O Evangelho Gnóstico de Judas

Filed Under (Apostasia, Defesa da Fé) by Geração Maranata on 15-11-2010

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Excelente artigo sobre o livro apócrifo 'Evangelho de Judas'.

por Norma Braga

"nada há que seja novo debaixo do sol" (Eclesiastes 1:9)

Uma boa análise do "Evangelho de Judas", livrp apócrifo do século II, com uma explicação razoável sobre o gnosticismo que o produziu, pode ajudar a fazer a diferença entre o cristianismo verdadeiro e o embuste gnóstico, empurrada pela inconseqüente e ignorante mídia mundial como "novidade" e "séria ameaça" à credibilidade da doutrina cristã.

Para quem conhece tanto a cultura esotérica moderna quanto o conteúdo dos quatro evangelhos canônicos, o tal "evangelho" de Judas, texto produzido em meados do século II por gnósticos da seita dos Cainitas e conhecido como evangelho fraudulento por pais da Igreja como Irineu, classifica-se automática e inapelavelmente no primeiro caso – além de ser, para quem teve a paciência de lê-lo (como eu), um texto chatíssimo, no limite do insuportável. Em vez da expressividade dos evangelhos, o tom do relato apresenta-se vago, etéreo, cheio de detalhes numéricos, remetendo àquele tipo de linguagem pomposa que se quer passar por sábia com pouca ou nenhuma aplicabilidade. Está muito mais para literatura "paulocoelhina" que para texto bíblico. Os estudiosos dos primeiros séculos fizeram muitíssimo bem em deixá-lo de fora do cânon.

Porém, como chegar a essas conclusões sem conhecer minimamente o gnosticismo? Por isso, uma boa análise de texto, com uma explicação razoável sobre essas teorias, pode ajudar a fazer a diferença entre Cristianismo e Gnosticismo.

Gnosticismo vem do grego gnosis , "conhecimento". Enquanto o cristianismo se baseia na revelação de Deus ao mundo – que atinge seu ápice na vinda de Cristo ("Quem vê a mim vê ao Pai", João 14:9; "Eu e o Pai somos um", João 10:30) – , o gnosticismo é um movimento muito antigo e de largo alcance até os dias de hoje, sempre de caráter esotérico (eso significa "dentro" em grego, e esoterikos , "iniciados"), ou seja, que creditava a uns poucos a iluminação espiritual através de estudos ocultistas. Há uma semelhança impressionante entre as filosofias gnósticas anteriores ao Cristianismo – que floresceram em Babilônia, Egito, Síria e Grécia e procuraram se juntar posteriormente ao ensino de Cristo (o "evangelho" de Judas é uma das muitas provas disso) – e os ensinos de Allan Kardec e Madame Blavatsky, ambos nascidos no início do século XIX, que condensaram e impulsionaram o espiritismo e o esoterismo modernos, respectivamente.

De fato, as doutrinas espíritas e esotéricas atuais são ramificações do velho tronco gnóstico.

Um bom ponto de partida para diferenciar cristianismo e gnosticismo é uma das questões fundamentais de toda religião: a origem do mal. Para o gnosticismo, doutrina dualista por excelência, a polarização do mundo em bem e mal era existente desde o começo. Rezava o gnosticismo que Deus, pertencente ao mundo espiritual (portanto "bom"), cria sucessivos seres finitos chamados éons, e um deles (Sofia) dá à luz a Demiurgo, deus criador, que fez o mundo material (portanto "mau"). Se o mal está na matéria, a solução lógica para o mal é a libertação deste mundo, que se dá após sucessivas passagens da alma na Terra (reencarnação). É por isso que, nas doutrinas gnósticas modernas, o corpo é invariavelmente visto como prisão do espírito. Assim, a solução para o mal no mundo é dada pelo homem, a partir do progressivo desenvolvimento espiritual, quando, tendo atingido um grau máximo de purificação, não mais precisa "rebaixar-se" ao mundo material.

Já no cristianismo, o mal não é criação de algum deus nem atribuído à matéria (criada e aprovada por Deus como "boa" em Gênesis), mas sim conseqüência da vontade de autonomia do homem, que crê poder decidir entre o bem e o mal sem a participação de Deus – de fato, isto é o que significa, segundo consenso dos teólogos, "comer da árvore do conhecimento do bem e do mal" (Gênesis 2:17) após a proibição divina. Desde então, o mal e sua conseqüência direta, a morte, entram no mundo, e uma das principais tragédias humanas é que, apesar de diferenciar bem e mal, o homem não consegue por si só decidir-se sempre a favor do bem – pois sua autonomia é uma condição artificial, assim como o mal no mundo, que é temporal e não absoluto. Os que reconhecem a necessidade de se arrepender desse desejo de autonomia (que é precisamente o pecado original) e recolocar Deus no centro de sua vontade para uma vida verdadeira são os salvos, que se valem do único meio de fazê-lo: o sacrifício de Jesus, que, sendo Deus encarnado – o único ser humano justo, ou seja, não atingido pelo pecado original – , pode levar embora todo o mal do mundo ao cumprir na cruz a morte que nos era destinada, reconciliando o mundo com Ele. A solução para o mal, portanto, está em Deus, não no homem.

A confusão entre visões religiosas tão diferentes começou já nos primórdios da igreja cristã. Na tentativa de conciliação com os ensinamentos de Jesus, gnósticos como Marcião (160 d.C.) e Valentim ensinavam que Cristo é um desses seres finitos (éons) que desceu dos poderes das trevas para transmitir o conhecimento secreto ( gnosis ) e libertar os espíritos da luz, cativos no mundo material terreno, para conduzi-los ao mundo espiritual mais elevado.  Nisso consistiria, para eles, a salvação.

Temos, portanto, o encaixe da figura de Cristo, desdivinizada, no dualismo gnóstico, com reconhecíveis sinais de mitologia grega (quem deixa de ver Prometeu – aquele que rouba o fogo dos deuses para dá-los aos homens – na figura desse Cristo gnóstico?). Versões ligeiramente diferentes da mesma tentativa de conciliação ocorrem tanto na variação kardecista quanto na esotérica.

Segundo Kardec, Jesus também não era Deus (afinal, Deus jamais se "rebaixaria" à matéria), mas sim o ser mais elevado que já passou por esse planeta, deixando-nos um exemplo de amor. E o esoterismo, embora não fale de éons, prega a existência de excelentes "mestres" espirituais ascensionados, que de tão elevados não encarnam mais, cada qual com um raio de atuação. Quem é considerado "o mestre do amor"? Cristo! Da mesma forma que no gnosticismo e no espiritismo, o esoterismo moderno o "encaixa" na fragmentação do governo do mundo, identificando-o apenas como um dos seres mais elevados que atuam sobre nós.

Assim, há uma clara convergência entre o esoterismo moderno, o espiritismo e o gnosticismo nas seguintes considerações centrais: o mal é absoluto e associado à matéria, ao corpo físico, à vida na terra; diante disso, enquanto estamos no mundo físico, a nós pertence a luta contra o mal e a "salvação" (o desenvolvimento do espírito), e para isso Cristo está aí para nos ajudar como um dos mestres (ou éons, ou espírito elevado), transmitindo-nos sabedoria para tal, como parte de uma grande hierarquia de espíritos prontos para guiar o homem – tão grande e tão especializada em diversos assuntos que, em meio a tudo isso, Deus se torna quase um espectador, uma espécie de "força motriz" quieta e silenciosa por trás de toda a agitação dos espíritos. A influência de Deus sobre o mundo é assim diluída no poder de uma miríade de seres angélicos. Em contato com essas doutrinas, o homem não é levado, como na Bíblia, a buscar a Deus ("Buscai o Senhor enquanto se pode achar", Isaías 55:6), mas a se deixar impressionar com o poder de outros seres.

No entanto, como pode alguém ser considerado apenas mestre, éon ou espírito elevado se, em suas próprias palavras, afirma-se Deus? Diz Ele: "Eu e o Pai somos um" (João 10:30) e "Eu sou a ressurreição e a vida" (João 11:25), entre muitas outras afirmações do mesmo teor. Se seus ensinamentos estão corretos, Ele é o que diz ser, senão não passaria de uma pessoa perturbada, não um grande mestre. Essa contradição não é percebida pelos gnósticos modernos, que deveriam, para uma coerência maior, não usar a Bíblia para respaldar suas crenças.

O "evangelho" de Judas traz exemplos flagrantes de muitas dessas doutrinas gnósticas. Logo no início, o leitor desse texto encontra uma afirmação bombástica: "Quando Jesus surgiu na terra, fez grandes milagres e maravilhas para a salvação da humanidade." A Bíblia nunca associa a salvação a milagres e maravilhas, que são considerados sinais de que Jesus era o Messias esperado pelos judeus, mas sim ao sacrifício de Cristo na cruz por nós. Mas o pensamento gnóstico dilui a salvação, atribuindo-a a uma série de atos isolados, todos partindo do homem, com uma ênfase no conhecimento adquirido pela alma.

A maior parte desse evangelho gnóstico consiste assim em ensinamentos de "Jesus" a Judas, com uma longa explicação sobre hierarquias angélicas em uma nova versão para a criação. Diz ele que, primeiro, um grande e invisível espírito está sozinho, uma nuvem surge a seu lado e ele pensa: "Que surja um grande anjo para assistir diante de mim", e esse anjo, chamado "Autogerado", sai da nuvem. A perplexidade do leitor é automática: se esse anjo foi gerado por si mesmo, qual foi o papel do grande espírito ao dizer aquilo? O relato continua e esse Autogerado (ou gerado com uma ajudinha, vá lá) começa a gerar por si inúmeros outros anjos e éons. Segue-se uma incompreensível explanação sobre um personagem chamado Adamas: "Adamas estava na primeira nuvem luminosa que nenhum anjo já vira entre todos aqueles chamados 'Deus'." Esse Adamas é tão poderoso que cria anjos, luminares e éons – de onde a "geração incorruptível de Seth". A partir daí, os números se sucedem em um tedioso relato: doze, vinte e quatro, setenta e dois luminares que fazem trezentos e sessenta luminares por sua vez, com trezentos e sessenta firmamentos – tudo isso para doze éons privilegiados. Ufa! Além disso tudo, esses éons, no final, recebem autoridade, inúmeros anjos e espíritos virgens(?) "para a glória e adoração de todos os éons, céus e firmamentos". Hummm… anjos e espíritos adorando éons? Isso contraria a Bíblia de par a par.

