Haverá um Reino Milenar depois que Cristo voltar? – Amilenismo

Filed Under (Métodos de Interpretação Profética) by Geração Maranata on 19-08-2012

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por Geração Maranata

O Milênio

“E vi descer do céu um anjo, que tinha a chave do abismo, e uma grande cadeia na sua mão. Ele prendeu o dragão, a antiga serpente, que é o Diabo e Satanás, e amarrou-o por mil anos.

E lançou-o no abismo, e ali o encerrou, e pôs selo sobre ele, para que não mais engane as nações, até que os mil anos se acabem.

E depois importa que seja solto por um pouco de tempo.

E vi tronos; e assentaram-se sobre eles, e foi-lhes dado o poder de julgar; e vi as almas daqueles que foram degolados pelo testemunho de Jesus, e pela palavra de Deus, e que não adoraram a besta, nem a sua imagem, e não receberam o sinal em suas testas nem em suas mãos; e viveram, e reinaram com Cristo durante mil anos.

Mas os outros mortos não reviveram, até que os mil anos se acabaram. Esta é a primeira ressurreição.  Bem-aventurado e santo aquele que tem parte na primeira ressurreição; sobre estes não tem poder a segunda morte; mas serão sacerdotes de Deus e de Cristo, e reinarão com ele mil anos.

E, acabando-se os mil anos, Satanás será solto da sua prisão, E sairá a enganar as nações que estão sobre os quatro cantos da terra, Gogue e Magogue, cujo número é como a areia do mar, para as ajuntar em batalha. E subiram sobre a largura da terra, e cercaram o arraial dos santos e a cidade amada; e de Deus desceu fogo, do céu, e os devorou.  E o diabo, que os enganava, foi lançado no lago de fogo e enxofre, onde está a besta e o falso profeta; e de dia e de noite serão atormentados para todo o sempre.” (Apo: 20:1-10)

 

"Ora nos dias desses reis, o Deus do céu suscitará um reino que jamais será destruído e cuja realeza não será deixada a outro povo. Ele pulverizará e aniquilará todos esses reinos, e subsistirá para sempre" (Dn 2:44)

“E o Senhor será rei sobre toda a Terra; naquele dia um será o Senhor e um será o seu nome” (Zc 14:9)

 

A palavra millennium vem do latim mille annus que significa mil anos. O termo grego usado na Bíblia é chiliasm (quiliasmo).  

χιλιοι chilioi
plural de afinidade incerta
1) mil

ετος etos
1) ano

No capítulo 20 de Apocalipse encontramos a única menção de um Reino Milenar de Cristo e as divergências giram em torno desses mil anos.

Nem todos os cristãos acreditam que Jesus Cristo voltará literalmente à Terra para estabelecer um Reino de paz e segurança que durará mil anos.

Quatro correntes escatológicas tentam explicar o significado do Milênio:

Nesta última série veremos o ensino do Milênio segundo a visão Amilenista.

O Amilenismo é uma das quatro correntes que tentam responder à pergunta:

“Haverá um reino milenial depois que Cristo voltar?”

 

Amilenismo

Introdução

O termo Amilenismo é formado por três partes diferentes: prefixo grego "a" que quer dizer "não"; a palavra latina "mille", que significa "mil" (em grego "chilias") e "annus", outra palavra latina que significa "ano" (em grego "etos"). Portanto o Amilenismo, literalmente, significa "não mil anos".

O Amilenismo ensina que o capítulo 20 de Apocalipse deve ser interpretado alegoricamente, ou seja, não haverá um milênio literal e o reinado de Cristo não seria físico, mas celestial, uma vez que o reino de Cristo ‘não é deste mundo’, mas Ele reina especialmente nos corações daqueles que o aceitam com Rei e Senhor. Trata-se de uma figura de linguagem que faz referência a um longo período de tempo onde Deus realizará todos os seus propósitos.  

Para o Amilenismo, Satanás está preso atualmente, no sentido de não poder 'enganar as nações' e impedir o avanço da pregação do Evangelho.

Todos os eventos dos tempos do fim ocorrerão de uma só vez logo após a volta de Cristo. Os Amilenistas, em sua grande parte, crêem que Cristo pode voltar a qualquer momento.

 

Histórico

Segundo os defensores desta posição escatológica, o termo Amilenismo é de origem recente e tem sido usado desde a década de 1930, porém não se sabe quando surgiu pela primeira vez. O termo pode ser novo, mas as idéias defendidas por essa visão remontam aos primeiros séculos do Cristianismo.  

Os primeiros cristãos acreditavam estar vivendo os últimos dias e aguardavam a volta de Cristo para estabelecer um reino literal. Orígenes de Alexandria (185 – 254)  trouxe uma nova interpretação, usando o método alegórico, espiritualizou o reino futuro e entendeu que ele seria a era da Igreja.  

O teólogo exegeta Ticônio (370 – 390) também era adepto da interpretação ‘espiritualizada’ das Escrituras, sobretudo o Apocalipse. Ticônio era antiquiliástico, sua interpretação sobre o milênio, excluía qualquer esperança de um reino terrestre futuro.  Para ele, o milênio prometido no Apocalipse começou com a Igreja, e não haverá nenhum outro evento concreto desencadeado por uma catástrofe cósmica qualquer.

A escatologia proposta por Orígenes e Ticônio influenciou e foi popularizada por Agostinho (354 – 430).  

Para Agostinho o milênio seria o período entre a primeira e a segunda vinda de Cristo e era literal, ou seja, ele cria que Jesus retornaria mil anos após sua ascensão.

Nota: Mais tarde, quando o ano 1000 chegou, e Jesus não retornou, esse ensinamento passou também a ser espiritualizado e passou a significar um período de tempo indefinido.

Com Agostinho, o Amilenismo ganhou grande destaque, pois apesar de Orígenes ter estabelecido as base ao propor o método não-literal de interpretação, foi Agostinho quem disseminou o conceito alegórico do milênio no que agora conhecemos como Amilenismo.

Em sua famosa obra, 'A cidade de Deus', Agostinho propôs que a Igreja visível era o reino de Deus na terra e com base nesse ensinamento, ele desenvolveu sua doutrina do milênio. 

Ele ensinou que o milênio deve ser interpretado espiritualmente como cumprido pela Igreja. Foi ele quem defendeu a idéia do aprisionamento de Satanás como tendo ocorrido durante o ministério terreno do Senhor Jesus (Lc 10.18) e a primeira ressurreição seria o novo nascimento do cristão (Jo 5.25).

“E disse-lhes: Eu via Satanás, como raio, cair do céu” (Lc 10.18)

“Em verdade, em verdade vos digo que vem a hora, e agora é, em que os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus, e os que a ouvirem viverão.” (Jo 5.25)

Jerônimo (347 – 420) também foi um defensor do Amilenismo.  Em seu comentário sobre o livro de Daniel, escrito um pouco antes do ano 400, Jerônimo ensinou que “os santos de modo nenhum terão um reino terrestre, mas somente um celestial; portanto, esta fábula dos mil anos tem que ser eliminada.” [1]

Grandes líderes da Reforma criam na escatologia Amilenista, ensinamento herdado da Igreja Católica que por sua vez se baseava nos ensinamentos de Agostinho.  

Calvino (1509 – 1564) ensinava que Israel e a Igreja eram a mesma coisa e aguardava a Segunda Vinda para que ocorressem a ressurreição, o juízo e o estado eterno. Foi um grande crítico ao quiliasmo (crença no milênio) e o descrevia como 'ficção', 'sonho', 'blasfêmia intolerável', etc.

No século XIX surgiu uma nova interpretação para o Amilenismo.  Em 1874, B. B. Warfield (prof. de teologia no Seminário Teológico de Princeton) passou a ensinar que o milênio é o estado presente dos santos no céu (conhecido hoje como Amilenismo Clássico).

 

Tipos de Amilenismo

Os adeptos do Amilenismo diferem acerca do cumprimento do milênio, uns acreditam que o Milênio está sendo cumprido na Terra (Amilenismo Agostiniano) outros acreditam que está sendo cumprido com os santos nos céus (Amilenismo Warfield ou Clássico).

Agostiniano – Entende que todas as promessas do Antigo Testamento, em relação ao Reino, foram cumpridas com Cristo reinando do trono do Pai sobre a Igreja na Terra. Esse ponto de vista é defendido também pela Igreja Católica. O Amilenismo Agostiniano prevê o completo domínio do bem sobre o mal, através da pregação do evangelho. À medida que o Reino de Deus está sendo expandido na terra, através da Igreja, a situação do mundo vai melhorando.

Clássico/Warfield – Crê que, desde a ascenção de Cristo no primeiro século, o Milênio foi estabelecido na Terra e durará por um período indefinido, chamado de 'o tempo da Graça'. Considera que o Reino de Deus é o domínio de Deus sobre os santos que estão nos céus – o Reino dos Céus. Ao contrário do Amilenismo Agostiniano, o Amilenismo Clássico não vê o futuro de maneira otimista para a humanidade. Para ele a presente irá piorar cada vez mais até a Segunda Vinda de Cristo, o qual virá para dar fim a apostasia.

Esses dois pontos de vistas podem ser considerados ortodoxos, pois crêem na interpretação literal das doutrinas da ressurreição, juízo, castigo eterno e outros temas relacionados.

Existe ainda outro tipo de Amilenismo chamado de Modernista (adepto da Teologia Liberal), que nega as doutrinas da ressurreição, do juízo, da segunda vinda, etc.

 

Doutrinas Amilenistas

Reino de Deus

Para os Amilenistas o Reino de Deus foi estabelecido por Cristo em sua primeira vinda à Terra e está operante atualmente até que seja revelado em sua Segunda Vinda. Discordam do ensinamento de que Jesus governará a partir do trono de Davi com sede em Jerusalém em algum tempo no futuro. Para os Amilenistas, Jesus já está reinando, não sobre um Israel natural, mas sobre um Israel de fé, ou seja, a Igreja.  Cristo não reina só sobre o povo, mas dentro do seu povo. A sede de seu governo é a Jerusalém celestial.  

"… O reino de Deus não vem com aparência exterior. Nem dirão: Ei-lo aqui, ou: Ei-lo ali; porque eis que o reino de Deus está entre vós." (Lucas 17:20-21)

 

Prisão de Satanás

O Amilenismo ensina que o diabo foi amarrado "espiritualmente" por Jesus. Por isso ele não pode impedir que a Igreja realize a obra de evangelizar e expandir o reino de Cristo no mundo.  Texto usado como sustentação: 
"Mas se é pelo Espírito de Deus que eu expulso demônios, então chegou a vocês o Reino de Deus. 
Ou como alguém pode entrar na casa do homem forte e levar dali seus bens, sem antes amarrá-lo? Só então poderá roubar a casa dele." (Mateus 12:28-29)
 
O Amilenismo ensina que, em Lucas 10:17-18, Jesus viu o reino de Satanás sofrer um grande golpe e foi neste instante que ocorreu o aprisionamento:
 
"Os setenta e dois voltaram alegres e disseram: "Senhor, até os demônios se submetem a nós, em teu nome".
Ele respondeu: "Eu vi Satanás caindo do céu como relâmpago." (Lucas 10:17-18)
 
Outro texto base: "Chegou a hora de ser julgado este mundo; agora será expulso o príncipe deste mundo. Mas eu, quando for levantado da terra, atrairei todos a mim". (João 12:31-32)
 
Satanás só será liberto quando se cumprir a 'plenitude' do reinado de Cristo na Igreja. Quando for solto, o diabo terá permissão para operar contra os cristãos e vencê-los.
 
Depois, Jesus voltará e os santos serão arrebatados e serão recebidos pelo Senhor nas nuvens.  Então se seguirá o juízo e o estado eterno, com os novos céus e nova terra e o reino eterno de Deus. 
 
 
Ressurreição
 
Na visão Amilenista haverá uma única ressurreição dos crentes e dos incrédulos por ocasião da volta de Cristo: ""Não fiquem admirados com isto, pois está chegando a hora em que todos os que estiverem nos túmulos ouvirão a sua voz e sairão; os que fizeram o bem ressuscitarão para a vida, e os que fizeram o mal ressuscitarão para serem condenados." (João 5:28-29)

A expressão “primeira ressurreição”, descrita em Apocalipse 20:4-5, refere-se a ir para o céu, não é uma ressurreição física, mas uma ida à presença do Senhor e reinar com Ele no céu: "Vi tronos em que se assentaram aqueles a quem havia sido dada autoridade para julgar. Vi as almas dos que foram decapitados por causa do testemunho de Jesus e da palavra de Deus. Eles não tinham adorado a besta nem a sua imagem, e não tinham recebido a sua marca na testa nem nas mãos. Eles ressuscitaram e reinaram com Cristo durante mil anos. (O restante dos mortos não voltou a viver até se completarem os mil anos.) Esta é a primeira ressurreição." (Apocalipse 20:5). 

Nota: Existe outra interpretação Amilenista que diz que a “primeira ressurreição” é o novo nascimento (conversão), ou seja, se refere à ressurreição de Cristo e à participação dos crentes na ressurreição de Cristo por meio da união com Ele.

A "segunda ressurreição" ocorrerá na volta de Cristo e será geral, tanto para os crentes quanto para os ímpios.  Os crentes vivos e os ressuscitados serão transformados e glorificados: "Eis aqui vos digo um mistério: Na verdade, nem todos dormiremos, mas todos seremos transformados; Num momento, num abrir e fechar de olhos, ante a última trombeta; porque a trombeta soará, e os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados. (1 Coríntios 15:51-52)

Nota: A "primeira morte" é a morte física e a "segunda morte" será o castigo eterno.

 

Cristo, Israel e a Igreja

O Amilenismo ensina que as profecias feitas a Israel tem seu cumprimento na Igreja, que, segundo eles, é o Israel espiritual. Os Reformadores do século XVI aceitavam esse tipo de interpretação teológica.  

O Amilenismo argumenta que as profecias relacionadas a Israel, à Terra, ao Templo, devem ser entendidos como cumpridos na pessoa de Jesus: "Todos os cristãos estão acostumados a ver os sacrifícios, as festas e as cerimônias do Antigo Testamento como tipos, isto é, ferramentas pedagógicas que apontam para a obra de Cristo. Por que, então, os elementos que consideramos agora – a terra de Canaã, a cidade de Jerusalém, o templo, o trono de Davi, a própria nação de Israel – não poderiam ser compreendidos à luz da mesma percepção interpretativa utilizada para os sacrifícios e as cerimônias?" [2}

Os Amilenistas defedem que há diversas profecias no Antigo Testamento acerca da primeira vinda de Jesus, que se cumpriram espiritualmente. Um exemplo é a profecia de Oséias onde se lê: "Quando Israel era menino, eu o amei; e do Egito chamei o meu filho." (Os.11:1). Esta afirmação histórica de que Deus chamou Israel do Egito no Êxodo foi aplicada espiritualmente, no Novo Testamento, à Jesus Cristo, em Mateus 2:15: "E esteve lá, até à morte de Herodes, para que se cumprisse o que foi dito da parte do Senhor pelo profeta, que diz: Do Egito chamei o meu Filho." 

Esse é o argumento essencial do Amilenismo, é dessa forma que acreditam que o Novo Testamento deve ser interpretado. Os textos proféticos não serão cumpridos no futuro, pois eles já tiveram seu cumprimento em Jesus Cristo.

Na visão Amilenista o verdadeiro Israel é Cristo e interpretam todas as profecias relacionadas com Israel como tendo uma aplicação direta em Cristo. Logo os Amilenistas concluem que os cristãos que estão em Cristo, tornam-se o verdadeiro povo de Israel, o Israel da fé.  Isto quer dizer que não existem quaisquer promessas bíblicas para o Israel natural , pois as promessas são cumpridas em Cristo, o Israel de Deus, ou o seu povo, a Igreja, o Israel da fé. "E a todos quantos andarem conforme esta regra, paz e misericórdia sobre eles e sobre o Israel de Deus." (Gálatas 6:16)

Com relação ao Templo futuro a interpretação Amilenista é que o próprio Jesus é o Templo prometido, por isso não se deve esperar por outro. Texto base: "Jesus respondeu, e disse-lhes: Derribai este templo, e em três dias o levantarei." (João 2:19)

Essa forma de interpretação teológica também pode ser chamada de “Teologia de Substituição”, ou seja, a crença de que a Igreja tomou o lugar de Israel.  (Leia uma refutação à Teologia da Substituição aqui).

 
Paralelismo Progressivo
 
A interpretação do livro de Apocalipse é a mesma adotada pelo Pós-Milenismo, conhecido como "paralelismo progressivo", defendido por William Hendriksen, em seu livro: "More Than Conquerors" ("Mais que vencedores").
 
Este método de interpretação divide o livro do Apocalipse em seções, geralmente sete, "cada uma das quais recapitula os eventos do mesmo período ao invés de descrever os eventos de períodos sucessivos. Cada uma delas trata da mesma era – o período entre a primeira e a segunda vinda de Cristo – retomando temas anteriores, elaborando-os e desenvolvendo-os ainda mais. Apocalipse 20, portanto, não fala de eventos muitos removidos para o futuro, e o significado dos mil anos deve ser achado nalgum fato passado e/ou presente." [3]
 
 Essas sete seções estão divididas em dois grandes períodos Ap. 1-11 e Ap. 12-22. A primeira seção descreve a perseguição do mundo e ímpios e a segunda descreve  a perseguição do dragão e seus agentes.
  • Primeira Seção (Ap. 1-3) – Os sete candeeiros
  • Segunda Seção (Ap. 4-7) – Os sete selos
  • Terceira Seção (Ap. 8-11) – As sete trombetas
  • Quarta Seção (Ap. 12-14) – A tríade do mal
  • Quinta Seção (Ap. 15-16) – As sete taças
  • Sexta Seção (Ap. 17-19) – A derrota dos agentes do Dragão
  • Sétima Seção (Ap. 20-22) – O Reinado de Cristo
As sete seções paralelas referem-se ao mesmo período, ou seja, o tempo que vai da Primeira à Segunda vinda de Cristo. À medida que se aproxima o fim, as eventos vão se tornando mais fortes e o juízo de Deus mais evidente
 
 
Algumas interpretações do Apocalipse
 
O Cavalo Branco, que aparece na abertura dos Setes Selos, tem várias interpretações: o Anticristo, conquistas militares, pregação do Evangelho e a mais defendida entre os Amilenistas, representa o Cristo vencedor.
 
Os Sete Selos, as Trombetas e as Taças não serão eventos cósmicos futuros, mas são visões de paz e de guerra, de fome e de morte, de perseguição à igreja e do juízo de Deus, desde a ascensão até o regresso glorioso de Cristo.  
 
Enquanto os Selos falam do sofrimento da Igreja perseguida, as Trombetas falam do mundo incrédulo em virtude das orações da Igreja. Os Selos mostram o que vai acontecer na história até o retorno de Cristo, dando particular atenção ao que a igreja terá de sofrer. Já as Trombetas, descrevem o que vai acontecer na História até o retorno de Cristo, dando ênfase no sofrimento que o mundo irá sofrer, como expressão da advertência de Deus.
 
