volta
Essas três profecias da Bíblia deixam claro que, à medida que o Fim dos Tempos se aproximar, Deus vai começar a preparar Israel para ser Seu mais uma vez. Mas Ele não estará focado exclusivamente neles até que tenha terminado a construção da Igreja e nos levado ao nosso lugar designado.
"Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito. Vou preparar-vos lugar. E quando eu for, e vos preparar lugar, virei outra vez, e vos levarei para mim mesmo, para que onde eu estiver estejais vós também." (João 14:2-3)
Ele não prometeu voltar para estar conosco aqui onde estamos, mas para nos levar para lá, onde Ele está. Depois disso Ele cuidará do reavivamento de Israel e da construção de seu Templo.
Por toda a Escritura, o Senhor parece estar envolvido ou com Israel ou com a Igreja, mas nunca com os dois ao mesmo tempo.
Tiago mostra isso em seu pronunciamento a respeito da Igreja em Atos 15. Todos os líderes da igreja primitiva sabia agora que assim que Deus alcançasse Seus objetivos com a igreja, Ele voltaria para Israel, e esse seria um sinal do fim da Era da Igreja.
Existem dois pontos críticos para lembrar aqui:
1) A Igreja não pôs fim à Era da Lei, mas apenas a interrompeu 7 anos antes da sua conclusão agendada. Esses sete anos, a chamada 70ª Semana de Daniel, têm de ser cumpridos para completar a Antiga Aliança.
2) A Antiga e a Nova Alianças, como praticadas em Israel e na Igreja, são teologicamente incompatíveis e, portanto, as duas só podem ocorrer na Terra, ao mesmo tempo, enquanto Israel estiver fora da aliança. Para que Israel volte para o Senhor, a Igreja tem que sair.
Por esta razão, o renascimento de Israel em 1948 e a reunificação de Jerusalém em 1967 são vistos como os sinais mais importantes de todos de que o Fim dos Tempos está sobre nós.
Além disso, há dois eventos que ainda não colocamos na sequência, e isso porque eles não são fáceis de encaixar ali: As Batalhas do Salmo 83 e de Isaías 17.
Quando Israel vencer as duas batalhas todos os seus inimigos na porta ao lado serão derrotados e eles entrarão em um breve período de paz que preparará o terreno para a Batalha de Ezequiel (Ezequiel 38:11).
Elas são chamados de 'batalhas' em vez de 'guerras', o que significa que serão de curta duração e poderão acontecer dentro de um período relativamente curto de tempo. Elas podem vir antes ou após o Arrebatamento, mas têm que acontecer antes que a Batalha de Ezequiel 38 ocorra.
2) O Destino dos Gentios (as Nações), de Israel e a da Igreja
Mesmo os assim chamados peritos interpretam mal a profecia quando não param para considerar a quem o Senhor, ou um de Seus profetas, está se dirigindo. Só porque alguma coisa está nos Evangelhos não significa necessariamente que ela seja para a Igreja, ou estando em Isaías que seja somente para Israel. Conhecer o destinatário de uma profecia é fundamental para entendê-la, e há três possibilidades.
Eu vou te mostrar o que quero dizer.
"Na sua carne desfez a inimizade, isto é, a lei dos mandamentos, que consistia em ordenanças, para criar em si mesmo dos dois um novo homem, fazendo a paz, e pela cruz reconciliar ambos com Deus em um corpo, matando com ela as inimizades." (Efésios 2:15-16)
"Portai-vos de modo que não deis escândalo nem aos judeus, nem aos gregos (gentios), nem à igreja de Deus." (1 Coríntios 10:32)
"Porque todos sois filhos de Deus pela fé em Cristo Jesus. Porque todos quantos fostes batizados em Cristo já vos revestistes de Cristo. Nisto não há judeu nem grego; não há servo nem livre; não há macho nem fêmea; porque todos vós sois um em Cristo Jesus." (Gálatas 3:26-28)
Da Criação até a Cruz, a raça humana passou a ser dividida em três grupos distintos.
Desde a Criação havia uma raça de seres humanos, a família do homem, mais tarde chamada de gentios.
Então, em Gênesis 12, Deus chamou Abraão para construir uma grande nação. Ele e seus descendentes foram chamados primeiro de Hebreus (Gênesis 14:13), e mais tarde de judeus (Esdras 4:12).
"Então veio um, que escapara, e o contou a Abrão, o hebreu; ele habitava junto dos carvalhais de Manre, o amorreu, irmão de Escol, e irmão de Aner; eles eram confederados de Abrão." (Gn 14:13)
"Saiba o rei que os judeus, que subiram de ti, vieram a nós em Jerusalém, e reedificam aquela rebelde e malvada cidade, e vão restaurando os seus muros, e reparando os seus fundamentos." (Ed 4:12)
A partir desse momento, a população mundial era constituída de Judeus ou Gentios.
Mas na cruz, Deus criou a Igreja, tomada dentre os judeus e gentios, mas não compartilhando o destino de nenhum deles.
Agora eram três, e todos na Terra pertencem a de um desses grupos.
Em suas epístolas, Paulo sempre teve o cuidado de distinguir a Igreja dos judeus e gentios, na verdade chamou a Igreja de uma 'nova raça de humanos' (veja os versículos citados por Paulo logo acima).
Destino dos Gentios e Judeus
1) Gentios convertidos antes de Cristo e depois do Arrebatamento
"E aos filhos dos estrangeiros, que se unirem ao SENHOR, para o servirem, e para amarem o nome do SENHOR, e para serem seus servos, todos os que guardarem o sábado, não o profanando, e os que abraçarem a minha aliança, Também os levarei ao meu santo monte, e os alegrarei na minha casa de oração; os seus holocaustos e os seus sacrifícios serão aceitos no meu altar; porque a minha casa será chamada casa de oração para todos os povos. Assim diz o Senhor DEUS, que congrega os dispersos de Israel: Ainda ajuntarei outros aos que já se lhe ajuntaram." (Is 56:6-8)
De acordo com Isaías 56:6-8, os gentios que se converteram ao judaísmo antes da cruz tornaram-se parte de Israel e compartilham o seu destino, contanto que morram na fé de um Redentor vindouro. Já os gentios que encontraram seu Senhor após o arrebatamento, são chamados crentes da tribulação. Ou eles serão martirizados por sua fé, caso em que seus espíritos irão servir a Deus no Seu templo (Apo. 7:13-17) e serão unidos a corpos da ressurreição no tempo da 2ª Vinda (Apo. 20:04), ou sobreviverão à Grande Tribulação para ajudar a repovoar as nações da terra na Era do Reino (Milênio). Os gentios crentes sobreviventes serão as ovelhas no julgamento das ovelhas e das cabras que veremos mais tarde.
2) Situação dos Judeus antes de Cristo
"E, saindo dos sepulcros, depois da ressurreição dele (Jesus), entraram na cidade santa, e apareceram a muitos. E o centurião e os que com ele guardavam a Jesus, vendo o terremoto, e as coisas que haviam sucedido, tiveram grande temor, e disseram: Verdadeiramente este era Filho de Deus." (Mt 27:52-53)
O versículo acima parece nos mostrar que, assim como alguns judeus ressuscitaram (literalmente, como Lázaro) depois de Cristo, os judeus do passado que morreram na fé de um redentor vindouro antes de Jesus ir à cruz foram levados ao Céu com Ele depois de Sua ressurreição. Eles também vão receber corpos ressurretos na Segunda Vinda:
"E naquele tempo se levantará Miguel, o grande príncipe, que se levanta a favor dos filhos do teu povo, e haverá um tempo de angústia, qual nunca houve, desde que houve nação até àquele tempo; mas naquele tempo livrar-se-á o teu povo, todo aquele que for achado escrito no livro.E muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para vida eterna, e outros para vergonha e desprezo eterno.Os que forem sábios, pois, resplandecerão como o fulgor do firmamento; e os que a muitos ensinam a justiça, como as estrelas sempre e eternamente." (Daniel 12:1-3)
3) Judeus convertidos depois do Arrebatamento
Já os Judeus que receberem Jesus como seu Messias após a igreja desaparecer serão escondidos no deserto da Jordânia (Petra) durante a Grande Tribulação (Apo. 12:14). Os dois grupos irão habitar em Israel durante o Milênio (Ezequiel 43:6-7).