Porém, há mais: Seth, o primeiro da linhagem incorruptível de éons, é chamado de… Cristo! Com ele, outros quatro éons governam "o mundo dos mortos, e principalmente o caos". (Não há explicação de como alguém pode governar o caos). Enfim, esse universo recheado de seres angélicos governando o mundo sem que Deus tenha um papel significativo em toda a história é a base do ensino gnóstico, sem tirar nem pôr.

Se, na Bíblia, Jesus fala o tempo inteiro no Pai ("Toda planta que meu Pai celestial não plantou será arrancada", Mateus 15:13; "qualquer que, entre esta geração adúltera e pecadora, se envergonhar de mim e das minhas palavras, também dele se envergonhará o Filho do homem quando vier na glória de seu Pai", Marcos 8:38; "Todas as coisas me foram entregues por meu Pai", Lucas 10:22; "Por isso o Pai me ama, pois dou a minha vida para a retomar", João 10:17), esse Jesus do evangelho de Judas está muito mais preocupado com anjos, éons e luminares, e alguns desses ainda são adorados – algo considerado anátema (maldito, condenado) na cultura judaica e incorporado pelo cristianismo como um dos princípios básicos: adoração, só a Deus. É por isso que em Apocalipse, por exemplo, o apóstolo João fica extasiado com a luz do anjo que vem falar com ele e se prostra para adorá-lo, mas o anjo imediatamente o faz erguer-se: "Não faças isso! Sou conservo teu e dos teus irmãos que mantêm o testemunho de Jesus; adora a Deus" (Apocalipse 19:10).

Além dessa diferença fundamental quanto ao poder de Deus no mundo e a adoração, temos também representado no "evangelho" de Judas o conhecido dualismo que absolutiza o bem e o mal. A idéia gnóstica consiste em que o mal é necessário para que o bem sobressaia – e é nisso que se baseia uma pretensa positivação do feito de Judas, tão alardeada pela mídia, para que Jesus pudesse ser crucificado. No entanto, se no gnosticismo o mal é tão absoluto quanto o bem, no cristianismo o mal é um parasita do bem, sujeito a Deus – cuja soberania age no sentido de fazer com que os feitos maus dos homens acabem cooperando para Seus desígnios.

A distinção é clara: Deus faz o mal cooperar, mas os homens não são por isso inocentados de seus atos maus. As palavras de Jesus na Bíblia são inequívocas sobre isso, ao tratar do papel de Judas em sua crucifixão: "Pois o Filho do homem vai, conforme está escrito a seu respeito; mas ai daquele por quem o Filho do homem é traído! Bom seria para esse homem se não houvera nascido" (Marcos 14:21). Essa afirmação é tão importante que se repete, com nenhuma variação importante, em Mateus 26:24 e Lucas 22:22. Vê-se que o conceito de mal no cristianismo não coincide com o pensamento gnóstico, que, levado às últimas conseqüências, pode ser utilizado perversamente para justificar e desculpabilizar os maiores crimes, ao inocentar o criminoso com base no argumento de que "seu mal serviu para algo bom".

Esse dualismo gnóstico se desdobra na divisão entre corpo (que é mau) e espírito (que é bom), dicotomia ausente no cristianismo.

Na Bíblia, o termo "carne" é usado de maneira apenas metafórica para designar a nossa natureza pecadora que milita contra o Espírito de Deus recebido por nós na salvação para nos vivificar, regenerar e santificar. Isso é patente sobretudo no fato de que Jesus não ressurge como espírito, mas ressuscita , ou seja, tem seu corpo reconstituído por inteiro a ponto de comer com os discípulos (veja Lucas 41-43, por exemplo). Mas no evangelho gnóstico há uma afirmação atribuída a Jesus que demonstra o dualismo corpo versus espírito: "Você [Judas] irá sacrificar o homem que me aprisiona." Na Bíblia, Jesus jamais se referia ao próprio corpo dessa forma. Sua morte não era, para Ele, uma libertação pessoal da matéria, mas sim um ato de amor para a remissão de pecados daqueles que cressem Nele – ato que é relembrado na Páscoa, para a alegria dos que foram feitos Filhos de Deus a partir de Seu sacrifício.

Portanto, você pode até crer no "evangelho" de Judas e lançar fora tudo o que está escrito nos evangelhos canônicos. Mas seja coerente: não deixe de chamar de "gnosticismo", e não de cristianismo, o conjunto dos ensinamentos desse "evangelho".

Quanto a mim, fico com o que o próprio Jesus disse, "Errais, por não compreender as Escrituras nem o poder de Deus" (Mateus 22:29), e com a advertência de um de seus apóstolos: "Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos pregue outro evangelho além do que já vos pregamos, seja anátema" (Gálatas 1:8).

 

Fontes:

www.chamada.com.br

http://normabraga.blogspot.com

 

Ressurreição de Cristo: Aberto ao Exame Crítico

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A Ressurreição de Jesus Cristo: Um Fato Histórico da Dimensão Tempo-Espaço Aberto ao Exame Crítico

Por Zwinglio Rodrigues

A doutrina da ressurreição de Jesus Cristo de Nazaré é uma dessas proposições bíblicas bastante complexas que tem produzido diversas controvérsias nos últimos duzentos anos. O túmulo vazio é o símbolo dessa realidade maior. A teologia cristã moderna tem debatido exaustivamente este tema. Esta doutrina alicerça o Cristianismo. Ambos estão conectados de tal maneira que ou eles subsistem juntos ou então sucumbem de mãos dadas. A discussão sobre se o fato da ressurreição de Jesus Cristo pode ser considerado um evento histórico aberto ao escrutínio crítico é uma questão central no debate atual a respeito da viabilidade desta ressurreição.

Estudiosos contemporâneos como N. T. Wright e William Lane Craig defendem abertamente ser a ressurreição um evento histórico, objetivo, que está aberto à investigação crítica. É consenso entre esses teóricos que, quanto ao seu significado, a ressurreição é uma questão teológica, ao passo que, ela, como um acontecimento, trata-se de uma questão histórica da dimensão tempo-espaço.

O Dr. Pannenberg, um dos mais influentes teólogos luteranos da atualidade, afirma que “a indagação sobre se algo aconteceu ou não em determinada época, há mais de mil anos, só pode ser determinada por argumentos históricos.”[1]

De acordo com ele, saber se a ressurreição de Cristo ocorreu ou não, deve ser uma conclusão admitida a partir de uma análise histórica. A admissão da análise da ressurreição a partir do viés historiográfico alija a tentativa de se querer discutí-la e aprová-la, ou não, partindo do uso do método científico.

O Método Científico Moderno

Prescindir desse método para determinar se a ressurreição é um fato, ou não, é uma decisão inteligente. O método científico consiste em apontar algum fenômeno como verdadeiro a partir da repetição do mesmo diante de quem possa assegurar que ele é verdadeiro. Isto deve se dar em um ambiente controlado onde hipóteses possam ser observadas empiricamente. É evidente que submeter a ressurreição de Cristo a esse método é algo impensável, pois ele é um acontecimento histórico único, singular, e, é também, um milagre.

Essa impossibilidade de se provar ser verdadeira a ressurreição por meio desse método não a caracteriza como um mito. Na verdade, com essa incapacidade de reter em um ambiente controlado o fenômeno da ressurreição, e de vê-lo se repetir, o método científico moderno se mostra é limitado para averiguá-lo. A alternativa então é a de uma análise sobre o fenômeno como um acontecimento histórico. Partindo desse pressuposto, e amparados pelas muitas evidências, é possível se concluir que o túmulo está vazio exatamente por que Ele, muito provavelmente, ressuscitou ao terceiro dia.

A irracionalidade em se negar a ressurreição de Cristo como um fato estabelecido por não poder submetê-lo ao método científico moderno consiste em ser aquele fenômeno, um milagre – conforme dito anteriormente. Milagres não podem ser enquadrados em um laboratório e manipulados pelos cientistas. Para alguns, eles acontecem e pronto.

Milagres Ocorrem [?]

Por pensarem a priori, os céticos não admitem os milagres como acontecimentos possíveis. Toda decisão tomada a priori é um suicídio intelectual. Não é porque se é naturalista que alguém deva determinar como improvável um milagre. O Dr. Clark Pinnock observa de maneira interessante que:

“A negação de todos os milagres será constante e invariável somente se soubermos que todos os registros sobre milagres são falsos, e isto não sabemos. Ninguém possui um conhecimento infalível das ‘leis naturais’, de tal maneira que possa excluir a priori, a possibilidade de quaisquer eventos únicos. A ciência pode nos dizer o que aconteceu, mas não pode nos dizer o que pode ou não acontecer. Ela observa os fatos, mas não os cria.” [2]

É extremamente crucial que o pesquisador não alije do contexto histórico a ressurreição de Cristo por causa de seus pressupostos que, de maneira alguma, estão propensos à flexibilidade. O historiador Ethelbert Stauffer dá a dica de como devem portar-se os pesquisadores quanto à análise da história:

“Que fazemos nós (como historiadores) quando experimentamos surpresas que ocorrem contra todas as nossas expectações, talvez contra todas as nossas convicções e mesmo contra tudo que nossa época entende como verdade? Dizemos, conforme dizia costumeiramente um grande historiador, em tais casos: ‘Certamente é possível.’ E por que não? Para o historiador crítico nada é impossível.”[3]

Percebemos com o raciocínio do Dr. Stauffer que a isenção do historiador, do pesquisador e do estudioso, dever ser encarada como uma conditio sine qua non. Não é tarefa do estudioso aproximar-se da história com vistas a construí-la partindo de uma viciada e deliberada noção preconcebida. São as melhores evidências que devem norteá-lo em seu trabalho. Até o teólogo alemão Rudolf Bultmann, que reduziu a ressurreição de Cristo à uma experiência existencial dos discípulos, concorda com esse tipo de atitude. Para ele, “… o historiador certamente não goza de licença para pressupor os resultados de suas pesquisas.”[4]

Ou seja, ele enfatiza a objetividade e o despir-se dos pressupostos no trabalho de análise histórica de um evento histórico. É aqui que os eruditos da Alta Crítica, por exemplo, tropeçam quando analisam o Pentateuco e determinam que o mesmo não foi escrito em sua totalidade por Moisés. Eles desprezam evidências arqueológicas e históricas favoráveis à uma autoria mosaica do Pentateuco exatamente por causa dos seus pressupostos filosóficos e, por isso, acabam por fazer do Pentateuco uma mal costurada colcha de retalhos.