As Sete Taças compreendem todo o período da Igreja, assim como os Selos e a Trombeta. Enquanto as Trombetas são juízos parciais e alertas de Deus para o mundo, as Taças falam da Ira sem mistura, da consumação da cólera de Deus. Tanto as Trombetas como as Taças referem-se ao mesmo período.
 
A Grande Meretriz, Babilônia, é identificada como a Igreja apóstata. 
 
 
Eventos Escatológicos
 
Para o Amilenismo, o fim do mundo chegará quando o Milênio, ao qual estamos vivendo atualmente, terminar.   Antes disso, Satanás será solto por pouco tempo e então ocorrerá a Grande Tribulação, a  apostasia e o reinado do Anticristo.
 
O Amilenismo interpreta que a Grande Tribulação, o Armagedom (Ap. 16:16) e a batalha de Gogue e Magogue (Ap.20:8) são a mesma coisa. Trata-se de uma descrição da última batalha contra o Cordeiro e sua noiva (a Igreja), durante o período que Satanás será solto.
 
A queda da Babilônia, do Anticristo, do falso profeta, de Satanás, dos ímpios e da morte acontecerão ao mesmo tempo, ou seja na segunda vinda de Cristo.
 
Os Amilenisas não crêem em um arrebatamento secreto como os Pré-Milenistas, mas crêem que ele ocorrerá na segunda vinda de Cristo. Esse arrebatamento será visível para todo o mundo.
 
Todos os mortos, tanto os crentes como os infiéis, serão ressuscitados ao mesmo tempo, não haverá duas ressurreições físicas.
 
Em seguida, ocorrerá o julgamento do Trono Branco (Ap. 20:11), onde todos, inclusives os crentes, irão comparecer para serem julgados. Os que tiverem seu nome no Livro da Vida herdarão a vida eterna e quem não os tiver serão lançados no Lago de Fogo, não simbólico, mas literal.
 
Após todos esses eventos iniciará o Estado Eterno, onde todos aqueles, cujos nomes estavam escritos no Livro da Vida, reinarão com Cristo por toda a eternidade.
 
Nota: A Nova Jerusalém não é uma cidade celestial, mas a própria Igreja.
 
Quadros Resumos
 

Arrebatamento

Tribulação

Segunda Vinda

Ocorre depois da tribulação

A igreja passa pela tribulação

Uma só fase

 

 Profecias do Reino Messiânico

Profecias do Novo Testamento

Profecias do Antigo Testamento

Centralizadas em Cristo

Estão se cumprindo no presente

Já se cumpriram no passado, em Cristo.

 

Principais fatos Escatológicos

Cumprimento

Milênio:

O Reino de Cristo e o Reino de Deus

O milênio é o reino celestial de Cristo nos céus sobre as almas dos salvos. O Estado Eterno será introduzido na volta de Cristo, com os novos céus e nova terra. Mt.25:34

O Israel de Deus (Gl.6:16)

O novo Israel de Deus é a Igreja.

Interpretação das profecias do Antigo Testamento

Método espiritual e Preterista, as profecias já se cumpriram em Cristo.

Interpretação do livro do Apocalipse

Paralelismo Progressivo. A maior parte está se cumprindo.

As duas Ressurreições (Ap.20:1-6)

A primeira é espiritual, a segunda é corporal. (Jo.5:25-29; Ef.2:1-6)

Leia também:

http://geracaomaranata.com.br/2011/05/ponto-de-vista-amilenista/

Proeminentes Amilenistas: http://www.amilenismo.com/p/proeminentes-amilenistas.html

 

 
Notas:
 
[1] http://solascriptura-tt.org/EscatologiaEDispensacoes/TeologiasNaoEscrituristicasAmilenarismoPosmilenarismo-TIce.htm
 
[2] O Milênio: 3 pontos de vista – Stanley Gundry 
 
http://intranet.uds.edu.py:81/biblioteca/Livros%20Teolog%C3%ADa/Amilenismo/O%20Reino%20Milenial%20de%20Cristo%20-%20Jorge%20L_%20Trujillo.htm
 
[3] HOEKEMA, Anthony A.apud, CLOUSE, Robert G. (Org). O  Milênio.Campinas: Luz para o Caminho, 1983. p.142.
 
 
 
Fontes:
 
A Segunda Vinda de Cristo – Samuel Alexandre Martins
 
Estudos no Livro de APOCALIPSE – Hernandes Dias Lopes
 
http://www.monergismo.com/textos/escatologia_reformada/escatologia_reformada.htm
 
http://www.monergismo.com/textos/escatologia_reformada/argumentos_amilenismo.htm
 
http://www.amilenismo.com/

 

Haverá um Reino Milenar depois que Cristo voltar? – Pré-Milenismo Dispensacionalista

Filed Under (Métodos de Interpretação Profética) by Geração Maranata on 09-11-2011

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por Geração Maranata

O Milênio

“E vi descer do céu um anjo, que tinha a chave do abismo, e uma grande cadeia na sua mão. Ele prendeu o dragão, a antiga serpente, que é o Diabo e Satanás, e amarrou-o por mil anos. E lançou-o no abismo, e ali o encerrou, e pôs selo sobre ele, para que não mais engane as nações, até que os mil anos se acabem. E depois importa que seja solto por um pouco de tempo. E vi tronos; e assentaram-se sobre eles, e foi-lhes dado o poder de julgar; e vi as almas daqueles que foram degolados pelo testemunho de Jesus, e pela palavra de Deus, e que não adoraram a besta, nem a sua imagem, e não receberam o sinal em suas testas nem em suas mãos; e viveram, e reinaram com Cristo durante mil anos. Mas os outros mortos não reviveram, até que os mil anos se acabaram. Esta é a primeira ressurreição. Bem-aventurado e santo aquele que tem parte na primeira ressurreição; sobre estes não tem poder a segunda morte; mas serão sacerdotes de Deus e de Cristo, e reinarão com ele mil anos.  E, acabando-se os mil anos, Satanás será solto da sua prisão, E sairá a enganar as nações que estão sobre os quatro cantos da terra, Gogue e Magogue, cujo número é como a areia do mar, para as ajuntar em batalha. E subiram sobre a largura da terra, e cercaram o arraial dos santos e a cidade amada; e de Deus desceu fogo, do céu, e os devorou. E o diabo, que os enganava, foi lançado no lago de fogo e enxofre, onde está a besta e o falso profeta; e de dia e de noite serão atormentados para todo o sempre.” (Apo: 20:1-10)

“E o Senhor será rei sobre toda a Terra; naquele dia um será o Senhor e um será o seu nome” (Zc 14:9)

 

A palavra millennium vem do latim mille e annus que significa mil anos. Na Bíblia, o termo grego usado é chiliasm (quiliasmo).  

χιλιοι chilioi
plural de afinidade incerta
1) mil

ετος etos
1) ano

No capítulo 20 de Apocalipse encontramos a única menção de um reino milenial de Cristo e as divergências giram em torno desses mil anos.

Nem todos os cristãos acreditam que Jesus Cristo voltará literalmente à Terra para estabelecer um reino de paz e segurança que durará mil anos.

Quatro correntes escatológicas tentam explicar o significado do Milênio:

• Pós-Milenismo

Pré-Milenismo Histórico

• Pré-Milenismo Dispensacionalista

Amilenismo

Nesta terceira série veremos o ensino do Milênio segundo a visão Pré-Milenista Dispensacionalista.

O Pré-Milenismo Dispensacionalista é uma das quatro correntes que tentam responder à pergunta:

“Haverá um reino milenial depois que Cristo voltar?”

 

Pré-Milenismo

Pré-Milenismo Histórico e o Pré-Milenismo Dispensacionalista diferem, basicamente, na questão dos eventos.  Enquanto no Histórico o Arrebatamento e a Segunda Vinda são o mesmo evento, os Dispensacionalistas os separam em duas fases.

O Pré-Milenismo crê que a Segunda Vinda de Cristo ocorrerá antes do Reino Milenar, quando então Cristo reinará por mil anos na Terra.

Segundo o Pré-Milenismo, ao contrário do Pós-Milenismo, a situação do mundo tende a piorar cada vez mais até a volta de Cristo.

Os Pré-Milenistas chamam o momento atual como a 'Era da Igreja', que é separada e totalmente diferente de Israel nos planos de Deus. 

A semelhança entre as duas linhas de Pré-Milenismo é que ambas interpretam o Milênio de Apocalipse 20 como um período literal em que Jesus reinará na Terra depois da Segunda Vinda. A diferença é que o Pré-Milenismo Dispensacionalista crê num Arrebatamento antes da Tribulação. Durante a Tribulação Israel será preparada para aceitar o Messias e ser a base do Reino milenar.

O Pré-Milenismo Dispensacionalista considera que a era do Milênio será a última dispensação criada por Deus. Atualmente vivemos na Dispensação da Graça ou a Era da Igreja. No Milênio teremos a Dispensação do Reino ou a Era do Milênio.

O método de interpretação utilizado no Pré-Milenismo Dispensacionalista é o histórico-gramatical, ou seja, as palavras devem ser entendidas em seu sentido histórico e gramatical; devem ser entendidas literalmente.

Também admite-se cumprimento parentético, onde algumas profecias podem ser cumpridas em duas etapas:  algumas contemporâneas ou próxima ao tempo do profeta que as proferiu, e outras para um tempo futuro. Neste caso há um lapso de tempo, um "parêntesis" entre o cumprimento de uma previsão e outra.  Exemplo disso encontramos na profecia de Isaías 61:1-2,3-7, na primeira parte lemos "o ano aceitável do Senhor" que se cumpriu na primeira vinda do Senhor Jesus.  A segunda parte da profecia diz "o dia da vingança do nosso Deus" (Is.6l:2b) e "a restauração de Sião" (Is.6l:3-7) ainda não se cumpriram.

 

Histórico

Dos séculos I a III o Pré-Milenismo foi a interpretação da Igreja Primitiva.  A Igreja Primitiva acreditava que os mil anos de Apocalipse seria literal e este era retratado de modo bastante vívido, dando origem ao quiliasmo, uma doutrina intensamente imaginativa sobre o Milênio.

A esperança da volta de Cristo para o estabelecimento do seu reino, deu aos cristãos dos primeiros séculos força suficiente para resistirem as perseguições. Com o tempo a crença em um Milênio literal foi sendo substiuída por outras teorias baseada no método alegórico,  porém muitos cristãos se mantiveram fiéis à interpretação literal do Milênio, recusando a interpretação da Igreja oficial baseada no método alegórico.

O Pré-Milenismo nunca deixou de existir. Em toda a história da Igreja Cristã sempre houve homens que defenderam essa doutrina.

Na Idade Média, o Milenismo foi praticamente (mas não totalmente) abandonado no Ocidente, até que os puritanos e outros protestantes começaram a reavivá-lo no final do século XVI.

Com a Reforma Protestante o Pré-Milenismo voltou a ganhar força.  Os reformadores voltaram a enfatizar o método literal de interpretação das Escrituras, porém continuavam a recusar a crença em um Milênio literal. 

Novamente no século XIX o Pré-Milenismo ganhou força, ficando conhecido como Dispensacionalista e mais tarde se tornou a visão escatológica predominante nas igrejas evangélicas no século XX.

Muitas pessoas acreditam que o Pré-Milenismo Dispensacionalista é uma doutrina recente, com origem nos Estados Unidos da América, na Inglaterra ou na Alemanha, e que não tem fundamento Bíblico. No entanto há relatos que esta doutrina foi defendida pelos “Pais da Igreja” e posteriormente abandonada. 

Muitas doutrinas, antes adormecidas, voltaram a fazer parte da Igreja novamente.  Muitas verdades fundamentais foram perdidas no percurso da história da Igreja, em especial na Idade Média, porém com a Reforma de Lutero, no século XVI, muitos desses ensinos, como a  “salvação  pela  fé”, foram restaurados. A Reforma de Lutero foi o início de uma grande reforma que o Cristianismo precisava.

Mais tarde, no século XIX, o ensino do Pré-Milenismo foi reavivado por Scofield e J. N. Darby, estudiosos das Escrituras Sagradas e que ficou conhecido como Pré-Milenismo Dispensacionalista.

Depois de séculos de interpretação alegórica das Escrituras e uma ausência do senso de iminência e expectativa pela Volta de Jesus por grande parte da Igreja, o Pré-Milenismo Dispensacionalista trouxe uma revolução para Teologia Cristã e mudou radicalmente o movimento evangélico no século XX. Essa visão escatológica enfatiza a interpretação literal das Escrituras, o futuro de Israel no plano de Deus e a possibilidade de Jesus voltar a qualquer momento (iminência).

Ainda no século XIX, muitos teólogos de grandes Igrejas históricas se voltavam cada vez mais para o Liberalismo e para a Alta Crítica (que entre outras coisas, questiona a autenticidade e inspiração das Escrituras).  O movimento Dispensacionalista se posicionou com uma defesa da fé que “uma vez por todas foi entregue aos santos” (Jd 3). 

A doutrina Pré-Milenista Dispensacionalista foi fortalecida pelos institutos bíblicos, que eram uma alternativa aos seminários teológicos liberais. A "Bíblia Scofield", com anotações dispensacionalistas, foi publicada em 1909 e muito contribuiu para disseminar esse ensino. 

 

Desenvolvimento Pré-Milenismo Dispensacionalista na História da Igreja

90 d.C – Estêvão de Hemas, discípulo dos Doze Apóstolos: "Vocês escaparão à Grande Tribulação por causa da vossa fé…"  (Ele foi ensinado pelos Apóstolos e cria que a Igreja "Corpo de Cristo" não passaria pela Grande Tribulação).    

110 d.C –   Papias, de Hierapolis (60-130): "Haverá um período de algumas centenas de anos, depois da ressurreição da morte, e o Reino de Deus e o Reino de Cristo será transformado numa forma material nesta mesma terra".
    
220 d.C –  Tertuliano (150-220): "Um Reino está prometido sobre a terra.  No entanto, antes disso, haverá a ressurreição, e por mil anos viveremos na cidade de Jerusalém, divinamente construída".

373 d.C – Efraim da Síria (*) (306-373): "Todos os santos e eleitos de Deus serão reunidos antes da Tribulação que está para vir, e serão levados pelo Senhor, a fim de que estes possam escapar a qualquer momento à confusão que irá assombrar o mundo, por causa dos seus pecados". 

1200 d.C –  Pedro Waldo (1137-1217): O Movimento Waldense: eles eram crentes convictos na interpretação fiel das Escrituras Sagradas e esperavam pela vinda do Senhor.  No Livro: «A Nobre Lição», um dos escritos de Pedro Waldo, mostrava precisamente a expectativa em relação ao Reino que há de vir. 

1545 d.C –  O Reformista Hugh Lattimer (1485-1555): "Poderá vir na minha velhice, ou no período dos meus filhos…   Os santos poderão erguer-se para conhecerem Cristo no céu". 

1723 d.C – Increase Mather (1639-1723) e Cotton Mather (1663-1728): populares pregadores puritanos na América:  "A crença fiel na segunda vinda do Senhor Jesus Cristo e a elevação e reino dos santos com Ele, será mil anos antes da ressurreição do resto dos mortos… (a ressurreição dos perdidos, para o julgamento no Grande Trono Branco).  A doutrina do milénio é a verdadeira".     

1742 d.C – Morgan Edwards (1722-1795): ensinador na faculdade da Ilha de Rhode "Os santos mortos serão ressuscitados e a sua vida mudada, quando Cristo surgir nos ares.  Então ascenderemos às muitas mansões na casa do Pai".  

(*) Efraim da Síria – Foi um compositor de hinos e teólogo do século IV d.C. As obras de Efraim são testemunhas de uma forma mais antiga de cristianismo na qual as ideias ocidentais tinham pouca influência. Efraim tem sido considerado o mais importante de todos os Pais da Igreja na tradição siríaca.  Um dos seus escritos é o "Sermão a respeito do fim do mundo", datado aproximadamente em 373 A.D.  O Pseudo-Efraim, como conhecido hoje, é uma fonte histórica referente a um sermão apocalíptico que contém duas declarações sobre o 'proto-arrebatamento'. Algumas palavras mais significativas do Sermão são:  "Portanto, por que não rejeitam os cuidados com as coisas terrenas e se preparam para se encontrar com o Senhor Jesus Cristo, para que assim Ele possa nos tirar dessa confusão que toma conta do mundo? … Todos os santos e eleitos de Deus serão reunidos antes da Tribulação vindoura e serão levados à presença do Senhor, para que não vejam a confusão que se apossa do mundo proveniente dos pecados da humanidade."  Efraim acreditava que os cristão daquela época estavam vivendo nos últimos dias e seu Sermão proclama a expectativa de remoção dos cristãos da Terra antes de um período específico de Tribulação e fez isso há mais de 1200 anos

Principais Ensinamentos

O Pré-Milenismo Dispensacionalista faz distinção entre a Igreja e Israel.  O período atual é chamado de "Era da Igreja" por se tratar de um parênteses no plano divino para com os hebreus. No final dessa era, que no ensino do Dispensacionalismo é chamado de "Dispensação da Graça", Cristo retornará (arrebatamento iminente) de modo invisível apenas para a Igreja e antes da Grande Tribulação. Neste retorno, também conhecido como a primeira fase da Segunda Vinda, ocorrerá a ressurreição dos cristãos mortos e a transformação dos cristãos vivos e ambos serão arrebatados e se encontrarão com Cristo nos ares. Durante a Tribulação na Terra, os cristãos arrebatados estarão sendo julgados no "Tribunal de Cristo" e logo após será celebrada no céu as "Bodas do Cordeiro".

Com o Arrebatamento da Igreja terá início na Terra o período chamado de "Grande Tribulação", com durarção de sete anos, segundo esta escrito em Daniel 9:24-27 (as setenta semanas de Daniel). Neste período, o Anticristo se manisfestará e governará o mundo.  Ele fará uma aliança com o povo judeu, mas no meio dos sete anos, quebrará a aliança e passará a persegui-los, nesse momento o judeus aceitarão a Cristo como o Messias. 

Antes da segunda fase da Segunda Vinda de Jesus, haverá muitos sinais: a pregação do evangelho à todas as nações, apostasia, guerras, fome, terremotos, além da manifestação do Anticristo e do Falso Profeta, que junto com Satanás formarão a "trindade satânica". Durante a Grande Tribulação o evangelho será anunciado, mas a salvação será concedida com muitas tribulações, pois os santos que estiverem na Terra serão severamente perseguidos (Mt.24:13,22; Ap.13:7-10).

No final da Grande Tribulação, Cristo retornará, desta vez visivelmente (chamada de segunda fase da Segunda Vinda), ao mundo com sua noiva "a Igreja" e porá seus pés no Monte das Oliveiras. Ele restaurará a nação de Israel e julgará as outras nações e então terá início o Milênio com o reinado de Cristo sobre o mundo. O Anticristo e o Falso Profeta serão lançados no inferno, Satanás será preso, os crentes mortos durante a Grande Tribulação serão ressuscitados para participar do Milênio.

Será neste tempo que o tabernáculo de Davi será restaurado (At.15:16; Zc.6:13), e o próprio Jesus será ao mesmo tempo Rei, Sacerdote e Profeta (Mq.5:2;Zc.6:13).

A natureza participará das bençãos mileniais produzindo abundantemente (Is.30:23-26; 66:25). 

