A Fascinação do Cumprimento das Profecias Bíblicas

Categoria (Artigos, Segunda Vinda de Jesus) por Geração Maranata em 14-10-2010

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por Geração Maranata

No livro de Daniel capítulo 8, pode-se ter uma noção do quanto a Palavra de Deus é confiável. Nesse capítulo podemos ver o cumprimento das profecias bíblicas, e esse cumprimento é simplesmente mais uma prova da existência de Deus e um desafio para se crer nEle. O próprio Deus desafia a humanidade quando diz:

"Quem há, corno eu, feito predições desde que estabeleci o mais antigo povo? Que o declare e o exponha perante mim! Que esse anuncie as coisas futuras, as coisas que hão de vir! Não vos assombreis, nem temais; acaso, desde aquele tempo não vo-Io fiz ouvir, não vo-Io anunciei? Vós sois as minhas testemunhas. Há outro Deus além de mim? Não, não há outra Rocha que eu conheça" (Is 44.7-8).

Está à procura de alguém em quem é possível confiar plenamente? Então você pode se dirigir a Jesus, pois Ele é real! Para fazer de Deus a nossa Rocha precisamos crer nEle, pois apenas saber de Sua existência não é o suficiente. Devemos crer e confiar! Deus sempre cumpre o que promete!

O Senhor diz que somente aquele que faz predições detalhadas é verdadeiramente Deus. E Sua pergunta: "Há outro Deus além de mim?" Ele próprio responde dizendo: "Não há outra Rocha que eu conheça ".

Existem dois grupos de pessoas:

1) Um dos grupos questiona, duvida e critica tentando honestamente chegar à verdade. Com essas pessoas pode-se dialogar, pois elas estão à procura de respostas às suas perguntas, e pela graça do Senhor elas chegam ao conhecimento de Jesus e crêem nEle para Salvação.

2) Mas existem pessoas que perguntam, questionam, criticam e duvidam por duvidar, na verdade não estão preocupadas em conhecer a Verdade. Com essas pessoas é difícil dialogar, pois não querem ajuda real e não se convencem da verdade, mesmo quando apresentada com toda a clareza.

 

Um panorama resumido do cumprimento da profecia bíblica

Daniel encontrava-se na cidadela de Susã e recebeu uma visão de animais, retratando o desenvolvimento da história mundial.

O carneiro

"Então, levantei os olhos e vi, e eis que, diante do rio, estava um carneiro, o qual tinha dois chifres, e os dois chifres eram altos, mas um, mais alto do que o outro; e o mais alto subiu por último. Vi que o carneiro dava marradas para o ocidente, e para o norte, e para o sul; e nenhum dos animais lhe podia resistir, nem havia quem pudesse livrar-se do seu poder; ele, porém, fazia segundo a sua vontade e, assim, se engrandecia" (vv.3-4).

Daniel não sabia o que significava tudo aquilo, mas recebeu a explicação junto com a visão:

"Havendo eu, Daniel, tido a visão, procurei entendê-la (ele abriu seu coração e procurou entender a verdade), e eis que se me apresentou diante uma como aparência de homem (a resposta divina às suas dúvidas já estava chegando). E ouvi uma voz de homem de entre as margens do Ulai, a qual gritou e disse: Gabriel, dá a entender a este a visão. …Aquele carneiro com dois chifres, que viste, são os reis da Média e da Pérsia" (vv. 15-16,20).

Em linguagem simbólica, temos aqui a figura de um carneiro com chifres desiguais, que a explicação divina diz ser o reino medo-persa. O que admira é sua descrição detalhada no versículo 3: "…um carneiro, o qual tinha dois chifres, e os dois chifres eram altos, mas um, mais alto do que o outro; e o mais alto subiu por último." O que fascina nessa descrição é o cumprimento histórico detalhado e exato dessa profecia. O chifre pequeno, que veio antes, é uma figura do império medo, e o segundo chifre, que veio depois, é uma ilustração da Pérsia. Essas imagens se juntam e formam um grande reino de abrangência mundial. Mesmo que a Pérsia tenha se tornado poderosa depois da Média (no ano 559 a.C), ela superou em muito os medos. A Pérsia expandiu seu reino com seu exército gigantesco de mais de dois milhões de soldados para o ocidente, para o norte e para o sul. O Senhor já havia profetizado essa expansão, e tudo cumpriu-se literalmente no decorrer da história.