Essa perspectiva de que milagres não acontecem tem relação direta com a filosofia de David Hume (1711-1776). Eis sua posição:

“Um milagre é uma violação das leis da natureza; e visto que uma firme e inalterável experiência foi que estabeleceu essas leis, a prova contra algum milagre, devido à própria natureza dos fatos, é tão definitiva como qualquer argumento baseado na experiência pode ser imaginado… Coisa alguma pode ser considerada um milagre se chega a ocorrer no curso comum da natureza. Não é nenhum milagre que um homem, aparentemente em boa saúde, venha a morrer subitamente… Mas seria um milagre se um cadáver retornasse à vida; porquanto jamais tal acontecimento foi observado em qualquer época ou nação. Portanto, deve haver uma experiência uniforme contra todo e qualquer evento miraculoso, pois, de outra maneira, o evento não mereceria ser chamado assim.”[5]

O texto de Pinnock citado anteriormente dá uma resposta a altura a essa conclusão de Hume. Também podemos respondê-lo dizendo ainda que o que ocorre costumeiramente na natureza não pode ser considerado milagre. Mas, se algo acontece fora do curso normal da natureza, é um milagre, então, por isso, não deve ser corrente. Há teóricos que dizem que depois de Albert Einstein ninguém deve afirmar que determinados eventos não podem acontecer apenas por causa de um conhecimento prévio da lei natural.

A fraqueza do argumento anti-milagres de Hume, que também era de Strauss, Reimarus e Spinoza, céticos que tergiversaram sobre a ressurreição de Cristo, consiste no fato de que o mesmo não leva em conta que os fatos históricos são particulares e únicos e que não necessitam, obrigatoriamente, de uma correspondência com uma experiência passada para serem admitidos como reais.

Um Acontecimento Histórico Aberto a Uma Investigação Crítica

É irracional a alegação de alguns céticos que a aceitação da ressurreição de Cristo sugere um salto no escuro e a adesão a uma crença que opõe-se às evidências e à razão.

Lucas era um homem da ciência, pois ele era médico (Cl 4:14). Também é sabido, devido às conclusões dos eruditos, que ele era grego de boa educação e de boa formação. Isso é observável quando se analisa o seu estilo literário. Para os eruditos imparciais, Lucas também pode e deve ser considerado um excelente historiador. Algumas descobertas arqueológicas tem demonstrado a precisão das informações que ele oferece no seu Evangelho e em Atos.

Esse escritor canônico revela uma responsabilidade insuspeita em narrar os fatos que envolveram o ministério terrenal de Jesus Cristo quando ele diz: “Eu mesmo investiguei tudo cuidadosamente, desde o começo…” (Lc 1:3). É importante destacarmos a palavra cuidadosamente nesse momento. Aqui, ele usa a palavra grega akribôs que significa acuradamente, indicando que a pesquisa foi feita de maneira meticulosa.

Em Atos 1:3, falando sobre a ressurreição de Cristo, ele escreve: “… deu-lhes muitas provas indiscutíveis de que estava vivo.” Dessa referência, devemos destacar a frase muitas provas indiscutíveis. A palavra grega que ele usa é tekmerion, e ela significa, em lógica, “prova demonstrativa”, e na linguagem médica, “evidência demonstrativa.”[6]

A observação do uso de tais palavras gregas por Lucas, fato que depõe favoravelmente a ele quanto à certeza de uma narrativa precisa, levá-nos facilmente a aceitação de que a crença da igreja primitiva na ressurreição de Cristo era fundamentada em acontecimentos reais e, portanto, históricos.

Os discípulos, por vezes são acusados pelos críticos de serem possuidores de uma cosmovisão mítica e, por conta disso, serem capazes de construir o mito da ressurreição de Cristo. O erudito alemão Rudolf Bultmann foi um sério defensor dessa perspectiva. Ele disse que a ressurreição deve ser considerada “pura e simplesmente um acontecimento mítico.”[7] Assim, em seu labor teológico, ele propôs a desmitologização do Novo Testamento para que ele se tornasse atraente ao homem moderno.

Esse tipo de compreensão sobre a cosmovisão dos discípulos e das pessoas do primeiro século faz delas sujeitos ingênuos e até ignorantes. Mas, uma breve análise de algumas passagens bíblicas mostra-nos que os discípulos não eram assim tão ingênuos como supõem os críticos. Vejamos.

1-Pedro dizia que eles não seguiam fábulas construídas pelos homens de maneira engenhosa (2 Pe 1:16).

2-No Areópago, o discurso paulino sobre a ressurreição de Cristo chocou os ouvintes (At 17:16-34). Por qual razão os ouvintes de Paulo escarneceram dele quando ele falou sobre a ressurreição?

3-Quando Tomé manifesta uma “incredulidade” sobre a notícia da ressurreição de Cristo ele está dando algum sinal de ingenuidade? Quando ele fala em ver e em tocar no sinal dos cravos, ele está mostrando ser tão primitivo assim como gostam de afirmar os críticos?

Acreditando em um pseudo primitivismo dos discípulos, Bultmann reduziu a ressurreição de Cristo, crida objetivamente pelos seus seguidores, em uma experiência existencial e ahistórica. Porém, as evidências demonstram que ele estava errado.

Os critérios históricos a serem usados para se examinar a ressurreição de Cristo como sendo ou não um fato, devem ser os mesmos adotados para a análise de outros eventos históricos passados. A busca por evidências que satisfaçam, um enfoque adequado e a sustentabilidade dos fatos pleiteados formam uma tríade de critérios que atestam a plausibilidade da ressurreição de Cristo. Por eles é possível se estabelecer um argumento histórico sólido sobre a ressurreição.

Os teóricos que defendem a ressurreição de Cristo como um acontecimento histórico aberto à investigação crítica, acreditam que existem evidências suficientes para corroborá-la; que, por uma abordagem historiográfica neutra, pode-se concluir ser a mesma um axioma e que por uma atitude crítica, um crítico histórico pode perfeitamente examinar as testemunhas, atestar a morte por crucificação, analisar todo o processo de sepultamento e ratificar todas as afirmações de que Jesus Cristo ressuscitou e que o túmulo não estava mais ocupado e sim vazio.

Não é objetivo deste artigo tratar das evidências acima destacadas, porém, para encerrá-lo, é de bom tom lembrar que um testemunho poderoso histórico em favor da ressurreição de Cristo é dado exatamente por seus inimigos. Trata-se da não refutação objetiva, inquestionável e conclusiva deles em relação à afirmação dos discípulos de que Jesus Cristo ressuscitara. Isso é um fato histórico.

Pergunto: Por qual razão os judeus e os romanos foram incapazes de apresentar refutações diretas e fulminantes? Por qual razão eles ficaram silenciosos? Por qual razão, eles usaram de perseguições, martírios e ameaças para tentar frear o avanço do cristianismo quando uma simples apresentação do corpo de Jesus Cristo resolveria o caso?

Bom, o fato é que eles nada puderam provar, nem mesmo usando a mentira do roubo do corpo de Cristo. O silêncio deles tornou-se em um argumento histórico tão poderoso quanto o testemunho dos apóstolos sobre a ressurreição de Jesus Cristo.

Referências Bibliográficas:

[1]MCDOWELL, Josh. Evidências da Ressurreição de Cristo. São Paulo: Editora Candeia, 1994, p. 35.

[2]idem.

[3]MCDOWELL,Josh. Evidência Que Exige um Veredicto. São Paulo: Editora Candeia, 1997, vol. 2, p.36.

[4]idem, p. 40.

[5]idem, p. 35.

[6]RIENECKER, Fritz e ROGERS, Cleon. Chave Linguística do Novo Testamento Grego. São Paulo: Vida Nova, 1995, p. 194.

[7]MCGRATH, Alister E. Teologia Histórica: Uma Introdução à História do Pensamento Cristão. São Paulo: Cultura Cristã, 2007, p. 322.

Fonte: http://www.webartigos.com/

Jesus Cristo ressuscitou, de verdade ?

Filed Under (Defesa da Fé) by Geração Maranata on 15-11-2010

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JESUS CRISTO RESSUSCITOU, DE VERDADE ?

por Joel Timóteo Ramos Pereira

 

1. O PROBLEMA

A base fundamental que dá carácter singular ao Cristianismo é a ressurreição de Jesus Cristo. Mas Jesus ressuscitou verdadeiramente ? Não será essa uma história inventada ? A resposta que for dada é sobremaneira crucial, na medida em que ou a ressurreição é uma das mais cruéis, maldosas e desumanas fraudes jamais introduzidas pelo homem, ou então, é o fato mais grandioso da história universal.