"E foram dadas à mulher duas asas de grande águia, para que voasse para o deserto, ao seu lugar, onde é sustentada por um tempo, e tempos, e metade de um tempo, fora da vista da serpente." (Apo 12:14)
"E ouvi alguém que falava comigo de dentro da casa, e um homem se pôs em pé junto de mim. E disse-me: Filho do homem, este é o lugar do meu trono, e o lugar das plantas dos meus pés, onde habitarei no meio dos filhos de Israel para sempre; e os da casa de Israel não contaminarão mais o meu nome santo, nem eles nem os seus reis, com suas prostituições e com os cadáveres dos seus reis, nos seus altos." (Ez 43:6-7)
3) Judeus e Gentios convertidos a Cristo
É claro que judeus e gentios que entregam seus corações para Jesus durante a era da Igreja tornam-se parte da Igreja e depois do arrebatamento ou ressurreição popularão a Nova Jerusalém (Apo. 21). Muitos de nós fomos ensinados a chamá-la de Céu, mas na verdade é uma entidade separada. (Será explicado melhor no item Milênio).
4) Judeus e Gentios não convertidos a Cristo
Sejam judeus ou gentios, aqueles que não se encaixam em uma das situações acima durante a sua vida serão trazidos de volta à vida para serem julgados no juízo do Grande Trono Branco de Apocalipse 20:11-15. Ele ocorre no fim do Milênio. Naquele tempo, eles serão condenados ao lago de fogo eterno (Apo. 20:14).
Ambas as promessas se realizam: Israel não é a Igreja nem a Igreja é Israel e ambos os grupos são distintos das nações Gentílicas.
- No Antigo Testamento, Deus prometeu a Israel que voltaria um dia para habitar no meio deles na sua terra para sempre (Ezequiel 43:6-7).
- No Novo Testamento, Jesus prometeu à Igreja que voltará e nos levará para estar com Ele na casa de Seu Pai (João 14:1-3).
Grande parte da confusão em torno da Profecia do Fim dos Tempos resulta quer da incapacidade de compreender, quer a recusa em aceitar esta verdade.
Por exemplo, muitos cristãos hoje acreditam que a Igreja substituiu Israel no plano de Deus (Teologia da Substituição) e herdou todas as bênçãos de Israel. Israel já não serve a qualquer propósito no mundo, eles pensam, então, quando Deus fala sobre Israel, no Novo Testamento, Ele realmente quer dizer a Igreja. Portanto, eles não compreendem a Doutrina da Eleição, o Sermão do Monte, a Grande Tribulação, e outros ensinos do Novo Testamento que têm a ver com Israel.
Além disso, muitos gentios se sentam nos bancos aos domingos e acham que estão na igreja, embora não tenham nascido de novo. Eles pensam que estão salvos porque tentam viver uma vida boa, ou dar dinheiro, ou pertencer a uma denominação em particular. Eles estão erroneamente convencidos de que as bênçãos da Igreja são deles.
3) O Propósito e o Comprimento da Grande Tribulação
"Ah! porque aquele dia é tão grande, que não houve outro semelhante; e é tempo de angústia para Jacó; ele, porém, será salvo dela. Porque eu sou contigo, diz o Senhor, para te salvar; porquanto darei fim a todas as nações entre as quais te espalhei; a ti, porém, não darei fim, mas castigar-te-ei com medida, e de todo não te terei por inocente." (Jeremias 30:7,11).
Jesus disse que a Grande Tribulação seria o período de julgamento mais intenso que o mundo já viu, maior do que as guerras mundiais, e ainda maior do que o dilúvio de Noé. Ele disse que se fosse deixado seguir o seu curso, nem um único ser humano sobreviveria. Mas por causa do Seu povo Ele iria interrompê-lo em seu tempo determinado.
"E, se aqueles dias não fossem abreviados, nenhuma carne se salvaria; mas por causa dos escolhidos serão abreviados aqueles dias." (Mateus 24:22).
O propósito da Grande Tribulação é duplo.
A explicação está na passagem de Jeremias acima, onde ela é chamada por seu nome do Antigo Testamento, o 'Tempo da Angústia de Jacó'. Deus vai usá-la para destruir completamente as nações entre as quais Seu povo foi espalhado, e para disciplinar Israel, purificando-os para morar com Ele na Terra Prometida. A Igreja, tendo sido purificada na cruz, não requer nem destruição nem disciplina e não tem parte na Grande Tribulação.
"Não importa onde você colocar o Arrebatamento no Cenário Final dos Tempos, se você acredita na obra toda-suficiente do Senhor na cruz, sabe então que a Igreja tem de ser protegida dos julgamentos do Tempo do Fim, não purificada por eles. Se você não acredita que a obra do Senhor foi suficiente, mas que os julgamentos são necessários para terminar o que Ele apenas começou, então você tem problemas muito maiores do que descobrir quando o arrebatamento ocorrerá."
A duração da Grande Tribulação é variadamente dada como 3 anos e meio (Daniel 12:7), 42 meses (Apo. 11:2), ou 1.260 dias (Apo. 12:6).
Se você usar um calendário (judaico) de 12 meses de 30 dias, para um total de 360 dias em um ano, estas três medidas todas acabam por ter o mesmo comprimento.
Alguns comentaristas afirmam que em Mat. 24:22 Jesus disse que este tempo seria interrompido, e a tradução em Inglês parece dar a entender isso, mas tem que ser uma interpretação errada da intenção do Senhor. Digo isso porque, enquanto Daniel 12 foi escrito várias centenas de anos antes de o Senhor falar sobre o assunto, João escreveu o Apocalipse 60 anos depois da ressurreição. Então, sua duração ficou clara no depoimento prestado, tanto antes do tempo do Senhor quanto depois dele. Se Ele disse que a Grande Tribulação vai ser interrompida, então, Ele contradisse tanto Daniel quanto João, algo que a Bíblia não pode fazer. Mais provavelmente a intenção de Mat. 24:22 é explicar que se o Senhor não voltasse para pôr fim à Grande Tribulação na hora marcada, ninguém sobreviveria, mas por causa dos seus eleitos Ele voltará para pôr fim a ela.
As referências aos 3 anos e meio, 42 meses, 1.260 dias nos levam a acreditar que o calendário original da Terra consistia de 12 meses com 30 dias cada e, na verdade, parece que antes de cerca de 700 aC, toda a Terra usava esse calendário. Desde então uma série de calendários diferentes surgiram, aparentemente para compensar as mudanças que ocorreram na órbita da Terra por volta daquele tempo. (O calendário usado pelos países ocidentais (o gregoriano), hoje, tem apenas cerca de 400 anos de idade.)