No Milênio, além de Israel e a Igreja, haverá outros povos que participação desse Reino, porém muitos dentre eles ainda serão incrédulos. Por causa disso, no final do Milênio, Satanás será solto e enganará muitos novamente levando os rebeldes a guerrearem contra Cristo e Seu povo, porém todos serão destruídos e lançados no Lago de Fogo.

Depois disso, haverá a ressurreição dos incrédulos (chamada de segunda ressurreição) e o Juízo Final, onde apenas os incrédulos serão julgados e lançados no inferno.

Após o Juízo Final terá início o chamado "Estado Eterno", onde surgirá "os novos céus e a nova terra", onde os cristão habitarão eternamente com Deus. 

Conclusão

O Pré-Milenismo, ou Quilialismo, como era conhecido na Igreja primitiva, foi o mais antigo dos sistemas de interpretação do Milênio.  "Essa não era apenas a doutrina da Igreja, um credo ou um modelo de devoção cristã, mas sim a opinião difundida de mestres distintos, como Barnabé, Papias, Justino Mártir, Irineu, Tertuliano, Metódio, e Lactâncio…" (Philip Schaff – History of the Christian Church).

Uma das características favorável ao Pré-Milenismo Dispensacionalista é incentivar o cristão estar preparado para a Volta de Cristo.

Outros argumentos a favor de um Pré-Milenismo Dispensacional são algumas passagens do Antigo Testamento que não se encaixam nem na presente era nem no estado eterno, indicando algum estágio intermediário entre esses dois, mais grandioso que a era presente, mas inferior ao estado eterno.

Obras pré-milenistas populares: "Daniel Fala Hoje" e "A visão de Patmos", de Orlando Boyer; "Alinhamento dos Planetas", de Nels Lawrence Olson; "A Doutrina das Últimas Coisas", de Harold B. Allison; "A Agonia do Grande Planeta Terra", de Hal Lindsey e C.C. Carlson, e muitas outras.

 

Fontes:

http://www.monergismo.com/textos/escatologia_reformada/escatologia_reformada.htm

http://www.amilenismo.com/2011/05/avaliando-o-pre-milenismo-parte-1.html

http://www.metanoiaereforma.org/2011/07/escatologia-reformada.html

http://www.revistaimpacto.com.br/divergencias-historicas-sobre-a-escatologia

Ideias Gerais sobre o Dispensacionalismo (Eclesi’ Astes)

Profecias de A a Z – Thomas Ice e Timothy Demy

 

Sete Coisas que Você Precisa Saber sobre Profecias Bíblicas

Filed Under (Artigos) by Geração Maranata on 27-08-2011

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Por Geração Maranata

Nunca antes presenciamos tantas tempestades assassinas, terremotos em vários lugares, guerras e rumores de guerras e pestes, esses assuntos dominam os noticiários continuamente.

Não é surpresa que as pessoas estejam cada vez mais interessadas nas Profecia dos Tempos do Fim.

Até quem não cristão fica imaginando se o fim não está próximo!

Agora o surpreendente mesmo é que a maioria dos cristãos nada sabe sobre profecias. Seminários não ensinam, logo os pregadores não pregam, portanto, os cristãos não a aprendem. No entanto, a Bíblia fala mais de Profecia dos Tempos do Fim do que qualquer outro assunto.

Raramente vemos Igrejas pregando mensagens explicando o quão importante é a profecia bíblica e o cuidado que o cristão deve ter em ter uma vida de santidade e reta diante de Deus.

Os cristãos não dedicam mais tempo para estudar profecias porque ficam assustados quando leem ou ficam confusos. Isso não deveria ocorrer, pois para o crente, a profecia não deveria ser assustadora nem confusa, mas a chave para entender o plano de Deus para o homem.

O estudioso em profecias bíblicas, Jack Kelley, elaborou um estudo onde o objetivo é lançar bases sobre esse assunto tão importante e relevante para os dias atuais.

Nota: Este estudo é baseado nas posições escatológicas: Futurista, Pré-Tribulacionista e Pré-Milenistas (leia o que representa cada uma dessas visões em artigos postados neste blog). O que está exposto neste artigo é a opinião do autor que é compartilhado em grande parte por outros cristãos. Devemos nos lembrar que alguns eventos são um tanto obscuros, prova disso são as diversas controvérsias a respeito.

 

Sete Coisas que Você Precisa Saber

Há sete informações que são essenciais para a compreensão da Profecia dos Tempos do Fim. Essas sete coisas são as bases para a construção da fundação forte que nós queremos:

1) A Sequência de Eventos Principais dos Tempos do Fim

2) O Destino dos Três Componentes da Humanidade

3) O Objetivo e a Duração da Grande Tribulação

4) O Objetivo do Arrebatamento

5) As condições que cercam a Segunda Vinda

6) O Objetivo e a Duração do Milênio

7) A Eternidade

Uma vez aprendido, esses sete tópicos ajudarão a evitar os erros que têm lançado outros para fora do caminho e darão a capacidade de colocar todos os versos proféticos da Bíblia em seu contexto apropriado.

 

1) A Sequência de Eventos Principais do Fim dos Tempos

Primeiro é saber o que acontece e quando.

O estudo da profecia fica realmente confuso se não soubermos a sequência na qual grandes eventos dos Tempos do Fim ocorrerão. A melhor maneira de descobrir é fazer o que o mundo dos negócios às vezes chama de exercício de agenda.

Trata-se de ir até o fim de um processo e identificar o resultado final. Então você lista todas as coisas que precisam acontecer para produzir esse resultado. Daí você os coloca em ordem inversa, voltando até o presente. É mais simples do que parece, e muito mais simples em profecia do que nos negócios, porque há muito menos eventos para organizar.

Vamos listar os eventos principais primeiro, depois vamos organizá-los.

Quase todos sabem sobre a 2 ª Vinda e a Eternidade, e muitos também já ouviram falar do Arrebatamento da Igreja e da Grande Tribulação. Mas há também o Reino Milenar, a 70ª Semana de Daniel, e as Batalhas de Ezequiel 38-39, Salmo 83 e Isaías 17; um total de nove grandes eventos ainda estão por vir.

Vamos organizá-los, começando com o resultado final e trabalhando de volta para o começo.

Como acontece com a maioria das listas, a ordem em que alguns eventos irão ocorrer é óbvia, enquanto outros são menos, e no começo alguns não parecem se encaixar em qualquer lugar mesmo. Iremos ordenar as mais óbvias primeiro.

Todos nós pensamos na Eternidade como o resultado final, e assim a partir do final significa que começamos lá. Mas o principal último evento descrito em detalhe na Bíblia é a Era do Reino ou Milênio. É o Reino de 1000 anos do Senhor na Terra, que se distingue e precede a Eternidade. O último capítulo do Apocalipse descreve árvores em ambos os lados do Rio da Vida com frutos diferentes a cada mês. Isso significa que o tempo ainda existe, e eternidade, por definição, é a ausência de tempo. Falaremos mais sobre isso mais tarde.

Vejamos como fica a agenda inversa:

  • A Eternidade não pode acontecer até que o Milênio acabe.
  • O Milênio, obviamente, não pode começar até depois da Segunda Vinda, porque é quando o Senhor retorna para estabelecê-lo.
  • De acordo com Mat. 24:29-30 a Segunda Vinda não vai acontecer até o final da Grande Tribulação.
  • E isso não pode acontecer até o Anticristo estar no Templo em Israel declarando-se Deus. (2 Ts. 2:4). Esse é o evento que Jesus advertiu Israel a procurar como a salva de abertura da Grande Tribulação. Ele chamou de "A Abominação da Desolação" em Mat. 24:15-21. Daniel 9:27 indica que isso vai acontecer no meio do último período de sete anos: a 70ª Semana de Daniel.
  • Mas a Abominação não pode acontecer até que haja um Templo. Não houve um Templo em Israel desde 70 AD e não haverá um até que os Judeus oficialmente decidam que precisam de um. Eles não precisarão de um até que Deus restabeleça seu relacionamento da Antiga Aliança, porque o único propósito do Templo é para adorá-Lo de acordo com exigências da Antiga Aliança. Isso vai sinalizar o início da 70ª semana de Daniel.
  • A 70ª Semana não pode começar até que a Batalha de Ezequiel 38-39 seja vencida, porque Deus vai usar essa batalha para despertar Israel e restabelecer a sua aliança com eles. Em Romanos 11:25 Paulo disse que Israel foi endurecido em parte até o que número total de gentios tenha entrado, uma referência ao Arrebatamento da Igreja, após o qual Israel será salvo.
  • Isso significa que o Arrebatamento tem que acontecer antes da Batalha de Ezequiel 38.

Agora, quando colocamos a Sequência dos Principais Eventos na sua devida ordem, fica parecido com isto:

  • O arrebatamento da Igreja,
  • A Batalha de Ezequiel 38,
  • A 70ª Semana de Daniel começa,
  • A Grande Tribulação,
  • A 2ª Vinda,
  • O Milênio,
  • A Eternidade

Para aqueles que leem as Escrituras como estão escritas (método literal), apenas dois dos eventos nesta sequência estão sujeitos a debate quanto à cronologia. Estes são o Arrebatamento da Igreja e a Batalha de Ezequiel 38, os dois primeiros em nossa lista.

Então, vamos descobrir por que eles têm que estar onde estão colocados na sequência.

Mantendo a mentalidade regressiva vamos começar com a batalha de Ezequiel e voltaremos até o Arrebatamento.

"E eu porei a minha glória entre os gentios e todos os gentios verão o meu juízo, que eu tiver executado, e a minha mão, que sobre elas tiver descarregado. E saberão os da casa de Israel que eu sou o Senhor seu Deus, desde aquele dia em diante. Então saberão que eu sou o Senhor seu Deus, vendo que eu os fiz ir em cativeiro entre os gentios, e os ajuntarei para voltarem a sua terra, e não mais deixarei lá nenhum deles. Nem lhes esconderei mais a minha face, pois derramarei o meu espírito sobre a casa de Israel, diz o Senhor Deus." (Ez 39:21-22, 28-29)

O Templo e a Batalha de Ezequiel

O Senhor declarou em termos inequívocos, que Ele vai usar a batalha de Ezequiel para "acordar espiritualmente" Seu povo e chamá-los para Israel de todo o mundo. Isto irá resultar no restabelecimento de seu relacionamento da Antiga Aliança, revivendo as longamente adormecida profecia das "70 Semanas" de Daniel para seus sete anos finais e exigindo que um templo seja construído. Sem ele não há nenhuma maneira de eles guardarem a Sua aliança.

Isto foi provado uma vez antes na história durante o cativeiro babilônico.

Quando Nabucodonosor destruiu o Primeiro Templo, Israel deixou de existir. Mas logo que Ciro o Persa derrotou Babilônia e libertou os judeus, eles voltaram para Israel e começaram a construir um Templo antes de qualquer outra coisa. Sem um Templo não há sacrifício pelo pecado, e sem que o sacrifício, os judeus não podem se aproximar de Deus.

Tanto o Antigo quanto o Novo Testamento se referem a um Templo em Israel no fim dos tempos. A única razão para um Templo é para executar as ordenanças da Antiga Aliança. Mas hoje a construção de um causaria um alvoroço tal que ninguém no seu perfeito juízo consideraria isso.

Apenas uma exigência unificada do povo de Israel acompanhada por uma silenciosa aceitação por seus vizinhos muçulmanos, tornaria a construção de um Templo ao menos imaginável.

A Batalha de Ezequiel tornará possível duas situações: uma nação judaica reavivada com a presença de Deus em sua vida nacional e uma força de ataque muçulmana totalmente derrotada e sem condições de resistir.

Com isso as condições perfeitas finalmente existiriam para começar a construir o Templo. Por estas razões, a Batalha de Ezequiel tem que ocorrer no limiar da 70ª Semana de Daniel.

O Arrebatamento

Agora, por que o Arrebatamento da Igreja deverá se antes da Batalha de Ezequiel?

"Porque não quero, irmãos, que ignoreis este segredo (para que não presumais de vós mesmos): que o endurecimento veio em parte sobre Israel, até que a plenitude dos gentios haja entrado." (Rom 11:25)

De acordo com Ezequiel 37:7-10 (Vale de Ossos Secos), Israel renasceria primeiro na incredulidade.

Paulo disse que eles permanecerão parcialmente separados de Deus até que a Igreja gentílica atinja o seu completamento total (número pré-determinado) e chegue ao seu destino.

Nota: A palavra grega πληρωμα(pleroma) traduzida como "plenitude" em Romanos 11:25 era um termo náutico normalmente utilizado para descrever o número total de tripulantes e de carga necessários para cumprir a missão de um navio. A embarcação não poderia navegar até que essa exigência fosse cumprida. A palavra traduzida "entrado" significa chegar a um local designado.

πληρωμα pleroma (Léxico Grego Strong)
1) aquilo que é (tem sido) preenchido
1a) um navio, na medida em que está cheio (i.e. tripulado) com marinheiros, remadores, e soldados
1b) no NT, o corpo dos crentes, que está cheio da presença, poder, ação, riquezas de Deus e de Cristo
2) aquilo que enche ou com o qual algo é preenchido
2a) aquelas coisas com as quais um navio está cheio, bens e mercadorias, marinheiros, remadores, soldados
2b) consumação ou plenitude do tempo
3) plenitude, abundância
4) cumprimento, realização

Então o véu será puxado para trás enquanto e Deus se revelará a eles novamente.

Como vimos acima, Ele usará a Batalha de Ezequiel para começar essa renovação da Antiga Aliança com eles, fazendo, mais tarde, a transição de Israel da Antiga Aliança para a Nova no final da Grande Tribulação.

"Mas sobre a casa de Davi, e sobre os habitantes de Jerusalém, derramarei o Espírito de graça e de súplicas; e olharão para mim, a quem traspassaram; e pranteá-lo-ão sobre ele, como quem pranteia pelo filho unigênito; e chorarão amargamente por ele, como se chora amargamente pelo primogênito." (Zc 12:10).

Lembre-se, se eles não voltassem ao Antigo Concerto primeiro, não seria necessário um Templo. Ele os está retomando de onde pararam.

"E, havendo-se eles calado, tomou Tiago a palavra, dizendo: Homens irmãos, ouvi-me: Simão relatou como primeiramente Deus visitou os gentios, para tomar deles um povo para o seu nome. E com isto concordam as palavras dos profetas; como está escrito. Depois disto voltarei,e reedificarei o tabernáculo de Davi, que está caído, levantá-lo-ei das suas ruínas, e tornarei a edificá-lo. Para que o restante dos homens busque ao Senhor, e todos os gentios, sobre os quais o meu nome é invocado, diz o Senhor, que faz todas estas coisas, conhecidas são a Deus, desde o princípio do mundo, todas as suas obras.'" (Atos 15:13-18)

Isso foi cerca de 20 anos após a cruz.

A polêmica era se os gentios tinham que se tornar judeus antes de se tornarem cristãos. E se não, o que seria de Israel?

Tiago, o irmão do Senhor, explicou aos Apóstolos e outros presentes no Concílio de Jerusalém que Israel estava sendo temporariamente posto de lado enquanto Deus focalizava na Igreja.

Depois de ter tomado esse "povo para o Seu nome" (os cristãos) dentre os gentios, Ele voltaria e reconstruiria Seu Templo.

A palavras grega λαμβανω(lambano) traduzidas por 'tomar' significa 'levar alguma coisa para longe ou remover do seu lugar', então a passagem implica que Ele levaria a Igreja a algum lugar e então voltaria para reconstruir o Templo, restaurar Israel, e dar ao que sobrou da humanidade uma última chance de O buscarem.

λαμβανω lambano (Léxico Grego Strong)
forma prolongada de um verbo primário, que é usado apenas como um substituto em certos tempos
1) pegar
1a) pegar com a mão, agarrar, alguma pessoa ou coisa a fim de usá-la
1a1) pegar algo para ser carregado
1a2) levar sobre si mesmo
1b) pegar a fim de levar
1b1) sem a noção de violência, i.e., remover, levar
1c) pegar o que me pertence, levar para mim, tornar próprio
1c1) reinvindicar, procurar, para si mesmo
1c1a) associar consigo mesmo como companhia, auxiliar
1c2) daquele que quando pega não larga, confiscar, agarrar, apreender
1c3) pegar pelo astúcia (nossa captura, usado de caçadores, pescadores, etc.), lograr alguém pela fraude
1c4) pegar para si mesmo, agarrar, tomar posse de, i.e., apropriar-se
1c5) capturar, alcançar, lutar para obter
1c6) pegar um coisa esperada, coletar, recolher (tributo)
1d) pegar
1d1) admitir, receber
1d2) receber o que é oferecido
1d3) não recusar ou rejeitar
1d4) receber uma pessoa, tornar-se acessível a ela
1d41) tomar em consideração o poder, nível, ou circunstâncias externas de alguém, e tomando estas coisas em conta fazer alguma injustiça ou negligenciar alguma coisa
1e) pegar, escolher, selecionar
1f) iniciar, provar algo, fazer um julgamento de, experimentar
2) receber (o que é dado), ganhar, conseguir, obter, ter de volta

Essas três profecias da Bíblia deixam claro que, à medida que o Fim dos Tempos se aproximar, Deus vai começar a preparar Israel para ser Seu mais uma vez. Mas Ele não estará focado exclusivamente neles até que tenha terminado a construção da Igreja e nos levado ao nosso lugar designado.

"Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito. Vou preparar-vos lugar. E quando eu for, e vos preparar lugar, virei outra vez, e vos levarei para mim mesmo, para que onde eu estiver estejais vós também." (João 14:2-3)

Ele não prometeu voltar para estar conosco aqui onde estamos, mas para nos levar para lá, onde Ele está. Depois disso Ele cuidará do reavivamento de Israel e da construção de seu Templo.

Por toda a Escritura, o Senhor parece estar envolvido ou com Israel ou com a Igreja, mas nunca com os dois ao mesmo tempo.

Tiago mostra isso em seu pronunciamento a respeito da Igreja em Atos 15. Todos os líderes da igreja primitiva sabia agora que assim que Deus alcançasse Seus objetivos com a igreja, Ele voltaria para Israel, e esse seria um sinal do fim da Era da Igreja.

Existem dois pontos críticos para lembrar aqui:

1) A Igreja não pôs fim à Era da Lei, mas apenas a interrompeu 7 anos antes da sua conclusão agendada. Esses sete anos, a chamada 70ª Semana de Daniel, têm de ser cumpridos para completar a Antiga Aliança.

2) A Antiga e a Nova Alianças, como praticadas em Israel e na Igreja, são teologicamente incompatíveis e, portanto, as duas só podem ocorrer na Terra, ao mesmo tempo, enquanto Israel estiver fora da aliança. Para que Israel volte para o Senhor, a Igreja tem que sair.

Por esta razão, o renascimento de Israel em 1948 e a reunificação de Jerusalém em 1967 são vistos como os sinais mais importantes de todos de que o Fim dos Tempos está sobre nós.

Além disso, há dois eventos que ainda não colocamos na sequência, e isso porque eles não são fáceis de encaixar ali: As Batalhas do Salmo 83 e de Isaías 17.

