As Sete Festas de Israel têm um significado profético, pois além de apontar para Cristo como o Cordeiro Pascal, elas também falam da ‘parousia’ que é a Segunda Vinda do Senhor Jesus.
As Festas Bíblicas foram ordenanças do Senhor e por quatro vezes encontramos a declaração de que elas seriam um 'estatuto perpétuo' para Israel. (Lv. 23)
Cristo cumpriu as quatro festas comemoradas na Primavera, no tempo exato designado para sua celebração, segundo o calendário judaico.
Isso quer dizer que, uma vez que o ciclo de festas da Primavera foi cumprido por Cristo em sua primeira Vinda, também o ciclo de festas do Outono será cumprido, no futuro, com os eventos relacionados à segunda Vinda de Jesus.
"Fala aos filhos de Israel, dizendo: Aos quinze dias deste mês sétimo (Tishrei)será a festa dos tabernáculos ao Senhor por sete dias. Ao primeiro dia haverá santa convocação; nenhum trabalho servil fareis. Sete dias oferecereis ofertas queimadas ao Senhor; ao oitavo dia tereis santa convocação, e oferecereis ofertas queimadas ao Senhor; dia de proibição é, nenhum trabalho servil fareis." (Levítico 23:34-36)
Contexto Histórico
Sucot se inicia no dia 15 de Tishrei (5 dias após o Yom Kippur). Também é conhecida como Festa dos Tabernáculos, Festa das Cabanas e Festa das Colheitas (ou Reunião das Colheitas).
סכות Cukkowth ou סכת Cukkoth
Sucote = “tendas”
É uma das três festas onde o povo de Israel peregrinava até o Templo de Jerusalém (as outras duas são a Páscoa e o Pentecoste):
"Três vezes no ano todo o homem entre ti aparecerá perante o Senhor teu Deus, no lugar que escolher, na festa dos pães ázimos, e na festa das semanas, e na festa dos tabernáculos; porém não aparecerá vazio perante o Senhor." (Deuteronômio 16:16).
Após a destruição do segundo Templo no ano 70 a.C., as festas judaicas passaram a ser realizadas nas sinagogas ou nos lares, pois não havia mais um templo e local para oferendas.
Devido a grande perseverança e capacidade de adaptação do povo judeu, foram mantidas as tradições e rituais (readaptados), que fizeram a religião judaica sobreviver até os dias de hoje! Atualmente, os judeus em Jerusalém se reúnem no Muro das Lamentações para a Benção Cohen (Sacerdotal).
Sucot traz à memória os 40 anos de peregrinação dos hebreus no deserto, após a saída da terra do Egito. Neste período, por serem nômades, o povo vivia em tendas. Por este motivo, o Senhor ordenou que sempre se lembrassem dessa época quando entrassem em Canaã:
"Porque fiz habitar os filhos de Israel em cabanas, quando os tirei da terra do Egito." (Levítico 23:42)
"E no primeiro dia tomareis para vós ramos de formosas árvores, ramos de palmeiras, ramos de árvores frondosas, e salgueiros de ribeiras; e vos alegrareis perante o Senhor vosso Deus por sete dias." (Levítico 23:40)
Deste modo, os hebreus começavam a construir a Sucá (tendas) a partir do dia seguinte ao Yom Kippur (11 de Tishrei).
A Festa de Sucot durava 7 dias, ou seja, do dia 15 a 21 de Tishrei. Nestes dias celebravam-se também a colheita de outono de frutas e azeitonas com muita alegria e gratidão pelo sustento provido pelo Senhor:
"E a festa da sega dos primeiros frutos do teu trabalho, que houveres semeado no campo (Shavuot), e a festa da colheita (Sucot), à saída do ano, quando tiveres colhido do campo o teu trabalho." (Êxodo 23:16)
Quando Sucot coincidia em um ano sabático, a Lei era lida no santuário para toda a congregação:
"E ordenou-lhes Moisés, dizendo: Ao fim de cada sete anos, no tempo determinado do ano da remissão, na festa dos tabernáculos, Quando todo o Israel vier a comparecer perante o Senhor teu Deus, no lugar que ele escolher, lerás esta lei diante de todo o Israel aos seus ouvidos. Ajunta o povo, os homens e as mulheres, os meninos e os estrangeiros que estão dentro das tuas portas, para que ouçam e aprendam e temam ao Senhor vosso Deus, e tenham cuidado de fazer todas as palavras desta lei; E que seus filhos, que não a souberem, ouçam e aprendam a temer ao Senhor vosso Deus, todos os dias que viverdes sobre a terra a qual ides, passando o Jordão, para a possuir". (Deuteronômio 31:10-13).
Ano Sabático – descanso da terra: "Também seis anos semearás tua terra, e recolherás os seus frutos; Mas ao sétimo a dispensarás e deixarás descansar, para que possam comer os pobres do teu povo, e da sobra comam os animais do campo. Assim farás com a tua vinha e com o teu olival." (Êxodo 23:10,11)
Oferenda da Água
Algumas cerimônias foram gradualmente adicionadas às festividades judaicas, uma delas é a "Festa da água", em hebraico: Simchat Beit Ha-Shoevá.
Acredita-se que essa cerimônia remonta aos tempos do segundo Templo. Conta-se que uma procissão de sacerdotes descia as escadas do Templo até a fonte de Siloam (ou Siloé) e mergulhava um jarro na água e trazia até o altar para oferecer em libação. O objetivo era lembrar a Deus de trazer chuva para preparar a terra para o plantio, já que durante o verão a terra ficava muito seca devido a escassez de chuva.
Foi durante esta cerimônia que Jesus declarou:
"E no último dia, o grande dia da festa (Tabernáculo), Jesus pôs-se em pé, e clamou, dizendo: Se alguém tem sede, venha a mim, e beba. Quem crê em mim, como diz a Escritura, rios de água viva correrão do seu ventre." (João 7:37-38).
A cerimônia de oferenda da água ocorria no último dia da Festa dos Tabernáculos (7° dia), conhecido como o "Grande Dia da Festa" ou "Hoshana Rabá" (Grande Hosana).
Hoshaná Rabá (Em aramaico הוֹשַׁעְנָא רַבָּא) – O sétimo dia da festa judaica de Sucot, dia 21° de Tishrei, conhecido também como "Grande Hoshaná/Súplica". Acredita-se que seja o último dia do "julgamento" Divino no qual o destino do novo ano é determinado.
As quatros Espécies
"No primeiro dia tomareis para vós ramos de formosas árvores, ramos de palmeiras, ramos de árvores frondosas, e salgueiros de ribeiras; e vos alegrareis perante o Senhor vosso Deus por sete dias". (Levítico 23:40)
Não se sabe exatamente de quais espécies de árvores e frutas a Bíblia se referiu para serem usadas. A tradição judaica ensina que “a fruta de árvore formosa” é a cidra (etrog); “ramos de palmeiras” são os ramos da tamareira (lulav); “ramos de árvores frondosas” são os ramos de murta (hadassim); e “salgueiros de ribeira” são salgueiros mesmo (aravot).
Há muitas interpretações para o significado das quatro espécies: representam todos os tipos de frutos e pessoas, representam diferentes partes do corpo, representam os três patriarcas e José, e a simbologia mais citada: representam 4 tipos de judeus:
CIDRA – tem gosto e aroma – representa um judeu com conhecimento da Torá e bons atos.
TÂMARA – tem gosto, mas não tem aroma – representa um judeu com conhecimento somente.
MIRTO – não tem gosto mas tem aroma – representa um judeu sem conhecimento da Torá, mas com boas ações.
SALGUEIRO – não tem aroma e nem gosto – representa um judeu sem conhecimento e sem boas ações.
Eventos e Curiosidades relacionados ao Sucot
O livro de Eclesiastes era a leitura escolhida devido às suas características alegres e simples.
O mandamento que nos ordena o acolhimento a estrangeiros e a especial hospitalidade nesta época está também associado aos valores religiosos de Sucot.
A festa dos Tabernáculos foi a inspiração para o Dia de Ação de Graças Americano.
Durante os sete dias de Sucot, o grande altar de sacrifício recebia um número de sacrifício maior do que em qualquer outra festa: 70 novilhos, 14 carneiros, 98 cordeiros e 7 bodes (Números 29.12-34).
Sucot é a sétima Festa instituída por Deus, era realizada no sétimo mês e duravam sete dias.
Os estrangeiros eram chamados para participar desta Festa (a Igreja).
O Templo de Salomão foi dedicado durante os dias desta Festa (2ª Crónicas 5:2-3),
Deus habitou em nosso meio na pessoa de Jesus. Em João 1:14, que diz: "E o verbo se fez carne, e habitou (skenoo) entre nós", a palavra no original não é habitou, mas "tabernaculou" entre nós. Isto demonstra que Jesus era "Deus conosco", ou seja, Deus tabernaculando conosco. Por esse motivo há uma vertente que sustenta que Jesus não nasceu no mês que se celebra a Páscoa (março ou abril), mas na Festa dos Tabernáculos (setembro ou outubro). Deus também havia habitado com Israel conforme o versículo:“E me farão um santuário, e habitarei no meio deles”. (Êxodo 25:8). Esta é a essência da Festa, assim como Deus habitou temporariamente com seu povo, Jesus habita hoje em nós e habitará para sempre e fisicamente com seu povo no futuro.
σκηνοω skenoo
1) fixar o tabernáculo, ter o tabernáculo, permanecer (ou viver) num tabernáculo (ou tenda)
2) residir
Skenoo deriva da palavra grega:
σκηνος skenos
1) tabernáculo, tenda
2) metáf. do corpo humano, no qual a alma habita como se fosse uma tenda, e que é derrubada na morte
Cumprimento Profético
1) Nascimento de Jesus (1ª Vinda)
Há controvérsia a respeito do ano e mês do nascimento do Senhor, alguns acreditam que foi no mês de Nissan (março/abril), outros apontam o mês de Tishrei (setembro/outubro).
O embasamento para as teorias do mês e ano do nascimento geralmente se dá pelos fatos históricos, ou seja, ano da morte do rei Herodes, ano do decreto de Cesar Augusto, o fato das ovelhas estarem no campo, etc.
Porém, segundo os que apóiam o mês Tishrei, sustentam que a própria Bíblia pode responder ao questionamento tomando-se por base os 24 turnos dos sacerdotes, conforme 2 Crônicas 24:1-19.
A Bíblia informa que o sacerdote Zacarias era da ordem de Abias: "Existiu, no tempo de Herodes, rei da Judéia, um sacerdote chamado Zacarias, da ordem de Abias…" (Lucas 1:5). A ordem de Abias era a oitava dos 24 turnos: "A sétima a Hacoz, a oitava a Abias." (1 Crônicas 24:10).
O início da contagem dos turnos se iniciava no primeiro mês do ano: "Este mesmo mês (Abibe) vos será o princípio dos meses; este vos será o primeiro dos meses do ano." (Êxodo 12:2) – "Hoje, no mês de Abibe, vós saís." (Êxodo 13:4).
Logo o 1° e 2° turno iniciava no mês de Abibe (abril de nosso calendário) então o 7° e 8° turno cairia no mês de Tamuz (junho).
Sabe-se que Isabel, esposa de Zacarias concebeu seu filho João por este mês ou no inicio do próximo Av (julho).
Sabe-se também que Maria concebeu por ocasião do 6o mês de gravidez de Isabel:
"E, depois daqueles dias, Isabel, sua mulher, concebeu, e por cinco meses se ocultou, dizendo: Assim me fez o Senhor, nos dias em que atentou em mim, para destruir o meu opróbrio entre os homens. E, no sexto mês, foi o anjo Gabriel enviado por Deus a uma cidade da Galiléia, chamada Nazaré, A uma virgem desposada com um homem, cujo nome era José, da casa de Davi; e o nome da virgem era Maria." (Lucas 1:24-27).
Deste modo, Maria deve ter engravidado no mês de Tebeth (Dezembro) ou início de Shebat (Janeiro). Nove meses depois Jesus nasce no provável mês de Tishrei, mês de comemoração da Festa dos Tabernáculos:
"E o Verbo se fez carne, e habitou (skenoo) entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade." (João 1:14).
σκηνοω skenoo
1) fixar o tabernáculo, ter o tabernáculo, permanecer (ou viver) num tabernáculo (ou tenda)
2) residir
2) Reino Milenar (2ª Vinda)
"E ouvi uma grande voz, vinda do trono, que dizia: ‘Eis que o tabernáculo de Deus está com os homens, pois com eles habitará, e eles serão o seu povo, e Deus mesmo estará com eles. Ele enxugará de seus olhos toda lágrima; e não haverá mais morte, nem haverá mais pranto, nem lamento, nem dor; porque já as primeiras coisas são passadas”. (Apocalipse 21:3-4)
A Festa dos Tabernáculo é a 7ª e última Festa instituída por Deus e ao contrário de Yom Teru'ah e Yom Kippur, trata-se de uma Festa alegre e de gratidão pela colheita realizada.
Por este motivo Sucot representa o reinado Milenar de Cristo e aponta para as duas vindas do Senhor, a primeira em seu nascimento e a segunda em seu retorno para estabelecer o seu Reino.
O Senhor escolheu as colheitas para explicar seu plano profético. Em Israel havia 3 épocas de colheitas:
– a 1ª da cevada (Primícias/HaBikurim): foi cumprida com a ressurreição de Cristo;
– a 2ª do trigo (Pentecoste/Shavuot): deu início a era da Igreja que será encerrada com o Arrebatamento;
– a 3ª de frutos (Tabernáculos/Sucot): será a dos "rabiscos", a última e grande colheita de almas e estarão incluídas nesta colheita os salvos durante a Grande Tribulação (uvas) e o remanescente de Israel (azeitonas).
Porque será como o segador que colhe a cana do trigo e com o seu braço sega as espigas; e será também como o que colhe espigas no vale de Refaim.Porém ainda ficarão nele alguns rabiscos, como no sacudir da oliveira: duas ou três azeitonas na mais alta ponta dos ramos, e quatro ou cinco nos seus ramos mais frutíferos, diz o SENHOR Deus de Israel." (Isaías 17:5-6)
"E um dos anciãos me falou, dizendo: Estes que estão vestidos de vestes brancas, quem são, e de onde vieram? E eu disse-lhe: Senhor, tu sabes. E ele disse-me: Estes são os que vieram da grande tribulação, e lavaram as suas vestes e as branquearam no sangue do Cordeiro." (Apocalipse 7:13-14)
Quando o grão de trigo (a Igreja) for completamente colhido, ainda restarão os rabiscos: sobras de grãos, cachos de uvas e azeitonas, que certamente serão colhidos pelo Senhor.
Nota: A azeitona (fruto da oliveira) representa Israel e a uva (fruto da vinha), além de representar também Israel, representa os povos em geral.
O último dia da Festa, o 7°, simboliza o "último dia" do juízo e o último dia da grande colheita de almas. Também é conhecido como o 'Dia do Grande Hosana', 'Hoshana Rabá' ou A Grande Salvação. Diz-se que neste dia os sacerdotes rodeavam o altar sete vezes recitando o Salmos 118.
A Festa dos Tabernáculos é a única que continuará a ser celebrada durante o Milênio:
"E acontecerá que, todos os que restarem de todas as nações que vieram contra Jerusalém, subirão de ano em ano para adorar o Rei, YHWH dos Exércitos, e para celebrarem a Festa dos Tabernáculos”. (Zacarias 14:16)
O Senhor declarou que os dias da Festa dos Tabernáculos são "o tempo da nossa alegria" (Lev. 23:40), pois serão dias alegres em decorrência do governo do nosso Rei Jesus.
O Oitavo Dia ou 'Shemini Atzeret'
Sucot era celebrada por 7 dias:"Fala aos filhos de Israel, dizendo: Aos quinze dias deste mês sétimo (Tishrei) será a festa dos tabernáculos ao Senhor por sete dias…" (Levítico 23:34)
Porém, o Senhor determinou que no dia posterior ao término da Festa, ou seja, o 8° dia, deveria ter santa convocação: "..ao oitavo dia tereis santa convocação, e oferecereis ofertas queimadas ao Senhor; dia de proibição é, nenhum trabalho servil fareis." (Levítico 23:36)
O oitavo dia é conhecido como Shemini Atzeret, que significa Reunião, Ajuntamento.