Alguns dos fatos relevantes à ressurreição do Senhor Jesus Cristo são os seguintes: Jesus de Nazaré, um profeta judeu que proclamou ser o Cristo profetizado nas Escrituras Judaicas, foi preso, julgado como um criminoso e por fim, sem nEle se ter achado qualquer falta, crucificado. Três dias depois da sua morte, algumas mulheres que foram ao seu túmulo descobriram que o corpo tinha desaparecido. Os discípulos afirmaram que Deus O tinha ressuscitado dos mortos, e que apareceu várias vezes a eles antes de ascender ao Céu. Nesta base, o Cristianismo espalhou-se por todo o Império Romano, e tem continuado a exercer profunda influência através dos séculos.

Houve realmente ressurreição ? A ressurreição de Jesus e o Cristianismo ou ficam ambos de pé ou caem juntos. Se ressuscitou, o Cristianismo é verdadeiro. Se não, é uma fraude.

 

 

2. O ENTERRO DE JESUS

O corpo de Jesus, de acordo com o costume judaico, foi envolvido num lençol de linho (Lc 23:53). Cerca de 40 Kg de substâncias aromáticas misturadas para formar uma substância gomosa, foram aplicadas nas faixas de panos envolvidas à volta do corpo (cfr. Lc. 23:56; Jo. 19:39). Depois do corpo ter sido colocado num túmulo sólido na rocha, uma enorme pedra foi rolada contra a entrada do túmulo (Mt. 27:60). Geralmente, estas pedras eram roladas por meio de alavancas (v. Mc. 15:46) e pesavam cerca de 2 toneladas. Uma guarda romana composta por homens de guerra, disciplinados (cerca de 11 a 18 soldados), foi colocada para guardar o túmulo. Quem não cumprisse o seu dever era severamente punido. Esta guarda fixou no túmulo o selo romano (símbolo do seu poder e autoridade) tendo em vista evitar alguma tentativa de violação do sepulcro.

 

3. O TÚMULO… VAZIO !

Mas no primeiro dia da semana, o túmulo estava vazio. Os seguidores de Jesus disseram que Ele tinha ressuscitado dos mortos. Afirmaram que Ele tinha aparecido durante um período de 40 dias, apresentando-se com «muitas e infalíveis provas» (At. 1:3). Paulo refere que Jesus apareceu uma vez a 500 dos seus seguidores, a maior parte dos quais ainda se encontravam vivos e podiam confirmar o que o apóstolo Paulo escreveu mais tarde (1Cor. 15:6).

O túmulo estava vazio.

PAUL ALTHUS refere que «a ressurreição não se aguentaria um único dia, uma única hora, se o fato do túmulo estar vazio, não tivesse sido confirmado por todos».

Os cristãos crêem pela fé que Jesus ressuscitou. Mas têm também abundantes evidências históricas. As teorias desenvolvidas para negar a ressurreição serve apenas para aumentar a confiança na veracidade do relato bíblico. Mas analisemos algumas dessas teorias.

3.1. O Túmulo Errado ?

KIRSOPP LAKE propôs uma teoria, segundo a qual as mulheres que anunciaram que o corpo tinha desaparecido se tinham enganado e teriam ido ao túmulo errado. Bem, mas se assim fosse, então os discípulos que foram verificar se o corpo tinha ou não desaparecido (Jo. 20:3) também se enganaram e foram ao túmulo errado? Além disso, certamente que as autoridades judaicas que pediram uma guarda romana junto do túmulo não se enganariam na sua localização, nem outrossim os soldados romanos. Se se tratasse de outro túmulo, certamente que iriam buscar o corpo ao túmulo certo, terminando para sempre todo e qualquer rumor sobre a ressurreição.

3.2. Alucinações e Ilusões ?

A outra teoria sugere que as aparições de Jesus teriam sido simples ilusões. Acontece porém que esta teoria não é apoiada pelos princípios psicológicos que determinam as aparições e ilusões, nem coincide com a circunstância histórica. Na verdade, foram centenas de discípulos que O viram, por várias vezes, em diferentes locais, nas mais variadas circunstâncias. Além disso, os discípulos estavam inicialmente receosos e fecharam-se em casa. Como discípulos receosos convencer-se-iam com ilusões e saíram para a rua anunciando-o ?

3.3. Morte Aparente ?

VENTURINI apresentou há alguns anos uma teoria segundo a qual Jesus não tinha efetivamente morrido, mas simplesmente desmaiou devido ao cansaço e perda de sangue.  Todos O julgavam morto e, quando reanimou, os discípulos pensaram que tinha ressuscitado. Acontece porém que, segundo as palavras de um outro cético (D.F.STRAUSS), é impossível que um ser humano, roubado meio morto da cruz, que se arrastasse fraco, doente e necessitado de tratamento médico, de ligaduras e que por fim cedeu aos seus sofrimentos, pudesse ter dado aos discípulos a impressão de que era um conquistador sobre a morte ? Além disso, como é que alguém nessa situação podia ter removido, sozinho, a pedra de duas toneladas, dominado os soldados romanos armados da cabeça aos pés e por fim ter escapado por mais de dois quilômetros ?

3.4 O Corpo Roubado ?

Em desespero de causa há ainda quem sustente que os discípulos teriam roubado o corpo de Jesus. Porém, a depressão e a covardia reveladas pelos discípulos não se coaduna com a súbita bravura e ousadia de enfrentar um destacamento de soldados e roubar o corpo. Aliás, como explicar a dramática transformação de seres desprezados, desanimados e fugitivos em testemunhas a quem nenhuma oposição pôde calar – nem prisão, nem império romano, nem perseguição. Os discípulos foram inclusive mortos. Ora, nenhum homem na sua perfeita consciência é capaz de se entregar à morte, sabendo que tudo aquilo era uma fraude ou mentira criada por si próprio !  Além disso, a teoria de que as autoridades judaicas ou romanas tivessem tirado o corpo de Jesus não tem qualquer lógica, na medida em que quando os discípulos proclamaram a ressurreição, bastava às autoridades mostrar o corpo e assim desse modo banido e destruído por completo o Cristianismo pela base. Aliás, o relato bíblico de Mt. 28:11-15 mostra que tal era impossível pelo suborno que os líderes judaicos deram aos soldados romanos para que estes mentissem.

 

 

4. EVIDÊNCIAS

Muitas podem ser as teorias de céticos, ateus e agnósticos que pretendem negar a veracidade da ressurreição do Senhor Jesus Cristo. Porém, nenhuma teoria é capaz de apagar os feitos do Cristianismo ao longo dos séculos, os quais tiveram a sua base na morte e ressurreição do Senhor Jesus Cristo. Aliás, não há fato mais claramente provado que a ressurreição. Ninguém batalha contra ilusões ou invenções: apenas contra realidades. O túmulo onde Jesus foi sepultado ficou mesmo vazio e não há nenhum sinal de evidência nas fontes literárias, epigrafia ou arqueologia que negue esse fato.

Mas o maior testemunho de todos é a transformação radical e testemunho dos Cristãos do I Século. Não houve qualquer benefício visível (prestígio, riqueza ou ascensão social) que pudessem obter para a sua total consagração ao Senhor Ressuscitado. Pelo contrário, estes cristãos foram espancados, apedrejados, torturados, lançados aos leões e queimados vivos. No entanto, sempre pacíficos, nunca impuseram pela força as suas crenças: deram as suas vidas como prova máxima da sua inteira confiança na verdade da sua mensagem.

 

Prezado amigo: Não deseja conhecer este Senhor Ressuscitado ? Ele hoje está no Céu e diz-lhe com grande amor: «Vinde a Mim, todos que estais cansados e oprimidos e Eu vos aliviarei». Ele deseja oferecer-lhe a salvação, a vida eterna. Basta que ouça a Sua Palavra e creia no Nome do Senhor Jesus Cristo (João 5:24). Se assim o fizer, Deus entrará na sua vida e lhe dará o poder de ser feito filho de Deus (Jo. 1:12).

 

 

Fonte: http://irmaos.net

 

Para saber mais:

De Josh MCDOWELL, Editora Candeia

– Evidências da Ressurreição de Cristo

– Evidência Que Exige um Veredicto

 

 

Ressurreição de Cristo pode ter sido alucinação?

Filed Under (Defesa da Fé) by Geração Maranata on 15-11-2010

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"O grande escritor russo Nicholas Arseniew (…) contou a história do camarada Lunatscharsky. Estava palestrando no maior auditório de Moscou logo após a revolução bolchevique. Seu tema: "Religião: o ópio do povo". Assim discursou: "Todos os mistérios cristão são lendas inventadas; a ciência marxista é a luz que mais do que substitui as fábulas do cristianismo". Proferiu um longo discurso. Ao terminar, estava tão satisfeito consigo mesmo que perguntou, com gestos bem expansivos, se alguém no auditório gostaria de fazer uma pergunta ou dizer alguma coisa.

Um jovem sacerdote russo ortodoxo deu um passo adiante. Primeiramente ele se desculpou ao comissário por sua ignorância e inépcia. O comissário olhou para ele desdenhosamente:

— Eu lhe darei dois minutos, nada mais que isso – ele bufou.

— Não tomarei muito tempo — o sacerdote garantiu. Subiu à plataforma, voltou-se para a platéia e em alta voz declarou:

— Cristo ressuscitou!

Numa só voz, a vasta platéia vociferou em resposta:

— Ele realmente ressuscitou!".

(MANNING, Brennan. Convite à solitude. São Paulo: Mundo Cristão, 2010, p. 164-165)

 

Sobre o Livro "A Vida de Jesus" de Corrado Augias e Mauro Pesce (título original "Inchiesta su Gesù" lançado em março de 2008 na Itália).

Este best-seller coloca em dúvida vários episódios da  vida de Jesus e já esteve na lista dos livros mais vendidos.  Os autores dizem, entre outras coisas, que a ressurreição de Jesus pode ter sido fruto de alucinação de seu seus discípulos.  Augias e Pesce questionam, além da ressurreição, data e local do nascimento de Cristo, Maria ter permanecido virgem mesmo após dar à luz e que Cristo fundou uma nova religião.