Quando Israel vencer as duas batalhas todos os seus inimigos na porta ao lado serão derrotados e eles entrarão em um breve período de paz que preparará o terreno para a Batalha de Ezequiel (Ezequiel 38:11).

Elas são chamados de 'batalhas' em vez de 'guerras', o que significa que serão de curta duração e poderão acontecer dentro de um período relativamente curto de tempo. Elas podem vir antes ou após o Arrebatamento, mas têm que acontecer antes que a Batalha de Ezequiel 38 ocorra.

 

2) O Destino dos Gentios (as Nações), de Israel e a da Igreja

Mesmo os assim chamados peritos interpretam mal a profecia quando não param para considerar a quem o Senhor, ou um de Seus profetas, está se dirigindo. Só porque alguma coisa está nos Evangelhos não significa necessariamente que ela seja para a Igreja, ou estando em Isaías que seja somente para Israel. Conhecer o destinatário de uma profecia é fundamental para entendê-la, e há três possibilidades.

Eu vou te mostrar o que quero dizer.

"Na sua carne desfez a inimizade, isto é, a lei dos mandamentos, que consistia em ordenanças, para criar em si mesmo dos dois um novo homem, fazendo a paz, e pela cruz reconciliar ambos com Deus em um corpo, matando com ela as inimizades." (Efésios 2:15-16)

"Portai-vos de modo que não deis escândalo nem aos judeus, nem aos gregos (gentios), nem à igreja de Deus." (1 Coríntios 10:32)

"Porque todos sois filhos de Deus pela fé em Cristo Jesus. Porque todos quantos fostes batizados em Cristo já vos revestistes de Cristo. Nisto não há judeu nem grego; não há servo nem livre; não há macho nem fêmea; porque todos vós sois um em Cristo Jesus." (Gálatas 3:26-28)

Da Criação até a Cruz, a raça humana passou a ser dividida em três grupos distintos.

Desde a Criação havia uma raça de seres humanos, a família do homem, mais tarde chamada de gentios.

Então, em Gênesis 12, Deus chamou Abraão para construir uma grande nação. Ele e seus descendentes foram chamados primeiro de Hebreus (Gênesis 14:13), e mais tarde de judeus (Esdras 4:12).

"Então veio um, que escapara, e o contou a Abrão, o hebreu; ele habitava junto dos carvalhais de Manre, o amorreu, irmão de Escol, e irmão de Aner; eles eram confederados de Abrão." (Gn 14:13)

"Saiba o rei que os judeus, que subiram de ti, vieram a nós em Jerusalém, e reedificam aquela rebelde e malvada cidade, e vão restaurando os seus muros, e reparando os seus fundamentos." (Ed 4:12)

A partir desse momento, a população mundial era constituída de Judeus ou Gentios.

Mas na cruz, Deus criou a Igreja, tomada dentre os judeus e gentios, mas não compartilhando o destino de nenhum deles.

Agora eram três, e todos na Terra pertencem a de um desses grupos.

Em suas epístolas, Paulo sempre teve o cuidado de distinguir a Igreja dos judeus e gentios, na verdade chamou a Igreja de uma 'nova raça de humanos' (veja os versículos citados por Paulo logo acima).

Destino dos Gentios e Judeus

1) Gentios convertidos antes de Cristo e depois do Arrebatamento

"E aos filhos dos estrangeiros, que se unirem ao SENHOR, para o servirem, e para amarem o nome do SENHOR, e para serem seus servos, todos os que guardarem o sábado, não o profanando, e os que abraçarem a minha aliança, Também os levarei ao meu santo monte, e os alegrarei na minha casa de oração; os seus holocaustos e os seus sacrifícios serão aceitos no meu altar; porque a minha casa será chamada casa de oração para todos os povos. Assim diz o Senhor DEUS, que congrega os dispersos de Israel: Ainda ajuntarei outros aos que já se lhe ajuntaram." (Is 56:6-8)

De acordo com Isaías 56:6-8, os gentios que se converteram ao judaísmo antes da cruz tornaram-se parte de Israel e compartilham o seu destino, contanto que morram na fé de um Redentor vindouro. Já os gentios que encontraram seu Senhor após o arrebatamento, são chamados crentes da tribulação. Ou eles serão martirizados por sua fé, caso em que seus espíritos irão servir a Deus no Seu templo (Apo. 7:13-17) e serão unidos a corpos da ressurreição no tempo da 2ª Vinda (Apo. 20:04), ou sobreviverão à Grande Tribulação para ajudar a repovoar as nações da terra na Era do Reino (Milênio). Os gentios crentes sobreviventes serão as ovelhas no julgamento das ovelhas e das cabras que veremos mais tarde.

2) Situação dos Judeus antes de Cristo

"E, saindo dos sepulcros, depois da ressurreição dele (Jesus), entraram na cidade santa, e apareceram a muitos. E o centurião e os que com ele guardavam a Jesus, vendo o terremoto, e as coisas que haviam sucedido, tiveram grande temor, e disseram: Verdadeiramente este era Filho de Deus." (Mt 27:52-53)

O versículo acima parece nos mostrar que, assim como alguns judeus ressuscitaram (literalmente, como Lázaro) depois de Cristo, os judeus do passado que morreram na fé de um redentor vindouro antes de Jesus ir à cruz foram levados ao Céu com Ele depois de Sua ressurreição. Eles também vão receber corpos ressurretos na Segunda Vinda:

"E naquele tempo se levantará Miguel, o grande príncipe, que se levanta a favor dos filhos do teu povo, e haverá um tempo de angústia, qual nunca houve, desde que houve nação até àquele tempo; mas naquele tempo livrar-se-á o teu povo, todo aquele que for achado escrito no livro.E muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para vida eterna, e outros para vergonha e desprezo eterno.Os que forem sábios, pois, resplandecerão como o fulgor do firmamento; e os que a muitos ensinam a justiça, como as estrelas sempre e eternamente." (Daniel 12:1-3)

3) Judeus convertidos depois do Arrebatamento

Já os Judeus que receberem Jesus como seu Messias após a igreja desaparecer serão escondidos no deserto da Jordânia (Petra) durante a Grande Tribulação (Apo. 12:14). Os dois grupos irão habitar em Israel durante o Milênio (Ezequiel 43:6-7).

"E foram dadas à mulher duas asas de grande águia, para que voasse para o deserto, ao seu lugar, onde é sustentada por um tempo, e tempos, e metade de um tempo, fora da vista da serpente." (Apo 12:14)

"E ouvi alguém que falava comigo de dentro da casa, e um homem se pôs em pé junto de mim. E disse-me: Filho do homem, este é o lugar do meu trono, e o lugar das plantas dos meus pés, onde habitarei no meio dos filhos de Israel para sempre; e os da casa de Israel não contaminarão mais o meu nome santo, nem eles nem os seus reis, com suas prostituições e com os cadáveres dos seus reis, nos seus altos." (Ez 43:6-7)

3) Judeus e Gentios convertidos a Cristo

É claro que judeus e gentios que entregam seus corações para Jesus durante a era da Igreja tornam-se parte da Igreja e depois do arrebatamento ou ressurreição popularão a Nova Jerusalém (Apo. 21). Muitos de nós fomos ensinados a chamá-la de Céu, mas na verdade é uma entidade separada. (Será explicado melhor no item Milênio).

4) Judeus e Gentios não convertidos a Cristo

Sejam judeus ou gentios, aqueles que não se encaixam em uma das situações acima durante a sua vida serão trazidos de volta à vida para serem julgados no juízo do Grande Trono Branco de Apocalipse 20:11-15. Ele ocorre no fim do Milênio. Naquele tempo, eles serão condenados ao lago de fogo eterno (Apo. 20:14).

Ambas as promessas se realizam: Israel não é a Igreja nem a Igreja é Israel e ambos os grupos são distintos das nações Gentílicas.

  • No Antigo Testamento, Deus prometeu a Israel que voltaria um dia para habitar no meio deles na sua terra para sempre (Ezequiel 43:6-7).
  • No Novo Testamento, Jesus prometeu à Igreja que voltará e nos levará para estar com Ele na casa de Seu Pai (João 14:1-3).

Grande parte da confusão em torno da Profecia do Fim dos Tempos resulta quer da incapacidade de compreender, quer a recusa em aceitar esta verdade.

Por exemplo, muitos cristãos hoje acreditam que a Igreja substituiu Israel no plano de Deus (Teologia da Substituição) e herdou todas as bênçãos de Israel. Israel já não serve a qualquer propósito no mundo, eles pensam, então, quando Deus fala sobre Israel, no Novo Testamento, Ele realmente quer dizer a Igreja. Portanto, eles não compreendem a Doutrina da Eleição, o Sermão do Monte, a Grande Tribulação, e outros ensinos do Novo Testamento que têm a ver com Israel.

Além disso, muitos gentios se sentam nos bancos aos domingos e acham que estão na igreja, embora não tenham nascido de novo. Eles pensam que estão salvos porque tentam viver uma vida boa, ou dar dinheiro, ou pertencer a uma denominação em particular. Eles estão erroneamente convencidos de que as bênçãos da Igreja são deles.

 

3) O Propósito e o Comprimento da Grande Tribulação

"Ah! porque aquele dia é tão grande, que não houve outro semelhante; e é tempo de angústia para Jacó; ele, porém, será salvo dela. Porque eu sou contigo, diz o Senhor, para te salvar; porquanto darei fim a todas as nações entre as quais te espalhei; a ti, porém, não darei fim, mas castigar-te-ei com medida, e de todo não te terei por inocente." (Jeremias 30:7,11).

Jesus disse que a Grande Tribulação seria o período de julgamento mais intenso que o mundo já viu, maior do que as guerras mundiais, e ainda maior do que o dilúvio de Noé. Ele disse que se fosse deixado seguir o seu curso, nem um único ser humano sobreviveria. Mas por causa do Seu povo Ele iria interrompê-lo em seu tempo determinado.

"E, se aqueles dias não fossem abreviados, nenhuma carne se salvaria; mas por causa dos escolhidos serão abreviados aqueles dias." (Mateus 24:22).

O propósito da Grande Tribulação é duplo.

A explicação está na passagem de Jeremias acima, onde ela é chamada por seu nome do Antigo Testamento, o 'Tempo da Angústia de Jacó'. Deus vai usá-la para destruir completamente as nações entre as quais Seu povo foi espalhado, e para disciplinar Israel, purificando-os para morar com Ele na Terra Prometida. A Igreja, tendo sido purificada na cruz, não requer nem destruição nem disciplina e não tem parte na Grande Tribulação.

"Não importa onde você colocar o Arrebatamento no Cenário Final dos Tempos, se você acredita na obra toda-suficiente do Senhor na cruz, sabe então que a Igreja tem de ser protegida dos julgamentos do Tempo do Fim, não purificada por eles. Se você não acredita que a obra do Senhor foi suficiente, mas que os julgamentos são necessários para terminar o que Ele apenas começou, então você tem problemas muito maiores do que descobrir quando o arrebatamento ocorrerá."

A duração da Grande Tribulação é variadamente dada como 3 anos e meio (Daniel 12:7), 42 meses (Apo. 11:2), ou 1.260 dias (Apo. 12:6).

Se você usar um calendário (judaico) de 12 meses de 30 dias, para um total de 360 ​​dias em um ano, estas três medidas todas acabam por ter o mesmo comprimento.

Alguns comentaristas afirmam que em Mat. 24:22 Jesus disse que este tempo seria interrompido, e a tradução em Inglês parece dar a entender isso, mas tem que ser uma interpretação errada da intenção do Senhor. Digo isso porque, enquanto Daniel 12 foi escrito várias centenas de anos antes de o Senhor falar sobre o assunto, João escreveu o Apocalipse 60 anos depois da ressurreição. Então, sua duração ficou clara no depoimento prestado, tanto antes do tempo do Senhor quanto depois dele. Se Ele disse que a Grande Tribulação vai ser interrompida, então, Ele contradisse tanto Daniel quanto João, algo que a Bíblia não pode fazer. Mais provavelmente a intenção de Mat. 24:22 é explicar que se o Senhor não voltasse para pôr fim à Grande Tribulação na hora marcada, ninguém sobreviveria, mas por causa dos seus eleitos Ele voltará para pôr fim a ela.

As referências aos 3 anos e meio, 42 meses, 1.260 dias nos levam a acreditar que o calendário original da Terra consistia de 12 meses com 30 dias cada e, na verdade, parece que antes de cerca de 700 aC, toda a Terra usava esse calendário. Desde então uma série de calendários diferentes surgiram, aparentemente para compensar as mudanças que ocorreram na órbita da Terra por volta daquele tempo. (O calendário usado pelos países ocidentais (o gregoriano), hoje, tem apenas cerca de 400 anos de idade.)

Além disso, Daniel 9:27 adverte que uma abominação que causa desolação ocorrerá na metade dos últimos sete anos, ou 3 anos e meio do final. Em Mat. 24:21 Jesus identificou este evento como o início oficial da Grande Tribulação. Paulo confirma isso e acrescenta detalhes ao descrever o anticristo no Templo proclamando-se Deus (2 Tes. 2:4). Isso confirma o comprimento da Grande Tribulação como sendo 3 anos e meio.

A 'Abominação Que Causa Desolação' é uma profanação do Templo em particular que aconteceu apenas uma vez na história. Em 168 aC. o rei da Síria, Antíoco Epifânio, capturou o Templo e o converteu em um centro de adoração pagã. Ele ergueu uma estátua de Zeus com a sua própria face sobre ela no Lugar Santo, proclamando-se, assim, ser Deus, e exigiu que os judeus a adorassem sob pena de morte. Foi chamado de 'Abominação que causa Desolação' porque tornou o Templo inadequado para o uso e provocou a revolta de 3 anos e meio dos Macabeus. A recaptura e limpeza do Templo pelos judeus em 165 AC é celebrada na festa de oito dias de Hanukkah.

Para resumir, Daniel falou de uma abominação que causa desolação que marcaria a metade dos últimos sete anos. Um evento chamado de 'Abominação que causa Desolação' em 1º Macabeus ocorreu em 168 AC, mais de 300 anos depois. Mas, 200 anos depois disso, Jesus disse a seus discípulos que o povo de Israel deve ficar atento a uma futura 'Abominação que causa Desolação' e referiu-se à profecia de Daniel ao fazê-lo (Mat. 24.15-21). Ele disse que ela dará início à Grande Tribulação. Paulo também descreveu um evento futuro semelhante ao de 168 AC dizendo que o "Dia do Senhor" não poderia precedê-lo (2 Tes. 2:3-4).

Portanto, a abominação que causa desolação que teve lugar em 168 aC, foi apenas um cumprimento parcial da profecia de Daniel. Jesus se referiu a ela para que as pessoas no fim dos tempos sejam capazes de reconhecer o cumprimento quando eles a virem. Eles vão saber ao olhar para um homem de pé no Templo chamando a si mesmo de Deus e exigindo que sua imagem seja adorada. Jesus disse aos que vivem na Judeia (Israel) que quando o virem fujam para se esconder de imediato, pois a Grande Tribulação terá começado.

4) A finalidade do Arrebatamento

"Porque eles mesmos anunciam de nós qual a entrada que tivemos para convosco, e como dos ídolos vos convertestes a Deus, para servir o Deus vivo e verdadeiro, e esperar dos céus a seu Filho, a quem ressuscitou dentre os mortos, a saber, Jesus, que nos livra da ira futura." (1 Tes. 1:9-10)

A palavra grega traduzida "da" na passagem acima é "apo (απο)". Literalmente, ela significa "manter o sujeito (nós) à distância do tempo, do lugar ou de qualquer relação com o evento em referência", neste caso da ira vindoura. Este versículo é um dos vários que explicam o propósito do arrebatamento da igreja, e ele é para nos colocar em segurança fora do caminho antes de Deus visitar a sua ira sobre a Terra.

απο – apo (Léxico Grego Strong)
partícula primária; preposição
1) de separação
1a) de separação local, depois de verbos de movimento de um lugar i.e. de partir, de fugir
1b) de separação de uma parte do todo
1b1) quando de um todo alguma parte é tomada
1c) de qualquer tipo de separação de uma coisa de outra pelo qual a união ou comunhão dos dois é destruída
1d) de um estado de separação. Distância
1d1) física, de distância de lugar
1d2) tempo, de distância de tempo
2) de origem
2a) do lugar de onde algo está, vem, acontece, é tomado
2b) de origem de uma causa

Quando é que a ira de Deus vem?

"E os reis da terra, e os grandes, e os ricos, e os tribunos, e os poderosos, e todo o servo, e todo o livre, se esconderam nas cavernas e nas rochas das montanhas; e diziam aos montes e aos rochedos: "Caí sobre nós, e escondei-nos do rosto daquele que está assentado sobre o trono, e da ira do Cordeiro; porque é vindo o grande dia da sua ira; e quem poderá subsistir?" (Apo. 6:15-17)

Depois de Apocalipse 3 a Igreja não é vista novamente na Terra até que voltamos com o Senhor em Apocalipse 21:2, conforme previsto em Apocalipse 17:14.

"E eu, João, vi a santa cidade, a nova Jerusalém, que de Deus descia do céu, adereçada como uma esposa ataviada para o seu marido." (Apo 21:2)

"Estes combaterão contra o Cordeiro, e o Cordeiro os vencerá, porque é o Senhor dos senhores e o Rei dos reis; vencerão os que estão com ele, chamados, e eleitos, e fiéis. (Apo 17:14)"

Em Apocalipse 4, João vê uma porta aberta no céu e é dito para ele "Venha até aqui!" Imediatamente ele se encontra no espírito, em pé diante do trono de Deus no final dos tempos. Ele foi transportado para o tempo do arrebatamento.  Lá ele vê os 24 anciãos, assentados em seu próprios tronos ao redor do trono de Deus. Eles estão todos vestidos de branco, com coroas de ouro em suas cabeças. Eles se curvam diante do Senhor e colocam as suas coroas aos seus pés dando-Lhe honra e glória.

No capítulo 5 eles (os Anciãos) chamam a si mesmos de Reis e Sacerdotes enquanto cantam louvores a Deus. Por seus títulos, roupas, coroas, tronos, e atividades eles representam a Igreja recém-arrebatada.

Há quatro visualizações do Trono de Deus no Antigo Testamento:

Isaías 6:1-4 e Ezequiel 1 e 10 que não incluem esses 24 anciãos; a de Daniel 7:9-10, uma visão do fim dos tempos, sugere vários tronos, mas não oferece nenhum detalhe.

Porém o livro do Apocalipse os 24 anciãos são mencionadas 12 vezes. Algum grupo chegou no Céu que não estava lá nos tempos do Antigo Testamento, e 12 é o número de governo. É a Igreja que vem para governar e reinar com Cristo.

Assim, a Igreja é arrebatada no capítulo 4; é apresentada no céu no capítulo 5 e no capítulo 6 a Ira de Deus é derramada na Terra.

A primeira carta de Paulo aos Tessalonicenses foi escrita em 51 dC e contem a primeira menção clara de um arrebatamento jamais dada. Nem Jesus nem os discípulos jamais o ensinaram. Sua existência foi mantida em segredo até então, assim como seu tempo exato é segredo até hoje.

Muitos dos erros cometidos sobre o momento do arrebatamento vêm de tentativas fúteis de encontrar passagens do Evangelho que o ensinem, como veremos no tópico 'Segunda Vinda'.