Acredita-se que o 8° dia (e não o 7°) simboliza o "Último Grande Dia", pois esse dia retrataria o fim do ciclo de Festas, assim como o Fim do Plano Profético do Senhor dando início a um "novo começo" com o Reino de Cristo – o Milênio.
Porém há outra teoria sobre o significado do oitavo dia: seria o final (e nao o início) do Milênio, após a derrota de todos os inimigos (Ap 20:10) – satanás, seus anjos e a morte – dando início à Eternidade ou o Estado Eterno. O Milênio, portanto, ocorreria entre o 7° e 8° dia.
Para Israel o oitavo dia marca o início oficial da estação das chuvas e a tradição judaica entendia que Deus determinava a quantidade de chuvas que cairia no próximo ano. As chuvas têm um significado espiritual de derramamento do Espírito Santo e é justamente isso que ocorrerá no Milênio, a terra será inundada com o Espírito:
"Porque a terra se encherá do conhecimento da glória do Senhor, como as águas cobrem o mar." (Habacuque 2:14)
As Bodas do Cordeiro
“Regozijemo-nos, e alegremo-nos, e demos-lhe glória; porque vindas são as bodas do Cordeiro, e já a sua esposa se aprontou.
E disse-me: Escreve: Bem-aventurados aqueles que são chamados à ceia das bodas do Cordeiro.
E disse-me: Estas são as verdadeiras palavras de Deus”. (Apocalipse 19:7, 9)
Há um entendimento de que "as Bodas do Cordeiro" ocorrerá durante os 7 dias da Festa dos Tabernáculos, pois para os judeus essa é, normalmente, a duração de uma festa de casamento. Isso quer dizer que o Arrebatamento ocorreria um pouco antes dessa Festa.
Entretanto, esse entendimento contraria a teoria de outros que crêem que o Arrebatamento ocorrerá na Festa das Trombetas ou durante Yom Kippur (no início ou no fim), e que o Milênio iniciará por ocasião da Festa dos Tabernáculos. Deste modo as "Bodas do Cordeiro" deverá ocorrer entre a Festa das Trombetas e o fim do Yom Kippur.
Noivado e Casamento
Relembrando: Em Shavuot ocorreu o "noivado" de Deus com o povo de Israel, neste dia foi entregue o acordo de noivado, a Torah; este acordo ou contrato nupcial é chamado de Ketubah ou Ketubot.
Em cumprimento pleno dessa ‘sombra’, Jesus o Noivo, veio para desposar Sua noiva (a Igreja) e, ao dar Sua vida por ela, escreveu com Seu sangue as palavras de uma Nova Aliança (a ketubah).
E como no casamento judaico, Deus Pai liberará o Noivo Jesus com toque de shofar (o soar da trombeta), para buscar a noiva Igreja, erguendo-a (nissuin) e tomando-a (laqach) para si – o Arrebatamento – para levá-la para a casa (morada) que Ele preparou para ela Igreja.
A Festa dos Tabernáculos foi instituída por Deus para que os hebreus se lembrassem de agradecer a entrada em Canaã e por isso não precisavam mais habitar em tendas, e celebrar, pois a peregrinação no deserto havia acabado.
Para nós a Igreja, ainda aguardamos o cumprimento desta "sombra", pois ela nos trará exatamente a mesma coisa: gratidão por entrar na Canaã celestial e celebração pelo fim de nossa peregrinação neste mundo!
Com a Festa dos Tabernáculos encerra-se esta série de estudos, que, espero, tenha trazido esclarecimento e despertamento!
As Sete Festas de Israel têm um significado profético, pois além de apontar para Cristo como o Cordeiro Pascal, elas também falam da ‘parousia’ que é a Segunda Vinda do Senhor Jesus.
As Festas Bíblicas foram ordenanças do Senhor e por quatro vezes encontramos a declaração de que elas seriam um 'estatuto perpétuo' para Israel. (Lv. 23)
Cristo cumpriu as quatro festas comemoradas na Primavera, no tempo exato designado para sua celebração, segundo o calendário judaico.
Isso quer dizer que, uma vez que o ciclo de festas da Primavera foi cumprido por Cristo em sua primeira Vinda, também o ciclo de festas do Outono será cumprido, no futuro, com os eventos relacionados à segunda Vinda de Jesus.
"Falou mais o SENHOR a Moisés, dizendo: Mas aos dez dias desse sétimo mês será o dia da expiação; tereis santa convocação, e afligireis as vossas almas; e oferecereis oferta queimada ao SENHOR. E naquele mesmo dia nenhum trabalho fareis, porque é o dia da expiação, para fazer expiação por vós perante o SENHOR vosso Deus. Porque toda a alma, que naquele mesmo dia se não afligir, será extirpada do seu povo. Também toda a alma, que naquele mesmo dia fizer algum trabalho, eu a destruirei do meio do seu povo. Nenhum trabalho fareis; estatuto perpétuo é pelas vossas gerações em todas as vossas habitações. Sábado de descanso vos será; então afligireis as vossas almas; aos nove do mês à tarde, de uma tarde a outra tarde, celebrareis o vosso sábado." (Levítico 23:26-32)
“E no dia dez deste sétimo mês tereis santa convocação, e afligireis as vossas almas; nenhum trabalho fareis” (Números 29.7)
Contexto Histórico
Yom Kippur (יום כיפור) é uma das festas mais importantes para o Judaísmo e é comemorada no dia 10 de Tishrei (Setembro/Outubro do nosso calendário), ou seja, 10 dias depois do Yom Teru'ah (Festa das Trombetas), sendo chamada também de "Grande Shabbath" ou שבת שבתון (shabbath shabbathown) em Hebraico.
Também é conhecida como 'Dia da Expiação', 'Dia do Perdão' e 'Dia do Jejum'.
A palavra 'expiação' significa reconciliar, restaurar, tornar a ser um só, recomeçar…
A necessidade da Expiação surgiu do fato de que os pecados de Israel, caso não fossem expiados, os deixariam expostos à ira de Deus.
O Dia da Expiação tinha como propósito prover um sacrifício amplo, para expiar os pecados que porventura não tivessem sido cobertos pelos sacrifícios oferecidos durante todo o ano que estava chegando ao fim. Dessa maneira, o povo seria purificado dos seus pecados, afastando a ira de Deus e mantendo sua comunhão com Ele.
Os 10 dias que se seguem após a Festa das Trombetas (Yom Teruah) até o Yom Kippur são marcados pelo arrependimento (Teshuvah), confissões de faltas, perdão de ofensas e maior aproximação com Deus. No último dia é feito jejum de 24 horas.
Esses dias são conhecidos como:
1) Aseret Iemei Teshuvah (Dez dias de arrependimento), é significativo o fato de que 'teshuvah' (arrependimento) vir antes da redenção e perdão, Yom Kippur;
2) Yamim Noraim ou “Dias Temíveis” por se tratar de um tempo de arrependimento e humilhação, de preparação para apresentar-se purificado diante de Deus no décimo dia.
Yom Kippur é o dia que o Senhor, após avaliar os atos de cada um em Yom Teruah, promulga o julgamento, determinando o destino de cada um para o ano seguinte.
O dia de Yom Kippur é caracterizado pela abstinência do trabalho cotidiano, pela santa convocação (a 6a. do ano) e pelo jejum de 24 horas (de comida e água).
Por este motivo o Yom Kippur é considerado o dia mais santo e solene do ano.
A tradição judaica lista cinco proibições:
Comer (come-se um pouco antes do pôr-do-sol ainda na véspera do dia até o nascer das estrelas do dia de Yom Kipur);
Usar calçados de couro;
Relacionamento conjugal;
Passar cremes, desodorante, etc. no corpo;
Banhar-se por prazer.
A intenção dessas proibições é afligir (oprimir, humilhar, mortificar..) o corpo e alma.
“E no dia dez deste sétimo mês tereis santa convocação, e afligireis as vossas almas (humilhareis a vós mesmos); nenhum trabalho fareis” (Números 29.7)
Em Israel, Yom Kippur é o único dia do ano em que todo o país pára, tudo é fechado, até os serviços essenciais funcionam em regime reduzido. Os transportes são imobilizados e as estradas ficam vazias.
Eventos Relacionados
A primeira vez que Moisés subiu ao monte para receber as Tábuas da Lei, foi em uma Festa Judaica, o Shavuot, porém, na descida do monte, encontrou o povo adorando o bezerro de ouro, por esse motivo ele quebrou as Tábuas da Aliança.
A tradição diz que Moisés subiu ao monte novamente à presença do Senhor no dia 1º de Elul e 40 dias depois desceu com as segundas tábuas da Lei no dia de Yom Kippur.
Por este motivo Yom Kippur é considerado um tempo de nova oportunidade, arrependimento e perdão.
כפר kippur
1) expiação
Procedente de כפר kaphar
1) cobrir, purificar, fazer expiação, fazer reconciliação, cobrir com betume
1a) (Qal) cobrir ou passar uma camada de betume
1b) (Piel)
1b1) encobrir, pacificar, propiciar
1b2) cobrir, expiar pelo pecado, fazer expiação por
1b3) cobrir, expiar pelo pecado e por pessoas através de ritos legais
1c) (Pual)
1c1) ser coberto
1c2) fazer expiação por
1d) (Hitpael) ser coberto
Nomes correspondentes ao Yom Kippur:
Dia da Expiação
Dia de jejum e aflição de alma
O Grande Dia
Grande Shofar (Shofar HaGadol)
Fechamento dos Portões (Neilah)
A Cerimônia do dia da Expiação – Levítico capítulo 16
"Assim fará expiação pelo santuário por causa das imundícias dos filhos de Israel e das suas transgressões, e de todos os seus pecados; e assim fará para a tenda da congregação que reside com eles no meio das suas imundícias." (Levítico 16:16)
O dia de Yom Kippur é o mais santo e importante dentro do ritual de sacrifícios do Antigo Testamento. Este era o único dia no ano, que o Sumo Sacerdote podia entrar no Santos do Santos.
Toda a cerimônia só poderia ser celebrada pelo Sumo Sacerdote e apenas ele poderia entrar no Santo dos Santos com incenso e o sangue do sacrifício.
Neste dia ele vestia vestes especiais (Lv 16:4) e antes do ato da expiação, ele tinha que oferecer um novilho pelos seus próprios pecados.
Somente neste dia especial e durante a cerimônia, o Sumo Sacerdote pronunciava dez vezes o nome sagrado do Senhor 'YHWH'.
No ritual do Yom Kippur o Sumo Sacerdote deveria realizar dois sacrifícios especiais:
1) Um para purificação do santuário, purgando alguma profanação que ele ou a sua casa pudesse ter feito. Para isso era sacrificado um novilho e um carneiro:
"Com isto Arão entrará no santuário: com um novilho, para expiação do pecado, e um carneiro para holocausto." (Levítico 16:3); "Depois Arão oferecerá o novilho da expiação, que será para ele; e fará expiação por si e pela sua casa." (Levítico 16:6)
2) Dois bodes idênticos, sem mácula em que: um deles, escolhido através de sorte, era sacrificado no altar para purificação dos pecados do povo:
"Depois degolará o bode, da expiação, que será pelo povo, e trará o seu sangue para dentro do véu; e fará com o seu sangue como fez com o sangue do novilho, e o espargirá sobre o propiciatório, e perante a face do propiciatório. Assim fará expiação pelo santuário por causa das imundícias dos filhos de Israel e das suas transgressões, e de todos os seus pecados; e assim fará para a tenda da congregação que reside com eles no meio das suas imundícias." (Levítico 16:15-16);
.. E o outro não era sacrificado, mas levado vivo e enviado para o deserto para 'Azazel':
"E Arão lançará sortes sobre os dois bodes; uma pelo Senhor, e a outra pelo bode emissário (Azazel)." (Levítico 16:8)
"Havendo, pois, acabado de fazer expiação pelo santuário, e pela tenda da congregação, e pelo altar, então fará chegar o bode vivo. E Arão porá ambas as suas mãos sobre a cabeça do bode vivo, e sobre ele confessará todas as iniqüidades dos filhos de Israel, e todas as suas transgressões, e todos os seus pecados; e os porá sobre a cabeça do bode, e enviá-lo-á ao deserto, pela mão de um homem designado para isso. Assim aquele bode levará sobre si todas as iniqüidades deles à terra solitária; e deixará o bode no deserto." (Levítico 16:20-22)
עזאזל ̀aza’zel
1) remoção completa, bode emissário
Há controvérsias na simbologia dos dois bodes na cerimônia de expiação. Há os que defendem que:
[1] um deles (o que é sacrificado) representa Cristo e o outro (o que fica vivo), Satanás.
E outros que entendem que:
[2] os dois representam Cristo.
[1] No primeiro entendimento, resta explicar o bode que representa Satanás, pois quanto ao primeiro todos concordam que simboliza Cristo. Os que defendem essa visão, explicam logo que não estão ensinando que Satanás faz parte do processo expiatório, mas que apenas leva sobre si, os pecados que ele mesmo havia ocasionado. Outro argumento apresentado é o temo Azazel, traduzido como 'emissário' em algumas traduções, mas que, segundo entendem, se refere a um nome próprio e uma tipologia de Satanás. Outro indício era que o bode Azazel não era sacrificado, por isso não poderia representar Jesus, pois não havia o derramamento de sangue.
[2] O segundo entendimento ensina que o bode emissário também é um tipo de Cristo. Primeiro argumento: ele levava sobre si todas as iniquidades do povo.
Comparar:
"Assim aquele bode levará sobre si todas as iniqüidades deles… (Levítico 16:22)
Com:
"Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!” (João 1.29);
"Carregando ele mesmo em seu corpo, sobre o madeiro, os nossos pecados, para que nós, mortos para os pecados, vivamos para a justiça; por suas chagas, fostes sarados. (1 Pedro 2.24).
"… porque as iniqüidades deles levará sobre si." "… mas ele levou sobre si o pecado de muitos…" (Isaías 53:11-12)
O bode emissário, assim como o primeiro, deveria ser sem mácula e defeito, o que também aponta para Cristo e não Satanás.
Cumprimento Profético
Cristo e o Dia da Expiação
"Mas, vindo Cristo, o sumo sacerdote dos bens futuros, por um maior e mais perfeito tabernáculo, não feito por mãos, isto é, não desta criação.
Nem por sangue de bodes e bezerros, mas por seu próprio sangue, entrou uma vez no santuário, havendo efetuado uma eterna redenção.
(Hebreus 9:11-12)
O Dia da Expiação aponta para a obra de Redenção do Senhor Jesus. Em Hebreus cap. 8 a 10 há um paralelo fantástico com Lev. 16. O autor de Hebreus realçou que os sacrifícios realizados no Antigo Testamento tinham que ser repetidos anualmente e consistia em uma cobertura do pecado e não uma remoção, o que indicava uma situação provisória.
Cristo, com seu sacrifício e sangue derramado na cruz, ofereceu à humanidade uma expiação completa e definitiva; com a remoção permanente do pecado afastou a ira de Deus, dando-nos a oportunidade de nos reconciliar e ter comunhão com Ele.
A figura do Sumo Sacerdote também é um símbolo de Cristo, pois, após Ele se oferecer em sacrifício, entrou no Santíssimo Lugar e "realizou a expiação" perante o Trono de Deus.
Portanto, não resta mais sacrifícios de animais depois da expiação feita pelo Senhor Jesus na Cruz!
"Porque, se o sangue dos touros e bodes, e a cinza de uma novilha esparzida sobre os imundos, os santifica, quanto à purificação da carne,
Quanto mais o sangue de Cristo, que pelo Espírito eterno se ofereceu a si mesmo imaculado a Deus, purificará as vossas consciências das obras mortas, para servirdes ao Deus vivo?" (Hebreus 9:13-14)
O Ano do Jubileu
"Também contarás sete semanas de anos, sete vezes sete anos; de maneira que os dias das sete semanas de anos te serão quarenta e nove anos. Então no mês sétimo, aos dez do mês, farás passar a trombeta do jubileu; no dia da expiação fareis passar a trombeta por toda a vossa terra." (Levítico 25:8-9)
Yom Kippur também está ligado ao Ano do Jubileu (Yowbel em hebraico). “Yowbel” refere-se ao carneiro, cujo chifre foi usado para anunciar o ano festivo. Outros comentaristas dizem que a palavra vem do verbo hebraico “trazer de volta,” pois os escravos voltavam a seu estado anterior de liberdade.