O livro aumentou ainda mais as discussões sobre o passado e a vida de Jesus Cristo, assunto amplamente comentado no mundo católico com as teses levantadas por best-sellers como O Código Da Vinci – que dizia, entre outras coisas, que Jesus e Maria Madalena viveram juntos e tiveram filhos.

 

Sinopse do livro:

Nos últimos cinquenta anos, novas descobertas arqueológicas e estudos filológicos têm permitido somar dados à tentativa de responder a uma das perguntas fundamentais da história da humanidade: quem foi, na verdade, em toda a sua dimensão concreta, o homem cuja existência viria a mudar o mundo de forma irreversível?
E foi precisamente para fazer uma síntese clara das últimas investigações sobre a vida e a mensagem de Jesus que Corrado Augias, jornalista e escritor, entrevistou Mauro Pesce, um dos mais notáveis biblistas* italianos. Socorrendo-se tanto dos textos canônicos como dos apócrifos, ambos se debruçam, despojados de idéias preconcebidas, sobre questões acerca das quais muito se tem especulado e debatido nas últimas décadas.
O resultado é este livro que traz à luz alguns dos aspectos menos conhecidos, e decerto surpreendentes, da vida do homem real para além do mito e das fábulas. Um documento de indiscutível interesse, que vendeu 650 000 exemplares em Itália (na época) e será também publicado em Espanha, França e Brasil.

Questões levantadas

– É possível conhecer, concretamente, a vida e a mensagem do homem que mudou o Mundo?

– As investigações despreconceituosas, baseadas em textos canônicos e apócrifos, não trarão a este trabalho características científicas ?

– O resultado do trabalho elaborado a partir dos dados desta pesquisa concede-nos horizontes de conhecimento sobre o assunto que estão para além dos mitos: "a pesquisa histórica não compromete a fé", nem deixa de pôr em causa "certas afirmações toscamente antieclesiásticas".

– Jesus era apenas um entre centenas de outros pregadores itinerantes?

– Foi Jesus ou Paulo de Tarso o fundador do cristianismo?

– Por que razão não ficaram vestígios daquela multidão de "profetas"?

– Onde, quando e de quem nasceu, realmente, Jesus?

– O que há a dizer sobre as semelhanças e a concorrência religiosa do mitraismo?

– Que razões encontramos para o êxito de lendas, mitos, livros e filmes sobre Jesus? A curiosidade, a ânsia generalizada de saber a verdade sobre Jesus.

– "É possível que as coisas se tenham realmente passado como refere a Vulgata das Igrejas cristãs?"

– Há ou não razões para julgar quem suprimiu dados históricos "porque era demasiado difícil fazê-los coincidir com o quadro que a doutrina construiu"?

– Curiosidade e ciência, duas dimensões da procura da verdade que os dois autores em apreço souberam cruzar para, declaradamente e em boa-fé, colaborarem na feitura deste livro.

Corrado Augias, jornalista e escritor, é autor de diversos livros de sucesso e programas de televisão. Foi também deputado do Parlamento Europeu.
Mauro Pesce, é docente de História do Cristianismo na Universidade de Bolonha e eminente biblista, sendo autor de vários textos sobre o Novo Testamento.

(*) Veja o artigo "Técnicas para Mudança de Mente e Comportamento"

 

Reportagem na Mídia

Ressurreição de Cristo pode ter sido alucinação, diz livro polêmico

http://www.bbc.co.uk/

Um best-seller que coloca em dúvida vários episódios da vida de Jesus está causando grande polêmica na Itália, às vésperas da publicação do primeiro livro do papa sobre Cristo.

Os autores de Inquérito sobre Jesus, que está há várias semanas na lista dos livros mais vendidos do país, dizem, entre outras coisas, que a ressurreição de Jesus pode ter sido fruto de alucinação de seu seus discípulos.

O livro traz uma entrevista com o professor de História especializado em cristianismo Mauro Pesce, da Universidade de Bolonha, conduzida pelo jornalista Corrado Augias.

Nele, Augias e Pesce questionam, além da ressurreição, data e local do nascimento de Cristo, que Maria tenha dado à luz permanecendo virgem, e que Cristo tivesse intenção de fundar uma nova religião.

Desde que foi lançada, no fim do ano passado, a obra já vendeu 450 mil cópias na Itália. Deve ser ainda publicada no Brasil.

Releitura

No capítulo dedicado à ressurreição de Jesus, definido por eles como o mais delicado, Augias e Pesce especulam que o episódio – um dos fundamentos da fé cristã – pode ter sido apenas fruto de alucinação dos discípulos.

“Muitas visões, inclusive as mais recentes, como as de Fátima, indicam que o visionário acabou vendo realmente o que desejava ver”, diz o texto.

O livro aponta imprecisões nos cálculos que determinaram a data de nascimento de Jesus.

“Não sabemos até que ponto podemos confiar em Luca (um dos evangelistas), que escreveu 50 anos depois da morte de Cristo, com base em informações de terceiros”, escrevem os autores.

Outra tese do livro, uma das que mais provocaram reações negativas nos ambientes católicos, sustenta que Jesus não tinha intenção de fundar uma nova religião, e se limitava a pregar aos judeus mantendo-se fiel tradição da religião hebraica.

“Ele nunca tentou converter os não-judeus. Isto seria feito depois de sua morte, por alguns seguidores e pelas igrejas cristãs, mudando bastante o que Jesus pregava e praticava.”

‘Ataque’

jesuíta Giuseppe De Rosa, da influente revista semanal Civiltà Cattolica – cujo conteúdo passa sempre pelo aval da secretaria de Estado do Vaticano – disse que o livro é um “ataque frontal à fé cristã”.

Em artigo na revista, De Rosa afirma que a pesquisa “nega o cristianismo em sua totalidade e as verdades cristãs essenciais", e que ela define os evangelhos canônicos como "lacunosos e manipulados".

Em um longo artigo publicado no jornal Avvenire, da conferência episcopal italiana, o padre Raniero Cantalamessa, predicador da casa pontifícia, criticou o livro por defender a tese de que "o Jesus autêntico não é o da igreja".

Padre Cantalamessa colocou em dúvida as fontes usadas pelos autores, como os evangelhos considerados não oficiais pela igreja católica.

Defesa

Para os autores do livro, ambos conhecidos e respeitados na Itália, não há nada na pesquisa que possa ofender a fé cristã.

"Não é a oposição entre o que Jesus foi e o que a igreja pensa ter sido, mas entre o que as pessoas sabem e o que as pessoas não sabem”, declarou Pesce em entrevista à BBC Brasil.

Ele disse que o livro se baseia quase totalmente nos quatro evangelhos canônicos (oficiais), embora também tenha usado outras fontes.

"Os estudos dos últimos 30 anos revolucionaram as teorias tradicionais. Agora, avalia-se a relação entre os vários textos. Em alguns casos os evangelhos apócrifos (não reconhecidos pela igreja) dão informações muito importantes”, afirmou.

O livro aumentou ainda mais as discussões sobre o passado e a vida de Jesus Cristo, assunto amplamente comentado no mundo católico com as teses levantadas por bestsellers como O Código Da Vinci – que dizia, entre outras coisas, que Jesus e Maria Madalena viveram juntos e procriaram.

Mas o Vaticano está reagindo. Em abril será lançado o aguardado livro do papa Bento 16 sobre a vida de Cristo, Jesus de Nazaré, do batismo no Jordão à Transfiguração.

 

"Eles são do mundo. É por isto que falam segundo o mundo, e o mundo os ouve". (1Jo 4,5)

"Nós, porém, somos de Deus. Quem conhece a Deus, ouve-nos; quem não é de Deus, não nos ouve. É nisto que conhecemos o Espírito da Verdade e o espírito do erro". (1Jo 4,6)

"A boa nova nos foi trazida a nós, como o foi a eles. Mas a eles de nada aproveitou, porque caíram na descrença". (Hb 4,2)

" Tende cuidado, para que ninguém vos faça presa sua, por meio de filosofias e vãs sutilezas, segundo a tradição dos homens, segundo os rudimentos do mundo, e não segundo Cristo." ( Cl 2, 8 )

"Filhinhos, esta é a última hora. Vós ouvistes dizer que o anticristo vem. Eis que já há muitos anticristos, por isto conhecemos que é a última hora." (1 Jo.2,18)

O Código da Vinci

Filed Under (Apostasia) by Geração Maranata on 15-11-2010

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Desde sua publicação, em abril de 2003, O Código da Vinci vendeu mais de 40 milhões de exemplares nos Estados Unidos. Ele foi traduzido em 45 idiomas e é um sucesso de vendas em 150 países.

Ficou na lista dos mais vendidos do jornal The New York Times por dois anos, e esteve no topo, ou perto do topo, por 50 semanas.

O livro diz que os cristãos primitivos não criam na divindade de Cristo, que a ressurreição nunca ocorreu, que nossa Bíblia é o resultado de uma luta política do imperador romano Constantino e que os cristãos primitivos adoravam o "divino feminino". Essas afirmações são feitas por um afável especialista, um professor da Universidade de Harvard que (no contexto do livro) parece ser uma pessoa com credibilidade e autoridade.

Talvez você diga: "Nenhuma pessoa racional levaria esse tipo de coisa a sério." Isso era exatamente o que um líder evangélico pensava – até que começou a conversar com pessoas que tinham lido o livro. Ele descobriu que o livro endurece a descrença daqueles que não são cristãos e leva os buscadores honestos para longe do cristianismo. O livro chegou a fazer alguns cristãos se tornarem confusos e desiludidos.

De acordo com O Código Da Vinci, Jesus era apenas um homem comum que não era divino, não morreu pelos nossos pecados e não ressuscitou. Em vez disso, ele se casou com Maria Madalena e teve pelo menos um filho com ela. No livro o "cálice" é Maria Madalena, mitologizada e sexualizada como se fosse a amante ou esposa de Jesus Cristo.

O livro conta uma que há uma antiga sociedade secreta chamada 'Priorado de Sião' que preservou as informações sobre Jesus e Maria Madalena e seus descendentes. Ele afirma que Leonardo Da Vinci foi um grão-mestre do Priorado de Sião, e algumas de suas pinturas têm símbolos relacionados com o suposto relacionamento de Jesus com Maria Madalena.