Achamos que o Arrebatamento talvez seja o componente mais importante da Profecia do Final dos Tempos, e para nós ele é.

Então, por que Jesus nunca o mencionou?

1 Coríntios 2:6-10 nos dá a resposta. "

Todavia falamos sabedoria entre os perfeitos; não, porém, a sabedoria deste mundo, nem dos príncipes deste mundo, que se aniquilam; mas falamos a sabedoria de Deus, oculta em mistério, a qual Deus ordenou antes dos séculos para nossa glória; a qual nenhum dos príncipes deste mundo conheceu; porque, se a conhecessem, nunca crucificariam ao Senhor da glória. Mas, como está escrito: As coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviu,e não subiram ao coração do homem, são as que Deus preparou para os que o amam. Mas Deus no-las revelou pelo seu Espírito; porque o Espírito penetra todas as coisas, ainda as profundezas de Deus."

A frase "príncipes deste mundo" refere-se a Satanás e companhia. Se eles tivessem conhecido a abundância impressionante de bênçãos que o Senhor derramará sobre aqueles que aceitam a Sua morte como pagamento pelos seus pecados, eles teriam feito tudo ao seu alcance para impedir que O crucificassem. Pense nisso. Somos chamados Reis e Sacerdotes, recebendo riqueza e influência incalculáveis, feitos herdeiros com Cristo dos bens de Deus, algo que Satanás nunca poderia alcançar e nunca poderíamos merecer, e é tudo nosso só porque acreditamos. Esta constatação veio a Satanás depois que já era tarde demais para impedi-lo e transformou o que deveria ter sido sua maior vitória em uma derrota agonizante.

"E, despojando os principados e potestades, os expôs publicamente e deles triunfou em si mesmo." (Colossenses 2:15)

Mas como tudo no plano de Deus, você vai encontrar pistas do Arrebatamento mesmo no Antigo Testamento. Veja esta passagem de Isaías 26:19-21:

"Os teus mortos e também o meu cadáver (o de Isaías) viverão e ressuscitarão; despertai e exultai, os que habitais no pó, porque o teu orvalho será como o orvalho das ervas, e a terra lançará de si os mortos. Vai, pois, povo meu, entra nos teus quartos, e fecha as tuas portas sobre ti; esconde-te só por um momento, até que passe a ira. Porque eis que o Senhor sairá do seu lugar, para castigar os moradores da terra, por causa da sua iniquidade, e a terra descobrirá o seu sangue, e não encobrirá mais os seus mortos."

Observe como os pronomes mudam da segunda pessoa quando Deus fala de Seu povo para terceira pessoa quando Ele fala do povo da Terra. Isso significa que os dois grupos são diferentes. A um é dito para esconder porque o outro vai ser punido.

Nota: a palavra hebraica traduzida como "vai" na frase "Vai povo meu" é traduzida como "vem" em algumas traduções, lembrando o comando a João em Apocalipse 4, "Sobe aqui!" Mas a palavra tem um outro significado primário e é o meu favorito. Significa desaparecer. "Desapareça, pavo meu!" Sim, nós vamos.

Léxico Hebraico Strong:
ילך yalak – palavra 'Vai" usada em Isaías 19:20
1) ir, andar, vir
1a1) ir, andar, vir, partir, prosseguir, mover, ir embora
1a2) morrer, viver, maneira de viver (fig.)
1b) guiar, trazer, levar embora, carregar, fazer andar
כחד kachad – Palavra Desaparecer com o sentido de se Esconder (Não foi essa a palavra usada no texto de Isaías, o autor quis demonstrar que a palavra "Esconder" em Hebraico pode ter outro significado)
1) esconder, ocultar, cortar fora, derrubar, tornar desolado, chutar
1a1) ser escondido
1a2) ser apagado, ser destruído, ser eliminado
1b) (Piel) cobrir, esconder
1c1) esconder
1c2) desaparecer, aniquilar

Agora leia duas das revelações mais conhecidas de Paulo sobre o Arrebatamento.

"Dizemo-vos, pois, isto, pela palavra do Senhor: que nós, os que ficarmos vivos para a vinda do Senhor, não precederemos os que dormem. Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro. Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor." (1 Tes. 4:15-17)

"MAS, irmãos, acerca dos tempos e das estações, não necessitais de que se vos escreva; porque vós mesmos sabeis muito bem que o dia do Senhor virá como o ladrão de noite; pois que, quando disserem: Há paz e segurança, então lhes sobrevirá repentina destruição, como as dores de parto àquela que está grávida, e de modo nenhum escaparão. Mas vós, irmãos, já não estais em trevas, para que aquele dia vos surpreenda como um ladrão; porque todos vós sois filhos da luz e filhos do dia; nós não somos da noite nem das trevas." (1 Tes. 5:1-5)

"Porque Deus não nos destinou para a ira, mas para a aquisição da salvação, por nosso Senhor Jesus Cristo." (1 Tes. 5:9)

Aqui está outra mudança dos pronomes.

Usando a terceira pessoa, Paulo descreve incrédulos pegos de surpresa, pensando que haviam entrado em um período de paz enquanto a destruição repentinamente chove sobre eles, cortando toda a esperança de escapar. Em seguida, Paulo muda para a segunda pessoa, dizendo que os crentes não devem ser pegos de surpresa enquanto o fim se aproxima, e, finalmente, para a primeira pessoa quanto ele nos inclui com ele, não estando destinados à ira.

Agora observe cuidadosamente enquanto colocamos os escritos de Isaías sobre os de Paulo.

"Os teus mortos e também o meu cadáver viverão e ressuscitarão; despertai e exultai, os que habitais no pó, porque o teu orvalho será como o orvalho das ervas, e a terra lançará de si os mortos." (Os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro.)

"Vai, pois, povo meu, entra nos teus quartos, e fecha as tuas portas sobre ti; esconde-te só por um momento, até que passe a ira." (Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares.)

"Porque eis que o Senhor sairá do seu lugar, para castigar os moradores da terra, por causa da sua iniquidade." (Pois que, quando disserem: Há paz e segurança, então lhes sobrevirá repentina destruição, como as dores de parto àquela que está grávida, e de modo nenhum escaparão.)

Embora a Bíblia contenha 66 livros e 40 escritores envolvidos, há um só Autor e a Sua mensagem é consistente desde Gênesis até o Apocalipse.

Foi assim que Paulo pode abrir sua passagem sobre o arrebatamento, dizendo: "… pela palavra do Senhor …". O Senhor nunca mencionou o arrebatamento nos Evangelhos. Paulo com certeza havia lido Isaías.

Além dessas, existem várias outras passagens onde nosso Senhor promete proteger-nos dos juízos vindouros.

Muitas pessoas dizem que a palavra arrebatamento não aparece em nenhuma dessas passagens.  Elas sabem que 'Arrebatamento' é uma palavra de origem latina, não hebraica ou grega, as línguas da Bíblia.

Nota: A primeira tradução da Bíblia foi para o latim (Vulgata) e o termo arrebatamento vem de lá.

A palavra Arrebatamento tem seu equivalente em grego como harpazo, que se encontra no texto grego de 1 Tes. 4:15-17. Quando traduzidas para o Português, ambas as palavras significam "ser apanhado, ou arrebatado." Há uma situação semelhante com a palavra Lúcifer, também de origem latina. Ela também não aparece em nenhum dos textos originais, mas ninguém seria ingênuo o suficiente para negar a existência de Satanás em uma base tão débil.

αρπαζω harpazo
1) pegar, levar pela força, arrebatar
2) agarrar, reivindicar para si mesmo ansiosamente
3) arrebatar

 

5) Condições Que Envolvem a 2ª Vinda

Uns dois dias antes de ser preso, Jesus teve uma conversa privada com quatro de seus discípulos, Seu círculo íntimo. Eles eram Pedro e André, Tiago e João, dois pares de irmãos. O objetivo da conversa era responder a perguntas que eles Lhe havia feito sobre a 2ª Vinda e do Fim dos Tempos. Eles ficaram confusos porque, segundo a profecia de Daniel 9:24-27 esses eventos estavam a apenas sete anos de distância e, ainda assim, Jesus tinha acabado de dizer-lhes que o Templo e todos os edifícios circundantes seriam demolidos tão completamente que nem uma pedra seria deixada de pé sobre a outra. Ele havia dito à multidão a mesma coisa no chamado Domingo de Ramos e disse que isso iria acontecer porque a nação não tinha reconhecido o tempo de Sua vinda para eles.

"E te derrubarão, a ti e aos teus filhos que dentro de ti estiverem, e não deixarão em ti pedra sobre pedra, pois que não conheceste o tempo da tua visitação." (Lc 19:44).

Sua resposta às perguntas dos discípulos está contida em Mat. 24-25, Marcos 13 e Lucas 21.

Os teólogos a chamam de Sermão do Monte porque a conversa teve lugar no Monte das Oliveiras. Para este estudo, apenas vamos resumi-lo, concentrando-nos nas peças que nos ajudam a identificar o que o Senhor tem a dizer sobre as condições em torno da 2ª Vinda.

No relato de Mateus, o mais detalhado, Jesus incluiu diversas referências geográficas e de tempo específicas na sua resposta. Ele fez isso para que seus leitores não se confundam sobre quem e quando Ele estava falando. Ele nos comandou a compreender a passagem de Mat. 24:15, Ele queria ter certeza de que entendemos direito. Vamos usar essas referências para obter uma clara compreensão de Seu público alvo e do calendário de eventos.

"Quando, pois, virdes que a abominação da desolação, de que falou o profeta Daniel, está no lugar santo; quem lê, atenda;" (Mt 24:15)

A resposta às suas perguntas começa em Mat. 24:4 com uma visão geral.

Ele disse que falsos messias iriam enganar a muitos e que haveriam guerras e rumores de guerra, mas isso não estaria sinalizando o fim. Ele os caracterizou, juntamente com fomes e terremotos em vários lugares, como o princípio das dores. Dores de parto dizem a uma gestante que o trabalho de parto está chegando, mas não dizem exatamente quando ele vai ocorrer. É o mesmo com esses sinais.

Ele disse que eles (os judeus) serão perseguidos e condenados à morte e odiados por todas as nações, fazendo com que muitos se afastem da fé e até mesmo traiam uns aos outros, mas aqueles que permanecerem firmes até o fim serão salvos. Então Ele terminou Seu resumo em Mat. 24:14, dizendo que o evangelho seria pregado em todas as nações e, em seguida, viria o fim.

De acordo com Apo. 14:6-7, essa profecia será cumprida por um anjo logo após a Grande Tribulação começar:  "E vi outro anjo voar pelo meio do céu, e tinha o evangelho eterno, para o proclamar aos que habitam sobre a terra, e a toda a nação, e tribo, e língua, e povo. Dizendo com grande voz: Temei a Deus, e dai-lhe glória; porque é vinda a hora do seu juízo. E adorai aquele que fez o céu, e a terra, e o mar, e as fontes das águas."

"Quando, pois, virdes que a abominação da desolação, de que falou o profeta Daniel, está no lugar santo; quem lê, atenda; então, os que estiverem na Judeia, fujam para os montes." (Mateus 24:15-16)

Esses dois versos nos dão as primeiras pistas específicas quanto ao público pretendido e quanto ao tempo da Sua resposta.

O Lugar Santo é o Templo judaico e, como aprendemos na Parte 2, a abominação que causa desolação é uma profanação específica que o torna impróprio para uso posterior.

O último Templo existente em Israel foi destruído em 70 dC, antes que essa profecia pudesse ser cumprida. A própria nação deixou de existir cerca de 135 dC e não reapareceu até 1948. Mas, como ainda não há Templo ali, a profecia ainda está por se cumprir.

Também é direcionada para aqueles que estão na Judeia, o nome bíblico para Israel. O Senhor estava advertindo as pessoas em Israel que estarão vivas quando um Templo estiver sendo construído lá para vigiarem por isso e, quando o virem, fugirem imediatamente.

"E orai para que a vossa fuga não aconteça no inverno nem no sábado; porque haverá então grande aflição, como nunca houve desde o princípio do mundo até agora, nem tampouco há de haver." (Mateus 24:20-21)

As montanhas da Judeia são traiçoeiras no inverno, e os judeus são proibidos pela Lei de andar mais de mil passos no sábado, por qualquer motivo. Isso confirma que o aviso destina-se ao povo de Israel dos últimos dias, de volta em seu relacionamento da Antiga Aliança, no início da Grande Tribulação, 3 anos e meio antes da Segunda Vinda. A Igreja já terá ido embora.

Então, em Mateus 24:29 Ele disse que "logo depois da aflição daqueles dias, o sol escurecerá, e a lua não dará a sua luz, e as estrelas cairão do céu, e as potências dos céus serão abaladas." Quando virem esses sinais eles saberão que a Grande Tribulação terminou.

Mat. 24:30 mostra as pessoas na Terra vendo o Sinal do Filho do Homem no céu, e depois seu retorno visível para a Terra com poder e grande glória. Isso fará com que todos os povos da Terra lamentem. Agora é tarde demais para que eles sejam salvos e eles percebem isso intuitivamente. Essa é a Segunda Vinda do Senhor.

"Então aparecerá no céu o sinal do Filho do homem; e todas as tribos da terra se lamentarão, e verão o Filho do homem, vindo sobre as nuvens do céu, com poder e grande glória."

Mat. 24:36 começa com "… daquele dia e hora ninguém sabe …" Que dia? Que hora? De acordo com Mat. 24:37 e 39 é o dia e a hora da Segunda Vinda.

Lembre-se de ficar no contexto. Esse foi o assunto de Jesus desde o versículo 30.

Acredito que a razão de Ele dizer: "dia e hora" foi para que soubéssemos com certeza que Ele estava falando sobre o dia e hora exatos de Sua Vinda, e não o tempo geral. O momento específico da 2ª Vinda está envolto em mistério. Nada menos que quatro vezes dentro de um período de 27 versos Jesus disse que o povo vivo na Terra no momento, não saberá com antecedência o dia e a hora da sua vinda (Mat. 24:36, 42-44, 50, Mat. 25:13). Na verdade a única vez que Ele usou a frase dia e hora foi em conjunto com Sua 2ª Vinda.

Isso dá suporte à ideia de que a Segunda Vinda ocorrerá, provavelmente, na Festa das Trombetas. Ela era chamada de a festa onde ninguém sabe o dia nem a hora porque acontecia em uma lua nova, que é muito difícil de ver no céu noturno. Acrescente a isso o fato de que imediatamente após a Grande Tribulação a Lua vai ficar inteiramente escura (Mateus 24:29) e se torna uma tarefa difícil, quase impossível.

Mat. 25 começa com a frase "Então, …" ou "Naquele tempo,…", que é o momento imediatamente após a 2ª Vinda, e contém três ilustrações que o Senhor usou para descrever julgamentos que Ele vai realizar depois que retornar. Eu vou apenas destacar o que elas revelam sobre a identidade de seus destinatários.

A Parábola das 10 Virgens

A primeira é a Parábola das 10 Virgens (Mateus 25:1-13). É uma história a cerca de 10 mulheres jovens à espera de um noivo que virá. Todas têm lâmpadas a óleo, mas por terem esperado um longo tempo, cinco ficam sem óleo e estão tentando comprar mais quando ele chega. Não tendo óleo elas são impedidas de entrar para o banquete do casamento. Esta parábola é por vezes utilizada para ilustrar a situação precária de "apóstatas" na Igreja, mas mesmo se você desconsiderar o problema com o tempo quase tudo nessa interpretação é errado.

Primeiro, se o óleo está sendo usado simbolicamente aqui, como eu acredito que está, então o princípio da consistência expositiva exige que ele represente o Espírito Santo. Este princípio diz que quando as coisas são usadas simbolicamente na Bíblia, o uso simbólico é consistente. Por exemplo levedura (fermento) sempre simboliza o pecado, e óleo sempre simboliza o Espírito Santo. A Igreja pode perder o Espírito Santo, ou esgotar o Seu estoque? Efésios 1:13 e 2 Coríntios 1:21-22 ambos dizem que o Espírito Santo foi selado dentro de nós como uma garantia da nossa herança, e que isso aconteceu apenas porque acreditamos na mensagem do Evangelho. Não há nada que alguém em qualquer lugar possa fazer para mudar isso.

Mas essa garantia não é indicada para os crentes da Tribulação. Na verdade Apo. 16:15 especificamente adverte-os a permanecerem acordados e manterem sua justiça, simbolizada por manter suas roupas com eles. (A roupa é frequentemente usada para representar a justiça, como em Isaías 61:10).

Apo. 16:15 implica que os crentes da Tribulação são responsáveis ​​por permanecerem firmes em sua fé para não perderem a sua salvação. Mat. 25:8 concorda, dizendo-nos que todas as 10 virgens tinham óleo em suas lâmpadas no início, mas as cinco tolas não tinham o suficiente para levá-las até o fim. Lembre-se, todas as 10 virgens são pegas dormindo quando Ele volta. É o óleo que distingue um grupo do outro, e não seu comportamento.

Em segundo lugar, essas 10 mulheres são chamadas virgens ou damas de honra, mas nunca de Noiva. Por outro lado, a Igreja é a Noiva, e nunca é chamada de dama de honra! E quando você já ouviu falar de uma noiva ter que implorar com o noivo para ser admitida em seu próprio banquete de casamento?

Terceiro, parece que essas jovens estão tentando entrar no Mitzvah Seudas (festa de casamento) um banquete que sucede a cerimônia de casamento. Se assim for, nenhuma delas conseguiu chegar à cerimônia de casamento propriamente dita, com ou sem óleo, então nenhuma delas pode ser a noiva. Na verdade não há menção da noiva em qualquer lugar desta parábola.

Logo presumimos que estas virgens não podem ser a Igreja. Eles representam os sobreviventes da Tribulação tentando entrar no Reino Milenar. Cinco foram salvas no tempo entre o arrebatamento e o fim da Grande Tribulação (representado pelo óleo), mantiveram-se firmes, e são bem-vindas a entrar. As cinco sem óleo quando ele chegou não permaneceram firmes e perderam seu lugar.

Esta parábola ensina que a volta do Senhor sinaliza o prazo após o qual até mesmo o pedido para ser salvo e receber o Espírito Santo será negado. A porta para o Reino será fechada e o Senhor irá negar conhecer quem chegou tarde demais.

A Parábola dos Talentos

Em Mateus 25:14, no início da parábola dos talentos, a palavra "também" significa que ele está dando uma outra ilustração do mesmo período de tempo como a parábola das 10 virgens, o dia da Sua Vinda.

Embora o uso do talento como um dom ou habilidade deriva desta parábola, um talento era uma unidade de medida grega, geralmente monetária. A chave para interpretar uma parábola é saber que tudo é simbólico de uma outra coisa, por isso, nesta parábola um talento representa algo valioso para o Senhor que ele desejava ter investido em Seu nome. Após Seu retorno, Ele pergunta àqueles a quem ele o tinha confiado que o que eles haviam realizado.