A cada sete anos era o Ano Sabático (ou Shemitá), conhecido como o descanso da terra:"Seis anos semearás a tua terra, e seis anos podarás a tua vinha, e colherás os seus frutos; Porém ao sétimo ano haverá sábado de descanso para a terra, um sábado ao Senhor; não semearás o teu campo nem podarás a tua vinha." (Levítico 23:3-4)
Contando 7 Shemitá's, ou 49 anos, chegamos ao 50º ano, o "Ano do Jubileu".
יובל yowbel ou יבל yobel
1) carneiro, chifre de carneiro, trombeta, corneta
1a) carneiro (somente em combinação)
1a1) chifre de carneiro, trombeta
1b) Ano do jubileu (marcado pelo sopro das trombetas)
שמטה sh ̂emittah (Ano Sabático)
1) suspensão da cobrança de tributos, remissão (temporária), perdão (da dívida)
No Yom Kipur do qüinquagésimo ano, tocava-se o shofar como sinal da libertação de todos os escravos hebreus, de perdão de dívidase o retorno de terrenos a seus donos originais. Essa libertação, normalmente, só ocorreria no sétimo ano de servidão: "Se comprares um servo hebreu, seis anos servirá; mas ao sétimo sairá livre, de graça." (Êxodo 21:2), mas no jubileu libertava-se até mesmo aqueles que estavam servindo recentemente. Todas as propriedades hereditárias de terras que haviam sido vendidas (muitas por motivo de dívidas) eram devolvidas, e todo homem retornava à sua família e à sua propriedade.
Portanto o Ano do Jubileu era um ano de liberdade e redenção e apontava para o ministério de Cristo, conforme Ele mesmo disse ao ler o livro de Isaías 61:1-3 na sinagoga de Nazaré:
"E foi-lhe dado o livro do profeta Isaías; e, quando abriu o livro, achou o lugar em que estava escrito: 'O Espírito do Senhor é sobre mim, Pois que me ungiu para evangelizar os pobres. Enviou-me a curar os quebrantados de coração, A pregar liberdade aos cativos, E restauração da vista aos cegos, A pôr em liberdade os oprimidos, A anunciar o ano aceitável do Senhor. E, cerrando o livro, e tornando-o a dar ao ministro, assentou-se; e os olhos de todos na sinagoga estavam fitos nele. Então começou a dizer-lhes: Hoje se cumpriu esta Escritura em vossos ouvidos." (Lucas 4:17-21)
O último cumprimento do Ano do Jubileu se dará na Segunda Vinda de Cristo, onde a terra será redimida da maldição do pecado.
Atualmente, o ano do jubileu não é observado pelos judeus. (Fonte)
Grande Shofar (Shofar HaGadol)
Há três tipos trombetas para o povo judeu que estão associadas com as Festas Judaicas:
– A Trombeta soprada no dia de Shavuot (Festa de Pentecostes);
– A Trombeta soprada no dia de Rosh Hashaná (Festa das Trombetas);
– A Grande Trombeta que é soprada no dia Yom Kippur (Dia do Perdão);
É no Yom Kippur, quando a grande trombeta, conhecida em hebraico como o "Shofar HaGadol" é tocada: "E será naquele dia que se tocará uma grande trombeta, e os que andavam perdidos pela terra da Assíria, e os que foram desterrados para a terra do Egito, tornarão a vir, e adorarão ao Senhor no monte santo em Jerusalém." (Isaías 27:13)
Shofar HaGadol é a última trombeta do Yom Kippur e, por isso acredita-se que seja o fim do período da Grande Tribulação e onde se dará o advento da Segunda Vinda de Cristo: "E ele enviará os seus anjos, e ajuntará os seus escolhidos, desde os quatro ventos, da extremidade da terra até a extremidade do céu." (Marcos 13:27).
Este Shofar HaGadol trará os eleitos de Deus, tanto no céu e na terra para iniciar o Reino Milenar com Jesus Cristo como Rei.
גדול gadowl ou (forma contrata) גדל gadol
1) grande
שופר showphar ou שׂפר shophar
1) chifre, chifre de carneiro
Livro Selado e Fechamento dos Portões
O tempo para arrependimento até o Yom Kippur começava 1 mês antes (em Elul – último mês de verão), que era reservado para arrependimento, perdão e preparação para o Dia do Julgamento (Yom Kippur) que estava por vir.
No dia da Festa das Trombetas (Yom Teru'ah) dava-se início aos 10 dias de arrependimento que culminava com o grande jejum do Yom Kippur.
Nesses dias de arrependimento, Deus inscrevia o nome dos justos no Livro da Vida e no dia de Yom Kippur o Livro era selado.
Da mesma forma, também em Yom Teru'ah, os portões dos Ceús eram abertos e dez dias depois, com o toque do Shofar HaGadol no encerramento do Yom Kippur, ocorria também o fechamento dos Portões conhecido como Ne'ilah.
Por causa de mais essa 'sombra' aponta-se que o Arrebatamento ocorrerá no dia da Festa das Trombetas. Após o Arrebatamento e durante a Grande Tribulação haverá um tempo para arrependimento (os Rabiscos de Shavuot), porém com muita angústia e aflição de alma.
Com o estabelecimento do governo maligno do Anticristo e os juízos de Deus que sobrevirão à terra, levarão o povo judeu ao arrependimento, evidenciando assim o significado profético do Dia da Expiação: o arrependimento e consequente conversão do povo de Israel. Ver Deuteronômio 30:1-10.
O final desses dias culminará no Dia do Julgamento, onde o Livro da Vida estará selado e os portões dos Céus serão fechados.
נעלna ̀al
1) barrar, trancar, fechar com ferrolho
A Figueira Israel
"Avistando uma figueira perto do caminho, dirigiu-se a ela, e não achou nela senão folhas. E disse-lhe: Nunca mais nasça fruto de ti! E a figueira secou imediatamente." (Mateus 21:19)
"Aprendei, pois, esta parábola da figueira: Quando já os seus ramos se tornam tenros e brotam folhas, sabeis que está próximo o verão. Igualmente, quando virdes todas estas coisas, sabei que ele está próximo, às portas." (Mateus 24:32-33)
É consenso que a Figueira representa a nação de Israel, apesar de haver quem nao concorde e afirmar que representa a Igreja.
Jesus amaldiçoou a Figueira que estava coberta de folhas em plena Primavera (março, abril e maio do nosso calendário), quando não se esperava encontrá-la dessa forma, pois a figueira, por ser uma árvore típica de cerrado, no inverno perde suas folhas e só volta a brotar no final da Primavera.
Há duas safras de figos: os figos temporãos que amadurecem em junho ou começo de julho e os figos serôdios, que constituem a safra principal, e amadurecem a partir de agosto, ou seja, as duas safras amadurecem no verão.
Logo, na estação da primavera, a figueira não deveria estar coberta de folhas, mas se (anormalmente) estava, então deveria também ter frutos temporãos, como não tinha, Jesus a amaldiçoou por enganar pela aparência, um prenúncio sobre o que aconteceria a Israel no futuro.
No ano 70 d.C. Jerusalém foi destruída pelo exército romano, iniciando-se o período de inverno para a Figueira Israel.
Em Mateus 24 Jesus listou vários sinais que antecederia sua volta e comparou a proximidade desses eventos com o reaparecimento das folhas na Figueira (Mt. 24:33).
Em Lucas 21:24 Jesus indica quando seria o final da estação de inverno para a Figueira: "E cairão ao fio da espada, e para todas as nações serão levados cativos; e Jerusalém será pisada pelos gentios, até que os tempos dos gentios se completem." (Plenitude dos Gentios).
Israel foi pisada e espalhada por quase 2000 anos, mas ressurgiu em 1948 como nação, em 1967 Jerusalém foi reunificada por ocasião da Guerra dos Seis Dias e em 1980 Jerusalém foi declarada pelo Parlamento Israelense como capital indivisível e eterna de Israel.
Escatologicamente entendemos que a Figueira amaldiçoada por Jesus e que secou, começou a brotar em maio de 1948 e desde então temos presenciado o ressurgimento das folhas.
É interessante notar que Israel ressurgiu como nação no mês de Maio, justamente no final da primavera, época em que a figueira começa a reverdejar e os figos temporãos estão brotando.
Jesus disse que quando a Figueira começasse a brotar estaria próximo o verão.
O verão é a estação do amadurecimento dos figos, que começam a ser colhidos em junho/julho (temporãos), mas a grande colheita (serôdios) começava em agosto/Setembro (Elul-mês de arrependimento) e terminava em Setembro/Outubro (Tishrei-mês das Festas Yom Teru'ah, Yom Kippur e Sucot).
Em Sucot (Festa dos Tabernáculos), que começa no dia 15 de Tishrei, encerrava-se com grande alegria o ano agrícola, visto que a colheita já havia sido completada:"Porém aos quinze dias do mês sétimo, quando tiverdes recolhido do fruto da terra, celebrareis a festa do Senhor por sete dias; no primeiro dia haverá descanso, e no oitavo dia haverá descanso. (Levítico 23:39)
Como vimos, o verão é o início do tempo para o arrependimento até o Yom Kippur e preparação para o Dia do Julgamento que estava por vir.
A estação do verão chegou e está próximo o tempo de arrependimento de Israel e, por conseguinte, o Arrebatamento da Igreja.
Portanto, devemos olhar atentamente para a Figueira (Israel) para não perdermos de vista os cumprimentos proféticos que estão se desenrolando diante de nós.
As Sete Festas de Israel têm um significado profético, pois além de apontar para Cristo como o Cordeiro Pascal, elas também falam da ‘parousia’ que é a Segunda Vinda do Senhor Jesus.
As Festas Bíblicas foram ordenanças do Senhor e por quatro vezes encontramos a declaração de que elas seriam um 'estatuto perpétuo' para Israel. (Lv. 23)
Cristo cumpriu as quatro festas comemoradas na Primavera, no tempo exato designado para sua celebração, segundo o calendário judaico.
Isso quer dizer que, uma vez que o ciclo de festas da Primavera foi cumprido por Cristo em sua primeira Vinda, também o ciclo de festas do Outono será cumprido, no futuro, com os eventos relacionados à segunda Vinda de Jesus.
Fala aos filhos de Israel, dizendo: No mês sétimo, ao primeiro do mês, tereis descanso, memorial com sonido (Teru'ah) de trombetas (shophar), santa convocação. (Levítico 23:24)
A Festa das Trombetas ou Yom Teru'ah é comemorada no 1º dia do mês Tishrei, o sétimo mês do calendário bíblico e o primeiro do calendário civil judaico (setembro/outubro no nosso calendário).
A festa também pode ser considerada uma celebração da Lua Nova. Os judeus seguem o calendário lunar, portanto, naquela época, o dia da festa não poderia ser conhecido antes do tempo, uma vez que dependia do aparecimento da Lua Nova. Tão logo a Lua Nova aparecia, o shofar era tocado anunciando que a festa tinha chegado: "Tocai a trombeta na lua nova, no tempo apontado da nossa solenidade." (Salmos 81:3)
O aparecimento da Lua Nova não podia ser calculado com precisão, então tornou-se costume de comemorar dois dias em vez de um. Assim, a Festa das Trombetas é comemorada no primeiro e segundo dia de Tishrei para que se tenha a certeza de que a lua nova apareceria.
Yom Teru'ah era um dia de descanso solene, no qual as trombetas eram tocadas a fim de reunir o povo de Israel para alertar a proximidade do Dia da Expiação (Yom Kipur), que era dia de julgamento onde se exigia preparação e solenidade. Também era um dia de consagração, representado pelas ofertas queimadas oferecidas a Deus neste dia.
Yom Teru'ah significa ‘Dia do Shofar’ ou ‘Dia do Despertar do som da trombeta’.
תרועה t ̂eruw ̀ah
1) alarme, aviso, som de tempestade, grito, grito ou toque de guerra ou de alerta ou de alegria
1a) alarme de guerra, grito de guerra, grito de batalha
1b) toque (para marcha)
1c) grito de alegria (com motivação religiosa)
1d) grito de alegria (em geral)
שופר showphar ou שׂפר shophar
1) chifre, chifre de carneiro
Yom Teru'ah é o primeiro dia (dos dez) de arrependimento até Yom Kipur (Dia da Expiação). É tempo de arrependimento (Teshuvá) e concerto perante o Senhor.
Eventos relacionados:
A tradição judaica considera que em Yom Teru'ah Adão foi criado.
Também aponta que neste dia Isaque iria ser oferecido em holocausto por seu pai Abraão.
Foi neste dia que o altar foi reconstruído, por ocasião do regresso do povo de Israel do cativeiro babilônico. (Esdra 3:1-6)
Em Yom Teru'ah houve um grande avivamento no meio do povo de Israel, ao ouvir Esdras ler o Livro da Lei (Neemias 8:13)
Da mesma forma que o 7º dia (Shabat) e o 7º ano (Shemitá) são santos, também é o 7º mês, a partir de seu 1º dia.
שמטה sh ̂emittah (Ano Sabático)
1) suspensão da cobrança de tributos, remissão (temporária), perdão (da dívida)
A Festa das Trombetas será a próxima festa que terá seu cumprimento profético.
Há mais quatro temas relacionados à Festa das Trombetas: Rosh Hashaná, Yom ha-zikkarôn, Yom ha-Din e Rosh Chodesh.
1) Rosh Hashaná significa "cabeça do ano" (em hebraico ראש השנה) e desde o século II dC é o dia que os judeus comemoram o ano-novo. Em Rosh Hashaná comemora-se a criação da humanidade. A saudação tradicional neste dia é 'Shana Tová', que significa 'Bom ano'.
2) Yom ha-zikkarôn (O Dia da Memória) relembra a história de Isaque e de seu quase sacrifício, que, segundo a tradição, ocorreu no primeiro dia de Tishri.
3) Yom ha-Din (Dia do Julgamento) – Início dos 10 dias do arrependimento que culmina com o jejum do Yom Kippur. Este processo de arrependimento é chamado Teshuvá (retorno). É o início da súplica a Deus para ter o nome escrito no Livro da Vida. Também é tempo de pedir perdão às pessoas e a Deus por faltas cometidas durante o ano. Neste período costuma-se desejar às pessoas que elas sejam inscritas por Deus no 'Livro da Vida', daí a crença que, durante o Rosh Hashaná, os nomes são inscritos no Livro da Vida e no Yom Kippur (dez dias depois) o Livro é selado. No 'Dia do Juízo', acredita-se que Deus inscreve o nome das pessoas em três livros. Além de inscrever o nome dos justos no Livro da Vida, também inscreve dos não tão justos (que têm 10 dias para se arrepender até o Yom Kippur) e dos totalmente ímpios, cujos nomes são riscados do Livro da Vida.
תשובה t ̂eshuwbah ou תשׂבה t ̂eshubah
1) um retorno, uma resposta, volta
1a) volta
1a1) término de um ano, decurso de um ano
1b) no retorno (construto)
1c) resposta, réplica
4) A Festa das Trombetas é uma festividade que é celebrada na Lua Nova, por isso é conhecida como Festa da Lua Nova ouRosh Chodesh, que em hebraico significa 'cabeça do mês': "Tocai a trombeta na lua nova, no tempo apontado da nossa solenidade. Porque isto era um estatuto para Israel, e uma lei do Deus de Jacó. (Salmos 81:3-4). O dia da Festa das Trombetas dependia do aparecimento da Lua Nova, logo não poderia ser conhecida antes do tempo. Tão logo a Lua Nova aparecia, o shofar era tocado significando que a Festa tinha chegado. A Lua Nova não podia ser calculada com precisão, por isso era costume comemorar dois dias em vez de um. Atualmente o Rosh Hashaná é comemorado no primeiro e segundo de Tishrei para que se tenha a certeza de que a lua nova aparecerá.
ראש Ro’sh
Rôs = “cabeça”
חדש chodesh
1) a lua nova, mês, mensal
1a) o primeiro dia do mês
1b) o mês lunar
Yom Teru'ah e seu cumprimento profético
A Festa das Trombetas ocorre três meses após a última Festa da Primavera, o Pentecoste (Shavuot).
As três Festas anteriores culminaram com a formação da Igreja, logo o intervalo entre Shavuot e Yom Teru'ah representa o tempo dos Gentios e da Graça.