Dan Brown tece uma narrativa com grande poder de entretenimento, ele afirma que Maria Madalena seria o Santo Graal (o cálice de Cristo), que ela e Jesus seriam os progenitores da linhagem merovíngia de governantes europeus e que ela estaria sepultada sob a pirâmide invertida de vidro no Louvre, em Paris, onde ainda hoje se poderia sentir emanações de seu espírito divino.

O romance descreve o Cristianismo como uma gigantesca conspiração baseada numa grande mentira (a divindade de Cristo), que os Evangelhos do Novo Testamento são produtos humanos de machistas e anti-feministas que teriam procurado reinventar o Cristianismo para oprimir as mulheres e reprimir a adoração à deusa. (Leia também o post Wicca).

O imperador Constantino teria convenientemente divinizado Jesus a fim de consolidar seu controle sobre o mundo. O livro indica que na votação do Concílio de Nicéia, sobre a divindade de Cristo, o resultado teria sido apertado, houve 300 votos favoráveis e apenas dois contrários. Definitivamente a precisão histórica não é o ponto forte do romance. Essa é apenas uma das muitas distorções deliberadas existentes no livro.

Outra envolve os heréticos evangelhos gnósticos escritos no final do século II como sendo os evangelhos "reais". Encontrados em Nag Hammadi no Egito, em 1946, esses mitos gnósticos nunca foram reconhecidos pela igreja primitiva como Escrituras legítimas.

Nos anos 60 as pessoas acreditavam em tudo que liam no jornal só porque estava escrito ali. Nunca lhes ocorreu que as reportagens e editoriais eram redigidos por pessoas com agendas pessoais e políticas. Acreditava-se naquilo que se lia, não importando quem era o autor. Hoje ainda é assim, e ainda pior, pois temos a televisão, o cinema e a internet.

A advertência é a mesma: não acreditem em tudo que vocês lêem em um romance ou vêem em um filme!

A Bíblia exorta: "Amados, não deis crédito a qualquer espírito; antes, provai os espíritos se procedem de Deus, porque muitos falsos profetas têm saído pelo mundo afora. Nisto reconheceis o Espírito de Deus: todo espírito que confessa que Jesus Cristo veio em carne é de Deus; e todo espírito que não confessa a Jesus não procede de Deus; pelo contrário, este é o espírito do anticristo, a respeito do qual tendes ouvido que vem e, presentemente, já está no mundo" (1 João 4.1-3). (Pre-Trib Perspectives)

por  Dr. Ed Hindson (assessor do reitor da Liberty University em Lynchburg/VA (EUA).

Fontes pesquisadas:

www.chamada.com.br

www.espada.eti.br

www.wikipedia.com

Autor: **Geração Maranata** Se for copiar cite a Fonte!

O Segredo – O Movimento do Novo Pensamento

Filed Under (Apostasia) by Geração Maranata on 15-11-2010

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por Geração Maranata

Este Livro/Filme tem contribuído muito para a mudança de pensamento. Ele sugestiona às pessoas que elas não precisam de um Deus e muito menos de um Salvador.  Afinal, o livro afirma, nós somos pequenos "deuses", temos energia para atrair o que quisermos: saúde, riqueza, felicidade.

Infelizmente essa promessa também tem sido oferecida por algumas igrejas evangélicas.  Essa é a geração atual: amantes de si mesma e egoístas.

O Livro O Segredo faz parte da estratégia para afastar a humanidade da Verdade e fazê-la acreditar na Mentira: A operação do Erro.

O SEGREDO – O Movimento do Novo Pensamento

A última armadilha do ocultismo para capturar a imaginação do Ocidente é chamada “O Segredo”. O livro com este nome é um bestseller no topo do New York Times, tendo vendido rapidamente 6 milhões de cópias.

As numerosas interpretações errôneas já começam no próprio título do livro. “O Segredo” nada tem de segredo, trata-se de  Hinduísmo, Xamanismo e Nova Era reciclados. Uma das mais gigantescas mentiras é a sua afirmação: “Você cria a sua própria realidade com a sua mente”. Foi essa a falsa promessa da serpente feita à Eva, a promessa da divindade (Gênesis 3).

Frases do Livro "O Segredo"

"Esse Segredo dá-lhe tudo o que você desejar: saúde, amor, abundância, felicidade."

"Você pode conseguir o que quiser quando aprender a aplicá-lo na sua vida diária."

"Eu vi muitos milagres acontecerem. Milagres de cura física, cura mental, cura de relacionamentos. Isso acontece com as pessoas que usam o Segredo, milagres financeiros."

"Você pode ser, ter, fazer qualquer coisa que quiser."

"Pode, sim, seja qual for a sua escolha, mesmo que seja muito grande."

"O Segredo é a Lei da Atração."

"Observe o que está passando pela sua mente. Você está atraindo isso tudo."

"Você é o arquiteto da sua vida. É o seu próprio escultor."

"Você esculpe a sua vida e é a sua própria obra-prima. É como se você fosse Michelangelo e o Davi que está esculpindo é você mesmo."

"Fazemos isso com o nosso pensamento".

"Todas as forças do Universo respondem aos seus pedidos." (Que forças serão essas ?)

"O Universo reorganiza-se para fazer com que as coisas aconteçam para você."

"Lembre-se de que Aladim pede ao Gênio tudo o que deseja e sempre é atendido!"

"Essa atração é o Universo apontando-lhe o caminho, é o início da materialização dos seus desejos."

"Só há um rio onde flui o bem-estar: o rio da Energia Positiva."

"Então pergunte a um Teólogo sobre quem criou o Universo e ele lhe dirá que foi Deus.  Então peça a esse Teólogo para descrever Deus e ele lhe dirá: é algo que sempre foi e sempre será, que jamais pode ser criado ou destruído. É a mesma descrição da Energia."

 

Para saber mais:

http://www.chamada.com.br/mensagens/o_segredo.html

 

Técnicas para Mudança de Mente e Comportamento

Filed Under (Apostasia) by Geração Maranata on 15-11-2010

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por Geração Maranata

Para que se mudem atitudes, conceitos, valores, crenças, etc, de uma sociedade, várias técnicas são usadas aplicadas de forma gradativa.

Se analisarmos algumas situações pelas quais estamos passando veremos que essa técnica vem sendo empregada, manipulando a mente de pessoas.

Este método tem efeito até em comportamentos mais arraigados, como a fé, conceitos e valores pessoais.

Vemos que o mundo, de uma maneira geral, está reformulação antigas idéias, repensando conceitos, tolerando ou mesmo aceitando práticas antes consideradas impensáveis e inaceitáveis.

Vivemos numa época em que o engano e engodo é muito grande e precisamos estar atentos para que não sejamos influenciados e tomar cuidado para que esses tipos de métodos e técnicas não tenham efeito sobre nós.

 

Técnica utilizada para Mudança de Mente e Comportamento:

I – Algo muito ofensivo, que nem deveria ser discutido em público, é defendido por especialistas respeitados em um foro respeitável:

O objetivo é substituir a verdade absoluta pela relativa. A mídia tem um papel importante, pois apresenta os dois lados do assunto, porém a finalidade real é confundir o público.

II – A princípio o público fica chocado e indignado:

A idéia é fazer que, com a exposição constante do assunto, as pessoas comecem a perder o discernimento entre o certo e o errado.

III – No entanto, o simples fato que tal assunto tenha sido abordado publicamente torna-se assunto de debates:

Vários especialistas nas mais diversas áreas começam a debater. Dependendo do assunto, grupos são criados e organizados, uns de apoio e outros de oposição, gerando grandes conflitos.

IV – A repetição prolongada do assunto chocante em discussão, gradualmente vai anulando seu efeito:

Conflitos em todas as áreas começam a acontecer é necessário chegar a um consenso. Dependendo do assunto, será criada uma assembléia formada por representantes da sociedade.

V – As pessoas não ficam mais chocadas com o assunto:

Um consenso geral começa a tomar forma.

VI – Não mais indignadas, as pessoas começam a debater posições para moderar o extremo, ou aceitam a premissa, procurando os modos de atingi-la:

As pessoas começam a abandonar seus conceitos individuais pelos coletivos.

“Uma mentira contada várias vezes se torna verdade.”

 

Como nasce uma “verdade” a partir de uma mentira ?

Observem bem e vejam se essas etapas já não foram concluídas ou estão em fase de conclusão em relação a assuntos polêmicos como o aborto, homosexualismo, ideologia de gênero, pedofilia, eutanásia, libertinagem sexual, legalização de drogas, etc.

Tempos Difíceis !!

"O  Espírito diz claramente que nos últimos tempos alguns abandonarão a fé e seguirão espíritos enganadores e doutrinas de demônios." – 1 Tim 4:1

"Pois virá o tempo em que não suportarão a sã doutrina; pelo contrário, sentindo coceira nos ouvidos, segundo os seus próprios desejos juntarão mestres para si mesmos. Eles se recusarão a dar ouvidos à verdade, voltando-se para os mitos." – 2 Timóteo 4:3-4

"Não deixem que ninguém os engane de modo algum. Antes daquele dia virá a apostasia e, então, será revelado o homem do pecado, o filho da perdição." – 2 Tessalonisences 2:3

 

Leia mais: http://geracaomaranata.com.br/2011/08/o-poder-da-desinformacao/

Para saber mais:

http://www.espada.eti.br/n1055.asp

http://apocalipsetotal.blogspot.com/2007/10/o-plano-de-7-etapas-de-mudana-do.html (este blog faz um ensaio aplicando esse tipo de técnica a um assunto polêmico)

As Alianças Bíblicas e a Escatologia – Introdução

Filed Under (Alianças Bíblicas) by Geração Maranata on 07-11-2010

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por Geração Maranata

As alianças bíblicas são muito importantes para quem estuda escatologia.  O plano profético de Deus é determinado e prescrito por essas alianças.