Além disso, Daniel 9:27 adverte que uma abominação que causa desolação ocorrerá na metade dos últimos sete anos, ou 3 anos e meio do final. Em Mat. 24:21 Jesus identificou este evento como o início oficial da Grande Tribulação. Paulo confirma isso e acrescenta detalhes ao descrever o anticristo no Templo proclamando-se Deus (2 Tes. 2:4). Isso confirma o comprimento da Grande Tribulação como sendo 3 anos e meio.
A 'Abominação Que Causa Desolação' é uma profanação do Templo em particular que aconteceu apenas uma vez na história. Em 168 aC. o rei da Síria, Antíoco Epifânio, capturou o Templo e o converteu em um centro de adoração pagã. Ele ergueu uma estátua de Zeus com a sua própria face sobre ela no Lugar Santo, proclamando-se, assim, ser Deus, e exigiu que os judeus a adorassem sob pena de morte. Foi chamado de 'Abominação que causa Desolação' porque tornou o Templo inadequado para o uso e provocou a revolta de 3 anos e meio dos Macabeus. A recaptura e limpeza do Templo pelos judeus em 165 AC é celebrada na festa de oito dias de Hanukkah.
Para resumir, Daniel falou de uma abominação que causa desolação que marcaria a metade dos últimos sete anos. Um evento chamado de 'Abominação que causa Desolação' em 1º Macabeus ocorreu em 168 AC, mais de 300 anos depois. Mas, 200 anos depois disso, Jesus disse a seus discípulos que o povo de Israel deve ficar atento a uma futura 'Abominação que causa Desolação' e referiu-se à profecia de Daniel ao fazê-lo (Mat. 24.15-21). Ele disse que ela dará início à Grande Tribulação. Paulo também descreveu um evento futuro semelhante ao de 168 AC dizendo que o "Dia do Senhor" não poderia precedê-lo (2 Tes. 2:3-4).
Portanto, a abominação que causa desolação que teve lugar em 168 aC, foi apenas um cumprimento parcial da profecia de Daniel. Jesus se referiu a ela para que as pessoas no fim dos tempos sejam capazes de reconhecer o cumprimento quando eles a virem. Eles vão saber ao olhar para um homem de pé no Templo chamando a si mesmo de Deus e exigindo que sua imagem seja adorada. Jesus disse aos que vivem na Judeia (Israel) que quando o virem fujam para se esconder de imediato, pois a Grande Tribulação terá começado.
4) A finalidade do Arrebatamento
"Porque eles mesmos anunciam de nós qual a entrada que tivemos para convosco, e como dos ídolos vos convertestes a Deus, para servir o Deus vivo e verdadeiro, e esperar dos céus a seu Filho, a quem ressuscitou dentre os mortos, a saber, Jesus, que nos livra da ira futura." (1 Tes. 1:9-10)
A palavra grega traduzida "da" na passagem acima é "apo (απο)". Literalmente, ela significa "manter o sujeito (nós) à distância do tempo, do lugar ou de qualquer relação com o evento em referência", neste caso da ira vindoura. Este versículo é um dos vários que explicam o propósito do arrebatamento da igreja, e ele é para nos colocar em segurança fora do caminho antes de Deus visitar a sua ira sobre a Terra.
απο – apo (Léxico Grego Strong)
partícula primária; preposição
1) de separação
1a) de separação local, depois de verbos de movimento de um lugar i.e. de partir, de fugir
1b) de separação de uma parte do todo
1b1) quando de um todo alguma parte é tomada
1c) de qualquer tipo de separação de uma coisa de outra pelo qual a união ou comunhão dos dois é destruída
1d) de um estado de separação. Distância
1d1) física, de distância de lugar
1d2) tempo, de distância de tempo
2) de origem
2a) do lugar de onde algo está, vem, acontece, é tomado
2b) de origem de uma causa
Quando é que a ira de Deus vem?
"E os reis da terra, e os grandes, e os ricos, e os tribunos, e os poderosos, e todo o servo, e todo o livre, se esconderam nas cavernas e nas rochas das montanhas; e diziam aos montes e aos rochedos: "Caí sobre nós, e escondei-nos do rosto daquele que está assentado sobre o trono, e da ira do Cordeiro; porque é vindo o grande dia da sua ira; e quem poderá subsistir?" (Apo. 6:15-17)
Depois de Apocalipse 3 a Igreja não é vista novamente na Terra até que voltamos com o Senhor em Apocalipse 21:2, conforme previsto em Apocalipse 17:14.
"E eu, João, vi a santa cidade, a nova Jerusalém, que de Deus descia do céu, adereçada como uma esposa ataviada para o seu marido." (Apo 21:2)
"Estes combaterão contra o Cordeiro, e o Cordeiro os vencerá, porque é o Senhor dos senhores e o Rei dos reis; vencerão os que estão com ele, chamados, e eleitos, e fiéis. (Apo 17:14)"
Em Apocalipse 4, João vê uma porta aberta no céu e é dito para ele "Venha até aqui!" Imediatamente ele se encontra no espírito, em pé diante do trono de Deus no final dos tempos. Ele foi transportado para o tempo do arrebatamento. Lá ele vê os 24 anciãos, assentados em seu próprios tronos ao redor do trono de Deus. Eles estão todos vestidos de branco, com coroas de ouro em suas cabeças. Eles se curvam diante do Senhor e colocam as suas coroas aos seus pés dando-Lhe honra e glória.
No capítulo 5 eles (os Anciãos) chamam a si mesmos de Reis e Sacerdotes enquanto cantam louvores a Deus. Por seus títulos, roupas, coroas, tronos, e atividades eles representam a Igreja recém-arrebatada.
Há quatro visualizações do Trono de Deus no Antigo Testamento:
Isaías 6:1-4 e Ezequiel 1 e 10 que não incluem esses 24 anciãos; a de Daniel 7:9-10, uma visão do fim dos tempos, sugere vários tronos, mas não oferece nenhum detalhe.
Porém o livro do Apocalipse os 24 anciãos são mencionadas 12 vezes. Algum grupo chegou no Céu que não estava lá nos tempos do Antigo Testamento, e 12 é o número de governo. É a Igreja que vem para governar e reinar com Cristo.
Assim, a Igreja é arrebatada no capítulo 4; é apresentada no céu no capítulo 5 e no capítulo 6 a Ira de Deus é derramada na Terra.
A primeira carta de Paulo aos Tessalonicenses foi escrita em 51 dC e contem a primeira menção clara de um arrebatamento jamais dada. Nem Jesus nem os discípulos jamais o ensinaram. Sua existência foi mantida em segredo até então, assim como seu tempo exato é segredo até hoje.
Muitos dos erros cometidos sobre o momento do arrebatamento vêm de tentativas fúteis de encontrar passagens do Evangelho que o ensinem, como veremos no tópico 'Segunda Vinda'.
Achamos que o Arrebatamento talvez seja o componente mais importante da Profecia do Final dos Tempos, e para nós ele é.
Então, por que Jesus nunca o mencionou?
1 Coríntios 2:6-10 nos dá a resposta. "
Todavia falamos sabedoria entre os perfeitos; não, porém, a sabedoria deste mundo, nem dos príncipes deste mundo, que se aniquilam; mas falamos a sabedoria de Deus, oculta em mistério, a qual Deus ordenou antes dos séculos para nossa glória; a qual nenhum dos príncipes deste mundo conheceu; porque, se a conhecessem, nunca crucificariam ao Senhor da glória. Mas, como está escrito: As coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviu,e não subiram ao coração do homem, são as que Deus preparou para os que o amam. Mas Deus no-las revelou pelo seu Espírito; porque o Espírito penetra todas as coisas, ainda as profundezas de Deus."