Yom Teru'ah ocorre no 1º dia da Lua Nova, considerada a noite mais escura do mês, por isso não era fácil identificá-la, pois sua face escura está voltada para a Terra e sem acesso ao sol. Este dia é referido como o 'tempo de angústia para Jacó' e o 'Dia da Ira do Senhor'.
"O grande dia do SENHOR está perto, sim, está perto, e se apressa muito; amarga é a voz do dia do SENHOR; clamará ali o poderoso. Aquele dia será um dia de indignação, dia de tribulação e de angústia, dia de alvoroço e de assolação, dia de trevas e de escuridão, dia de nuvens e de densas trevas, Dia de trombeta e de alarido contra as cidades fortificadas e contra as torres altas." (Sofonias 1:14-16)
O soar das trombetas anunciará a chegada da noite mais escura da humanidade, ou seja, o início do Dia do SENHOR:
“Eis que vem o dia do SENHOR, horrendo, com furor e ira ardente, para pôr a Terra em assolação, e dela destruir os pecadores. Porque as estrelas dos céus e as suas constelações não darão a sua luz; o sol se escurecerá ao nascer, e a lua não resplandecerá com a sua luz. E visitarei sobre o mundo a maldade, e sobre os ímpios a sua iniqüidade; e farei cessar a arrogância dos atrevidos, e abaterei a soberba dos tiranos” (Isaías 13.9-11).
Não há um consenso de como se dará o cumprimento profético de Yom Teru'ah.
Exitem duas teorias: 1) Os que acreditam que será cumprido com o Arrebatamento da Igreja; 2) Os que acreditam que ela se cumprirá com o retono de Cristo à terra.
1) Yom Teru'ah e o Arrebatamento da Igreja
Toque do Shofar
Os que acreditam que a Festa das Trombetas será cumprida com o Arrebatamento da Igreja, atribuem o significado da "última trombeta" com a trombeta tocada em Yom Teru'ah:
"Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro. Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor." (1 Tessalonicenses 4:16,17)
"Eis aqui vos digo um mistério: Na verdade, nem todos dormiremos, mas todos seremos transformados; Num momento, num abrir e fechar de olhos, ante a última trombeta; porque a trombeta soará, e os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados." (1 Coríntios 15:51-52).
O toque do shofar seria o símbolo da partida da Igreja deste mundo.
Yom Teru'ah e Yom Kippur são dias tão sagrados, que os judeus tinham que se preparar um mês antes, ou seja, desde o primeiro dia do mês judaico Elul (geralmente agosto em nosso calendário). Elul é um mês de verão e é reservado para arrependimento, perdão e preparação para o Dia do Julgamento (Yom Kippur) que estava por vir.
Durante o mês de Elul, a trombeta era tocada toda manhã, exceto no dia anterior ao Yom Teru'ah. No dia de Yom Teru'ah, as trombetas são tocadas ao longo de todo o dia e algumas vezes no segundo dia. A última trombeta era tocada prolongadamente, por isso é conhecida como 'Tekiáh-Gdolah' (Grande Toque).
תקע taqa ̀
1) soprar, bater palmas, bater, fazer soar, empurrar, soprar, soar
גדול gadowl ou (forma contrata) גדל gadol
1) grande
שופר showphar ou שׂפר shophar
1) chifre, chifre de carneiro
Nota: É interessante notar que Elul é um mês de verão, na verdade é o último mês de verão antes de iniciar o Outono com o mês Tishrei. Acredito que os meses de verão que antecedem as três últimas Festas Judaicas têm conexão com o que Jesus nos advertiu: "Aprendei, pois, esta parábola da figueira: Quando já os seus ramos se tornam tenros e brotam folhas, sabeis que está próximo o verão." (Mateus 24:32) . Veja a explicação mais completa no estudo de Yom Kippur "A Figueira Israel".
Lua Nova
Outro indício de que o Arrebatamento poderá acontecer em Yom Teru'ah é o fato dela ocorrer na noite mais escura do mês, onde não era fácil identificar o início da Lua Nova, precisando de duas testemunhas para a certificação. Portanto ninguém 'sabia o dia e a hora' do início da Festa das Trombetas até que ela fosse anunciada ao som de trombetas, conectando-se com o que Jesus disse: "Vigiai, pois, porque não sabeis o dia nem a hora em que o Filho do homem há de vir. (Mateus 25:13)
A Lua Nova só podia ser identificada durante o dia e não à noite, então quando finalmente era certificada, já havia se perdido parte da Festa, por isso a celebração por dois dias. Outra vez essa característica conecta-se com o que Paulo disse: "Mas, irmãos, acerca dos tempos e das estações, não necessitais de que se vos escreva; Porque vós mesmos sabeis muito bem que o dia do Senhor virá como o ladrão de noite… Mas vós, irmãos, já não estais em trevas, para que aquele dia vos surpreenda como um ladrão; porque todos vós sois filhos da luz e filhos do dia; nós não somos da noite nem das trevas. (1 Tessalonicenses 5:1-2, 4-5)
Dia do Juízo
Yom Teru'ah é um dia de julgamento, conhecido como Yom Ha-Din ou o início dos dias de terror. Em Yom Teru'ah inicia-se os dez dias de arrependimento que culminaria com o Yom Kipur (dia da Expiação ou Perdão).
Yom Teru'ah marcará o início do período da Tribulação, o tempo da 'Angústia de Jacó', que levará os judeus ao arrependimento e à prepararão para o Dia da Expiação: "… e olharão para mim, a quem traspassaram; e pranteá-lo-ão sobre ele, como quem pranteia pelo filho unigênito; e chorarão amargamente por ele, como se chora amargamente pelo primogênito. (Zacarias 12:10)
Abertura dos Portões
"Abri-me as portas da justiça; entrarei por elas, e louvarei ao SENHOR. Esta é a porta do SENHOR, pela qual os justos entrarão." (Salmos 118:19-20)
Yom Teru'ah é o dia que os portões dos Céus são abertos, o que torna-se um forte argumento para sustentar que o Arrebatamento ocorrerá por ocasião desta Festa.
Casamento Judaico
Era costume judaico que o casamento fosse celebrado no período da Lua Nova. Os noivos entravam em uma câmara (quarto) e ali ficavam por sete dias. Uma clara alusão a Bodas do Cordeiro por ocasião do Arrebatamento da Igreja (noiva) que ao encontrar Cristo (noivo) no céu (câmara) ficarão por sete anos (tribulação). "Regozijemo-nos, e alegremo-nos, e demos-lhe glória; porque vindas são as bodas do Cordeiro, e já a sua esposa se aprontou." (Apocalipse 19:7).
A consumação do casamento (em hebraico 'nissuin' ou 'laqach') é quando o noivo (Jesus), liberado pelo pai (Deus Pai), com um toque do shofar, vai buscar a noiva (Igreja) em casa dos pais dela, erguendo-a (nissuin) no ar e tomando-a (laqach) para si (Arrebatamento), para levá-la à casa que Ele preparou para eles, junto à casa do Pai dEle: "Na casa de Meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, Eu vo-lo teria dito. Vou preparar-vos lugar. E quando Eu for, e vos preparar lugar, virei outra vez, e vos levarei para Mim mesmo, para que onde Eu estiver estejais vós também” (João 14.2,3).
Esta visão entende que, uma vez que o ciclo de Festas da Primavera foi cumprido por Cristo em sua Primeira Vinda, o ciclo das Festas do Outono será cumprido em eventos relativos à Segunda Vinda de Cristo.
Neste caso, as Festas judaicas são relacionas apenas à israel e não há eventos relacionados à Igreja. Por este motivo a Festa das Trombetas não será cumprida no Arrebatamento e sim na Segunda Vinda. O Arrebatamento é um mistério que só foi revelado no Novo Testamento e é relacionado apenas à Igreja, portanto não há conexão com as Festas Judaicas.
"Num momento, num abrir e fechar de olhos, ante a última trombeta; porque a trombeta soará, e os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados." (1 Coríntios 15:52)
Última Trombeta
A trombeta mencionada por Paulo faz referência à 7a e última trombeta descrita em Apocalipse 11:15: "E o sétimo anjo tocou a sua trombeta…"
Ao toque desta última trombeta os eleitos do céu e terra se reunirão. Note que a trombeta será tocada após a tribulação:
"Imediatamente depois da tribulação daqueles dias "'o sol escurecerá, a lua não dará a sua luz;. as estrelas cairão do céu, e os corpos celestes serão abalados' "Naquela época, o sinal do Filho do Homem aparecerá no céu, e todas as nações da terra se lamentarão. Eles verão o Filho do homem vindo sobre as nuvens do céu , com poder e grande glória. Ele enviará os seus anjos com rijo clamor de trombeta , e eles reunirão os seus escolhidos, dos quatro ventos, de uma extremidade dos céus para o outro" (Mateus 24:29-31).
Paulo também escreveu nas Cartas aos Coríntios que havia um mistério relacionado à última trombeta:
"Eis aqui vos digo um mistério: Na verdade, nem todos dormiremos, mas todos seremos transformados; Num momento, num abrir e fechar de olhos, ante a última trombeta; porque a trombeta soará, e os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados." (1 Coríntios 15:51-52)
No livro de Apocalipse uma série de trombetas são tocadas e na última trombeta é revelado o mistério:
"Mas nos dias da voz do sétimo anjo, quando tocar a sua trombeta, se cumprirá o segredo (mistério) de Deus, como anunciou aos profetas, seus servos." (Apocalipse 10:7)
O cumprimento do mistério é o Arrebatamento que ocorrerrá na última Trombeta quando os santos encontrarão Cristo nos ares, que retornará e estabelecerá o Seu Reino na Terra:
"E o sétimo anjo tocou a sua trombeta, e houve no céu grandes vozes, que diziam: Os reinos do mundo vieram a ser de nosso Senhor e do seu Cristo, e ele reinará para todo o sempre." (Apocalipse 11:15)
Dias de Terror
Os dez dias que se iniciam com a Festa das Trombetas e culminam com a outra Festa, o Yom Kippur, serão dias de pavor, de arrependimento e de preparação para o Dia da Expiação. Esse intervalo de dias entre Yom Teru'ah e Yom Kippur faz conexão com o que Jesus disse em Apocalipse 2:10 o que pode confirmar o cumprimento depois da Tribulação, ou seja, na Segunda Vinda: "Nada temas das coisas que hás de padecer. Eis que o diabo lançará alguns de vós na prisão, para que sejais tentados; e tereis uma tribulação de dez dias. Sê fiel até à morte, e dar-te-ei a coroa da vida." (Apocalipse 2:10)
Outros Eventos relacionados
A partir de Yom Teru'ah, onde ocorrerá a Segunda Vinda, outros eventos tomarão lugar:
– O Senhor levantará o Tabernáculo de Davi: "Depois disto voltarei, E reedificarei o tabernáculo de Davi, que está caído, Levantá-lo-ei das suas ruínas, E tornarei a edificá-lo." (Atos 15:16)
– E o restante do seu povo será resgatado: "E será naquele dia que se tocará uma grande trombeta, e os que andavam perdidos pela terra da Assíria, e os que foram desterrados para a terra do Egito, tornarão a vir, e adorarão ao SENHOR no monte santo em Jerusalém." (Isaías 27:13)
Conclusão
A controvérsia de Yom Teru'ah poder estar relacionada à Igreja, por isso a questão do Arrebatamento antes da Tribulação, ou de estar relacionada apenas à Israel e portanto seu cumprimento será após a Tribulação, não nos exime de nos aprontarmos como Noiva para o encontro do Noivo (Jesus), seja em cumprimento de Yom Teru'ah ou não.
O fato é que Jesus voltará durante a Festa das Trombetas e sem dúvida será um dia de alegria para o povo de Deus e de trevas para os ímpios.
Como gosto sempre de dizer o mais importante mesmo é o seguinte: "E olhai por vós, não aconteça que os vossos corações se carreguem de glutonaria, de embriaguez, e dos cuidados da vida, e venha sobre vós de improviso aquele dia. Vigiai, pois, em todo o tempo, orando, para que sejais havidos por dignos de evitar todas estas coisas que hão de acontecer, e de estar em pé diante do Filho do homem. (Lucas 21:34-36)
As Sete Festas de Israel têm um significado profético, pois além de apontar para Cristo como o Cordeiro Pascal, elas também falam da ‘parousia’ que é a Segunda Vinda do Senhor Jesus.
As Festas Bíblicas foram ordenanças do Senhor e por quatro vezes encontramos a declaração de que elas seriam um 'estatuto perpétuo' para Israel. (Lv. 23)
Cristo cumpriu as quatro festas comemoradas na Primavera, no tempo exato designado para sua celebração, segundo o calendário judaico.
Isso quer dizer que, uma vez que o ciclo de festas da Primavera foi cumprido por Cristo em sua primeira Vinda, também o ciclo de festas do Outono será cumprido, no futuro, com os eventos relacionados à segunda Vinda de Jesus.
"Depois para vós contareis desde o dia seguinte ao sábado, desde o dia em que trouxerdes o molho da oferta movida; sete semanas inteiras serão.
Até ao dia seguinte ao sétimo sábado, contareis cinqüenta dias; então oferecereis nova oferta de alimentos ao SENHOR.
Das vossas habitações trareis dois pães de movimento; de duas dízimas de farinha serão, levedados se cozerão; primícias são ao SENHOR.
Também com o pão oferecereis sete cordeiros sem defeito, de um ano, e um novilho, e dois carneiros; holocausto serão ao SENHOR, com a sua oferta de alimentos, e as suas libações, por oferta queimada de cheiro suave ao SENHOR.
Também oferecereis um bode para expiação do pecado, e dois cordeiros de um ano por sacrifício pacífico.
Então o sacerdote os moverá com o pão das primícias por oferta movida perante o SENHOR, com os dois cordeiros; santos serão ao SENHOR para uso do sacerdote.
E naquele mesmo dia apregoareis que tereis santa convocação; nenhum trabalho servil fareis; estatuto perpétuo é em todas as vossas habitações pelas vossas gerações.
E, quando fizerdes a colheita da vossa terra, não acabarás de segar os cantos do teu campo, nem colherás as espigas caídas da tua sega; para o pobre e para o estrangeiro as deixarás. Eu sou o SENHOR vosso Deus." (Levítico 23:15-22)
Contexto Histórico
A Festa das Semanas ou Colheita (Shavuot em hebraico) era comemorada cinqüenta dias depois da Festa das Primícias, por causa desta contagem era também chamada de Pentecoste (em grego: qüinquangésimo dia).
Shavuot é a única Festa que não tem uma data fixa para ser comemorada, mas geralmente é celebrada nos dias 6 e 7 de Sivan (maio ou junho do nosso calendário).
Também era uma das três festividades de peregrinação nas quais a visita a Jerusalém e ao Templo era obrigatória (as outras duas festividades eram a Páscoa/Pessach e Tabernáculo/Sucot).
Shavuot marca o fim da Sefirah ou contagem do Omer (período entre Pessach e Shavuot). Também era concluída a colheita da cevada (iniciada na Páscoa) e iniciava-se a colheita do trigo. O mês de Sivan marcava o término da primavera e o início do verão.
O Talmud judaico considera Shavuot o encerramento da festividade da Páscoa e o chama de Atséretv (em hebraico: reunião). A tradição também diz que o Rei David nasceu e morreu em Shavuot.
πεντηκοστη pentekoste
Pentecoste = “qüinquangésimo dia”
שבוע shabuwa ̀ ou שׂבע shabua ̀ ou (fem.) שׂבאה sh ̂ebu ̀ah
1) sete, período de sete (dias ou anos), sétuplo, semana
1a) período de sete dias, uma semana
1a1) Festa das Semanas
1b) sétuplo, sete (referindo-se aos anos)
עצרה ̀atsarah ou עצרת ̀atsereth
1) assembléia, assembléia solene
1a) assembléia (reunião sagrada ou festiva)
1b) ajuntamento, companhia, grupo
Shavuot, por ser uma Festa tipicamente agrícola, só tomou forma quando os hebreus se tornaram uma comunidade em Canaã.
Mais tarde, tornou-se também uma Festa de renovação da Aliança com Deus no Monte Sinai (Ex. 19:1-16), pois segundo a tradição judaica foi em Shavuot que os Dez Mandamentos (a Torah) foram dados por Deus ao povo de Israel, através de Moisés, 50 dias após a saída do povo da terra do Egito. Deus deu instrução para que eles guardarem a festa do Pentecostes por todas as gerações como um memorial.