Aqueles que ensinam que os talentos são dons concedidos à Igreja para serem usados com sabedoria, produzindo um retorno mensurável, não leram o último verso da parábola. O servo que enterrou seu talento no chão e não produziu nada com ele foi jogado nas trevas exteriores, o destino dos incrédulos. Estará o Senhor ensinando uma salvação com base nas obras aqui? Nos ameaçando com a perda da nossa salvação se não produzirmos o suficiente com os dons que Ele nos deu? Claro que não.

Lendo a Bíblia, fica claro que o dinheiro não é importante para o Senhor. Mas o Salmo 138:2 diz que Ele valoriza a Sua Palavra acima de tudo. Acredito que os talentos representam a Sua Palavra. Aqueles que a semeiam nos corações de outros descobrem que ela se multiplica em novos crentes. Aqueles que a estudam descobrem que a sua própria compreensão cresce, multiplicando a sua fé.

Mas aqueles que ignoram a Sua Palavra descobrem que é como enterrá-la no chão. Longe da vista, longe do coração, até o pouco com que começaram está perdido para eles. Isso prova que ela nunca teve qualquer valor para eles e os condena como incrédulos, a serem lançados nas trevas exteriores. Eles ouviram a verdade e a ignoraram. Agora é tarde demais. Em 2 Tes. 2:10 Paulo os descreve como aqueles que perecem, porque eles se recusaram a amar a verdade para serem salvos. Alguns vão arcar com a responsabilidade maior de terem levado seus seguidores a se desviarem por sua recusa em ensinar a verdade.

Em Sua Palavra, o Senhor estabeleceu cada ação que Ele tomaria sobre seu plano para o Planeta Terra. "Certamente o Senhor Deus não fará coisa alguma, sem ter revelado o seu segredo aos seus servos, os profetas", disse Ele (Amós 3:7). Ele fez isso para que o homem nunca tivesse que ficar imaginando o que Ele estava fazendo. E sobre o Fim dos Tempos Ele tinha mais a dizer do que sobre qualquer outro assunto. Ninguém pode alegar ignorância. Mais uma vez o ponto é que alguns que sobreviverem à Grande Tribulação serão recebidos no Reino e alguns não, e a fé é o fator determinante.

O Julgamento das Ovelhas e dos Bodes

Mat. 25:31 não deixa dúvidas quanto ao seu tempo. Ele começa "Quando o Filho do Homem vier …" e segue falando sobre o Senhor estabelecendo o seu trono na Terra, depois de Seu retorno para o julgamento das nações, na verdade, um juízo dos gentios sobreviventes da tribulação. O Senhor não julga as nações no sentido eterno, apenas indivíduos. A palavra grega aqui é ethnos, e significa "povo de todo tipo." Eles vão ser julgados pelo modo como trataram "Seus irmãos" durante a Grande Tribulação. É chamado de Julgamento das Ovelhas e dos Bodes, com as ovelhas sendo aqueles que ajudaram seus irmãos através dos tempos horríveis que acabaram de passar e cabras sendo aqueles que não o fizeram.

Alguns dizem que seus irmãos são crentes, sejam judeus ou gentios, e outros dizem que eles são especificamente judeus, mas o ponto mais importante é que esses sobreviventes da Tribulação não estão sendo julgados por suas obras. Suas obras estão sendo citadas como prova de sua fé, como em Tiago 2:18. Ajudar a um crente, especialmente um judeu, durante a Grande Tribulação requererá ainda mais coragem do que na Alemanha de Hitler e, de acordo com alguns, será uma ofensa punível com a morte. Apenas um seguidor de Jesus, certo de seu destino eterno, se atreveria a fazê-lo ou mesmo a querê-lo. Aqueles que ajudaram a "Seus irmãos" terão demonstrado a sua fé por suas obras e serão conduzidos vivos ao Reino. Aqueles que se recusaram a ajudar terão condenado a si mesmos à escuridão por esta prova da sua falta de fé.

Todos as três ilustrações ensinam a mesma lição.

Os sobreviventes crentes viverão no Reino. Alguns terão confiado exclusivamente no dom da fé do Espírito Santo, como na Parábola das 10 Virgens. Outros terão multiplicado sua fé através do estudo e partilha da Sua Palavra, como na Parábola dos Talentos. Outros ainda terão colocado a sua fé em ação, arriscando suas vidas no negócio. Eles são as ovelhas do Julgamento das Ovelhas e dos Bodes. Mas, tal como tem sido ao longo da história, todos serão salvos pela fé.

Onde está o Arrebatamento?

O Julgamento das Ovelhas e dos Bodes é, na verdade, uma expansão de Mat. 24:40-41 "será levado um, e deixado o outro…"

Por causa do problema de tempo, estes versos não podem estar descrevendo o Arrebatamento. Mas há mais. A palavra grega traduzida 'tomado' nos versículos 40 e 41 significa "recebido." Capitães escolhendo os lados em um jogo de futebol de areia apontam para alguém e dizem: "Vou levá-lo." Significa, "Venha até aqui. Você está no meu time." Nenhum problema até agora, o Senhor está levando alguns, mas não outros.

παραλαμβνω paralambano
1) tomar a, levar consigo, associá-lo consigo
1a) um associado, companheiro
1b) metáf.
1b1) aceitar ou reconhecer que alguém é tal como ele professa ser
1b2) não rejeitar, não recusar obediência
2) receber algo transmitido
2a) ofício a ser cumprido ou desempenhádo
2b) receber com a mente
2b1) por transmissão oral: dos autores de quem a tradição procede
2b2) pela narração a outros, pela instrução de mestres (usado para discípulos)

Mas o significado primário da palavra traduzida 'deixado' é "mandar embora", como um marido se divorciando iria "mandar embora" sua esposa. Naqueles dias, mulheres não tinham direitos e, exceto em circunstâncias muito incomuns, nem propriedade. A casa do casal era propriedade do marido, geralmente construída em terras de sua família. Se ele se divorciou de sua esposa, mandou-a ir morar em outro lugar, excluindo-a de sua presença. Incrédulos não serão mandado embora desta maneira no arrebatamento. Eles serão deixados no lugar em que estão para suportar os julgamentos.

αφιημι aphiemi
1) enviar para outro lugar
1a) mandar ir embora ou partir
1a1) de um marido que divorcia sua esposa
1b) enviar, deixar, expelir
1c) deixar ir, abandonar, não interferir
1c1) negligenciar
1c2) deixar, não discutir agora, (um tópico)
1c2a) de professores, escritores e oradores
1c3) omitir, negligenciar
1d) deixar ir, deixar de lado uma dívida, perdoar, remitir
1e) desistir, não guardar mais
2) permitir, deixar, não interferir, dar uma coisa para uma pessoa
3) partir, deixar alguém
3a) a fim de ir para outro lugar
3b) deixar alguém
3c) deixar alguém e abandoná-lo aos seus próprios anseios de modo que todas as reivindicações são abandonadas
3d) desertar sem razão
3e) partir deixando algo para trás
3f) deixar alguém ao não tomá-lo como companheiro
3g) deixar ao falecer, ficar atrás de alguém
3h) partir de modo que o que é deixado para trás possa ficar,
3i) abandonar, deixar destituído

Esta passagem não está descrevendo o Arrebatamento.

O momento, o contexto, e a disposição das partes estão todos errados. É um resumo do Julgamento das Ovelhas e dos Bodes. Os levados (recebidos) viverão no Reino em seus corpos naturais e ajudarão a repovoar a Terra, enquanto os deixados (mandados embora) serão colocados nas Trevas Exteriores, para sempre banidos da presença de Deus.

E, como foi nos dias de Noé, assim será também a vinda do Filho do homem. (Mateus 24:37). Nos dias de Noé as pessoas da Terra poderiam ser separadas em três grupos. Havia os descrentes que pereceram no dilúvio, Noé e sua família, que foram preservados através do Dilúvio, e Enoque que foi levado da Terra antes do Dilúvio. (Enoque foi trasladado em Gênesis 5. Isso significa que Deus o levou vivo para o céu. O Dilúvio veio em Gênesis 6.)

No tempo da 2ª Vinda, o povo da terra também se dividirá em três grupos. O mundo incrédulo irá perecer nos juízos dos Tempos do Fim, Israel será preservado através dos julgamentos, e A Igreja será tomada da Terra antes dos julgamentos.

Há algumas semelhanças interessantes entre Enoque e a Igreja. Seu nome significa "ensino", uma das principais funções da Igreja. A tradição judaica diz que Enoque nasceu no dia 6 de Sivan. 6 de Sivan é o dia no calendário hebraico em que a Festa de Pentecostes é celebrada. É o dia em que nasceu a Igreja. Eu acho que Enoque é um bom modelo da Igreja.

Na 2ª Vinda a porta para a salvação será fechada. Os sobreviventes da Terra serão julgados e os que se tornaram fiéis serão recebidos no Reino. Os incrédulos serão levados para fora do planeta, privados da presença do Senhor para sempre. Eles queriam o Senhor fora de suas vidas, e agora eles conseguirão o que queriam.

6) A Duração e Objetivo do Milênio

Como a palavra Arrebatamento e Lucifer, Milênio é uma palavra de origem latina e não aparece em qualquer lugar nas Escrituras. Nós a obtemos de duas palavras latinas, mille, ou 1000, e annum, ou ano, a partir da tradução latina de Apo. 20:06. Mille annum, milênio, o reino de 1000 anos do Senhor na Terra, é conhecido por Israel como a Era do Reino. É o sétimo e último milênio da Idade do Homem, que começou com o nascimento de Adão. É muitas vezes confundido com a eternidade, mas, como vimos anteriormente, os dois são distintos. Um Milênio é, obviamente, um período definido de tempo, enquanto por definição Eternidade é a ausência do tempo como nós o conhecemos.

O Milênio Na Terra

Durante o Milênio, o Senhor será Rei do Céu e da Terra, a Terra sendo restaurada à condição em que estava quando Adão foi criado. Isto incluirá a restauração da paz entre o homem e os animais, trazendo de volta o Meio-Ambiente, como o de um jardim, original da Terra, com o seu clima sub-tropical de extensão mundial, eliminando o mau tempo, as tempestades assassinas, os terremotos e os extremos de calor e frio. A extensão da vida do homem começará a aumentar novamente para igual à dos patriarcas de Gênesis. Doenças e enfermidades, os subprodutos do pecado, serão bastante reduzidas. Parece que a população da Terra será sustentada pelo retorno a uma economia agrária, mas sem todos os obstáculos enfrentados por Adão, quando a maldição de Gênesis 3 for finalmente removida. O homem facilmente produzirá o suficiente para o uso de sua família, e terá prazer em fazê-lo. Nenhum trabalho será improdutivo, ou principalmente para o benefício dos outros. As crianças vão crescer sem medo e os adultos vão envelhecer em paz. (Um resumo de Isaías 2:1-5, 4:2-6, 35, 41:18-20, 60:10-22,65:17-25, Miqueias 4:1-8)

Como a Terra voltará a ser povoada em sua maioria por sobreviventes da Tribulação em seus corpos naturais, ainda haverá pecado, embora em menor grau, especialmente no começo. No chamado Templo Milenar em Israel, os sacerdotes irão realizar sacrifícios diários pelo pecado, assim como nos dias do Antigo Testamento. Mas, enquanto os crentes do Velho Testamento observavam os sacrifícios do Templo para aprender o que o Messias faria um dia fazer por eles, os crentes Milenares irão observá-los para lembrar, e para seus filhos aprenderem, o que Ele já fez. (Eze. 40-47)

O Senhor reinará supremo sobre a Terra como Rei e Sumo Sacerdote, o cabeça tanto do governo mundial como de uma religião mundial. Ele não admitirá ameaças à sua paz estabelecida, nem qualquer desvio da Sua doutrina. (Salmo 2)

No início, apenas os crentes habitarão a Terra, desfrutando do ambiente verdadeiramente utópico com que a humanidade sempre sonhou, mas que somente Deus pode criar. Eles irão em breve começar a ter filhos que, à medida que amadurecerem, terão que optar por receber o perdão do Senhor, assim como nós temos. E como acontece hoje, alguns irão rejeitá-Lo para seguir seu próprio caminho. No momento em que Satanás for libertado no final do Milênio, haverá tantos que já rejeitaram o Senhor que ele vai encontrar rapidamente um enorme exército de recrutas para a sua última tentativa de expulsar o Senhor para fora do planeta.

Mas com o fogo do céu o Senhor destruirá o exército de Satanás, lançando-o no Lago de Fogo, onde será atormentado de dia e de noite para sempre. Nunca mais ele ou qualquer de seus cúmplices será livre para afligir o povo de Deus. (Apo. 20:7-10)

Como isso aconteceu?

O que começou como uma era de paz e prosperidade inimaginável, terá terminado em guerra aberta contra o mesmo Rei que a tornou possível. Como pode ser isso?

Antes do Milênio, o homem tinha três desculpas para sua incapacidade de agradar a Deus. A primeira era Satanás, cujos esquemas inteligentes levaram o homem ao erro. Mas durante todo o Milênio, Satanás estará preso na escuridão.

a segundo era a má influência dos incrédulos. Mas quando o Milênio começar, a Terra terá sido purificada de todos os seus infiéis. Somente àqueles que haviam dado o seu coração ao Senhor será permitida a entrada no Reino.

E a terceira era a ausência de Deus do nosso meio. Por 2.600 anos, com exceção de um período de 33 anos, Deus tem estado ausente do planeta deixando o homem "cuidar de si mesmo." Mas durante todo o Milênio, o Pai, o Filho e o Espírito Santo terão habitado no meio das pessoas da Terra.

No Milênio, os habitantes da Terra viverão nas circunstâncias ideais que Adão e Eva desfrutavam no Jardim do Éden. A maldição terá desaparecido e o Senhor estará lá entre eles, todo o mundo é crente e Satanás estará preso. E, no entanto, há pecado residual suficiente no coração do homem não regenerado para que ele se rebele na primeira chance que tiver. O homem pecador não pode habitar na presença de um Deus Santo, sendo incapaz de guardar Seus mandamentos. Ele precisa de um Salvador e Redentor para reconciliá-lo com Deus e de um transplante de coração para curá-lo de sua natureza pecaminosa. O ponto inteiro do Milênio é provar, de uma vez por todas, que o coração do homem é enganoso acima de todas as coisas e além da cura (Jer. 17:9) o que torna impossível para ele viver em uma maneira que agrada a Deus.

O Milênio Na Nova Jerusalém

A vida é muito diferente no Lar da Igreja Redimida. Embora os reis da Terra tragam-nos o seu esplendor, nenhum incrédulo jamais poderá colocar os pés no lugar, nem mesmo um crente em seu estado natural. Nossas mansões no céu são construídas do mais puro ouro, como são as ruas que correm diante delas, suas fundações feitas de pedras preciosas. Não há Templo na Nova Jerusalém, porque o Cordeiro de Deus habita lá e é o nosso templo. A fonte de energia que nos ilumina e aquece é a Glória de Deus, e o nosso brilho, por sua vez, fornece luz para as nações da Terra. (Apo. 21:9-27)

Nossos corpos glorificados terão sido libertados de seus grilhões dimensionais, o que nos permitirá aparecer e desaparecer à vontade, indo e vindo ao longo do tempo na velocidade do pensamento enquanto sondamos as ilimitadas delícias da Criação de Deus. Nenhum detalhe foi esquecido, no que se refere ao nosso conforto e felicidade. Não há mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor, apenas as alegrias infinitas da exploração e da descoberta. Como está escrito: "Nenhum olho viu, nem ouvido ouviu, mente nenhuma imaginou o que Deus preparou para aqueles que o amam." (1 Cor 2:9).

Nossa casa não é na Terra, mas não é no Trono de Deus também. Descendo dos céus, mas nunca pousando na Terra, nossa casa poderia ser chamado de um satélite de órbita baixa na terminologia de hoje. 2250 Km de altura, largura e profundidade, ela não caberia em Israel, muito menos em Jerusalém. Se pousássemos na Terra precisamos de um espaço equivalente à área do estado do Maine até a Flórida e até o Centro-Oeste, ou toda a Europa Ocidental da Suécia até a Itália, e a Nova Jerusalém será mais de 4000 vezes mais alta que o mais alto edifício do mundo. Quase 2/3 do tamanho da Lua, ela simplesmente não caberá em qualquer lugar na Terra.

A Igreja tem sido descrita como a Pérola de Grande Valor. Uma pérola é criada no oceano e cresce como resposta a uma irritação. É a única gema preciosa que vem de um organismo vivo. Na época da colheita, ela é removida de seu habitat natural para ser colocada em uma ambiente personalizado onde se torna um objeto de adorno.

E assim é com a Igreja. Criada dentre as nações gentílicas, a Igreja foi um importante incômodo tanto para Israel quanto para o Império Romano. Apesar de centenas de anos de perseguição terem sido dedicados à nossa destruição, ela cresceu de forma constante. Na colheita seremos levados da Terra para ser colocados em mansões que o Senhor construiu especialmente para nós, para nos tornarmos o objeto de Seu adorno.

7) A Eternidade

Eu não posso dizer muito sobre a Eternidade, exceto que há uma. A Bíblia termina no final do Milênio, mas nos ensina que cada um que já nasceu vive para sempre. A questão não é se você tem a vida eterna. A questão é onde você vai passar a eternidade. Existem apenas dois destinos possíveis e nós descrevemos a ambos. Bem-aventurança eterna na presença de Deus, ou vergonha eterna e castigo, banidos da presença de Deus. Enquanto Deus é paciente, não querendo que nenhum se perca, não é uma decisão que Ele tenha que tomar. Ele a deu a você sabendo que, sem alternativa, a sua escolha de aceitá-Lo não teria sentido. Ele te ama o suficiente para arriscar que você tome a decisão errada e o suficiente para cumprir os seus desejos se você o fizer.

Ninguém conscientemente opta por ir a um lugar de tormento eterno. Mas muitos acabarão lá. Quando o fizerem será porque se recusaram a escolher o Céu, e essa é a única alternativa.

Aqui, então, estão Sete Coisas que Você Precisa Saber Para Compreender Profecia do Final dos Tempos. Dominá-las irá permitir-lhe sucesso em evitar todas as heresias e os falsos ensinos que gira em volta nestes últimos dias. O estudo da profecia não é uma questão de salvação, mas o Senhor fez com que fossemos admoestados em várias ocasiões a compreender os sinais dos tempos de modo que não sejamos pegos de surpresa. Devemos assistir com expectativa e esperar com certeza.

Em Apocalipse 1:3 nos foram prometidas bênçãos pelo nosso estudo diligente, e em 2 Timóteo 4:8 uma coroa por aguardar a Sua vinda. Mas, o maior dom que vem do estudo da profecia é o fortalecimento da nossa fé. Nada pode ser igual a assistir a Palavra de Deus passar do abstrato ao concreto ao vermos a Profecia Bíblica cumprida diante dos nossos olhos. Se você escutar atentamente, você quase pode ouvir os passos do Messias.

 

Extraído com adaptações de www.olharprofetico.com.br (texto original de www.gracethrufaith.com)

 

Haverá um Reino Milenar depois que Cristo voltar? – Pré-Milenismo Histórico

Filed Under (Métodos de Interpretação Profética) by Geração Maranata on 24-07-2011

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por Geração Maranata

O Milênio

“E vi descer do céu um anjo, que tinha a chave do abismo, e uma grande cadeia na sua mão. Ele prendeu o dragão, a antiga serpente, que é o Diabo e Satanás, e amarrou-o por mil anos.