A frase "príncipes deste mundo" refere-se a Satanás e companhia. Se eles tivessem conhecido a abundância impressionante de bênçãos que o Senhor derramará sobre aqueles que aceitam a Sua morte como pagamento pelos seus pecados, eles teriam feito tudo ao seu alcance para impedir que O crucificassem. Pense nisso. Somos chamados Reis e Sacerdotes, recebendo riqueza e influência incalculáveis, feitos herdeiros com Cristo dos bens de Deus, algo que Satanás nunca poderia alcançar e nunca poderíamos merecer, e é tudo nosso só porque acreditamos. Esta constatação veio a Satanás depois que já era tarde demais para impedi-lo e transformou o que deveria ter sido sua maior vitória em uma derrota agonizante.
"E, despojando os principados e potestades, os expôs publicamente e deles triunfou em si mesmo." (Colossenses 2:15)
Mas como tudo no plano de Deus, você vai encontrar pistas do Arrebatamento mesmo no Antigo Testamento. Veja esta passagem de Isaías 26:19-21:
"Os teus mortos e também o meu cadáver (o de Isaías) viverão e ressuscitarão; despertai e exultai, os que habitais no pó, porque o teu orvalho será como o orvalho das ervas, e a terra lançará de si os mortos. Vai, pois, povo meu, entra nos teus quartos, e fecha as tuas portas sobre ti; esconde-te só por um momento, até que passe a ira. Porque eis que o Senhor sairá do seu lugar, para castigar os moradores da terra, por causa da sua iniquidade, e a terra descobrirá o seu sangue, e não encobrirá mais os seus mortos."
Observe como os pronomes mudam da segunda pessoa quando Deus fala de Seu povo para terceira pessoa quando Ele fala do povo da Terra. Isso significa que os dois grupos são diferentes. A um é dito para esconder porque o outro vai ser punido.
Nota: a palavra hebraica traduzida como "vai" na frase "Vai povo meu" é traduzida como "vem" em algumas traduções, lembrando o comando a João em Apocalipse 4, "Sobe aqui!" Mas a palavra tem um outro significado primário e é o meu favorito. Significa desaparecer. "Desapareça, pavo meu!" Sim, nós vamos.
Léxico Hebraico Strong:
ילך yalak – palavra 'Vai" usada em Isaías 19:20
1) ir, andar, vir
1a1) ir, andar, vir, partir, prosseguir, mover, ir embora
1a2) morrer, viver, maneira de viver (fig.)
1b) guiar, trazer, levar embora, carregar, fazer andar
כחד kachad – Palavra Desaparecer com o sentido de se Esconder (Não foi essa a palavra usada no texto de Isaías, o autor quis demonstrar que a palavra "Esconder" em Hebraico pode ter outro significado)
1) esconder, ocultar, cortar fora, derrubar, tornar desolado, chutar
1a1) ser escondido
1a2) ser apagado, ser destruído, ser eliminado
1b) (Piel) cobrir, esconder
1c1) esconder
1c2) desaparecer, aniquilar
Agora leia duas das revelações mais conhecidas de Paulo sobre o Arrebatamento.
"Dizemo-vos, pois, isto, pela palavra do Senhor: que nós, os que ficarmos vivos para a vinda do Senhor, não precederemos os que dormem. Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro. Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor." (1 Tes. 4:15-17)
"MAS, irmãos, acerca dos tempos e das estações, não necessitais de que se vos escreva; porque vós mesmos sabeis muito bem que o dia do Senhor virá como o ladrão de noite; pois que, quando disserem: Há paz e segurança, então lhes sobrevirá repentina destruição, como as dores de parto àquela que está grávida, e de modo nenhum escaparão. Mas vós, irmãos, já não estais em trevas, para que aquele dia vos surpreenda como um ladrão; porque todos vós sois filhos da luz e filhos do dia; nós não somos da noite nem das trevas." (1 Tes. 5:1-5)
"Porque Deus não nos destinou para a ira, mas para a aquisição da salvação, por nosso Senhor Jesus Cristo." (1 Tes. 5:9)
Aqui está outra mudança dos pronomes.
Usando a terceira pessoa, Paulo descreve incrédulos pegos de surpresa, pensando que haviam entrado em um período de paz enquanto a destruição repentinamente chove sobre eles, cortando toda a esperança de escapar. Em seguida, Paulo muda para a segunda pessoa, dizendo que os crentes não devem ser pegos de surpresa enquanto o fim se aproxima, e, finalmente, para a primeira pessoa quanto ele nos inclui com ele, não estando destinados à ira.
Agora observe cuidadosamente enquanto colocamos os escritos de Isaías sobre os de Paulo.
"Os teus mortos e também o meu cadáver viverão e ressuscitarão; despertai e exultai, os que habitais no pó, porque o teu orvalho será como o orvalho das ervas, e a terra lançará de si os mortos." (Os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro.)
"Vai, pois, povo meu, entra nos teus quartos, e fecha as tuas portas sobre ti; esconde-te só por um momento, até que passe a ira." (Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares.)
"Porque eis que o Senhor sairá do seu lugar, para castigar os moradores da terra, por causa da sua iniquidade." (Pois que, quando disserem: Há paz e segurança, então lhes sobrevirá repentina destruição, como as dores de parto àquela que está grávida, e de modo nenhum escaparão.)
Embora a Bíblia contenha 66 livros e 40 escritores envolvidos, há um só Autor e a Sua mensagem é consistente desde Gênesis até o Apocalipse.
Foi assim que Paulo pode abrir sua passagem sobre o arrebatamento, dizendo: "… pela palavra do Senhor …". O Senhor nunca mencionou o arrebatamento nos Evangelhos. Paulo com certeza havia lido Isaías.
Além dessas, existem várias outras passagens onde nosso Senhor promete proteger-nos dos juízos vindouros.
Muitas pessoas dizem que a palavra arrebatamento não aparece em nenhuma dessas passagens. Elas sabem que 'Arrebatamento' é uma palavra de origem latina, não hebraica ou grega, as línguas da Bíblia.
Nota: A primeira tradução da Bíblia foi para o latim (Vulgata) e o termo arrebatamento vem de lá.
A palavra Arrebatamento tem seu equivalente em grego como harpazo, que se encontra no texto grego de 1 Tes. 4:15-17. Quando traduzidas para o Português, ambas as palavras significam "ser apanhado, ou arrebatado." Há uma situação semelhante com a palavra Lúcifer, também de origem latina. Ela também não aparece em nenhum dos textos originais, mas ninguém seria ingênuo o suficiente para negar a existência de Satanás em uma base tão débil.
αρπαζω harpazo
1) pegar, levar pela força, arrebatar
2) agarrar, reivindicar para si mesmo ansiosamente
3) arrebatar
5) Condições Que Envolvem a 2ª Vinda
Uns dois dias antes de ser preso, Jesus teve uma conversa privada com quatro de seus discípulos, Seu círculo íntimo. Eles eram Pedro e André, Tiago e João, dois pares de irmãos. O objetivo da conversa era responder a perguntas que eles Lhe havia feito sobre a 2ª Vinda e do Fim dos Tempos. Eles ficaram confusos porque, segundo a profecia de Daniel 9:24-27 esses eventos estavam a apenas sete anos de distância e, ainda assim, Jesus tinha acabado de dizer-lhes que o Templo e todos os edifícios circundantes seriam demolidos tão completamente que nem uma pedra seria deixada de pé sobre a outra. Ele havia dito à multidão a mesma coisa no chamado Domingo de Ramos e disse que isso iria acontecer porque a nação não tinha reconhecido o tempo de Sua vinda para eles.