Shavuot e o cumprimento profético
Shavuot é a última Festa comemorada na estação da Primavera e também a última que possui cumprimento profético realizado, já que as três Festas de Outono ainda não se cumpriram profeticamente.
Shavuot ou Pentecoste foi cumprido com a descida do Espírito Santo sobre os apóstolos: "E, cumprindo-se o dia de Pentecostes…"(Atos 2:1)
Cristo foi as Primícias, o Molho de cevada, o primeiro grão colhido no início da ceifa e ciquenta dias depois, exatamente, ocorreu o Pentecoste, o início da colheita do outro grão: o trigo. Em Levítico 23:16 diz que em Shavuot deveria ser feito uma nova oferta de cereais ao Senhor: "…até o dia seguinte ao sétimo sábado, contareis cinqüenta dias; então oferecereis nova oferta de cereais ao Senhor." Jesus já havia sido oferecido ao Senhor nas Primícias, agora em Shavuot uma nova oferta de cereal deveria ser oferecida: a Igreja.
Cinquenta dias após a ressurreição de Cristo, o Espírito Santo veio sobre os apóstolos no dia de Pentecostes batizando-os. Neste dia, após a pregação de Pedro, 3000 pessoas se converteram. Estes foram a "Primícia do trigo" ou o "Molho de trigo" da Colheita, os primeiros frutos da Nova Aliança, colhidos pelo Espírito Santo.
No primeiro Shavuot, Moisés recebeu as tábuas da Lei (Antiga Aliança) e, ao descer do monte, encontrou o povo adorando um bezerro de ouro, neste dia morreram 3000 pessoas por causa da rebeldia.
No primeiro Shavuot da Nova Aliança, 3000 pessoas receberam a vida eterna, através do arrependimento.
Outro detalhe: assim como cinquenta dias depois que os hebreus foram salvos pelo sangue de um cordeiro e libertos do Egito e faraó, e receberam a Antiga Aliança; assim também a Igreja de Cristo, foi salva pelo sangue do Cordeiro Jesus e liberta do Egito, simbolizado pelo mundo e de seu rei e faraó, Satanás, também cinquenta dias depois recebeu o Espírito Santo da Nova Aliança de Cristo que iria imprimir no coração e na mente os Mandamentos do Senhor: "Mas o Conselheiro, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, lhes ensinará todas as coisas e lhes fará lembrar tudo o que eu lhes disse." (João 14:26)
Outro aspecto de Shavut é que os pães oferecidos eram fermentados ao contrário da Festa da Páscoa, que era sem fermento: "Até o dia seguinte ao sétimo sábado, contareis cinqüenta dias; então oferecereis nova oferta de cereais ao Senhor. Das vossas habitações trareis, para oferta de movimento, dois pães de dois décimos de efa; serão de flor de farinha, e levedados se cozerão; são primícias ao Senhor. (Levítico 23:16-17)
A presença do fermento nos pães indica que o mal estará presente da Igreja: "Outra parábola lhes disse: O reino dos céus é semelhante ao fermento que uma mulher tomou e misturou com três medidas de farinha, até ficar tudo levedado. (Mateus 13:33)
Shavuot, o noivado
Em Shavuot da Antiga Alicança, ocorreu o noivado de Deus com o povo de Israel. Neste dia foi entregue o acordo de noivado, a Torah. Este acordo ou contrato nupcial é chamado de Ketubah ou Ketubot.
Jeremias diz que no Monte Sinai o Senhor tomou Israel como Sua noiva: “Vai, e clama aos ouvidos de Jerusalém, dizendo: Assim diz o Senhor : Lembro-Me de ti, da bondade da tua mocidade, e do amor do teu noivado, quando Me seguias no deserto, numa terra que não se semeava. Então Israel era santidade para o Senhor, e as primícias da Sua novidade; todos os que o devoravam eram tidos por culpados; o mal vinha sobre eles, diz o Senhor ” (Jeremias 2.2,3).
A palavra 'noivado' (em negrito) no original em hebraico é justamenteKetubah.
כלולה k ̂eluwlah
1) noivado, promessa de noivado
Neste casamento há dois estágios:
1. O noivado – onde o acordo ou contrato escrito é feito entre as partes. Durante o noivado, legalmente se está casado, porém os noivos não vivem juntos (ver: Êxodo 21.8, Levítico 19.20, Deuteronômio 20.7 e 22.23). O efeito legal deste contrato é tanto que para quebrá-lo só é possível pelo divórcio. A palavra hebraica para esse tipo de compromisso é 'aras'.
ארש ’aras
1) noivar, comprometer-se
1a) comprometer-se (homem ou mulher)
1b) ser comprometido
2. O casamento (em hebraico 'nissuin' ou 'laqach') – é consumação do casamento, quando o noivo, liberado pelo pai (com um toque do shofar) vai buscar a noiva em casa dos pais dela, erguendo-a no ar e tomando-a para si, para levá-la à casa que preparou para eles, junto à casa do pai dele.
Duas testemunhas são necessárias para o casamento: os amigos dos noivos (um para o noivo e outro para a noiva). Ao mesmo tempo, os amigos dos noivos devem assinar a ketubah, para que haja legalidade na consumação do casamento e isso só acontecerá se o amigo do noivo que estiver com a noiva perceber que a noiva está pronta.
A ketubah é um acordo de aliança, porque casamento é uma aliança. Moisés escreveu todas as palavras do Senhor no ‘Livro da Aliança’: “Moisés escreveu todas as palavras do Senhor, e levantou-se pela manhã de madrugada, e edificou um altar ao pé do monte, e doze monumentos, segundo as doze tribos de Israel;… E tomou o Livro da Aliança e o leu aos ouvidos do povo, e eles disseram: 'Tudo o que o Senhor tem falado faremos, e obedeceremos' ” (Êxodo 24.4,7)
Em cumprimento pleno dessa ‘sombra’, Jesus o Noivo, veio para desposar Sua noiva (a Igreja) e ao dar Sua vida por ela, escreveu com Seu sangue as palavras de uma Nova Aliança (a ketubah). Depois disso, subiu à casa do Pai, para lhe preparar morada para que onde Ele estiver ela (a Igreja) esteja também: “Na casa de Meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, Eu vo-lo teria dito. Vou preparar-vos lugar. E quando Eu for, e vos preparar lugar, virei outra vez, e vos levarei para Mim mesmo, para que onde Eu estiver estejais vós também” (João 14.2,3).
O Pai enviou João Batista (Amigo do Noivo) para anunciar Sua vinda (João 3.28,29). Quando o Noivo Jesus consumou Sua obra (a ketubah) e voltou para o Pai para preparar morada para Sua noiva, enviou o Espírito Santo (Amigo da noiva), para prepará-la para encontrar-se com Ele.
E como no casamento judaico, Deus Pai liberará o Noivo Jesus com toque de shofar (o soar da trombeta), para buscar a noiva Igreja, erguendo-a (nissuin) e tomando-a (laqach) para si – o Arrebatamento (do grego ἁρπάζω (harpazo) – para levá-la para a casa (morada) que Ele preparou para ela Igreja.
Nesses últimos dias o Espírito Santo tem falado que o regresso do Noivo se aproxima para consumar o casamento. É Ele que vai preparar a Igreja para o encontro com Jesus. Para que haja o casamento, a noiva precisa se arrumar. A Bíblia ensina que Jesus vai levar uma Igreja sem mácula, sem manchas e santa.
O Senhor em Shavuot do Sinai, desposou Israel entregando-lhe os Dez Mandamentos (Ketubah) escrita.
No Shavuot de Sião, o Senhor Jesus desposou Sua Noiva, a Igreja (nascida dEle no sacrifício da Páscoa), escrevendo em seus corações a Ketubah Viva (Jesus, a Palavra Viva)!
Shavuot e o Livro de Rute
É costume ler o Livro de Rute em Shavuot. Este livro tem sido chamado de “O Romance da Redenção” e seu acontecimento central ocorreu em Shavuot, época da colheita do trigo.
A história de Rute e Boaz é uma tipologia do plano de Deus para a redenção. Rute é a moabita que aceitou a fé judaica, por isso simboliza a Igreja gentílica que não tinha direito à herança da vida eterna, mas por sua obediência, humildade e fé foi achada digna de fazer parte da herança, pela misericórdia do Senhor Jesus.
Boaz foi o remidor de Rute, aquele que pagou o preço para que ela fosse resgatada e tivesse sua herança (Rute 4). Boaz pré-figura o Senhor Jesus, o remidor, que com o seu Sangue pagou um preço alto para resgatar e fazer com que a Igreja tenha parte na herança (vida eterna).
Shavuot e os rabiscos da colheita
Na Lei de Moisés estava previsto que os israelitas deveriam dar assistência aos pobres: "Pois nunca deixará de haver pobre na terra; pelo que te ordeno, dizendo: Livremente abrirás a tua mão para o teu irmão, para o teu necessitado, e para o teu pobre na tua terra." (Deuteronômio 15:11)
Por isso os proprietários de terra, ao realizar a colheita dos frutos produzidos pelo seu campo, deveriam deixar os cantos para serem colhidos pelos pobres e estrangeiros, além disso, as espigas que caíam no chão não deveriam ser recolhidas, pois serviriam para o mesmo propósito.
"E, quando fizerdes a colheita da vossa terra, não acabarás de segar os cantos do teu campo, nem colherás as espigas caídas da tua sega; para o pobre e para o estrangeiro as deixarás. Eu sou o SENHOR vosso Deus." (Levítico 23:22)
"Quando no teu campo colheres a tua colheita, e esqueceres um molho no campo, não tornarás a tomá-lo; para o estrangeiro, para o órfão, e para a viúva será; para que o SENHOR teu Deus te abençoe em toda a obra das tuas mãos. Quando sacudires a tua oliveira, não voltarás para colher o fruto dos ramos; para o estrangeiro, para o órfão, e para a viúva será. Quando vindimares a tua vinha, não voltarás para rebuscá-la; para o estrangeiro, para o órfão, e para a viúva será." (Deuteronômio 24:19-21)
A prática de respigar (colher as sobras da colheita) também é conhecida como rabiscos: "Porque será como o segador que colhe a cana do trigo e com o seu braço sega as espigas; e será também como o que colhe espigas no vale de Refaim.Porém ainda ficarão nele alguns rabiscos, como no sacudir da oliveira: duas ou três azeitonas na mais alta ponta dos ramos, e quatro ou cinco nos seus ramos mais frutíferos, diz o SENHOR Deus de Israel." (Isaías 17:5-6)
Baseado nestes ensinamentos, podemos dividir o período da colheita em três partes: as primícias, a grande colheita e os rabiscos.
Essas três fases simbolizariam: a ressurreição – as primícias cumpridas pela ressurreição de Cristo; a grande colheita que ocorrerá por ocasião do arrebatamento e os rabiscos serão os salvos durante a Grande Tribulação: "E um dos anciãos me falou, dizendo: Estes que estão vestidos de vestes brancas, quem são, e de onde vieram? E eu disse-lhe: Senhor, tu sabes. E ele disse-me: Estes são os que vieram da grande tribulação, e lavaram as suas vestes e as branquearam no sangue do Cordeiro." (Apocalipse 7:13-14)
Quando o grão (a Igreja) for completamente colhido, ainda restarão os rabiscos: os grãos, cachos de uvas e azeitonas , que certamente serão colhidos pelo Senhor.
Nota: A azeitona é um dos símbolos Israel.
Conclusão
As Festas da Primavera que foram analisadas até aqui, nos lembraram da morte e ressurreição de Cristo, do derramar do Espírito Santo sobre os cristãos e da colheita dos primeiros frutos.
Pentecoste nos lembra também da missão de pregar o Evangelho para que a colheita final seja grandiosa, pois como Jesus nos advertiu: "Então, disse Jesus aos seus discípulos: A seara é realmente grande, mas poucos os ceifeiros. Rogai, pois, ao Senhor da seara, que mande ceifeiros para a sua seara." (Mateus 9:37-38).
Nos próximos posts estudaremos as Festas de Outono, que apontam para as promessas de Deus ainda não cumpridas, mas que vão se cumprir da mesma forma como as Festas da Primavera.
As Festas de Outono nos falam da Segunda Vinda de Jesus, do arrependimento do povo judeu, do julgamento, do milênio e estado eterno para os justos e fiéis.
As Sete Festas de Israel têm um significado profético, pois além de apontar para Cristo como o Cordeiro Pascal, elas também falam da ‘parousia’ que é a Segunda Vinda do Senhor Jesus.
As Festas Bíblicas foram ordenanças do Senhor e por quatro vezes encontramos a declaração de que elas seriam um 'estatuto perpétuo' para Israel. (Lv. 23)
Cristo cumpriu as quatro festas comemoradas na Primavera, no tempo exato designado para sua celebração, segundo o calendário judaico.
Isso quer dizer que, uma vez que o ciclo de festas da Primavera foi cumprido por Cristo em sua primeira Vinda, também o ciclo de festas do Outono será cumprido, no futuro, com os eventos relacionados à segunda Vinda de Jesus.
"E falou o SENHOR a Moisés, dizendo: Fala aos filhos de Israel, e dize-lhes: Quando houverdes entrado na terra, que vos hei de dar, e fizerdes a sua colheita, então trareis um molho das primícias da vossa sega ao sacerdote; E ele moverá o molho perante o SENHOR, para que sejais aceitos; no dia seguinte ao sábado o sacerdote o moverá.
E no dia em que moverdes o molho, preparareis um cordeiro sem defeito, de um ano, em holocausto ao SENHOR, E a sua oferta de alimentos, será de duas dízimas de flor de farinha, amassada com azeite, para oferta queimada em cheiro suave ao SENHOR, e a sua libação será de vinho, um quarto de him. E não comereis pão, nem trigo tostado, nem espigas verdes, até aquele mesmo dia em que trouxerdes a oferta do vosso Deus; estatuto perpétuo é por vossas gerações, em todas as vossas habitações." (Levítico 23:9-14)
Introdução
A Festa das Primícias ou o Dia dos Primeiros Frutos (Bikkurim) acontecia no dia seguinte à Festa dos Pães Asmos e era observada apenas um único dia. Era celebrada no dia 16 de Abib ou Nisã (Março/Abril do nosso calendário).
A Festa marcava o início da colheita e seu propósito principal era reconhecer e agradecer as bençãos de Deus com as primeiras colheitas da cevada (Omer). A partir desse dia começava o início da contagem dos 50 dias (ou 7 semanas) para a celebração de outra festa: o Pentecoste.
(*) O Ômer era uma medida de cevada (aproximadamente 2,2 l) que os judeus levavam ao Templo de Jerusalém como minchá ou oferenda vespertina no segundo dia de Pêssach (Páscoa). Wikipedia
בכורbikkuwr
1) primeiros frutos (Strong)
Contexto Histórico
Até o início do ano (religioso, que começava no mês de Abib) os israelitas se alimentavam de frutos e grãos da colheita anterior. No começo do novo ano iniciava-se a colheita e antes que se alimentassem dos grãos novos, deveria ser realizada a oferta das primícias. “E não comereis pão, nem trigo tostado, nem espigas verdes, até aquele mesmo dia em que trouxerdes a oferta do vosso Deus; estatuto perpétuo é por vossas gerações, em todas as vossas habitações”. (Lev 23:14)
Nota 1: Os hebreus consideram como primícias (Bikkurim) os produtos que estão listados em Deuteronômio 8:8: grãos (trigo, cevada, centeio), uvas, figos e romãs, oliveiras, tâmaras. As colheitas estendiam-se de março a outubro. Colhia-se primeiro o linho e a cevada. O trigo era o último dos cereais a ser colhido. Em seguida, colhiam-se uvas, figos e azeitonas.
Nota 2: A colheita de grãos/cereais terminava no mês de Sivan (maio/junho).
Nota 3: O mês Abibe, termo hebraico (Abib), é de origem cananita, cujo significado é “espiga”.
A cevada e o trigo eram os primeiros grãos que estavam prontos para a colheita, porém a cevada amadurecia antes do trigo, logo nos primeiros dias de primavera, época da Páscoa. A cevada era trazida ao Templo a partir do segundo dia da Páscoa. “Quando houverdes entrado na terra, que vos hei de dar, e fizerdes a sua colheita, então trareis um molho das primícias da vossa sega ao sacerdote; e ele moverá o molho perante o Senhor, para que sejais aceitos” (Levítico 23:10-11). As primícias da colheita dos cereais do ano, em forma de molho de cevada, era abanado/movido (tenufah) perante o Senhor em ação de graças e celebração. O trigo, que amadurecia depois, era levado ao Templo por ocasião do Pentecoste.