O relacionamento de Deus com o homem é sempre mediado através de uma ou mais alianças bíblicas. Deus se comprometeu a realizar determinados eventos na história e a profecia diz respeito a "quando" essas promessas serão cumpridas totalmente.

As alianças bíblicas são bem diferentes das alianças teológicas da teoria "aliancista". Essa teoria vê as épocas da história como o desenvolvimento de uma aliança entre Deus e os pecadores, na qual Deus salvaria, por meio da morte de Cristo, todos os que viessem a Ele pela fé.

Resumo da teoria aliancista:

A aliança da redenção (Tt 1.2; Hb 13.20) –  A Trindade assumiu, cada um, parte no grande plano de redenção que é sua porção presente, conforme revelado na Palavra de Deus.   Nessa aliança o Pai entrega o Filho, o Filho se oferece sem mácula como sacrifí­cio eficaz e o Espírito administra e capacita a execução dessa aliança em todas as suas partes.

A aliança das obrasSegundo os teólogos são as bênçãos que Deus ofereceu ao homem.  Antes da queda, Adão relacionou-se com Deus pela aliança de obras. Até que seja salvo, o homem tem a obrigação implícita de ser semelhante em caráter a seu Cria­dor e de fazer a Sua vontade.

A aliança da graçaIndica todos os aspectos da graça divina para com o homem em todas as épocas. O exer­cício da graça divina torna-se possível e justificado pela satisfação de jul­gamentos divinos obtidos na morte de Cristo.

Apesar de a teoria teológica Aliancista  estar de acordo com a Bíblia, ela é insatisfatória para explicar as Escrituras escatologicamente, pois despreza o grande campo de alianças bíblicas que determinam todo o plano escatológico.

 

O uso bíblico da palavra Aliança

É usada nos relacionamentos entre Deus e o ho­mem, entre os homens e entre as nações. É usada para coisas temporais e coisas eternas.

Aliança divina é

1) uma disposição soberana de Deus, mediante a qual Ele estabelece um contrato incondicional ou declarativo com o homem, obrigando-se, em graça, por um juramento irrestrito, a conceder, de Sua própria iniciativa, bênçãos definidas para aqueles com quem compactua ou

2) uma proposta de Deus, em que Ele promete, num contrato condicio­nal e mútuo com o homem, segundo condições preestabelecidas, conce­der bênçãos especiais ao homem desde que este cumpra perfeitamente certas condições, bem como executar punições precisas em caso de não-cumprimento.

 

Natureza das Alianças

1. São Alianças literais e devem ser interpretadas literalmente. Tal interpretação está em harmonia com o método literal de inter­pretação.

2.  São Alianças eternas. Todas as alianças de Israel são chamadas eternas, com exceção da aliança Mosaica, que é declarada temporal e deveria continuar até a vinda da Semente Prometida (Jesus):

– A alian­ça Abraâmica é chamada "eterna" em Gênesis 17.7,13,19; 1 Crônicas 16.17; Salmos 105.10;

– A aliança Palestina é chamada "eterna" em Ezequiel 16.60;

– A aliança Davídica foi chamada "eterna" em 2Samuel 23.5, em Isaías 55.3 e em Ezequiel 37.25;

– A Nova Aliança é chamada "eterna" em Isaías 24.5, 61.8, em Jeremias 32.40, 50.5 e em Hebreus 13.20.

3. São Alianças incondicionais , visto que são literais, eternas e dependem solenemente da integridade de Deus para o seu cumpri­mento.

4. São Aliança estabelecidas com um povo pactual, Israel. Em Romanos 9.4 Paulo declara que a nação de Israel tinha rece­bido alianças do Senhor. Em Efésios 2.11,12 ele declara, contrariamen­te, que os gentios não haviam recebido tal aliança e conseqüentemente não gozavam de relacionamentos pactuais com Deus. Essas duas pas­sagens mostram, de modo negativo, que os gentios não tinham relacio­namentos de aliança e, de modo positivo, que Deus tinha firmado um relacionamento de aliança com Israel.

 

Tipos de Alianças

As alianças são contratos feitos entre indivíduos com o propósito de regulamentar esse relacionamento. Deus quer comprometer-se com Seu povo, ou seja, deseja cumprir Suas promessas para poder demonstrar na história que tipo de Deus Ele é.

Os relacionamentos na Bíblia – especialmente entre Deus e os homens – são legais ou judiciais. Por isso que eles são mediados pelas alianças. As alianças normalmente envolvem intenção, promessas e sanções.

Existem três tipos de Alianças na Bíblia:

1 – O tratado chamado de "Garantia Real" (incondicional) – Uma aliança promissória que surgiu de um desejo do rei em recompensar um servo leal. Por exemplo:

  • Aliança Abraâmica
  • Aliança Davídica

Devemos entender que essas alianças são incondicionais. Esse aspecto é importante na profecia bíblica, pois está em jogo se Deus é ou não obrigado a cumprir as Suas promessas, especialmente pa­ra com as partes originalmente envolvidas na aliança.

Por exem­plo, cremos que Deus deve cumprir em relação a Israel (como na­ção) as promessas feitas através das alianças incondicionais, como a Abraâmica, a Davídica e a Palestina. Se isso for verdade, então elas precisam ser realizadas literalmente – o que implica que mui­tos de seus aspectos ainda devem ser cumpridos.

“Uma aliança incondicional pode ser definida como um ato sobera­no de Deus, sendo que o Senhor, portanto, obriga a Si mesmo a fa­zer com que se cumpram as promessas, bênçãos e condições estabe­lecidas para o povo com quem fez a aliança. E uma aliança unilate­ral. Esse tipo de aliança é caracterizado pela forma verbal futura, que mostra a intenção dEle cumprir exatamente o que prometeu, no tempo determinado para isso. As bênçãos são garantidas por causa da graça de Deus.” (Fruchten-Baum)

 

2 – Tratado entre o "Suserano e o Vassalo " (condicional) – vin­cula um vassalo (inferior) a um suserano (superior) e a responsabi­lidade recai apenas sobre aquele que fez o juramento. Exemplos:

  • Quedorlaomer, rei de Elão (Gênesis 14)
  • Jabes-Gileade enquanto servia Naás (1 Samuel 11.1)
  • Aliança Adâmica
  • Aliança Noaica
  • Aliança Mosaica (Deuteronômio)

Tratado entre o "Suserano e o Vassalo" no formato de Deutero­nômio:

  • Preâmbulo (1.1-5)
  • Prólogo Histórico (1.6-4.49)
  • Principais Provisões (5.1-26.19)
  • Bênçãos e Maldições (27.1-30.20)
  • Continuidade das Alianças (31.1-33.29)

3 – O tratado de "Paridade"une duas partes iguais em um re­lacionamento e estabelece as condições estipuladas pelos seus par­ticipantes. Exemplos:

  • Abraão e Abimeleque (Gênesis 21.25-32)
  • Jacó e Labão (Gênesis 31.43-50)
  • Davi e Jônatas (1 Samuel 18.1-4; veja também 2 Samuel 9.1-13)
  • Cristo e os crentes pertencentes à era da Igreja, ou seja, Seus "amigos" (João 15)

 

Alianças Bíblicas

Existem pelo menos oito alianças mencionadas na Bíblia:

  • Aliança Edênica (Gênesis 1.18-30; 2.15-17)
  • Aliança Adâmica (Gênesis 3.14-19)
  • Aliança Noaica (Gênesis 8.20-9.17)
  • Aliança Abraâmica (por exemplo Gênesis 12.1-3)
  • Aliança Mosaica (Êxodo 20-23; Deuteronômio)
  • Aliança Davídica (2 Samuel 7.4-17)
  • Aliança Palestina (Deuteronômio 30.1-10)
  • Nova Aliança (por exemplo, Jeremias 31.31-37)

A maneira como as alianças se relacionam com Israel é de fun­damental importância para o estudante das profecias.

A tabela a se­guir ilustra como elas se desenvolvem e suas aplicações:

Continua: Aliança Abraâmica

 

Fontes:

Manual de Escatologia – Dwight Pentecost

Profecias de A a Z – Thomas Ice & Timothy Demy

 

 

 

Israel, Jordânia e seu relacionamento profético

Filed Under (Arqueologia) by Geração Maranata on 01-11-2010

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por Geração Maranata

Moabe

Moabe (hebraico מוֹאָב ou Moʾav; grego Μωάβ; assírio Mu'aba, Ma'ba, Ma'ab; egípcio Mu'ab) é o nome histórico de uma faixa de terra montanhosa no que é atualmente a Jordânia, ao longo da margem oriental do Mar Morto. Na Idade Antiga, pertencia ao Reino dos Moabitas, um povo que estava freqüentemente em conflito com os seus vizinhos israelitas a oeste. Os moabitas são um povo histórico, cuja existência é atestada por diversas descobertas arqueológicas, em especial a Estela Mesha (Pedra Moabita), que descreve a vitória moabita sobre um filho (não identificado) do Rei Omri de Israel. Sua capital foi Dibon, localizada próxima a moderna cidade Jordaniana de Dhiban.

 

Pedra Moabita

Ou Estela de Mesa, é uma pedra de basalto, com uma inscrição sobre Mesa, Rei de Moabe. Este registra a conquista de Moabe por Omri, Rei de Israel Setentrional. Após a morte de Acab, filho de Omri, Mesa revolta-se depois de prestar vasalagem por 40 anos. Esta inscrição completa e confirma o relato bíblico em II Reis 3:4-27. A estela teria sido feita, aproximadamente, por volta de 830 a.C..

A estela foi adquirida em Jerusalém pelo missionário alemão F. A. Klein , em 1868. Encontrada em Díbon, a antiga capital do Reino de Moabe, a 4 milhas a Norte do Rio Árnon. Encontra-se no Museu do Louvre, em Paris. Com a excepção de algumas variações, mostra que a escrita dos moabitas era idêntica ao hebraico. Menciona o Tetragrama Sagrado no lado direito da estela, na linha 18. É um documento de grande importância e interessante relativo ao estudo da linguística hebraica, ou seja, a formação e evolução do alfabeto hebraico.