"E te derrubarão, a ti e aos teus filhos que dentro de ti estiverem, e não deixarão em ti pedra sobre pedra, pois que não conheceste o tempo da tua visitação." (Lc 19:44).
Sua resposta às perguntas dos discípulos está contida em Mat. 24-25, Marcos 13 e Lucas 21.
Os teólogos a chamam de Sermão do Monte porque a conversa teve lugar no Monte das Oliveiras. Para este estudo, apenas vamos resumi-lo, concentrando-nos nas peças que nos ajudam a identificar o que o Senhor tem a dizer sobre as condições em torno da 2ª Vinda.
No relato de Mateus, o mais detalhado, Jesus incluiu diversas referências geográficas e de tempo específicas na sua resposta. Ele fez isso para que seus leitores não se confundam sobre quem e quando Ele estava falando. Ele nos comandou a compreender a passagem de Mat. 24:15, Ele queria ter certeza de que entendemos direito. Vamos usar essas referências para obter uma clara compreensão de Seu público alvo e do calendário de eventos.
"Quando, pois, virdes que a abominação da desolação, de que falou o profeta Daniel, está no lugar santo; quem lê, atenda;" (Mt 24:15)
A resposta às suas perguntas começa em Mat. 24:4 com uma visão geral.
Ele disse que falsos messias iriam enganar a muitos e que haveriam guerras e rumores de guerra, mas isso não estaria sinalizando o fim. Ele os caracterizou, juntamente com fomes e terremotos em vários lugares, como o princípio das dores. Dores de parto dizem a uma gestante que o trabalho de parto está chegando, mas não dizem exatamente quando ele vai ocorrer. É o mesmo com esses sinais.
Ele disse que eles (os judeus) serão perseguidos e condenados à morte e odiados por todas as nações, fazendo com que muitos se afastem da fé e até mesmo traiam uns aos outros, mas aqueles que permanecerem firmes até o fim serão salvos. Então Ele terminou Seu resumo em Mat. 24:14, dizendo que o evangelho seria pregado em todas as nações e, em seguida, viria o fim.
De acordo com Apo. 14:6-7, essa profecia será cumprida por um anjo logo após a Grande Tribulação começar: "E vi outro anjo voar pelo meio do céu, e tinha o evangelho eterno, para o proclamar aos que habitam sobre a terra, e a toda a nação, e tribo, e língua, e povo. Dizendo com grande voz: Temei a Deus, e dai-lhe glória; porque é vinda a hora do seu juízo. E adorai aquele que fez o céu, e a terra, e o mar, e as fontes das águas."
"Quando, pois, virdes que a abominação da desolação, de que falou o profeta Daniel, está no lugar santo; quem lê, atenda; então, os que estiverem na Judeia, fujam para os montes." (Mateus 24:15-16)
Esses dois versos nos dão as primeiras pistas específicas quanto ao público pretendido e quanto ao tempo da Sua resposta.
O Lugar Santo é o Templo judaico e, como aprendemos na Parte 2, a abominação que causa desolação é uma profanação específica que o torna impróprio para uso posterior.
O último Templo existente em Israel foi destruído em 70 dC, antes que essa profecia pudesse ser cumprida. A própria nação deixou de existir cerca de 135 dC e não reapareceu até 1948. Mas, como ainda não há Templo ali, a profecia ainda está por se cumprir.
Também é direcionada para aqueles que estão na Judeia, o nome bíblico para Israel. O Senhor estava advertindo as pessoas em Israel que estarão vivas quando um Templo estiver sendo construído lá para vigiarem por isso e, quando o virem, fugirem imediatamente.
"E orai para que a vossa fuga não aconteça no inverno nem no sábado; porque haverá então grande aflição, como nunca houve desde o princípio do mundo até agora, nem tampouco há de haver." (Mateus 24:20-21)
As montanhas da Judeia são traiçoeiras no inverno, e os judeus são proibidos pela Lei de andar mais de mil passos no sábado, por qualquer motivo. Isso confirma que o aviso destina-se ao povo de Israel dos últimos dias, de volta em seu relacionamento da Antiga Aliança, no início da Grande Tribulação, 3 anos e meio antes da Segunda Vinda. A Igreja já terá ido embora.
Então, em Mateus 24:29 Ele disse que "logo depois da aflição daqueles dias, o sol escurecerá, e a lua não dará a sua luz, e as estrelas cairão do céu, e as potências dos céus serão abaladas." Quando virem esses sinais eles saberão que a Grande Tribulação terminou.
Mat. 24:30 mostra as pessoas na Terra vendo o Sinal do Filho do Homem no céu, e depois seu retorno visível para a Terra com poder e grande glória. Isso fará com que todos os povos da Terra lamentem. Agora é tarde demais para que eles sejam salvos e eles percebem isso intuitivamente. Essa é a Segunda Vinda do Senhor.
"Então aparecerá no céu o sinal do Filho do homem; e todas as tribos da terra se lamentarão, e verão o Filho do homem, vindo sobre as nuvens do céu, com poder e grande glória."
Mat. 24:36 começa com "… daquele dia e hora ninguém sabe …" Que dia? Que hora? De acordo com Mat. 24:37 e 39 é o dia e a hora da Segunda Vinda.
Lembre-se de ficar no contexto. Esse foi o assunto de Jesus desde o versículo 30.
Acredito que a razão de Ele dizer: "dia e hora" foi para que soubéssemos com certeza que Ele estava falando sobre o dia e hora exatos de Sua Vinda, e não o tempo geral. O momento específico da 2ª Vinda está envolto em mistério. Nada menos que quatro vezes dentro de um período de 27 versos Jesus disse que o povo vivo na Terra no momento, não saberá com antecedência o dia e a hora da sua vinda (Mat. 24:36, 42-44, 50, Mat. 25:13). Na verdade a única vez que Ele usou a frase dia e hora foi em conjunto com Sua 2ª Vinda.
Isso dá suporte à ideia de que a Segunda Vinda ocorrerá, provavelmente, na Festa das Trombetas. Ela era chamada de a festa onde ninguém sabe o dia nem a hora porque acontecia em uma lua nova, que é muito difícil de ver no céu noturno. Acrescente a isso o fato de que imediatamente após a Grande Tribulação a Lua vai ficar inteiramente escura (Mateus 24:29) e se torna uma tarefa difícil, quase impossível.
Mat. 25 começa com a frase "Então, …" ou "Naquele tempo,…", que é o momento imediatamente após a 2ª Vinda, e contém três ilustrações que o Senhor usou para descrever julgamentos que Ele vai realizar depois que retornar. Eu vou apenas destacar o que elas revelam sobre a identidade de seus destinatários.
A Parábola das 10 Virgens
A primeira é a Parábola das 10 Virgens (Mateus 25:1-13). É uma história a cerca de 10 mulheres jovens à espera de um noivo que virá. Todas têm lâmpadas a óleo, mas por terem esperado um longo tempo, cinco ficam sem óleo e estão tentando comprar mais quando ele chega. Não tendo óleo elas são impedidas de entrar para o banquete do casamento. Esta parábola é por vezes utilizada para ilustrar a situação precária de "apóstatas" na Igreja, mas mesmo se você desconsiderar o problema com o tempo quase tudo nessa interpretação é errado.