Os outros "Bikkurim" eram trazidos em ocasiões próprias. Acredita-se que a oferta de primícias ocorria em cada uma das festas tradicionais do calendário bíblico:
Páscoa – entregava-se uma ovelha nascida naquele ano;
Primícias – entregava-se a cevada;
Pentecoste – entregava-se o trigo;
Tabernáculos – eram oferecidas as primeiras frutas, como uva, tâmara e figo.
Nota: O agricultor hebreu, ao perceber os primeiros frutos, tinha o cuidado de marcá-los com uma fita vermelha para que, na ocasião da colheita, fossem oferecidos no Templo.
Cumprimento Profético
"Mas de fato Cristo ressuscitou dentre os mortos, e foi feito as primícias dos que dormem." (1 Co 15:20)
"…Cristo ressuscitou dentre os mortos, sendo Ele as primícias dos que dormem" (I Co.15:20).
"Cristo é o primogênito de entre os mortos" (Cl.1:18).
"…sendo o primeiro da ressurreição dos mortos…" (At.26:23).
Jesus morreu no dia que era celebrada a Páscoa e ressuscitou no dia que era celebrada a Festa das Primícias (como primeiro fruto da Ressurreição). Foi no dia desta festa que Jesus ‘se moveu’ para fora do túmulo. Ele é o grão que morreu para produzir muito fruto: “E Jesus lhes respondeu, dizendo: É chegada a hora em que o Filho do homem há de ser glorificado. Na verdade, na verdade vos digo que, se o grão de trigo, caindo na terra, não morrer, fica ele só; mas se morrer, dá muito fruto.”, Jo 12:23-24
Assim como o povo de Israel, que dedicava os primeiros frutos da colheita ao Senhor, assim também o Senhor Jesus dedicou ao Pai, com sua ressurreição, o primeiro fruto de uma grande colheita de salvação. A ressurreição de Cristo, como oferta das primícias, representa a consagração de toda a colheita a Deus: " … E outra vez: Eis-me aqui a mim, e aos filhos que Deus me deu." (Hb.2:13).
Jesus é também as primícias dos que dormem: “Mas de fato Cristo ressuscitou dentre os mortos, e foi feito as primícias dos que dormem.” (I Co 15:20), ou seja, Jesus foi o primeiro a ressuscitar com um corpo glorificado e imortal.
Chag Habikkurim simboliza então a ressurreição de Jesus e também a dos seus redimidos que se reunirão com Ele por ocasião do arrebatamento: "Mas cada um por sua ordem: Cristo as primícias, depois os que são de Cristo, na sua vinda." (1 Co 15:23)
Outro detalhe interessante: o uso do fermento era proibido na Festa da Páscoa e dos Pães Asmos, mas era liberado na Festa das Primícias, veja Lv 23:17,18.
O fermento simboliza a impureza e o pecado e é sinal da imperfeição no meio do povo de Deus: "Outra parábola lhes disse: O reino dos céus é semelhante ao fermento, que uma mulher toma e introduz em três medidas de farinha, até que tudo esteja levedado." (Mt.13:33)
Conclusão
As três primeiras Festas da Primavera representam a primeira Vinda de Cristo:
Jesus Cristo, o Cordeiro da Páscoa (Pessach)
Jesus Cristo, o Pão sem fermento (Matzot)
Jesus Cristo, a Espiga Verde do primeiro fruto (Habikkurim)
A Sete Festas de Israel têm um significado profético, pois além de apontar para Cristo como o Cordeiro Pascal, elas também falam da ‘parousia’ que é a Segunda Vinda do Senhor Jesus.
As Festas Bíblicas foram ordenanças do Senhor e por quatro vezes encontramos a declaração de que elas seriam um 'estatuto perpétuo' para Israel. (Lv. 23)
Cristo cumpriu as quatro festas comemoradas na Primavera, no tempo exato designado para sua celebração, segundo o calendário judaico.
Isso quer dizer que, uma vez que o ciclo de festas da Primavera foi cumprido por Cristo em sua primeira Vinda, também o ciclo de festas do Outono será cumprido, no futuro, com os eventos relacionados à segunda Vinda de Jesus.
Pão ázimo ou asmo, do hebraico matstsah ou matzah, é um tipo de pão assado sem fermento, feito somente de farinha de trigo (ou de outros cereais como aveia, cevada e centeio) e água. A preparação da massa não deve exceder 18 minutos para garantir que a massa não fermente.
מצה matstsah
1) asmo (pão, bolo), sem fermento
A Festa dos Pães Asmos era comemorada no dia seguinte à Páscoa, ou seja no dia 15 de Abib e terminava no dia 21 do mesmo mês, portanto com duração de sete dias: "E aos quinze dias deste mês é a festa dos pães ázimos do SENHOR; sete dias comereis pães ázimos." (Lv.23:6)
Na verdade, os pães asmos deveriam ser comidos a partir da tarde do dia 14: " No primeiro mês, aos catorze dias do mês, à tarde, comereis pães ázimos até vinte e um do mês à tarde. (Ex 12:18)
Durante a semana da Festa dos Pães Asmos, o fermento e qualquer coisa fermentada tinham que ser removidos de todos os lares.
Em Êxodo 12.15 e 13.7 a palavra hebraica 'chametz' foi traduzida por "pão levedado", porém, o significado literal desse termo, é "coisa fermentada". Em outras palavras, nada que continha fermento devia ser encontrado entre eles, em hipótese alguma, "em todo teu território" (Êx 13.7). A desobediência a esta ordenança era uma punição gravíssima. (Ex: 12:15).
1) Fermento: do hebraico 'seor' é qualquer substância que seja capaz de produzir fermentação em massa de pão ou líquido.
שאר s ̂e’or
1) levedura
2) Fermentado: do hebraico 'chametz' é qualquer coisa fermentada ou que contém levedura
חמץ chametz
1) aquilo que está fermentado, levedura
"Durante sete dias comam pão sem fermento. No primeiro dia tirem de casa o fermento, porque quem comer qualquer coisa fermentada, do primeiro ao sétimo dia, será eliminado de Israel." (Ex 12:15)
"Comam pão sem fermento durante os sete dias; não haja nada fermentado entre vocês, nem fermento algum dentro do seu território." (Ex 13:7)
Contexto Histórico
No Antigo Testamento guardava-se a Páscoa separada da Festa dos Pães Asmos, apesar de terem conexão.
A Páscoa era celebrada na tarde do dia 14 do mês de Abib, enquanto que a Festa dos Pães Asmos começava no dia 15 de Abib e se extendia por sete dias. Juntas formavam uma Festa dupla.
Já nos tempos de Jesus, as Festas da Páscoa e do Pães Asmos eram tratadas como uma única Festa: "Estava se aproximando a festa dos pães sem fermento, chamada Páscoa," (Luc 22.1).
Isso era devido não haver intervalo entre as duas Festas e porque ambas celebravam a mesma libertação do Egito (Êx 12.1-28). Na verdade a Festa dos Pães Asmos era a continuação da Festa Páscoa e durante essas duas Festas ainda tinha a Festas das Primícias.
A Importância do Pão Asmo para Israel:
Era usado na consagração dos sacerdotes (Exodo 29:2/Levítico 8:2).
Era usado na separação dos nazireus (Numeros 6:15,17)
Era usado na Páscoa.
Pães Asmos no Tabernáculo:
Ficavam em uma mesa onde havia pratos para os pães asmos e as taças de ouro. Os pães eram colocados nos pratos em duas pilhas de 6 pães cada uma.
São chamados de Pães da Proposição ou Pão da face ou da presença, significa o alimento espiritual e alimento universal. Não havia outro tipo de alimentação, não podia ser comido fora da Tenda e eram comidos no Sábado.
Significado e Cumprimento Profético
O Pão Asmo não continha fermento porque representava a pureza de Cristo.
Também é o símbolo do verdadeiro Pão da Vida, Jesus Cristo, onde até o local do Seu nascimento era profético, Belém significa “Casa do Pão”.
O aspecto profético da Festa dos Pães Asmos é que ela retrata o sepultamento de Jesus. Assim como a Festa da Páscoa ilustrava a Sua morte na Cruz, assim também a observância dos Pães Asmos ilustrava o Seu sepultamento.
A razão histórica para a Festa dos Pães Asmos é que foi exigido que Israel comesse pão sem fermento. Isto se deve ao fato de que o fermento é um símbolo da malícia e da maldade.
"Alimpai-vos, pois, do fermento velho, para que sejais uma nova massa, assim como estais sem fermento. Porque Cristo, nossa páscoa, foi sacrificado por nós. Por isso façamos a festa, não com o fermento velho, nem com o fermento da maldade e da malícia, mas com os ázimos da sinceridade e da verdade." (1 Co 5:7-8)
Os Pães Asmos também expressam a nossa comunhão com Cristo, que começa com a nossa redenção e depois prossegue em uma vida santa.
Fermento, símbolo do pecado
Fermento em hebraico é s ̂e’or e deriva de sha’ar que significa “deixar de fora, sobras, restos”.
שאר sha’ar
1) restar, sobrar, ser deixado para trás
“Ao primeiro dia tirareis [shabath] o fermento [s ̂e’or] das vossas casas; porque qualquer que comer pão levedado [chametz]….” (Êxodo 12:15)
A palavra sha'ar descreve a porção de massa com fermento ativo que era deixada de fora para utilização no próximo fabrico de pão. A expressão referida na passagem de Êxodo 12:15 é "shabath sh’or". Apalavra Shabbat significa “parar, deixar de”. Daí o significado: deixar de pôr de lado a porção de massa com fermento ativo para o fabrico de pão do dia seguinte.
שבת shabath
1) parar, desistir, descansar
Nota: Shabbath (sábado) é procedente de shabath (descanso).
Sem esta porção de fermento, a massa para o fabrico de pão, levaria muito mais tempo para fermentar:
“E o povo tomou a sua massa, antes que levedasse [chametz], e as suas amassadeiras atadas em suas roupas sobre seus ombros… E cozeram bolos ázimos da massa que levaram do Egito, porque não se tinha levedado [chametz], porquanto foram lançados do Egito; e não se puderam deter, nem prepararam comida”. (Êxodo 12:34, 39)
A palavra Sh’or é muitas vezes confundida com Chametz, mas Chametz não é o fermento em si, mas sim qualquer massa já levedada – neste caso o pão ou a massa.
A palavra Chametz, como é normal nas palavras hebraicas, assume vários significados, um deles é “ser azedo”. É esse o sentido que se aplica quando falamos de massa Chametz. Esta massa diz-se azeda porque sofreu a ação da fermentação.
Sh’or também não é fermento no sentido que nós entendemos hoje, mas sim uma parte da "massa azeda” que era posta de lado para iniciar a fermentação da próxima massa para o fabrico de pão.
Sabemos hoje, que o fermento nada mais é do que bactérias que existem no ar, porém esse conceito não existia nos tempos antigos. A própria Palavra de Deus nos dá a entender que o Sh’or era algo visível, a ponto que tinha que ser posto fora de casa.
“Sete dias se comerá pães ázimos, e o levedado [Chametz] não se verá contigo, nem ainda fermento [Sh’or] será visto em todos os teus termos.” (Êx13:7)
Veja que não era apenas o Sh’or que tinha que pôr fora de casa, mas também o Chametz. Esta é a única passagem que diz que Chametz e Sh’or deveriam se retirados de casa, em todas as outras passagens falam apenas em pôr o Sh’or.
No entanto, o princípio por detrás de "pôr fora" quer seja Chametz quer seja o Sh’or é o mesmo, pois se não houver Chametz em casa não será comido, da mesma forma que sem Sh’or não se pode fazer Chametz. O mandamento consiste em que se coma Matstsah (pão feito de massa não levedada).
מצה matstsah
Sentido de ser devorado avidamente em virtude de sua doçura;
1) asmo (pão, bolo), sem fermento
A palavra Matstsah, contrariamente à palavra Chametz que significa “ser azedo”, significa “ser doce”. Esta designação apenas é válida quando aplicado à massa, porque se trata de uma massa que não levedou.
O Matstsah é uma imagem do próprio corpo de Cristo, o pão da vida, sem fermento (sem pecado). Veja: João 6:35, 48-51; Lucas 22:19.
O significado das palavras hebraicas Matstsah (pão ázimo) e Mitsvah (Mandamento) estão intimamente ligados, sendo mesmo sinônimos, pois significam o ensino puro, não adulterado da Torah que nos foi dada pelo Senhor, pelo que podemos dizer que: Jesus é o Pão não levedado da Torah!
Uma vez cozida, qualquer massa de pão que tivesse fermento deixa de o ter na sua forma ativa, pois o fermento morre com o cozimento. Porém, os “restos mortais” desse fermento permanecem na massa e são indissociáveis dela; daí que o Senhor nos diga para comermos pão sem fermento para não ingerirmos esses “restos mortais”.
מצוה mitsvah
1) mandamento
Aspecto Espiritual
O Novo Testamento nos fala de cinco tipos de Fermento:
Fermento dos Fariseus: "Acautelai-vos primeiramente do fermento dos fariseus, que é a hipocrisia." (Lucas 12:1) – A Hipocrisia era o fermento dos Fariseus, tipo: "faça o que eu digo, mas não o que eu faço"
Fermento dos Saduceus – "Então os saduceus, que dizem que não há ressurreição…" (Marcos 12:18a) – Os Saduceus negavam o sobrenatural de Deus, como a ressurreição, os anjos, o Espirito Santo, etc. Era uma Religião baseada em filosofia.
Fermento de Herodes – "E ordenou-lhes, dizendo: Olhai, guardai-vos do fermento dos fariseus e do fermento de Herodes." (Marcos 8:15) – Este fermento simboliza o amor pelo mundo e suas coisas. Jesus mencionava Herodes como um homem mundano (raposa). Herodes era um assassino, que apesar de ter ouvido tantas vez a mensagem de João não se arrependeu
Fermento dos Gálatas –"Um pouco de fermento leveda toda a massa." (Gálatas 5:9) – Os Gálatas misturavam Cristianismo com Legalismo e se preocuvam com aparências exteriores. Misturavam Lei e Graca; Carne e Espirito; Escravidão e Liberdade.
Fermento dos Coríntios – "Alimpai-vos, pois, do fermento velho, para que sejais uma nova massa, assim como estais sem fermento. Porque Cristo, nossa páscoa, foi sacrificado por nós. Por isso façamos a festa, não com o fermento velho, nem com o fermento da maldade e da malícia, mas com os ázimos da sinceridade e da verdade." (1 Coríntios 5:7-8) – O fermento dos Coríntios representa a malícia e os pecados da imoralidade.
Santificação, símbolo da ausência do fermento
"Por isso façamos a festa, não com o fermento velho, nem com o fermento da maldade e da malícia, mas com os ázimos da sinceridade e da verdade." (1 Coríntios 5:8).
Assim como a Festa dos Pães Asmos era celebrada imediatamente após o sacrifício da páscoa, aquele que é redimido pelo sangue de Cristo, deve imediatamente prosseguir em seu caminho em processo de santificação: "…aperfeiçoando a nossa santidade no temor de Deus" (2 Coríntios 7:1).
Esta oferta não poderia conter sangue do sacrifício porque o sangue era derramado por causa do pecado e "…aquele que sofreu na carne deixou o pecado" (1 Pedro 4:1) e"…quem morreu, justificado está do pecado… …a morte já não tem domínio sobre Ele" (Romanos.6:7,9).
Diversos textos da Palavra demonstram o processo de santificação do cristão após a Redenção. Devemos distingüir os textos que falam da Salvação e os que falam da Santificação. A tabela abaixo demonstra o paralelo dos textos bíblicos que tratam da Redenção e da Santificação do cristão (clique na tabela para ampliar).
Concluindo, as verdades simbólicas dos pães asmos para os cristãos são:
Consagração
Separação para o Senhor
"Jesus tira o fermento da nossa vida nos libertando do poder do pecado"
"Assim diz o SENHOR: Não aprendais o caminho dos gentios, nem vos espanteis com os sinais dos céus, porque com eles os gentios se atemorizam" (Jr 10.2).