E lançou-o no abismo, e ali o encerrou, e pôs selo sobre ele, para que não mais engane as nações, até que os mil anos se acabem.

E depois importa que seja solto por um pouco de tempo.

E vi tronos; e assentaram-se sobre eles, e foi-lhes dado o poder de julgar; e vi as almas daqueles que foram degolados pelo testemunho de Jesus, e pela palavra de Deus, e que não adoraram a besta, nem a sua imagem, e não receberam o sinal em suas testas nem em suas mãos; e viveram, e reinaram com Cristo durante mil anos.

Mas os outros mortos não reviveram, até que os mil anos se acabaram. Esta é a primeira ressurreição. Bem-aventurado e santo aquele que tem parte na primeira ressurreição; sobre estes não tem poder a segunda morte; mas serão sacerdotes de Deus e de Cristo, e reinarão com ele mil anos.

E, acabando-se os mil anos, Satanás será solto da sua prisão, E sairá a enganar as nações que estão sobre os quatro cantos da terra, Gogue e Magogue, cujo número é como a areia do mar, para as ajuntar em batalha. E subiram sobre a largura da terra, e cercaram o arraial dos santos e a cidade amada; e de Deus desceu fogo, do céu, e os devorou. E o diabo, que os enganava, foi lançado no lago de fogo e enxofre, onde está a besta e o falso profeta; e de dia e de noite serão atormentados para todo o sempre.” (Apo: 20:1-10)

 

“E o Senhor será rei sobre toda a Terra; naquele dia um será o Senhor e um será o seu nome” (Zc 14:9)

 

A palavra millennium vem do latim mille annus que significa mil anos. O termo grego usado na Bíblia é chiliasm (quiliasmo).  

χιλιοι chilioi
plural de afinidade incerta
1) mil

ετος etos
1) ano

No capítulo 20 de Apocalipse encontramos a única menção de um reino milenial de Cristo e as divergências giram em torno desses mil anos.

Nem todos os cristãos acreditam que Jesus Cristo voltará literalmente à Terra para estabelecer um reino de paz e segurança que durará mil anos.

Quatro correntes escatológicas tentam explicar o significado do Milênio:

Pós-Milenismo

• Pré-Milenismo Histórico

Pré-Milenismo Dispensacionalista

Amilenismo

Nesta segunda série estudaremos o ensino do Milênio segundo a visão Pré-Milenista Histórica.

O Pré-Milenismo Histórico é uma das quatro correntes que tentam responder à pergunta:

“Haverá um reino milenial depois que Cristo voltar?”

Pré-Milenismo Histórico

Os adeptos desta visão afirmam que ela é a interpretação escatológica mais antiga sobre o Milênio, por isso é também chamada de Pre-Milenismo Clássico.

Acredita-se que foi a interpretação escatológica principal nos três primeiros séculos do Cristianismo, onde personagens como Papias, Irineu, Justino Mártir, Tertuliano e outros apoiaram essa interpretação.

 

Histórico

O Pré-Milenismo foi a visão predominante nos primeiros três séculos da Igreja.

Os que aderiam a esta visão incluía Papias (60-130dC), Justino Mártir (100-165dC), Irineu (130-202), Tertuliano (160-330dC), Orígenes (cerca de 185-254), Hipólito, Metódio, Comandiano, Lactanius e outros.

De acordo com alguns documentos, como o apócrifo ‘Epístola de Barnabé’, nos primeiros séculos da Igreja os cristãos aguardavam a volta de Jesus para estabelecer o Milênio de paz e justiça na Terra, ou seja, eles criam no Pré-Milenismo, porém depois de um período de Tribulação. Depois do reinado de mil anos é que seria estabelecido o Reino Eterno.

O motivo de os cristãos da época acreditarem na volta de Jesus depois de um período de tribulação era porque entendiam que já estavam vivendo esse período, que já durava muitos anos; então as muitas perseguições e sofrimentos eram considerados normais. Os líderes dessa época procuravam preparar os cristãos para uma época ainda pior que estaria por vir.

A visão do Milênio seria uma época de grande abundância, prosperidade e harmonia na criação. Papias, bispo de Hierápolis da Frígia, início do segundo século, cria dessa forma.

Porém, com o tempo, a crença de um Milênio literal já não era unânime. A partir do quarto século, muita coisa iria mudar e traria declínio à visão Pré-Milenista.

Vários fatores contribuíram para a mudança de visão:

1) Com o fim das perseguições, devido a cristianização promovida pelo Imperador Romano Constantino, a visão Amilenista tomou força. Esta continua sendo a posição da Igreja Católica Romana até os dias de hoje e foi defendida também pela maior parte dos reformadores protestantes.

2) A partir do século III d.C. teólogos de Alexandria (cidade localizada no Egito, hum!) introduziram outro ensino sobre o Milênio. Orígenes e Clemente sugeriram um ensino simbólico ou alegórico a respeito dos mil anos. A Igreja, exausta de tantas perseguições, havia esperado ardorosamente, mas em vão, pelo imediato retorno de Jesus, acabou deixando-se influenciar e abandonou a posição Pré-Milenista.

A proteção de Constantino ajudou na idéia de que o Milênio já havia começado. O que inicialmente foi considerado heresia, gradualmente, foi sendo aceito, especialmente através da influência de Agostinho, bispo de Hipona (396-430 d.C.) e Jerônimo (347-420 d.C.) . Agostinho rejeitava o Pré-Milenismo, tachando-o de literal e carnal demais, e espiritualizou o conceito.

3) A introdução da interpretação alegórica das Escrituras foi o fator decisivo para o declínio Pré-Milenista, pois esse ensino traz consigo um desprezo por tudo que é terreno e visível.

O Velho Testamento era, até meados do segundo século depois de Cristo, a única Bíblia da Igreja. O VT fala muito de um Reino na Terra, por isso alguns pais do segundo século (como Clemente e Orígenes) começaram a transformar essas passagens em alegorias para evitar os conflitos que uma interpretação mais literal poderia trazer. O Velho Testamento passou a ser visto, cada vez mais, não como uma parte importante do plano de Deus, mas apenas como uma história simbólica cheia de figuras das verdades espirituais e invisíveis.

4) A influência da filosofia grega e o gnosticismo também contribuíram e muito para o declínio da visão Pré-Milenista e pôs fim na esperança de um Reino Milenar. Um dos ensinos que parece ter contaminado muito o Cristianismo foi o conceito grego de que a matéria é má por natureza e que por isso é preciso se livrar desse corpo e desse mundo material para poder alcançar a perfeição, que no caso do Cristianismo seria o Céu que é totalmente espiritual e transcendental.

5) Outro fator foi o distanciamento entre a Igreja e os judeus. Embora os primeiros cristãos fossem todos judeus, depois da abertura para os gentios, a Igreja foi aos poucos se desligando de suas raízes originais. Houve várias causas para isso, uma das quais foi a destruição de Jerusalém em 70 d.C. O método de interpretação alegórica também contribuiu, fazendo com que os cristãos desprezassem a história da nação de Israel e o entendimento judaico das revelações de Deus. Isso preparou o caminho para a Igreja se considerar o novo Israel de Deus, herdeira de todas as promessas do Velho Testamento (num sentido espiritual), deixando Israel como povo e nação completamente fora.

Quais são as provas das Escrituras fornecidas pelos Pré-Milenistas Históricos para o ensino de que haverá um reinado milenar terreno após a volta de Cristo?

Para os Pré-Milenistas Históricos a Igreja é o Israel de Deus, mencionado por Paulo em Gl. 6:16. Não há nenhuma distinção entre Israel e Igreja hoje, e do mesmo modo não haverá no Milênio.

Para chegar a esta conclusão, fazem uso do mesmo princípio de interpretação utilizado pelos Amilenistas, em relação as profecias do Antigo Testamento. Porém acreditam que Deus restaurará a nação de Israel, pois para ela há promessas no Milênio.

Romanos 11 é usado para provar essa restauração:

“E se alguns dos ramos foram quebrados (Israel), e tu, sendo zambujeiro, foste enxertado em lugar deles (A Igreja), e feito participante da raiz e da seiva da oliveira, não te glories contra os ramos; e, se contra eles te gloriares, não és tu que sustentas a raiz, mas a raiz a ti.

Dirás, pois: Os ramos foram quebrados, para que eu fosse enxertado. Está bem; pela sua incredulidade foram quebrados, e tu estás em pé pela fé. Então não te ensoberbeças, mas teme. Porque, se Deus não poupou os ramos naturais, teme que não te poupe a ti também.

Considera, pois, a bondade e a severidade de Deus: para com os que caíram, severidade; mas para contigo, benignidade, se permaneceres na sua benignidade; de outra maneira também tu serás cortado.

E também eles, se não permanecerem na incredulidade, serão enxertados; porque poderoso é Deus para os tornar a enxertar. Porque, se tu foste cortado do natural zambujeiro e, contra a natureza, enxertado na boa oliveira, quanto mais esses, que são naturais, serão enxertados na sua própria oliveira!

Porque não quero, irmãos, que ignoreis este segredo (para que não presumais de vós mesmos): que o endurecimento veio em parte sobre Israel, até que a plenitude dos gentios haja entrado. E assim todo o Israel será salvo, como está escrito: De Sião virá o Libertador, E desviará de Jacó as impiedades. E esta será a minha aliança com eles, Quando eu tirar os seus pecados.” (Romanos 11:17-27) (grifo meu)

O Velho Testamento e Cristo falaram a respeito do governo do Ungido. Salmos 2 é usado como respaldo bíblico:

“Eu, porém, ungi o meu Rei sobre o meu santo monte de Sião.” (Salmo 2:6)

Apesar de que o único lugar onde a Bíblia menciona tal reino milenar terreno é Apocalipse 20:1-6, os Pré-Milenistas encontram uma descrição da Segunda Vinda de Cristo em Apocalipse 19 e Apocalipse 20 descreve eventos que sucederão à Segunda Vinda

Os primeiros três versículo de Apocalipse 20, descreveriam o aprisionamento de Satanás durante o Milênio depois da volta de Cristo.

Apocalipse 20:4 retrataria o reinado dos crentes ressuscitados com Cristo sobre a terra durante o milênio.

A palavra grega 'ezasan' (eles viveram ou, vieram à vida), encontrada nos versos 4 e 5, significariam ‘ressuscitado da morte de um modo físico’.

Ainda no verso 4, seria encontrado uma descrição da ressurreição física dos crentes no início do Milênio, mais tarde seria denominada “a primeira ressurreição”; no verso 5 encontraríamos uma descrição da ressurreição física dos incrédulos no final do Milênio.

Em 1 Coríntios 15.23-26, embora os Pré-Milenistas reconheçam que esta passagem não forneça uma prova conclusiva para um Milênio terreno, porém pode-se encontrar apoio neste ensino, especialmente nos versos 23 e 24

“Cada um, porém, por sua própria ordem: Cristo, as primícias, depois (epeita) os que são de Cristo, na sua vinda. E então (eita) virá o fim (telos), quando ele entregar o Reino ao Deus e Pai…”

Nesses versículos, o Apóstolo Paulo estaria retratando o triunfo do Reino de Cristo realizado em três etapas:

– a ressurreição de Cristo;

– a Parousia, quando os crentes serão ressuscitados;

– o fim, quando Cristo entregará o Reino a Deus Pai;

Uma vez que há um intervalo significativo entre a primeira (ressurreição de Cristo) e a segunda etapa (ressurreição dos crentes), então não parece improvável que possa haver também um intervalo significativo entre a segunda e a terceira etapa.

As palavras 'então' (eita) e 'fim' (telos) deixariam lugar para um intervalo indefinido de tempo entre a Segunda Vinda e o Fim, quando Cristo completaria a subjugação de seus inimigos.

Este intervalo seria o Milênio.

Cronologia Pré-Milenista Histórica

De acordo com o Pré-Milenismo Histórico, vários eventos têm de acontecer antes que Cristo retorne:

• A evangelização das nações;

• A grande apostasia ou rebelião;

• A manifestação do anticristo;

• A grande tribulação;

• A Igreja atravessará a Tribulação final;

• A Segunda Vinda de Cristo não será um evento em duas etapas, mas uma ocorrência única;

• Quando Cristo voltar, os crentes que estiverem mortos serão ressuscitados, os crentes que estiverem ainda vivos serão transformados e então ambos os grupos serão juntamente elevados para encontrar com o Senhor nos ares;

• Após este encontro nos ares, os crentes acompanharão Cristo que descerá à Terra;

• Após Cristo ter descido à Terra, o anticristo será exterminado e seu Reino opressor chegará ao fim. Neste momento ou antes disso, a grande maioria dos judeus que estiverem vivos se arrependerá de seus pecados, crerá em Cristo como seu Messias e será salvo;

• Cristo estabelecerá seu Reino Milenar – um Reino que durará aproximadamente mil anos;

• Jesus governará visivelmente sobre todo o mundo, e seu povo redimido reinará juntamente com ele.

• Os redimidos incluem tanto judeus como gentios. Embora em sua maioria os judeus tenham se convertido recentemente, após a conversão dos gentios, eles não formarão um grupo separado, uma vez que haverá apenas um povo de Deus.

• Aqueles que reinarão com Cristo, durante o Milênio, incluem tanto crentes que acabam de ser ressuscitados da morte como crentes que ainda estavam vivos quando da volta de Cristo;

• As nações incrédulas, que ainda estiverem sobre a terra nessa época, serão governadas por Cristo com vara de ferro.

• Não deve-se confundir o Milênio com Estado Eterno, porque o pecado e a morte ainda existirão.

• Entretanto, o mal será amplamente restringido e a justiça prevalecerá na Terra como nunca antes aconteceu.

• Este será um tempo de justiça social, política e econômica, e de grande paz e prosperidade.

• A natureza refletirá as bênçãos desta era uma vez que a terra será extraordinariamente produtiva e o deserto florescerá como a rosa.

• Perto do fim do Milênio, porém, Satanás, que estava preso durante este período, será solto e sairá a enganar as nações mais uma vez.

• Ele congregará as nações rebeldes para a Batalha de Gogue e Magogue, e as levará para atacar o “acampamento dos santos”.

• Descerá fogo do céu sobre as nações rebeldes e Satanás será lançado no Lago de Fogo.

• Com o fim do Milênio, haverá a ressurreição dos incrédulos que morreram.

• Acontecerá o julgamento do Grande Trono Branco, no qual todos os homens, tanto crentes como incrédulos, serão julgados. Aqueles cujos nomes forem encontrados escritos no Livro da Vida ingressarão na vida eterna, enquanto aqueles cujos nomes não forem encontrados naquele livro serão lançados no Lago de Fogo.

• Depois disto, o Estado Eterno é instaurado: os incrédulos passam a eternidade no inferno, enquanto que o povo redimido de Deus vive para sempre na nova terra que foi purgada de todo mal.

 

Principais Argumentos contra o Pré-Milenismo Histórico

• Apocalipse 20 não fornece prova incontestável para um reinado milenar terreno que se seguirá à Segunda Vinda.

• O livro de 1 Coríntios 15.23,24 não fornece evidência clara um Reino milenar terreno.

• O retorno do Cristo glorificado e dos crentes glorificados, para uma terra onde ainda existe pecado e morte, violaria a finalidade da glorificação.

• O reinado milenar terreno não concorda com o ensino escatológico do Novo Testamento, uma vez que não pertence nem a era presente nem a era porvir.

• Os Pré-Milenistas se utilizam apenas da literatura apocalíptica para provar a literalidade do milênio, visto que o Velho Testamento não possui nenhum texto que relata um período literal de mil anos.

 

Conclusão

Este ponto de vista foi abandonado pela maior parte do Cristianismo, que passou a adotar a interpretação Amilenista e mais tarde Pós-Milenista.

Depois do século XIX surgiu a interpretação conhecida como Pré-Milenismo Dispensacionalista, porém difere em várias partes do Pré-Milenismo Histórico.

Alguns proponentes dessa interpretação escatológica: George Ladd, J. Barton Payne, Alexander Reese, Millard Erickson e outros.

 

Fontes de Pesquisas:

Livro ‘A Bíblia e o Futuro’ de Anthony Hoekema

http://br.dir.groups.yahoo.com/group/solascripturatt/message/6453

http://idac.info/pos_melenismo_amilenismo_e_pre_milenismo.html

http://www.revistaimpacto.com.br/divergencias-historicas-sobre-a-escatologia

Autor: ** Geração Maranata ** Se for copiar favor informar a Fonte!

Haverá um Reino Milenar depois que Cristo voltar? – Pós-Milenismo

Filed Under (Métodos de Interpretação Profética) by Geração Maranata on 09-06-2011

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por Geração Maranata

O Milênio

“E vi descer do céu um anjo, que tinha a chave do abismo, e uma grande cadeia na sua mão. Ele prendeu o dragão, a antiga serpente, que é o Diabo e Satanás, e amarrou-o por mil anos.

E lançou-o no abismo, e ali o encerrou, e pôs selo sobre ele, para que não mais engane as nações, até que os mil anos se acabem.

E depois importa que seja solto por um pouco de tempo.

E vi tronos; e assentaram-se sobre eles, e foi-lhes dado o poder de julgar; e vi as almas daqueles que foram degolados pelo testemunho de Jesus, e pela palavra de Deus, e que não adoraram a besta, nem a sua imagem, e não receberam o sinal em suas testas nem em suas mãos; e viveram, e reinaram com Cristo durante mil anos.

Mas os outros mortos não reviveram, até que os mil anos se acabaram. Esta é a primeira ressurreição.  Bem-aventurado e santo aquele que tem parte na primeira ressurreição; sobre estes não tem poder a segunda morte; mas serão sacerdotes de Deus e de Cristo, e reinarão com ele mil anos.

E, acabando-se os mil anos, Satanás será solto da sua prisão, E sairá a enganar as nações que estão sobre os quatro cantos da terra, Gogue e Magogue, cujo número é como a areia do mar, para as ajuntar em batalha. E subiram sobre a largura da terra, e cercaram o arraial dos santos e a cidade amada; e de Deus desceu fogo, do céu, e os devorou.  E o diabo, que os enganava, foi lançado no lago de fogo e enxofre, onde está a besta e o falso profeta; e de dia e de noite serão atormentados para todo o sempre.” (Apo: 20:1-10)

 

"Ora nos dias desses reis, o Deus do céu suscitará um reino que jamais será destruído e cuja realeza não será deixada a outro povo. Ele pulverizará e aniquilará todos esses reinos, e subsistirá para sempre" (Dn 2:44)

“E o Senhor será rei sobre toda a Terra; naquele dia um será o Senhor e um será o seu nome” (Zc 14:9)

 

 

A palavra millennium vem do latim mille annus que significa mil anos. O termo grego usado na Bíblia é chiliasm (quiliasmo).  

χιλιοι chilioi
plural de afinidade incerta
1) mil

ετος etos
1) ano

No capítulo 20 de Apocalipse encontramos a única menção de um Reino Milenar de Cristo e as divergências giram em torno desses mil anos.

Nem todos os cristãos acreditam que Jesus Cristo voltará literalmente à Terra para estabelecer um Reino de paz e segurança que durará mil anos.