Primeiro, se o óleo está sendo usado simbolicamente aqui, como eu acredito que está, então o princípio da consistência expositiva exige que ele represente o Espírito Santo. Este princípio diz que quando as coisas são usadas simbolicamente na Bíblia, o uso simbólico é consistente. Por exemplo levedura (fermento) sempre simboliza o pecado, e óleo sempre simboliza o Espírito Santo. A Igreja pode perder o Espírito Santo, ou esgotar o Seu estoque? Efésios 1:13 e 2 Coríntios 1:21-22 ambos dizem que o Espírito Santo foi selado dentro de nós como uma garantia da nossa herança, e que isso aconteceu apenas porque acreditamos na mensagem do Evangelho. Não há nada que alguém em qualquer lugar possa fazer para mudar isso.
Mas essa garantia não é indicada para os crentes da Tribulação. Na verdade Apo. 16:15 especificamente adverte-os a permanecerem acordados e manterem sua justiça, simbolizada por manter suas roupas com eles. (A roupa é frequentemente usada para representar a justiça, como em Isaías 61:10).
Apo. 16:15 implica que os crentes da Tribulação são responsáveis por permanecerem firmes em sua fé para não perderem a sua salvação. Mat. 25:8 concorda, dizendo-nos que todas as 10 virgens tinham óleo em suas lâmpadas no início, mas as cinco tolas não tinham o suficiente para levá-las até o fim. Lembre-se, todas as 10 virgens são pegas dormindo quando Ele volta. É o óleo que distingue um grupo do outro, e não seu comportamento.
Em segundo lugar, essas 10 mulheres são chamadas virgens ou damas de honra, mas nunca de Noiva. Por outro lado, a Igreja é a Noiva, e nunca é chamada de dama de honra! E quando você já ouviu falar de uma noiva ter que implorar com o noivo para ser admitida em seu próprio banquete de casamento?
Terceiro, parece que essas jovens estão tentando entrar no Mitzvah Seudas (festa de casamento) um banquete que sucede a cerimônia de casamento. Se assim for, nenhuma delas conseguiu chegar à cerimônia de casamento propriamente dita, com ou sem óleo, então nenhuma delas pode ser a noiva. Na verdade não há menção da noiva em qualquer lugar desta parábola.
Logo presumimos que estas virgens não podem ser a Igreja. Eles representam os sobreviventes da Tribulação tentando entrar no Reino Milenar. Cinco foram salvas no tempo entre o arrebatamento e o fim da Grande Tribulação (representado pelo óleo), mantiveram-se firmes, e são bem-vindas a entrar. As cinco sem óleo quando ele chegou não permaneceram firmes e perderam seu lugar.
Esta parábola ensina que a volta do Senhor sinaliza o prazo após o qual até mesmo o pedido para ser salvo e receber o Espírito Santo será negado. A porta para o Reino será fechada e o Senhor irá negar conhecer quem chegou tarde demais.
A Parábola dos Talentos
Em Mateus 25:14, no início da parábola dos talentos, a palavra "também" significa que ele está dando uma outra ilustração do mesmo período de tempo como a parábola das 10 virgens, o dia da Sua Vinda.
Embora o uso do talento como um dom ou habilidade deriva desta parábola, um talento era uma unidade de medida grega, geralmente monetária. A chave para interpretar uma parábola é saber que tudo é simbólico de uma outra coisa, por isso, nesta parábola um talento representa algo valioso para o Senhor que ele desejava ter investido em Seu nome. Após Seu retorno, Ele pergunta àqueles a quem ele o tinha confiado que o que eles haviam realizado.
Aqueles que ensinam que os talentos são dons concedidos à Igreja para serem usados com sabedoria, produzindo um retorno mensurável, não leram o último verso da parábola. O servo que enterrou seu talento no chão e não produziu nada com ele foi jogado nas trevas exteriores, o destino dos incrédulos. Estará o Senhor ensinando uma salvação com base nas obras aqui? Nos ameaçando com a perda da nossa salvação se não produzirmos o suficiente com os dons que Ele nos deu? Claro que não.
Lendo a Bíblia, fica claro que o dinheiro não é importante para o Senhor. Mas o Salmo 138:2 diz que Ele valoriza a Sua Palavra acima de tudo. Acredito que os talentos representam a Sua Palavra. Aqueles que a semeiam nos corações de outros descobrem que ela se multiplica em novos crentes. Aqueles que a estudam descobrem que a sua própria compreensão cresce, multiplicando a sua fé.
Mas aqueles que ignoram a Sua Palavra descobrem que é como enterrá-la no chão. Longe da vista, longe do coração, até o pouco com que começaram está perdido para eles. Isso prova que ela nunca teve qualquer valor para eles e os condena como incrédulos, a serem lançados nas trevas exteriores. Eles ouviram a verdade e a ignoraram. Agora é tarde demais. Em 2 Tes. 2:10 Paulo os descreve como aqueles que perecem, porque eles se recusaram a amar a verdade para serem salvos. Alguns vão arcar com a responsabilidade maior de terem levado seus seguidores a se desviarem por sua recusa em ensinar a verdade.
Em Sua Palavra, o Senhor estabeleceu cada ação que Ele tomaria sobre seu plano para o Planeta Terra. "Certamente o Senhor Deus não fará coisa alguma, sem ter revelado o seu segredo aos seus servos, os profetas", disse Ele (Amós 3:7). Ele fez isso para que o homem nunca tivesse que ficar imaginando o que Ele estava fazendo. E sobre o Fim dos Tempos Ele tinha mais a dizer do que sobre qualquer outro assunto. Ninguém pode alegar ignorância. Mais uma vez o ponto é que alguns que sobreviverem à Grande Tribulação serão recebidos no Reino e alguns não, e a fé é o fator determinante.
O Julgamento das Ovelhas e dos Bodes
Mat. 25:31 não deixa dúvidas quanto ao seu tempo. Ele começa "Quando o Filho do Homem vier …" e segue falando sobre o Senhor estabelecendo o seu trono na Terra, depois de Seu retorno para o julgamento das nações, na verdade, um juízo dos gentios sobreviventes da tribulação. O Senhor não julga as nações no sentido eterno, apenas indivíduos. A palavra grega aqui é ethnos, e significa "povo de todo tipo." Eles vão ser julgados pelo modo como trataram "Seus irmãos" durante a Grande Tribulação. É chamado de Julgamento das Ovelhas e dos Bodes, com as ovelhas sendo aqueles que ajudaram seus irmãos através dos tempos horríveis que acabaram de passar e cabras sendo aqueles que não o fizeram.
Alguns dizem que seus irmãos são crentes, sejam judeus ou gentios, e outros dizem que eles são especificamente judeus, mas o ponto mais importante é que esses sobreviventes da Tribulação não estão sendo julgados por suas obras. Suas obras estão sendo citadas como prova de sua fé, como em Tiago 2:18. Ajudar a um crente, especialmente um judeu, durante a Grande Tribulação requererá ainda mais coragem do que na Alemanha de Hitler e, de acordo com alguns, será uma ofensa punível com a morte. Apenas um seguidor de Jesus, certo de seu destino eterno, se atreveria a fazê-lo ou mesmo a querê-lo. Aqueles que ajudaram a "Seus irmãos" terão demonstrado a sua fé por suas obras e serão conduzidos vivos ao Reino. Aqueles que se recusaram a ajudar terão condenado a si mesmos à escuridão por esta prova da sua falta de fé.
Todos as três ilustrações ensinam a mesma lição.
Os sobreviventes crentes viverão no Reino. Alguns terão confiado exclusivamente no dom da fé do Espírito Santo, como na Parábola das 10 Virgens. Outros terão multiplicado sua fé através do estudo e partilha da Sua Palavra, como na Parábola dos Talentos. Outros ainda terão colocado a sua fé em ação, arriscando suas vidas no negócio. Eles são as ovelhas do Julgamento das Ovelhas e dos Bodes. Mas, tal como tem sido ao longo da história, todos serão salvos pela fé.