 

O bode

"Estando eu observando, eis que um bode vinha do ocidente sobre toda a terra, mas sem tocar no chão; este bode tinnha um chifre notável entre os olhos; dirigiu-se ao carneiro que tinha os dois chifres, o qual eu tinha visto diante do rio; e correu contra ele com todo o seu furioso poder. Vi-o chegar perto do carneiro, e, enfurecido contra ele, o feriu e lhe quebrou os dois chifres, pois não havia força no carneiro para lhe resistir; e o bode o lançou por terra e o pisou aos pés, e não houve quem pudesse livrar o carneiro do poder dele" (vv.5-7).

A explicação dessa profecia é encontrada no versículo 21: “… bode peludo é o rei da Grécia…". É fantástico ver que o anjo, que transmitiu a Daniel o significado da visão, chama a terra simbolizada pelo bode de Grécia. O que é tão especial nesse fato? No do reino medo-persa ainda poderíamos encontrar uma explicação lógica, pois Daniel ainda vivenciou o início do estabelecimento desse reino. Mas o que chama a atenção nessa profecia sobre a Grécia é que ela foi feita aproximadamente 200 anos antes que esse país surgisse no cenário mundial. E a profecia cumpriu-se nos mínimos detalhes.

Na ocasião em que a profecia foi feita, ninguém nem sequer imaginava que a Grécia poderia entrar em cena. Com certeza muitos nem sequer sabiam onde se localizava esse país.

Voltando a atenção aos detalhes que foram preditos 200 anos antes:

a) "Este bode tinha um chifre notável entre os olhos" (v.5). Quem é esse chifre? "…é o rei da Grécia; o chifre grande entre os olhos é o primeiro rei" (v.21). Quem foi o primeiro grande rei da Grécia? Alexandre o Grande! Ele era pequeno de estatura (apenas 1,55m), mas era chamado de "o Grande" porque seu reino era enorme.

b) "Estando eu observando, eis que um bode vinha do ocidente sobre toda a terra (pela história sabemos que Alexandre veio do ocidente com um exército pequeno e muito rápido), mas sem tocar no chão (em poucos anos Alexandre conquistou a Ásia Menor, a Síria, o Egito, a Mesopotâmia e depois os países até a Índia. Isso nunca havia acontecido em toda a história); este bode tinha um chifre notável entre os olhos; dirigiu-se ao carneiro que tinha os dois chifres, o qual eu tinha visto diante do rio; e correu contra ele com todo o seu furioso poder" (correu contra os persas, pois estes haviam tomado dos gregos duas cidades próximas a Atenas nas batalhas de Maratona e Salamis). Vi-o chegar perto do carneiro, e, enfurecido contra ele, o feriu e lhe quebrou os dois chifres, pois não havia força no carneiro para lhe resistir; e o bode o lançou por terra e o pisou aos pés, e não houve quem pudesse livrar o carneiro do poder dele" (vv.5-7).

Foi assim que a Grécia, sob o comando de Alexandre o Grande, venceu o império Medo-Persa.

c) "O bode se engrandeceu sobremaneira; e, na sua força, quebrou-se-lhe o grande chifre (Alexandre o Grande), e em seu lugar saíram quatro chifres notáveis, para os quatro ventos do céu"(v.8). Isso também é confirmado pela história. Alexandre o Grande realmente morreu subitamente na Babilônia no auge de seu poder, tinha apenas 32 anos de idade. Muitos afirmam que ele morreu de malária e das conseqüências do alcoolismo, outros dizem que foi envenenado. De qualquer maneira, o grande imperador morreu e “em seu lugar saíram quatro chifres notáveis, para os quatro ventos do céu".

Encontramos a explicação no versículo 22: "o ter sido quebra¬do, levantando-se quatro em lugar dele, significa que quatro reinos se levantarão deste povo, mas não com força igual à que ele tinha." E de fato, lendo hoje os livros que contam a história daquela época, nos deparamos com Alexandre, o Grande, que não teve filhos e cujo reino foi repartido entre quatro de seus generais após sua morte, o que é simbolizado pelos quatro chifres da visão do Daniel.

1. Ptolomeu recebeu o Egito e partes da Ásia Menor.

2. Cassandro recebeu territórios na Macedônia e na Grécia.

3. Lisímaco recebeu a Trácia e partes ocidentais da Ásia Menor.

4. Seleuco recebeu a Síria, a Mesopotâmia e Israel.

Esse reino grego foi dividido em quatro partes e jamais voltou a ter o mesmo poder que tinha sob Alexandre.  E tudo isso foi profetizado 200 anos antes!