"Haverá sinais no sol, na lua e nas estrelas…" (Lc 21.25)
A maioria dos que estudam as Profecias bíblica concorda que as Festas de Outono de Israel têm uma conexão profética a ser realizada no futuro.
Por conta disso, muitas teorias têm surgido sugerindo os mais absurdos tipos de cumprimento profético.
Há uma (de 2008) que relacionou quatro eclipses lunares e dois solares com as Festas Judaicas da Páscoa e Tabernáculos (que ocorrerão entre 2014 e 2015) e marcou o retorno do Senhor para 2015, com a Grande Tribulação iniciando em 2008.
Há ainda outra, que utilizando os mesmos eclipses, reajustou a data da Grande Tribulação começando ainda esse ano (leia sobre o assunto no final desse post) e o retorno do Senhor para 2018.
Apesar da grande possibilidade desses sinais poderem representar de fato um sinal profético, deve-se tomar cuidado em marcar datas e trazer descrédito às profecias bíblicas.
A respeito desse assunto, o estudioso em profecia Jack Kelley, escreveu (em 2008) o seguinte artigo:
O Cenário da Lua de Sangue
Há uma teoria circulando atualmente na web, promovido por um bem conhecido website de profecias, que mostra o resultado de traçar os eclipses do sol e da lua e compará-los com as Festas Levíticas, e nota que o único momento neste século quando 4 eclipses lunares totais, conhecidos como tetrade, coincidirão tanto com a Páscoa (Pesach) quanto com a Festa dos Tabernáculos (Sucot) se dará nos anos 2014-2015.
Eclipses lunares também são conhecidos como "luas de sangue" porque a lua freqüentemente se torna vermelha durante um eclipse.
Também haverá 2 eclipses solares durante esse período. Na primavera de 2015 o ano religioso Israelense começará com um eclipse total do sol seguido, duas semanas depois, por um eclipse total da lua na Páscoa (Pesach). E então, seis meses depois a seqüência se repetirá com um segundo eclipse solar em Rosh Hashanna seguido, duas semanas depois, por outro eclipse total da lua na Festa dos Tabernáculos, tudo em 2015.
A última vez que algo assim ocorreu foi em 1967, quando Jerusalém se tornou novamente uma cidade Judia não dividida, e antes disso houve várias ocorrências durante os anos 1948-50, quando Israel estava se tornando uma nação. Não houve nenhuma ocorrência sequer nos anos 1800, 1700, 1600, e nenhuma em 1500 que coincidisse com Dias Festivos Judaicos.
O Que Isso Significa?
A conclusão sendo tirada disso pelo produtor do vídeo é que 2015 é o ano mais provável para a 2ª vinda do Senhor em todo o Século 21, e o outono (hemisfério norte – primavera no hemisfério sul) é o melhor momento naquele ano.
Entendidos em profecia de toda parte estão todos caindo uns sobre os outros para entrar nessa . Mas na correria da emoção que legitimamente acompanham pensamentos sobre o iminente retorno do Senhor, muitos estão ignorando uma ferramenta para avaliar onde estamos nos tempos do fim que eu apresentei inicialmente em minha série intitulada "Sete Coisas que Você Precisa Saber para Entender a Profecia dos Tempos do Fim". É uma ferramenta de gestão de negócios chamada agenda reversa.
Alegações sensacionalistas como a que é feita nesse site podem resultar em real confusão se você não conhece a seqüência na qual os principais eventos dos Tempos do Fim ocorrerão. Na verdade, a ordem deles é muito lógica e, uma vez que a aprenda, você pensará porque não viu isso antes.
A melhor maneira de descobrir isso é executar o que o mundo dos negócios às vezes chama de exercício de agenda reversa. Ele envolve ir até o final de um processo e identificar seu resultado final. Então você lista em ordem reversa todas as coisas que têm que acontecer para produzir aquele resultado, voltando em direção ao presente. É mais simples do que parece, e muito mais simples em profecia do que nos negócios, porque existem muito menos eventos para organizar.
Todos pensamos na Eternidade como o resultado final assim, começar do final e trabalhar para trás significa que começamos lá.
O último evento principal descrito a qualquer nível de detalhe na Bíblia é a Era do Reino ou Milênio, o reino de 1000 anos do Senhor na terra, o qual se distingue e precede a Eternidade.
A Eternidade não pode começar até que o Milênio termine.
O Milênio obviamente não pode começar até a Segunda Vinda, porque é quando o Senhor retorna para estabelecê-lo.
A Segunda Vinda não pode ocorrer até o final da Grande Tribulação.
E isso não pode ocorrer até que o Anticristo se coloque no Templo em Israel se declarando Deus (2 Tes 2:4).
Esse é o evento que Jesus advertiu Israel e Ele o chamou de "Abominação da Desolação" em Mat 24:15-21.
Mas isso não pode acontecer até que haja um Templo. Não existem um Templo em Israle desde 70 AD e não haverá um até que os Judeus resolvam que precisam de um.
Isso não ocorrerá até que Deus reinstale seu relacionamento do Antigo Concerto, sinalizando o início da 70ª semana de Daniel.
E isso não pode ocorrer até que a Batalha de Ezequiel 38-39 seja vencida, pois é a batalha de Ezequiel que oficialmente atrai os Judeus de volta para Deus (Eze 39:22).
E isso não pode ocorrer até que a Igreja se vá, porque a Igreja e Israel são mutuamente exclusivos para Ele (Rom 11:25 e Atos 15:13-18).
E isso nos traz ao presente, pois não há nenhum evento precedente ao Arrebatamento da Igreja. Isto pode acontecer a qualquer momento.
Utilizando essa ferramenta de agendamento podemos ver que como os eventos dos tempos do fim estão determinados a ocorrer, e o único cuja cronologia é especulativa e o Arrebatamento.
Alguns argumentam que existem dúvidas sobre a cronologia da Batalha de Ezequiel 38, mas a Bíblia é bastante clara ao dizer que a batalha de Ezequiel 38 é a chamada para 'acordar' Israel a fim de iniciar a 70ª semamna de Daniel. É o evento que traz Israel de volta ao concerto com Deus, exigindo que um Templo seja construído. A 70ª semana de Daniel tem por definição a duração de sete anos. A última metade é a Grande Tribulação, depois da qual o Senhor voltará.
Qual é o Ponto?
Isso me traz ao meu ponto, e para fazê-lo, usarei a ferramenta da agenda reversa novamente.
A fim de que o Senhor retorne no outono de 2015, a 70ª semana de Daniel teria que ter começado no outono de 2008. Isso significaria que a Batalha de Ezequiel 38 ja teria acontecido, e Deus teria sido reapresentado para Israel, trazendo-os de volta para o relacionamento da Antiga Aliança que resultaria em o Judaísmo Bíblico se tornar a religião nacional oficial de Israel. E o Anticristo já teria aparecido e ganhado poder suficiente para ajudar Israel a negociar um tratado de sete anos que inclui provisões para um Templo (Dan 9:27).
Todas as condições para Ezequiel 38 ainda não foram cumpridas, apesar de a maioria dos jogadores já estarem alinhados.
Se essas Luas de Sangue anteriores (1948 e 1967) de fato anunciaram o renascimento da nação e a reunificação de Jerusalém como parece, então o próximo passo na jornada de Israel em direção ao Reino é sua reunião nacional com seu Criador. Esta é maneira como Ezequiel viu isso acontecer, e importante o suficiente para Deus para merecer um tal anúncio celestial. Afinal de contas, Ele tem esperado para trazê-los de volta por 2000 anos.
"VINDE, e tornemos ao Senhor, porque ele despedaçou, e nos sarará; feriu, e nos atará a ferida. Depois de dois dias nos dará a vida; ao terceiro dia nos ressuscitará, e viveremos diante dele." (Oséias 6:1-2)
Graças a Deus, não demorará até que saibamos com certeza quem está certo e quem está errado. E não será necessário nenhuma ciência espacial para dizê-lo. Pois, se a 70ª semana de Daniel estiver determinada a começar nas Festas de Outono, então os próximos meses/anos assombrarão o mundo em uma série de espantosos cumprimentos proféticos sem paralelos desde a crucificação e ressurreição do Senhor. Você quase pode ouvir os passos do Messias.
Fonte: Olhar Profético (Adaptado do artigo escrito em 2008, quando essa teoria foi muito discutida)
Sinais nos Céus
Texto bíblico usado: "E disse Deus: Haja luminares na expansão dos céus, para haver separação entre o dia e a noite; e sejam eles para SINAIS e para tempos determinados e para dias e anos." (Gn 1:14)
Eclipse Solar:
Por três anos consecutivos, 2008, 2009 e 2010, houve um eclipse solar parcial sempre no dia 1 de Av do caledário judaico:
– 1 de Agosto de 2008 (1 º de Av)
– 22 de julho de 2009 (1 º de Av)
– 11 de julho de 2010 (1 º de Av)
O mês de Av é considerado um mês de luto, onde se lembra a destruição dos dois Templos judaicos que ocorreram no mesmo dia: 09 de Av.
Eclipse Lunar:
– No ano judaico de 5708 (1948), ano da Independência do Estado de Israel, ocorreu um eclipse na Festa Judaica da Páscoa (Pessach) e no ano seguinte (1949) ocorreu o mesmo.
– Em 1967, ano que Israel unificou Jerusalém, ocorreu outro eclipse lunar na Páscoa (Pessach). No mesmo ano ocorreu outro eclipse lunar na Festa dos Tabernáculos (Sucot).
Tetrad
"O sol se converterá em trevas, e a lua em sangue, antes que venha o grande e terrível dia do SENHOR. E há de ser que todo aquele que invocar o nome do SENHOR será salvo." (Joel 2:31)
Tetrad – fenômeno astronômico de rara ocorrência quando quatro eclipses lunares ocorrem em uma linha com intervalos de seis lunações (semestre) – Fonte: Wikipedia
Esse fenômeno ocorrerá nos anos de 2014 e 2015 e cairão nos dias das Festas Judaicas:
Tetrad Lunar:
– 2014: 15 de abril (Pessach) e 8 de outubro (Sucot)
– 2015: 4 de abril (Pessach) e 28 de setembro (Sucot)
Eclipse Solar:
– 2015: eclipse total no dia 20 de março (15 dias antes do Pessach) e 13 de setembro (Rosh Hashanna).
Este ano (2011) surgiu uma nova teoria que tem sido muito divulgada na web.
Essa nova teoria juntou a de 2008 e ligou ao Cometa Elenin. Esta foi ainda mais longe e marcou a data para o início da Grande Tribulação para 29/09/2011!
Devemos tomar cuidado e seguir a orientação do Senhor:"E Jesus, respondendo, disse-lhes: Acautelai-vos, que ninguém vos engane;" (Mateus 24:4)
Quem quiser assistir ao vídeo que está circulando na web, acesse o link: http://www.youtube.com/watch?v=KXMwJqgyEhk&feature=player_embedded
Esse vídeo já começa com um erro de tradução de Gênesis 1:14, mudando a palavra 'estações' para 'festas'. Daí pode-se ver a indução ao engano. No meio do vídeo o autor mistura astronomia, astrologia, Elenin e Apocalipse 12 (A Mulher vestida de Sol).
Conclusão
Como já mencionei, as coincidências desses sinais são um caso a considerar, pois podem fazer parte dos sinais do retorno de Cristo. Porém fazer disso motivo para marcar datas é um erro que muitos têm cometido e levado as profecias bíblicas ao descrédito.
As Sete Festas de Israel têm um significado profético, pois além de apontar para Cristo como o Cordeiro Pascal, elas também falam da ‘parousia’ que é a Segunda Vinda do Senhor Jesus.
As Festas Bíblicas foram ordenanças do Senhor e por quatro vezes encontramos a declaração de que elas seriam um 'estateuto perpétuo' para Israel. (Levítico 23)
Cristo cumpriu as quatro festas comemoradas na Primavera, no tempo exato designado para sua celebração, segundo o calendário judaico.
Isso quer dizer que, uma vez que o ciclo de festas da Primavera foi cumprido por Cristo em sua primeira Vinda, também o ciclo de festas do Outono será cumprido, no futuro, com os eventos relacionados à segunda Vinda de Jesus.
Nesta primeira série de estudos iremos abordar a primeira festa do ciclo da Primavera: a Páscoa
Páscoa (Pessach)
Introdução
Páscoa (do Hebraico פסחpessach e do Grego πασχαpasch) é uma festa judaica onde se comemora a libertação dos israelitas do Egito. A celebração é realizada entre os 14º e 22º dias de Nissan ou Adar II (Abib no Tanakh) que corresponde a março ou abril do nosso calendário.
Nota 1: O mês de Nissan é o nome dado ao primeiro mês do calendário judaico religioso, que se inicia com a primeira Lua nova da época da cevada madura em Israel. O nome Nissan tem origem babilônica. Na Torá o nome do mês é Abib que significa 'espigas verdes'. Nissan é um mês de 30 dias que marca o ínicio da primavera no hemisfério norte.
Nota 2: Para o povo judeu havia o ano sagrado e o ano civil. O sagrado começava no 1° dia do mês de Abib/Nissan na Estação da Primavera. O civil começava no 1° dia do mês de Tishrei na Estação de Outono. O ano é dividido em 12 meses lunares, com um 13° mês 7 vezes em cada 19 anos.
O Pessach significa 'passagem' ou 'passar por cima' onde o Senhor poupou as casas dos Filhos de Israel e livrou-os da décima praga que foi a morte do primogênito de cada família egípcia. Portanto, se comemora a libertação dos filhos de Israel da escravidão do Egito além de marcar o nascimento dos hebreus como povo.
A festa também tem um significado agrícola, pois marca o início do período de colheita na terra de Israel. Os antigos pastores e agricultores comemoravam o início da colheita da cevada e a entrega do ômer.
Nota: Ômer era uma medida de cevada (aproximadamente 2,2 l) que se levava ao Templo como oferta no segundo dia de Pêssach.
O "Último dia de Pessach", conhecido como 'Acharon shel Pessach' é também uma festa que comemora a Passagem do Mar Vermelho.
Contexto Histórico
"Então disse a Abrão: Sabes, de certo, que peregrina será a tua descendência em terra alheia, e será reduzida à escravidão, e será afligida por quatrocentos anos, mas também eu julgarei a nação, à qual ela tem de servir, e depois sairá com grande riqueza. E tu irás a teus pais em paz; em boa velhice serás sepultado. E a quarta geração tornará para cá; porque a medida da injustiça dos amorreus não está ainda cheia." (Gên 15:14-16)
Já havia se passado cerca de 430 anos desde que o Senhor falara a Abraão dizendo que sua descendência seria peregrina e ficaria sob servidão e aflição, contudo as Suas promessas não falham, pois Ele vela pela Sua Palavra para cumpri-la.
A peregrinação no Egito começou com a descida de Jacó e seus filhos para se encontrar com José que era governador do Egito.
Anos depois, os egípcios começaram a afligir os israelitas. Quando os sofrimentos dos filhos de Israel tornaram-se insuportáveis, clamaram ao Senhor que ouviu seus clamores. O Senhor então levantou Moiséis para que libertasse seu povo.
O Senhor castigou a terra dos egípcios com pragas, mas apesar disso o coração do Faraó tornou-se endurecido e se recusava a deixar o povo de Israel sair, apenas na décima praga permitiu a libertação.
Décima e última praga: "À meia-noite eu sairei pelo meio do Egito; e todo o primogênito na terra do Egito morrerá, desde o primogênito de Faraó, que se assenta com ele sobre o seu trono, até ao primogênito da serva que está detrás da mó, e todo primogênito dos animais. E haverá grande clamor em toda a terra do Egito, qual nunca houve semelhante e nunca haverá" (Êx 11.4-6).
O povo de Israel habitava no Egito e se não fosse a intervenção de Deus como poderiam escapar do anjo destruidor?
O Senhor então providenciou a proteção a cada família dos hebreus, com seus respectivos primogênitos. Cada família tinha que tomar um cordeiro macho de um ano de idade, sem defeito e sacrificá-lo ao entardecer do dia 14 de Abib (Êx 12.3-6). O sangue do cordeiro sacrificado deveria ser aspergido em ambas as ombreiras e na viga da porta das casas. Quando o Anjo passasse, passaria por cima daquelas casas que tivessem a marca do sangue. Assim, pelo sangue do cordeiro morto, o povo de Israel foi protegido da condenação da morte que foi executada contra os primogênitos egípcios.