Onde está o Arrebatamento?
O Julgamento das Ovelhas e dos Bodes é, na verdade, uma expansão de Mat. 24:40-41 "será levado um, e deixado o outro…"
Por causa do problema de tempo, estes versos não podem estar descrevendo o Arrebatamento. Mas há mais. A palavra grega traduzida 'tomado' nos versículos 40 e 41 significa "recebido." Capitães escolhendo os lados em um jogo de futebol de areia apontam para alguém e dizem: "Vou levá-lo." Significa, "Venha até aqui. Você está no meu time." Nenhum problema até agora, o Senhor está levando alguns, mas não outros.
παραλαμβνω paralambano
1) tomar a, levar consigo, associá-lo consigo
1a) um associado, companheiro
1b) metáf.
1b1) aceitar ou reconhecer que alguém é tal como ele professa ser
1b2) não rejeitar, não recusar obediência
2) receber algo transmitido
2a) ofício a ser cumprido ou desempenhádo
2b) receber com a mente
2b1) por transmissão oral: dos autores de quem a tradição procede
2b2) pela narração a outros, pela instrução de mestres (usado para discípulos)
Mas o significado primário da palavra traduzida 'deixado' é "mandar embora", como um marido se divorciando iria "mandar embora" sua esposa. Naqueles dias, mulheres não tinham direitos e, exceto em circunstâncias muito incomuns, nem propriedade. A casa do casal era propriedade do marido, geralmente construída em terras de sua família. Se ele se divorciou de sua esposa, mandou-a ir morar em outro lugar, excluindo-a de sua presença. Incrédulos não serão mandado embora desta maneira no arrebatamento. Eles serão deixados no lugar em que estão para suportar os julgamentos.
αφιημι aphiemi
1) enviar para outro lugar
1a) mandar ir embora ou partir
1a1) de um marido que divorcia sua esposa
1b) enviar, deixar, expelir
1c) deixar ir, abandonar, não interferir
1c1) negligenciar
1c2) deixar, não discutir agora, (um tópico)
1c2a) de professores, escritores e oradores
1c3) omitir, negligenciar
1d) deixar ir, deixar de lado uma dívida, perdoar, remitir
1e) desistir, não guardar mais
2) permitir, deixar, não interferir, dar uma coisa para uma pessoa
3) partir, deixar alguém
3a) a fim de ir para outro lugar
3b) deixar alguém
3c) deixar alguém e abandoná-lo aos seus próprios anseios de modo que todas as reivindicações são abandonadas
3d) desertar sem razão
3e) partir deixando algo para trás
3f) deixar alguém ao não tomá-lo como companheiro
3g) deixar ao falecer, ficar atrás de alguém
3h) partir de modo que o que é deixado para trás possa ficar,
3i) abandonar, deixar destituído
Esta passagem não está descrevendo o Arrebatamento.
O momento, o contexto, e a disposição das partes estão todos errados. É um resumo do Julgamento das Ovelhas e dos Bodes. Os levados (recebidos) viverão no Reino em seus corpos naturais e ajudarão a repovoar a Terra, enquanto os deixados (mandados embora) serão colocados nas Trevas Exteriores, para sempre banidos da presença de Deus.
E, como foi nos dias de Noé, assim será também a vinda do Filho do homem. (Mateus 24:37). Nos dias de Noé as pessoas da Terra poderiam ser separadas em três grupos. Havia os descrentes que pereceram no dilúvio, Noé e sua família, que foram preservados através do Dilúvio, e Enoque que foi levado da Terra antes do Dilúvio. (Enoque foi trasladado em Gênesis 5. Isso significa que Deus o levou vivo para o céu. O Dilúvio veio em Gênesis 6.)
No tempo da 2ª Vinda, o povo da terra também se dividirá em três grupos. O mundo incrédulo irá perecer nos juízos dos Tempos do Fim, Israel será preservado através dos julgamentos, e A Igreja será tomada da Terra antes dos julgamentos.
Há algumas semelhanças interessantes entre Enoque e a Igreja. Seu nome significa "ensino", uma das principais funções da Igreja. A tradição judaica diz que Enoque nasceu no dia 6 de Sivan. 6 de Sivan é o dia no calendário hebraico em que a Festa de Pentecostes é celebrada. É o dia em que nasceu a Igreja. Eu acho que Enoque é um bom modelo da Igreja.
Na 2ª Vinda a porta para a salvação será fechada. Os sobreviventes da Terra serão julgados e os que se tornaram fiéis serão recebidos no Reino. Os incrédulos serão levados para fora do planeta, privados da presença do Senhor para sempre. Eles queriam o Senhor fora de suas vidas, e agora eles conseguirão o que queriam.
6) A Duração e Objetivo do Milênio
Como a palavra Arrebatamento e Lucifer, Milênio é uma palavra de origem latina e não aparece em qualquer lugar nas Escrituras. Nós a obtemos de duas palavras latinas, mille, ou 1000, e annum, ou ano, a partir da tradução latina de Apo. 20:06. Mille annum, milênio, o reino de 1000 anos do Senhor na Terra, é conhecido por Israel como a Era do Reino. É o sétimo e último milênio da Idade do Homem, que começou com o nascimento de Adão. É muitas vezes confundido com a eternidade, mas, como vimos anteriormente, os dois são distintos. Um Milênio é, obviamente, um período definido de tempo, enquanto por definição Eternidade é a ausência do tempo como nós o conhecemos.
O Milênio Na Terra
Durante o Milênio, o Senhor será Rei do Céu e da Terra, a Terra sendo restaurada à condição em que estava quando Adão foi criado. Isto incluirá a restauração da paz entre o homem e os animais, trazendo de volta o Meio-Ambiente, como o de um jardim, original da Terra, com o seu clima sub-tropical de extensão mundial, eliminando o mau tempo, as tempestades assassinas, os terremotos e os extremos de calor e frio. A extensão da vida do homem começará a aumentar novamente para igual à dos patriarcas de Gênesis. Doenças e enfermidades, os subprodutos do pecado, serão bastante reduzidas. Parece que a população da Terra será sustentada pelo retorno a uma economia agrária, mas sem todos os obstáculos enfrentados por Adão, quando a maldição de Gênesis 3 for finalmente removida. O homem facilmente produzirá o suficiente para o uso de sua família, e terá prazer em fazê-lo. Nenhum trabalho será improdutivo, ou principalmente para o benefício dos outros. As crianças vão crescer sem medo e os adultos vão envelhecer em paz. (Um resumo de Isaías 2:1-5, 4:2-6, 35, 41:18-20, 60:10-22,65:17-25, Miqueias 4:1-8)
Como a Terra voltará a ser povoada em sua maioria por sobreviventes da Tribulação em seus corpos naturais, ainda haverá pecado, embora em menor grau, especialmente no começo. No chamado Templo Milenar em Israel, os sacerdotes irão realizar sacrifícios diários pelo pecado, assim como nos dias do Antigo Testamento. Mas, enquanto os crentes do Velho Testamento observavam os sacrifícios do Templo para aprender o que o Messias faria um dia fazer por eles, os crentes Milenares irão observá-los para lembrar, e para seus filhos aprenderem, o que Ele já fez. (Eze. 40-47)
O Senhor reinará supremo sobre a Terra como Rei e Sumo Sacerdote, o cabeça tanto do governo mundial como de uma religião mundial. Ele não admitirá ameaças à sua paz estabelecida, nem qualquer desvio da Sua doutrina. (Salmo 2)
No início, apenas os crentes habitarão a Terra, desfrutando do ambiente verdadeiramente utópico com que a humanidade sempre sonhou, mas que somente Deus pode criar. Eles irão em breve começar a ter filhos que, à medida que amadurecerem, terão que optar por receber o perdão do Senhor, assim como nós temos. E como acontece hoje, alguns irão rejeitá-Lo para seguir seu próprio caminho. No momento em que Satanás for libertado no final do Milênio, haverá tantos que já rejeitaram o Senhor que ele vai encontrar rapidamente um enorme exército de recrutas para a sua última tentativa de expulsar o Senhor para fora do planeta.