"Quem há, corno eu, feito predições desde que estabeleci o mais antigo povo? Que o declare e o exponha perante mim! Que esse anuncie as coisas futuras, as coisas que hão de vir! (Is 44.7).

Mas a história continua.

 

O chifre pequeno

"De um dos chifres saiu um chifre pequeno e se tornou muito forte para o sul, para o oriente e para a terra gloriosa. Cresceu até atingir o exército dos céus; a alguns do exército e das estrelas lançou por terra e os pisou. Sim, engrandeceu-se até ao príncipe do exército; dele tirou o sacrifício diário e o lugar do seu santuário foi deitado abaixo. O exército lhe foi entregue com o sacrifício diário, por causa das transgressões; e deitou por terra a verdade e o que fez prosperou." (vv.9-12)

Esse texto fala do tristemente famoso imperador Antíoco Epifânio. Ele merece uma longa descrição no texto bíblico, pois é uma ilustração profética do Anticristo que virá no fim dos tempos.

Devemos ter em mente que as afirmações referentes a Antíoco Epifânio foram feitas com aproximadamente 380 anos de antecedência. Ele chegou ao poder em 175 a.C. Tudo o que foi escrito a seu respeito é confirmado integralmente pela história. Ele é o "chifre pequeno" oriundo de um dos quatro reinos já mencionados, que surgiram da divisão do reino de Alexandre o Grande, da região de Seleuco, a quem pertencia a Síria, Mesopotâmia e Israel. Mais tarde ele subjugou o sul (Egito), o leste e a terra gloriosa (Israel) (v.9).

Ele praticou uma abominação nunca vista no lugar Santíssimo do templo judeu. Ele próprio se intitulava Antíoco Epifânio (“o iluminado"). Os judeus chamavam-no de Antíoco Epimano (“o louco") por seus atos desvairados, e ele morreu como demente.

Leiamos mais uma vez a descrição de seus atos na Bíblia Viva:

"Chegou a desafiar o Comandante do exército do Céu, interrompendo os sacrifícios que eram oferecidos diariamente a Deus e manchando a pureza do seu templo. Apesar desses pecados terríveis, Deus não deixou o exército do Céu castigar o chifre. O resultado disso foi que a verdade e a justiça desapareceram e a maldade se espalhou" (vv.11-12).

– Durante seu reinado os judeus estavam proibidos de obedecer à Lei;

– Eles não podiam guardar o sábado;

– Seus filhos não podiam ser circuncidados;

– Suas festas anuais foram proibidas;

– Os sacrifícios foram banidos, e em seu lugar foram levantados altares a deuses estranhos em Jerusalém e oferecidos sacrifícios impuros;

– Os judeus foram obrigados a comer carne de porco;

– E o auge aconteceu a 16 de dezembro de 167 a.C.. Ele mandou fazer uma estátua de abominação e erigiu no altar do holocausto um altar para Zeus Olimpo, mandando sacrificar sobre ele um porco.

Milhares e milhares de judeus morreram da forma mais cruel por terem resistido às leis de Antíoco Epifânio. Ele morreu demente no ano de163 a.C. na Pérsia.

Na declaração do Senhor – acerca da duração da abominação desoladora – vemos mais uma vez o quanto a Palavra de Deus é digna de confiança:

"Depois, ouvi um santo que falava; e disse outro santo àquele que falava: Até quando durará a visão do sacrifício diário e da transgressão assoladora, visão na qual é entregue o santuário e o exército, a fim de serem pisados? Ele me disse: Até duas mil e trezentas tardes e manhãs; e o santuário será purifica¬do" (vv. 13-14).

O anjo falou que duraria "até duas mil e trezentas tardes e manhãs". É provável que não signifique 2300 dias, pois a afirmação refere-se ao sacrifício diário. E em Israel se sacrificava duas vezes ao dia, no sacrifício matutino e no vespertino, e isso perfaz 1150 dias (2300 sacrifícios = 1150 dias).

Esse é o tempo exato da profanação do templo, de 16 de dezembro de 167 até o momento em que o templo foi renovado por Judas Macabeu no final de 164 a.C até o início de 163 a.C, quando ele restabeleceu os sacrifícios judaicos. Judá reconquistou sua liberdade religiosa. O tempo determinado cumpriu-se literalmente!

Esse é um resumido panorama do cumprimento das profecias bíblicas que encontramos no capítulo 8 de Daniel.

 

 

Livro: "As Profecias de Daniel" de Norbert Lieth

Onde encontrar: http://www.chamada.com.br/livraria/autores/?cod=NL

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