Quatro correntes escatológicas tentam explicar o significado do Milênio:

Nessa primeira série de estudos iremos abordar o ensino do Milênio segundo a visão Pós-Milenista.

O Pós-Milenismo é uma das quatro correntes que tentam responder à pergunta:

“Haverá um Reino Milenar depois que Cristo voltar?”

 

Pós-Milenismo

O Pós-Milenismo defende que o Reino de Cristo está se estabelecendo na Terra desde a ascensão de Jesus e que a era atual é o Milênio (não necessariamente de mil anos), não entendem o Milênio de forma literal, ou seja, período de mil anos, mas vêem o Milênio como um grande período de paz.

Segundo essa visão, a maioria das pessoas se converterá a Cristo o que resultará na cristianização da sociedade mundial.

Os Pós-Milenistas acreditam que o Reino se estenderá gradualmente através da pregação do Evangelho, da conversão final da maioria das pessoas, não necessariamente de todas, e do aumento da justiça, da prosperidade e do progresso em todos os âmbitos da vida, à medida que a maioria crescente de crentes se esforçarem para ganhar o mundo para Cristo.  Todos se converterão inclusive os judeus, antes da volta de Cristo, o que denota um certo Universalismo (*).

(*) O ensinamento Universalismo afirma que todos os homens serão salvos pela misericórdia de Deus.

Cristo governará nos corações dos homens, sendo isso o Reino de Deus. Não será um governo político. Texto base Jo 14:16:

"E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre."

Como o nome indica e segundo essa visão, Cristo voltará a terra "depois dos mil anos".

Depois de o Cristianismo ter dominado o mundo por muito tempo, Cristo voltará.

Como no Amilenismo, haverá uma ressurreição geral, a destruição desta criação atual e a entrada no Estado Eterno.

Os Pós-Milenistas diferem dos Pré-Milenistas e dos Amilenistas porque são otimistas em sua crença de que esta vitória se realizará sem a necessidade de uma volta cataclísmica de Cristo para impor justiça, mas que ela será o resultado da aplicação fiel do processo atual.

 

Histórico

Esta interpretação escatológica foi desenvolvida no século XVIII e ganhou seguidores principalmente entre as igrejas reformadas.

O Pós-Milenismo só se desenvolveu como um sistema distinto da escatologia depois da Reforma.

Antes disso, consistia de vários elementos que depois foram incluídos na mistura teológica do Pós-Milenismo Moderno.

Pode ser dividido em dois tipos:

Pós-Milenismo Antigo – Fazem parte deste grupo os Puritanos e alguns escritores modernos. Esse grupo espera uma grande obra futura de Deus entre os judeus, que levará à conversão de muitos, senão de todos eles. Alguns, dentro da mesma linha, esperam um grande e poderoso reavivamento na igreja no final dos tempos, antes da vinda de Cristo, quando o evangelho uma vez mais frutificará tanto quanto no tempo dos apóstolos ou da grande Reforma Protestante do século XVI.  A Igreja crescerá espantosamente ao ponto da “terra se encher do conhecimento do Senhor como as águas cobrem o mar” (Hc 2:4).

Pós-Milenismo Radical – surgiu mais recentemente, e parte dele é algumas vezes conhecido como "Reconstrucionismo Cristão" ou “Teologia do Domínio”. Este Pós-Milenismo mais radical espera não somente um futuro glorioso para a igreja, mas que tudo da sociedade e da vida humana esteja algum dia debaixo do domínio de cristãos, e que esta sociedade “cristianizada” será o cumprimento das promessas da Escritura com respeito ao Reino de Cristo.

(*) Leia o que é Reconstrucionismo Cristão aqui.

 

O Pós-Milenismo enfatiza o 'Evangelho Social'

Esta forma mais recente de Pós-Milenismo espera que a realização principal de Deus será neste presente mundo, e que a mesma chegará não somente pela pregação do evangelho e o crescimento da igreja, mas pela “ação” e envolvimento cristão nas diferentes áreas da vida.

Muitos que são desta convicção insistiriam que é essencial que os cristãos estejam envolvidos e eventualmente “tomem” as várias áreas da sociedade, reivindicando-as assim para Cristo e, como dizem, “coroem Cristo como rei em toda área”.

A maioria dos Pós-Milenistas são também Preteristas, ou seja, crêem que toda a primeira parte de Mateus 24:1-35, e a maior parte do livro de Apocalipse já se cumpriu. As profecias foram cumpridas na destruição de Jerusalém pelo exército romano em 70 d.C. As profecias com respeito ao Anticristo e a grande tribulação já tiveram o seu cumprimento. A visão que eles têm da igreja e do futuro da sociedade impede uma crença numa tribulação no final dos tempos e numa revelação do Anticristo.

Os Pós-Milenistas quase sempre são chamados de Teonomistas (“Teonomia” significa “lei de Deus”). Eles crêem que a lei de Deus, incluindo as leis civis do Antigo Testamento, será a base para esta futura sociedade cristianizada, este Reino de Cristo aqui sobre a Terra. Não o evangelho, mas a lei será a força principal neste Reino, pois embora nem todos serão convertidos, mas todos se encontrarão debaixo da lei de Deus e sob o “domínio” da lei.

O Pós-Milenismo foi a última grande posição teológica criada acerca do Reino Milenar.

Durante o século XVIII e XIX, o Pós-Milenismo foi a principal concepção acerca do Milênio, quando as missões estavam em franca expansão. Homens como Jonathan Edwards, Charles Hodge e Loraine Boetner foram defensores do Pós-Milenismo. Muitos missionários foram influenciados por esta interpretação, bem como muitos hinos foram escritos inspirados por esta visão.

Até a década de 1960 o Pós-Milenismo foi praticamente extinto.

Porém, nos últimos 25 anos houve um ressurgimento do Pós-Milenismo em algumas áreas conservadoras através do movimento chamado "Reconstrucionismo Cristão".

Essa linha escatológica tem alcançado mais adeptos nos círculos contemporâneos, apesar de que as duas grandes guerras mundiais quase destruíram esse ponto de vista escatológico pela afirmação de que estamos vivenciando o Milênio.

 

Similaridades do Pós-Milenismo com as outras correntes escatológicas:

Amilenismo – Não vê um Reino futuro de Israel. Diferença: crê que a Igreja chegará a dominar o mundo e o poder da Igreja será o governo. Depois Jesus voltará a Terra para julgar os vivos e mortos, e então virá o Estado Eterno.

Pré-Milenismo – Crê em um período de glórias terrenas para a Igreja, como um novo Israel. Diferença: esse período será depois da Segunda Vinda de Cristo, e não antes, como no Pós-Milenista.

 

Principais Defensores:

Loraine Boettner (principal proponente)

Agostinho

A. Hodge

Charles Hodge

A. H. Strong

B.B. Warfield

Joaquim de Fiore

Daniel Whitby

James Snowden

Cronologia escatológica:

  • Cristo vem após o milênio.
  • O milênio consiste em o mundo atual tornando-se gradualmente milenário pela ação da Igreja.
  • O bem e o mal continuam juntos, crescendo lado a lado, como na parábola do joio e do trigo (Mateus 13.24-30).
  • O crescimento do evangelho transformará o mundo, derrotará o mal, fará o bem reinar e inaugurará o Milênio.
  • Com um conhecimento maior de Deus, os homens viverão como Adão deveria ter vivido.
  • No fim deste período edênico (um novo Éden), os crentes se tornarão frouxos e Satanás sairá para enganá-los.
  • No fim do reino milenário de justiça, Cristo voltará, impedindo novo desastre, como o acontecido no Éden.
  • Ele vencerá Satanás.
  • Ele ressuscitará todos os mortos.
  • Ele realizará o juízo final.
  • Os perdidos serão enviados à condenação.
  • Os salvos entrarão no céu.

 

Fontes pesquisadas:

Livro: Profecias de A a Z (Thomas Ice & Timothy Demy)

www.monergismo.com

www.wikipedia.org

www.pulpitocristao.com

www.reconstrucionismo.blogspot.com

Autor: **Geração Maranata** Se for copiar cite a Fonte!

Ponto de Vista Amilenista

Filed Under (Métodos de Interpretação Profética) by Geração Maranata on 08-05-2011

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post atualizado em 08/05/2011

Amilenismo – crença de que não haverá um Reino literal de Cristo por 1000 anos.

O autor do artigo a seguir, apresenta uma defesa à Teoria Amilenista.

Reafirmamos que posicionamentos escatológicos não devem ser motivos para divisão, são apenas visões diferentes da profecia bíblica.  Nunca devemos esquecer que adoramos ao mesmo Deus e temos a mesma bendita esperança (Tito 2:13).

Com base nesse conceito, procuramos publicar artigos com todas as teorias escatológicas, ora defendendo, ora refutando.

O estudante de escatologia poderá ler e confrontar todas essas correntes escatológicas.

 

Amilenismo

por Rev. Ronald Hanko

A palavra Amilenismo significa literalmente “nenhum milênio”. Estritamente falando, não é o caso do amilenismo não ensinar  nenhum milênio de forma alguma. A verdade é que o amilenismo não crê num milênio literal e futuro.

O Amilenismo ensina que o milênio de Apocalipse 20 é  toda a era do Novo Testamento, desde a primeira vinda de Cristo até o fim do mundo. Portanto, os mil anos de Apocalipse 20 devem ser entendidos simbolicamente, e não literalmente.

Este ensino é baseado, primeiro, no fato que os números na Escritura, incluindo o número mil, são frequentemente simbólicos ao invés de literais. Um bom exemplo é o  Salmo 50:10, onde a Escritura certamente não quer dizer literalmente e somente “mil montanhas”, mas todas as montanhas.

Visto que a prisão de Satanás é uma das principais características deste período de mil anos (Apocalipse 20:1-3), o Amilenismo ensina que Satanás está preso por toda a era do Novo Testamento. Ele não está completamente preso, mas preso somente “para que mais não engane as nações” (Apocalipse 20:3). Ele está preso, em outras palavras, para que não possa impedir o evangelho de ser pregado e resultar na conversão das nações gentílicas.  Que Satanás estava preso no tempo da primeira vinda de Cristo é claro a partir de Mateus  12:29. Ali, numa referência óbvia à Satanás, Jesus usa a mesma palavra grega para amarrar que aparece em Apocalipse 20:2. Ele diz aos fariseus que “o homem valente [Satanás]” deve ser amarrado. No contexto desta declaração, Jesus está falando da vinda do reino através da reunião dos gentios, mediante a pregação do evangelho (Mateus 12:14-21, 28-30). Mateus 12:29 interpreta Apocalipse 20:2 e mostra que o resultado da prisão de Satanás é o sucesso do evangelho entre as nações no Novo Testamento.

O Amilenismo, portanto, não espera um milênio ainda porvir, mas crê que está no meio do milênio agora, e que, quando o milênio terminar, o fim do mundo terá chegado. Esta era do Novo Testamento é a última era do mundo.

Os Amilenistas não esperam um rapto mil anos antes do fim, nem uma vinda de Cristo mil anos antes do fim, nem esperam que a grande tribulação ocorra mil anos antes do fim do mundo. Antes, eles ensinam que todos estes eventos ocorrerão no fim e serão seguidos pelo estado eterno.

Por isso, o Amilenismo ensina que a “trombeta” de 1Coríntios 15:51,52 é a  última, e que seguindo o rapto (1Tessalonicenses 4:16,17), os eleitos estarão para sempre com o Senhor na glória celestial. Da mesma forma, no ensino amilenista a grande tribulação de Mateus 24:29 é  imediatamente seguida pela trombeta que anuncia a vinda de Cristo na aparição real de Cristo sobre as nuvens e a assembléia dos seus eleitos.

O Amilenismo não ensina um período de paz e prosperidade sem precedentes para a igreja antes do fim, mas toma seriamente a verdade bíblica de que a grande tribulação da Igreja precederá o final de todas as coisas – que naqueles últimos dias “sobrevirão tempos difíceis” (2Timóteo 3:1), tempos nos quais “os homens perversos e impostores irão de mal a pior” (v. 13).

Por causa disto, alguns acusam o amilenismo de pessimismo. Contudo, ele não é pessimista. Os Amilenistas crêem que Cristo reina, e que com poder soberano faz com que todas as coisas, mesmo as tristes, cooperem juntamente para o bem dos seus amados.

 

Argumentos a favor do Amilenismo

por Wayne Grudem

1. Quando olhamos para a totalidade da Bíblia, somente uma passagem (Apocalipse 20:1-6) parece ensinar o Reino Milenar terreno e futuro de Cristo, e essa passagem em si mesma é obscura. Não é sábio basear tão importante doutrina em uma passagem de interpretação incerta e amplamente controvertida.

Mas, como os Amilenistas entendem Apocalipse 20:1-6?

A interpretação Amilenista vê essa passagem como referindo-se à presente era da Igreja. A passagem é esta:

"E vi descer do céu um anjo, que tinha a chave do abismo e uma grande cadeia na sua mão. Ele prendeu o dragão, a antiga serpente, que é o Diabo e Satanás, e o amarrou por mil anos. Lançou-o no abismo, o qual fechou e selou sobre ele, para que não enganasse mais as nações até que os mil anos se completassem. Depois disto é necessário que ele seja solto por um pouco de tempo. Então vi uns tronos; e aos que se assentaram sobre eles foi dado o poder de julgar; e vi as almas daqueles que foram degolados por causa do testemunho de Jesus e da palavra de Deus, e que não adoraram a besta nem a sua imagem, e não receberam o sinal na fronte nem nas mãos; e reviveram, e reinaram com Cristo durante mil anos. Mas os outros mortos não reviveram, até que os mil anos se completassem. Esta é a primeira ressurreição.Bem-aventurado e santo é aquele que tem parte na primeira ressurreição; sobre estes não tem poder a segunda morte; mas serão sacerdotes de Deus e de Cristo, e reinarão com ele durante os mil anos."

De acordo com a interpretação Amilenista, a prisão de Satanás nos versículos 1 e 2 é a prisão que ocorreu durante o ministério terreno de Jesus. Ele falou sobre amarrar o valente a fim de poder saquear a casa (Mateus 12:29 – “Ou, como pode alguém entrar na casa do valente, e roubar-lhe os bens, se primeiro não amarrar o valente? e então lhe saquear a casa”) e disse que o Espírito de Deus estava presente naquele tempo em poder para triunfar sobre as forças demoníacas: “Mas se é pelo Espírito de Deus que eu expulso demônios, então chegou a vocês o Reino de Deus” (Mateus 12:28). Semelhantemente, com respeito à destruição do poder de Satanás, Jesus disse durante o Seu ministério: "Eu vi Satanás caindo do céu como relâmpago” (Lucas 10:18).

O Amilenista argumenta que essa prisão de Satanás em Apocalipse 20:1-3 tem um propósito específico: “para assim impedi-lo de enganar as nações” (v. 3). Isso, então, é o que aconteceu quando Jesus veio e o evangelho começou a ser proclamado não simplesmente aos judeus, mas, após o Pentecoste, a todas as nações do mundo. De fato, a atividade missionária mundial da igreja e a presença da igreja na maioria das nações do mundo ou em todas elas mostra que o poder que Satanás tinha no Antigo Testamento de “enganar as nações” e mantê-las nas trevas acabou.

Na visão amilenista, argumenta-se que, como João viu as “almas” e não os corpos físicos no versículo 4, essa cena deve estar ocorrendo no céu. Quando o texto diz que “eles ressuscitaram”, não quer dizer que ressuscitaram fisicamente. Isso possivelmente significa que eles simplesmente “viveram”, já que o verbo no aoristo ezesan pode facilmente ser interpretado como a afirmação de um evento que ocorreu por um longo período de tempo. Alguns intérpretes amilenistas, no entanto, tomam o verbo ezesan como significando que “eles vieram à vida” no sentido de vir a uma existência celestial na presença de Cristo e começar a reinar com Ele do céu.

Conforme essa visão, a expressão “primeira ressurreição” (v. 5) refere-se a ir para o céu para estar com o Senhor. Essa não é uma ressurreição corporal, mas uma ida à presença do Senhor no céu. De modo semelhante, quando o versículo 5 diz que “o restante dos mortos não voltou a viver até se completarem os mil anos”, isso é entendido como se eles não tivessem vindo à presença de Deus para juízo até o final dos mil anos. Assim, tanto no versículo 4 quanto no 5, a expressão “voltou a viver” significa ir para a presença de Deus. (Outra posição amilenista da “primeira ressurreição” é a que se refere à ressurreição de Cristo e à participação dos crentes na ressurreição de Cristo por meio da união com Ele).

2. O segundo argumento muitas vezes propostos em favor do Amilenismo é o fato de que a Escritura ensina somente uma ressurreição, tanto os crentes como os descrentes serão levantados da morte, não duas ressurreições (a ressurreição de crentes antes de o milênio começar e a ressurreição de descrentes para o juízo após o fim do milênio). Esse é uma argumento importante, porque a posição pré-milenista requer duas ressurreições separada por um período de mil anos.

Evidência a favor de uma única ressurreição é encontrada em versículos como João 5:28-29, nos quais Jesus diz: “Não fiquem admirados com isto, pois está chegando a hora em que todos os que estiverem nos túmulos ouvirão a sua voz e sairão; os que fizeram o bem ressuscitarão para a vida, e os que fizeram o mal ressuscitarão para serem condenados”. Aqui Jesus fala de uma única “hora” em que tantos crentes como descrentes mortos sairão de suas tumbas (ver também Daniel 12:2; Atos 24:15).

“E muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para a vida eterna, e outros para vergonha e desprezo eterno” (Daniel 12:2)

“Tendo esperança em Deus, como estes mesmos também esperam, de que há de haver ressurreição tanto dos justos como dos injustos” (Atos 24:15)

3. A idéia de crentes glorificados e de pecadores vivendo na terra juntos é muito difícil de aceitar. Berkhof diz: “É impossível entender como uma parte da velha terra e da humanidade pecadora poderá coexistir com uma parte da nova terra e de uma humanidade já glorificada. Como poderão os santos em corpos glorificados ter comunhão com pecadores na carne? Como poderão os santos glorificados viver nesta atmosfera sobrecarregada de pecado e em cenário de morte e decadência?” .

4. Se Cristo vem em glória para reinar sobre a terra, então como as pessoas ainda poderiam persistir no pecado? Uma vez que Jesus esteja realmente presente em Seu corpo ressurreto e reinando como rei sobre a terra, não parece altamente improvável que pessoas ainda O rejeitem e que o mal e a rebelião ainda cresçam na terra até o ponto de finalmente Satanás reunir as nações para a batalha contra Cristo?

5. Em conclusão, os amilenistas dizem que a Escritura parece indicar que todos os eventos mais importantes que ainda estão por acontecer antes do estado eterno ocorrerão de uma só vez. Cristo vai retornar, haverá uma só ressurreição de crentes e descrentes, o juízo final acontecerá, e o novo céu e a nova terra serão estabelecidos. Então, entraremos imediatamente para o estado eterno, sem qualquer milênio futuro.

 

Para saber mais:

http://a-milenismo.blogspot.com/

Ebook: www.scribd.com/doc/18337731/Introducao-Amilenismo-Livromilenio-Boettnner

www.monergismo.com.br

 

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