Mas com o fogo do céu o Senhor destruirá o exército de Satanás, lançando-o no Lago de Fogo, onde será atormentado de dia e de noite para sempre. Nunca mais ele ou qualquer de seus cúmplices será livre para afligir o povo de Deus. (Apo. 20:7-10)
Como isso aconteceu?
O que começou como uma era de paz e prosperidade inimaginável, terá terminado em guerra aberta contra o mesmo Rei que a tornou possível. Como pode ser isso?
Antes do Milênio, o homem tinha três desculpas para sua incapacidade de agradar a Deus. A primeira era Satanás, cujos esquemas inteligentes levaram o homem ao erro. Mas durante todo o Milênio, Satanás estará preso na escuridão.
a segundo era a má influência dos incrédulos. Mas quando o Milênio começar, a Terra terá sido purificada de todos os seus infiéis. Somente àqueles que haviam dado o seu coração ao Senhor será permitida a entrada no Reino.
E a terceira era a ausência de Deus do nosso meio. Por 2.600 anos, com exceção de um período de 33 anos, Deus tem estado ausente do planeta deixando o homem "cuidar de si mesmo." Mas durante todo o Milênio, o Pai, o Filho e o Espírito Santo terão habitado no meio das pessoas da Terra.
No Milênio, os habitantes da Terra viverão nas circunstâncias ideais que Adão e Eva desfrutavam no Jardim do Éden. A maldição terá desaparecido e o Senhor estará lá entre eles, todo o mundo é crente e Satanás estará preso. E, no entanto, há pecado residual suficiente no coração do homem não regenerado para que ele se rebele na primeira chance que tiver. O homem pecador não pode habitar na presença de um Deus Santo, sendo incapaz de guardar Seus mandamentos. Ele precisa de um Salvador e Redentor para reconciliá-lo com Deus e de um transplante de coração para curá-lo de sua natureza pecaminosa. O ponto inteiro do Milênio é provar, de uma vez por todas, que o coração do homem é enganoso acima de todas as coisas e além da cura (Jer. 17:9) o que torna impossível para ele viver em uma maneira que agrada a Deus.
O Milênio Na Nova Jerusalém
A vida é muito diferente no Lar da Igreja Redimida. Embora os reis da Terra tragam-nos o seu esplendor, nenhum incrédulo jamais poderá colocar os pés no lugar, nem mesmo um crente em seu estado natural. Nossas mansões no céu são construídas do mais puro ouro, como são as ruas que correm diante delas, suas fundações feitas de pedras preciosas. Não há Templo na Nova Jerusalém, porque o Cordeiro de Deus habita lá e é o nosso templo. A fonte de energia que nos ilumina e aquece é a Glória de Deus, e o nosso brilho, por sua vez, fornece luz para as nações da Terra. (Apo. 21:9-27)
Nossos corpos glorificados terão sido libertados de seus grilhões dimensionais, o que nos permitirá aparecer e desaparecer à vontade, indo e vindo ao longo do tempo na velocidade do pensamento enquanto sondamos as ilimitadas delícias da Criação de Deus. Nenhum detalhe foi esquecido, no que se refere ao nosso conforto e felicidade. Não há mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor, apenas as alegrias infinitas da exploração e da descoberta. Como está escrito: "Nenhum olho viu, nem ouvido ouviu, mente nenhuma imaginou o que Deus preparou para aqueles que o amam." (1 Cor 2:9).
Nossa casa não é na Terra, mas não é no Trono de Deus também. Descendo dos céus, mas nunca pousando na Terra, nossa casa poderia ser chamado de um satélite de órbita baixa na terminologia de hoje. 2250 Km de altura, largura e profundidade, ela não caberia em Israel, muito menos em Jerusalém. Se pousássemos na Terra precisamos de um espaço equivalente à área do estado do Maine até a Flórida e até o Centro-Oeste, ou toda a Europa Ocidental da Suécia até a Itália, e a Nova Jerusalém será mais de 4000 vezes mais alta que o mais alto edifício do mundo. Quase 2/3 do tamanho da Lua, ela simplesmente não caberá em qualquer lugar na Terra.
A Igreja tem sido descrita como a Pérola de Grande Valor. Uma pérola é criada no oceano e cresce como resposta a uma irritação. É a única gema preciosa que vem de um organismo vivo. Na época da colheita, ela é removida de seu habitat natural para ser colocada em uma ambiente personalizado onde se torna um objeto de adorno.
E assim é com a Igreja. Criada dentre as nações gentílicas, a Igreja foi um importante incômodo tanto para Israel quanto para o Império Romano. Apesar de centenas de anos de perseguição terem sido dedicados à nossa destruição, ela cresceu de forma constante. Na colheita seremos levados da Terra para ser colocados em mansões que o Senhor construiu especialmente para nós, para nos tornarmos o objeto de Seu adorno.
7) A Eternidade
Eu não posso dizer muito sobre a Eternidade, exceto que há uma. A Bíblia termina no final do Milênio, mas nos ensina que cada um que já nasceu vive para sempre. A questão não é se você tem a vida eterna. A questão é onde você vai passar a eternidade. Existem apenas dois destinos possíveis e nós descrevemos a ambos. Bem-aventurança eterna na presença de Deus, ou vergonha eterna e castigo, banidos da presença de Deus. Enquanto Deus é paciente, não querendo que nenhum se perca, não é uma decisão que Ele tenha que tomar. Ele a deu a você sabendo que, sem alternativa, a sua escolha de aceitá-Lo não teria sentido. Ele te ama o suficiente para arriscar que você tome a decisão errada e o suficiente para cumprir os seus desejos se você o fizer.
Ninguém conscientemente opta por ir a um lugar de tormento eterno. Mas muitos acabarão lá. Quando o fizerem será porque se recusaram a escolher o Céu, e essa é a única alternativa.
Aqui, então, estão Sete Coisas que Você Precisa Saber Para Compreender Profecia do Final dos Tempos. Dominá-las irá permitir-lhe sucesso em evitar todas as heresias e os falsos ensinos que gira em volta nestes últimos dias. O estudo da profecia não é uma questão de salvação, mas o Senhor fez com que fossemos admoestados em várias ocasiões a compreender os sinais dos tempos de modo que não sejamos pegos de surpresa. Devemos assistir com expectativa e esperar com certeza.
Em Apocalipse 1:3 nos foram prometidas bênçãos pelo nosso estudo diligente, e em 2 Timóteo 4:8 uma coroa por aguardar a Sua vinda. Mas, o maior dom que vem do estudo da profecia é o fortalecimento da nossa fé. Nada pode ser igual a assistir a Palavra de Deus passar do abstrato ao concreto ao vermos a Profecia Bíblica cumprida diante dos nossos olhos. Se você escutar atentamente, você quase pode ouvir os passos do Messias.
Extraído com adaptações de www.olharprofetico.com.br (texto original de www.gracethrufaith.com)