Neste evento o Senhor ensinou ao seu povo a importância da obediência e da redenção pelo sangue, a fim de prepará-los para o advento do "Cordeiro de Deus" (Jesus) que tiraria o pecado do mundo. Ver Êx 12 e João 1.2.
Naquela noite específica, os israelitas deveriam estar vestidos e preparados para viajar. A ordem recebida era assar o cordeiro, preparar ervas amargas e pães sem fermentos. Ao anoitecer, já estariam prontos para a refeição e para partir rápido, pois com a décima praga os egípcios rogariam que deixassem o país. No dia 15 de Abib os filhos de Israel deixaram a terra do Egito.
O Dia, a Hora e o Local da Páscoa
A Páscoa foi instituída na noite em que ocorreu o Êxodo do Egito. A primeira Páscoa foi celebrada na Lua Cheia, no final do dia 14 do mês de Abib, dali em diante deveria ser celebrada anualmente.
A festa começa com a morte de um cordeiro como oferta pelo pecado (Ex.12:2,6), no dia 14 do mês de abib, ou seja, um dia antes dos Pães Asmos (Lv.23:6) e dois dias antes das Primícias (Lv.23:12).
O dia civil judaico (período de 24 horas) se inicia às 18:00h e termina às 18:00h do dia subseqüente, portanto a noite vem primeiro que o dia.
O dia judaico (12 horas) compreende o intervalo entre o nascer e pôr do sol (por volta de 06:00h às 18:00h), era dividido em três partes: manhã, meio-dia e tarde (Sl.55:17).
Os judeus distinguiam duas tardes no dia:
– a primeira ia das 15:00h às 18:00h (pôr do sol);
– a segunda se iniciava ao pôr do sol (em torno de 18:00h) indo até a escuridão da noite, aproximadamente às 19:00h. (Mt.14:15 e 23).
O sacrifício da Páscoa era oferecido "no crepúsculo da tarde" (Lv.23:5; Nm.28:4,8).
A passagem faz referência à primeira tarde (15:00h às 18:00h). A segunda tarde, que se iniciava às 18:00h, e a manhã, que tinha início às 06:00h, juntos formavam um dia (Gn.1:5).
Mais tarde o Senhor estabeleceu um local apropriado para que o ritual da Páscoa fosse realizado:
"Então sacrificarás como oferta de páscoa ao Senhor teu Deus, do rebanho e do gado, no lugar que o Senhor escolher para ali fazer habitar o seu nome. Não poderás sacrificar a páscoa em nenhuma das tuas cidades que te dá o Senhor teu Deus. Senão no lugar que o Senhor teu Deus escolher para fazer habitar o seu nome, alé sacrificarás a páscoa à tarde, ao pôr do sol, ao tempo em que saíste do Egito. Então a cozerás, e comerás no lugar que o Senhor teu Deus escolher…" (Dt.16:2,5-7).
Significado e Cumprimento Profético
Os cordeiros que eram sacrificados na Páscoa eram um símbolo, um tipo do verdadeiro Cordeiro que tira o pecado do mundo: Jesus Cristo.
Cordeiro perfeito (Êxodo 12:5)
O cordeiro escolhido por cada família tinha que ser absolutamente perfeito. Isso significava que tinha que passar por uma investigação rigorosa para ver se havia algum defeito, não importa quão pequena seja. 1 Pedro 1:18-20 descreve Jesus como o Cordeiro Imaculado. Ele também passou por uma série de investigações para determinar se nEle havia alguma culpa:
Ele foi examinado pelos príncipes dos sacerdotes e os anciãos (Mateus 21:12)
Ele foi examinado por Pilatos (Mateus 27:1-26)
Ele foi examinado por Herodes (Lc 23:6-12)
Ele foi examinado pelo Sumo Sacerdote Anás (João 18:13, 24)
Ele foi examinado pelo sumo sacerdote Caifás (João 18:13-14, 19-24, 28)
Ninguém no mundo político e religioso encontrou qualquer causa para colocá-lo à morte. Ele era absolutamente inocente, o nosso Salvador perfeito. Não admira que só o Seu sangue poderia expiar o pecado.
Redenção:
O evento que corresponde à Páscoa no Novo Testamento é a Redenção.
Redenção tem a ver com libertação de escravos, pois alude à libertação que Deus concedeu a Seu povo Israel, da escravidão no Egito. Os Israelitas não tinham como alcançar a liberdade, e necessitavam de alguém que fizesse isto por eles. E foi isto que o Senhor fez por Israel .Toda redenção acontece porque um preço é pago . Neste caso, a fiança foi o sangue do cordeiro da Páscoa. Os israelitas foram resgatados da morte e da escravidão egípcia, para passar a pertencer a outro dono, a Deus . A verdadeira Redenção significava que eles estariam livres dos cruéis egípcios para servir ao Deus vivo.
Assim como um cordeiro foi sacrificado no dia da Páscoa para a libertação dos Israelitas do Egito, Cristo foi sacrificado para a libertação dos nossos pecados:
"…Ele salvará o seu povo dos pecados deles" (Mt.1:21);
"…pelo seu sangue nos libertou dos nossos pecados" (Ap.1:5);
"…Cristo, nosso cordeiro pascal, foi imolado" (I Co.5:7).
A palavra hebraica chata’ usada para traduzir pecado é derivada de uma forma verbal que significa purificar, de modo que o substantivo significa um sacrifício que obtém a purificação.
חטאchata’
1) pecar, falhar, perder o rumo, errar, incorrer em culpa, perder o direito, purificar da impureza
Dessa forma entendemos melhor o sentido do texto de Gênesis 4:7: "…se, todavia, procederes mal, eis que o (a oferta pelo) pecado jaz à porta… …a ti cumpre dominá-lo (domá-lo)"
Esta identificação também pode ser vista no Novo Testamento: "Aquele que não conheceu pecado, ele o fez (oferta pelo) pecado por nós…" (II Co.5:21).
Este era o método usado por Deus, desde os tempos de Adão, para perdoar os pecados: O sangue deveria ser derramado, veja Gn.3:21.
"Porque a vida da carne está no sangue. Eu vo-lo tenho dado sobre o altar, para fazer expiação pelas vossas almas; porquanto é o sangue que fará expiação em virtude da vida" (Lv.17:11).
A palavra ‘expiação’ vem do hebraico:
כפרkaphar
1) cobrir, purificar, fazer expiação, fazer reconciliação, cobrir com betume
A Bíblia diz que "…sem derramamento de sangue não há remissão" (Hb.9:22). No tempo do Antigo Testamento o sangue dos animais apenas cobria os pecados. O sangue de Cristo tira o pecado do mundo “Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo.” (Jo.1:29).
O Dia do Sacrifício
A primeira Páscoa foi comemorada numa sexta-feira. Jesus Cristo também foi crucificado numa sexta-feira:
“E no dia seguinte, que é o dia depois da Preparação, reuniram-se os príncipes dos sacerdotes e os fariseus em casa de Pilatos.” (Mt.27:62)
E, chegada a tarde, porquanto era o dia da preparação, isto é, a véspera do sábado. (Mc.15:42)
E era o dia da preparação, e amanhecia o sábado. (Lc.23:54)
E era a preparação da páscoa, e quase à hora sexta; e disse aos judeus: Eis aqui o vosso Rei. (Jo.19:14)
Jesus foi crucificado na hora terceira, ou seja, às 09:00h: "E era a hora terceira, e o crucificaram." (Mc.15:25).
Da hora sexta à hora nona (12h00h às 15h00h) houve trevas sobre a terra (Mt.27:45; Lc.23:44-46):
"E desde a hora sexta houve trevas sobre toda a terra, até à hora nona." (Mt.27:45)
"E era já quase a hora sexta, e houve trevas em toda a terra até à hora nona, escurecendo-se o sol; E rasgou-se ao meio o véu do templo. E, clamando Jesus com grande voz, disse: Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito. E, havendo dito isto, expirou." (Lc.23:44-46).
Na hora nona, compreendida entre 15h00h e 18h00h (pôr-do-sol), Jesus rendeu o espírito cumprindo o mesmo período designado para o sacrifício da Páscoa, ou seja, no crepúsculo da tarde,
"No mês primeiro, aos catorze do mês, pela tarde, é a páscoa do SENHOR." (Lv.23:5)
Um cordeiro sacrificarás pela manhã, e o outro cordeiro sacrificarás à tarde:
"E o outro cordeiro sacrificarás à tarde, como a oferta de alimentos da manhã, e como a sua libação o oferecerás em oferta queimada de cheiro suave ao SENHOR." (Nm.28:4,8).
A Hora do Sacrifício
Tudo indica que Jesus morreu após às 15:00h que é a hora nona:
"E era já quase a hora sexta, e houve trevas em toda a terra até à hora nona, escurecendo-se o sol; E rasgou-se ao meio o véu do templo. E, clamando Jesus com grande voz, disse: Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito. E, havendo dito isto, expirou." (Lc.23:44-46)
"Naquele tempo as horas não eram precisas, por isso é possível que Jesus tenha morrido entre 15:00h e 17:00h e sepultado após as 17:00h: E, chegada a tarde, porquanto era o dia da preparação, isto é, a véspera do sábado." (Mc.15:42),
O sábado iria começar às 18:00h: "Era o Dia da Preparação, e estava para começar o sábado." (Lc.23:54)
A Lei Judaica proibia o trabalho aos sábados e a permanência de um corpo morto na cruz:
“Se um homem culpado de um crime que mereça a morte for morto e pendurado num madeiro, não deixem o corpo no madeiro durante a noite. Enterrem-no naquele mesmo dia, porque qualquer que for pendurado num madeiro está debaixo da maldição de Deus. Não contaminem a terra que o Senhor, o seu Deus, lhes dá por herança. (Dt.21:22,23)
“Esse era o Dia da Preparação, e o dia seguinte seria um sábado especialmente sagrado. Por não quererem que os corpos permanecessem na cruz durante o sábado, os judeus pediram a Pilatos que ordenasse que lhes quebrassem as pernas e os corpos fossem retirados.” (Jo.19:31).
Assim sendo, a morte de Jesus foi mais rápida do que se esperava: “Pilatos ficou surpreso ao ouvir que ele já tinha morrido. Chamando o centurião, perguntou-lhe se Jesus já tinha morrido.” (Mc.15:44).
Isto ocorreu por 4 motivos:
1) Jesus é o Cordeiro Pascal, e como tal deveria morrer no mesmo período do sacrifício da Páscoa: “Guardem-no até o décimo quarto dia do mês, quando toda a comunidade de Israel irá sacrificá-lo, ao pôr-do-sol.” (Ex.12:6);
2) Suas pernas não poderiam ser quebradas para acelerar a sua morte:
"Vieram, então, os soldados e quebraram as pernas do primeiro homem que fora crucificado com Jesus e em seguida as do outro. Mas quando chegaram a Jesus, percebendo que já estava morto, não lhe quebraram as pernas.” (Jo.19:32,33)
“Vocês a comerão numa só casa; não levem nenhum pedaço de carne para fora da casa, nem quebrem nenhum dos ossos.” (Ex.12:46)
“Não deixarão sobrar nada até o amanhecer e não quebrarão nenhum osso do cordeiro. Quando a celebrarem, obedeçam a todas as leis da Páscoa.” Nm.9:12;
“protege todos os seus ossos; nenhum deles será quebrado.” (Sl.34:20);
3) Seu corpo não poderia permanecer no madeiro:
“Quando também em alguém houver pecado, digno do juízo de morte, e for morto, e o pendurares num madeiro,
"O seu cadáver não permanecerá no madeiro, mas certamente o enterrarás no mesmo dia; porquanto o pendurado é maldito de Deus; assim não contaminarás a tua terra, que o SENHOR teu Deus te dá em herança.” (Dt.21:22,23)
4) O próprio Jesus rendeu o seu espírito:
“E, quando Jesus tomou o vinagre, disse: Está consumado. E, inclinando a cabeça, entregou o espírito.” (Jo.19:30) “Ninguém ma tira de mim, mas eu de mim mesmo a dou; tenho poder para a dar, e poder para tornar a tomá-la. Este mandamento recebi de meu Pai.(Jo.10:18)
“Jesus respondeu, e disse-lhes: Derribai este templo, e em três dias o levantarei.” (Jo.2:19).
O Local do Sacrifício
O local exato da morte de Cristo não é conhecido, mas a Bíblia menciona que o lugar onde Cristo foi crucificado se chamava Calvário:
“E, quando chegaram ao lugar chamado a Caveira, ali o crucificaram, e aos malfeitores, um à direita e outro à esquerda.” (Lc.23:33).
Em hebraico (aramaico) o nome é Gólgota:
“E, levando ele às costas a sua cruz, saiu para o lugar chamado Caveira, que em hebraico se chama Gólgota,” (Jo.19:17) que significa Lugar da Caveira: “E, chegando ao lugar chamado Gólgota, que se diz: Lugar da Caveira.” (Mt.27:33).
Jesus Cristo não poderia ser crucificado fora da Judéia, apesar de que foi crucificado fora de Jerusalém:
“E muitos dos judeus leram este título; porque o lugar onde Jesus estava crucificado era próximo da cidade; e estava escrito em hebraico, grego e latim.” (Jo.19:20)
“E, lançando mão dele, o arrastaram para fora da vinha, e o mataram.” (Mt.21:39)
“Porque os corpos dos animais, cujo sangue é, pelo pecado, trazido pelo sumo sacerdote para o santuário, são queimados fora do arraial. E por isso também Jesus, para santificar o povo pelo seu próprio sangue, padeceu fora da porta.” (Hb.13:11,12
A Judéia era o local do templo de Salomão, onde Deus havia escolhido para habitar:
“E o SENHOR lhe disse: Ouvi a tua oração, e a súplica que fizeste perante mim; santifiquei a casa que edificaste, a fim de pôr ali o meu nome para sempre; e os meus olhos e o meu coração estarão ali todos os dias.” (I Rs.9:3)
Tudo isto evidencia que Deus queria mostrar que só há um Caminho para a salvação. Os sacrifícios da Páscoa não podiam ser realizados em qualquer lugar, mas somente no lugar onde Deus havia determinado. Os sacrifícios e adoração fora de Jerusalém eram considerados pecado (I Rs.12:25-33; I Rs.13:9,10; I Rs.8:29,33,38,44; Dn.9:3).
Deus não aceita outro sacrifício além do sacrifício que Cristo realizou no Calvário. Desse modo, ordenando que os sacrifícios fossem realizados no templo, Deus estava querendo demonstrar que só há um caminho para a salvação.
Jesus é descendente de Judá “O cetro não se arredará de Judá, nem o legislador dentre seus pés, até que venha Siló; e a ele se congregarão os povos.” (Gn.49:9), leia toda a profecia (Gn.49:8-12).
Por esta razão a tribo de Judá recebeu lugar de honra na ordem dos acampamentos da tribo, diante do tabernáculo: “Os que armarem as suas tendas do lado do oriente, para o nascente, serão os da bandeira do exército de Judá, segundo os seus esquadrões, e Naassom, filho de Aminadabe, será príncipe dos filhos de Judá.” (Nm.2:3), veja também Lc.1:78,79; Sl.84:11; Ml.4:2.
A salvação vem dos judeus (Jo.4:22) e o judeu Jesus é a Porta (Jo.10:9) que dá acesso ao Pai.
O esquema abaixo mostra a localização das doze tribos em volta do tabernáculo. Veja que a tribo de Judá permanecia em frente da porta de entrada para o tabernáculo, no lado leste. Isso indicava que um descendente de Judá haveria de abrir o caminho que dá acesso a Deus. Leia as passagens: Lc.1:78; Nm.2:3; Sl.84:11; Ml.4:2.
Conclusão
A Palavra de Deus nos faz saber que o Senhor Jesus é a Verdadeira Páscoa, pois:
– É através Dele que passamos da morte para a vida;
– É através Dele e do Seu sacrifício que os nossos pecados são perdoados;
– É Nele que devemos iniciar um novo caminho de santificação, sem o qual não poderemos ver a Deus (Hebreus 12:14);
Por isso para nós também Páscoa significa “Passagem” e "Libertação":
“Passagem” de uma condição de pecado para uma vida santificada em Cristo.
“Libertação” do velho homem e transformação em “nova criatura” em Cristo.