A Pedra Moabita confirma o nome de locais e de cidades moabitas mencionadas no texto bíblico: Atarote e Nebo (Números 32:34,38), Aroer, o Vale de Árnon, planalto de Medeba, Díbon (Josué 13:9), Bamote-Baal, Bet-Baal-Meon, Jaaz [em hebr. Yáhtsha] e Quiriataim (Josué 13:17-19), Bezer (Josué 20:8), Horonaim (Isaías 15:5), e Bet-Diblataim e Queriote (Jeremias 48:22,24).

Fonte: wikipedia.org

 

Jordânia

A Jordânia (em árabe الأردن‎, transl. al-Urdunn) é um país do Médio Oriente, limitado a norte pela Síria, a leste pelo Iraque, a leste e a sul pela Arábia Saudita e a oeste pelo Golfo de Aqaba (através do qual faz fronteira marítima com o Egito), por Israel e pelo território palestiniano da Cisjordânia. Sua capital é Amã.

A Jordânia atual é formada por três antigos povos bíblicos: Edom, Moabe e Amom compõem respectivamente o sul, o centro e o norte da Jordânia.

 

Petra
El Khazneh - A Câmara do Tesouro

Petra (do grego πέτρα, petra; árabe: البتراء, al-Bitrā) é um importante enclave arqueológico na Jordânia.

Antes conhecidos como Edomitas, tiveram origem em Esaú, irmão de Jacó, filhos de Isaque e netos de Abraão. Esaú, quando se separou de seu irmão Jacó, fundou a cidade de Edom.

A região onde se encontra Petra foi ocupada por volta do ano 1200 a.C. pela tribo de Edom. A região sofreu numerosas incursões por parte das tribos israelitas, mas permaneceu sob domínio edomita até à anexação pelo império persa.

Durante 600 anos uma cidade encravada no deserto da Jordânia foi considerada lenda, como Atlântida ou Tróia. Apesar de antigos relatos descreverem com precisão os monumentos grandiosos esculpidos em rocha, ninguém foi capaz de localizá-la até o início do século XIX.

Situada à beira do deserto da Arábia, e escondida em meio às montanhas ao sul do mar Morto, Petra foi a capital dos nabateus, descritos pelos historiadores gregos, Estrabão (64 a.C.-19 d.C.) e Diodoro da Sicília (século 1 a.C.), como uma tribo com “cerca de 10 mil beduínos que viviam do transporte de especiarias, incenso, mirra e plantas aromáticas. Eles levavam a carga da Arábia Feliz, atuais Iêmen e Omã, até o Mediterrâneo”. Esses nômades, “desejosos de preservar sua liberdade chamando de ‘sua pátria’ ao deserto, não plantavam trigo e não construíam casas”, como nos conta Jeremias, no Velho Testamento, iriam surpreender a todos criando um império e esculpindo Petra, a sua capital. Isso aconteceu por volta de 312 a.C.

No dia 6 de Dezembro de 1985, Petra foi reconhecida como Património da Humanidade pela UNESCO e em 7 de Julho de 2007 foi considerada, uma das Novas sete maravilhas do mundo.

 

Jordânia: Relação profética com Israel

Durante o período da Grande Tribulação, os judeus que receberem Jesus como seu Messias, após o arrebatamento da Igreja, se esconderão no deserto da Jordânia (Petra):

Em Daniel 11:36-45, a Palavra nos diz que o anticristo terá pleno poder de domínio durante a Tribulação e especificamente no versículo 41, a Palavra afirma que o anticristo entrará na terra gloriosa, isto é, Israel, para perseguir o povo judeu:

"E entrará na terra gloriosa, e muitos países cairão, mas da sua mão escaparão estes: Edom e Moabe, e os chefes dos filhos de Amom."

Porém, no mesmo versículo, Deus revela algo muito importante e interessante: Edom e Moabe não serão alcançados pelo anticristo. Hoje, nesse mesmo local, está localizada a cidade de Petra. Alguns teólogos sugerem que o remanescente judeu correrá para Petra nos 3 anos e meio finais da Tribulação para escapar do anticristo. Em Daniel 12:1, Deus revela a Daniel que o arcanjo Miguel será levantado nesse local e protegerá o remanescente judeu de forma sobrenatural e não permitirá que o anticristo os destrua:

"E naquele tempo [do fim] se levantará Miguel, o grande príncipe, que se levanta a favor dos filhos do teu povo [de Daniel], e haverá um tempo de angústia, qual nunca houve, desde que houve nação até àquele tempo; mas naquele tempo livrar-se-á o teu povo, todo aquele que for achado escrito no livro."

Se assim acontecer, será um evento ímpar em toda a história da humanidade, e uma demonstração de amor sem igual de Deus por Israel.

Portanto, é tempo de orar pelo povo judeu e seu reencontro com o Messias, Jesus Cristo. Quanto mais orarmos por esse tão esperado reencontro, mais aceleraremos a Volta de Jesus.

 

Fontes pesquisadas:

wikipedia.org

fernandodannemann.recantodasletras.com.br

**Geração Maranata** Se for copiar cite a Fonte!

 

Preparativos para Construção do Terceiro Templo

Filed Under (Sinais Proféticos) by Geração Maranata on 01-11-2010

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O Monte Moriá ou Monte do Templo, onde se encontra o Domo da Rocha, é o lugar original do Templo de Jerusalém, a qual 64% dos judeus israelenses, segundo pesquisa recente, desejam ver reconstruído.

por Geração Maranata

Instituto do Templo e outros grupos de judeus ortodoxos já têm todos os 102 artigos do Templo prontos para começar a reconstrução

As profecias bíblicas referentes ao final dos tempos falam do Templo de Jerusalém como uma realidade, mas o Templo ainda não foi reconstruído. Porém, quase todos os passos que precisavam ser dados para que isso aconteça já são realidade.

1) Para o Templo ser reconstruído, seria necessário Israel voltar a existir como uma nação, o que ocorreu em 1948.

2) Seria necessário a reconquista da cidade de Jerusalém, o que também já aconteceu, em 1967.

3) Seria necessário ainda que todos os utensílios do Templo fossem restaurados. E isso já está acontecendo. Ou melhor, os utensílios já estão praticamente concluídos.

A primeira vez que o assunto reconstrução do Templo chamou a atenção da mídia mundial foi em 1989, quando a revista norte americana Time, em sua edição de 16 de Outubro de 1989, cuja matéria de cara era intitulada "Time for a New Temple? ("Tempo para um Novo Templo?"), apontava o desejo crescente entre os judeus ortodoxos em Israel de ver o Templo de pé mais uma vez. Por essa época, dava seus primeiros passos o chamado Instituto do Templo.

Erguido na Cidade Velha de Jerusalém, o Instituto do Templo tem se dedicado com afinco, durante as últimas duas décadas, aos preparativos para a reconstrução do Templo, chegando hoje praticamente ao final dessa preparação, em mais um sinal evidente da proximidade da Segunda Vinda de Jesus. Em seus pouco mais de 20 anos de existência, o Instituto já recriou o candelabro do Templo (Menorah), a um custo de 3 milhões de dólares, além de harpas, altares, recipientes para incenso e as roupas dos sacerdotes, tudo meticulosamente igual à descrição bíblica desses artigos. Ao todo, são 102 os utensílios necessários para os rituais do Templo; e hoje todos eles – isso mesmo: todos – já estão prontos. O últimmo passo será a busca de restos (cinzas, por exemplo) das novilhas vermelhas, uma espécie de novilha em extinção que, sendo um animal kosher (puro), era usado no ritual de purificação dos sacerdotes antes de adentrarem o Templo de Jerusalém, segundo o texto de Números 19.

O objetivo dos judeus ortodoxos ligados ao Instituto é clonar a novilha vermelha a partir dos restos que eventualmente possam ser encontrados para que, após a reconstrução do Templo, os sacerdotes já estejam ritualmente prontos para servir. Ou seja, até os avanços recentes na área de genética favoreceram os planos e a fé daqueles que têm se dedicado à reconstrução, e que, inclusive, já elaboraram uma lista de judeus que são provavelmente descendentes de Levi, conforme estudo meticuloso da árvore genealógica de milhares de judeus, para exercerem a função de sacerdotes. Muitos deles já estão de sobreaviso e totalmente integrados ao projeto.

O rabino Yisrael Ariel, fundador do Instituto e considerado um dos maiores especialistas no mundo em rituais do Templo de Jerusalém, afirma que a função do Instituto sempre foi e será "dedicar-se à recriação de artefatos usados no Templo não apenas como um exercício histórico, mas como uma maneira de se preparar para sua reconstrução". Algumas das últimas recriações do Instituto são surpreendentes e realçam sua dedicação. Em dezembro de 2007, por exemplo, o Instituto anunciou a conclusão da confecção do candelabro e da coroa de ouro maciço que a Bíblia diz que o sumo sacerdote levava no cumprimento dos seus deveres no Templo. De acordo com a agência de notícias israelenses Israel National News, os artistas que trabalharam na coroa e no candelabro seguiram escrupulosamente, durante mais de um ano, as instruções registradas na Bíblia hebraica e as informações sobre a coroa e o candelabro gravadas em antigas fontes históricas para chegar ao formato final nos dois artigos, que são considerados hoje absolutamene fidedignos aos originais.

Candelabro do terceiro Templo já está pronto e à mostra no Instituto do Templo

Pedra Angular do Templo

Mas, não são apenas os centenas de rabinos do Instituto do Templo que têm se dedicado aos preparativos para a reconstrução. Outros grupos judeus ortodoxos relacionados também manifestam-se nesse sentido. Em 21 de Maio de 2009, por exemplo, um grupo de judeus denominado "Movimento de Fidelidade à Terra de Israel e ao Monte Templo" (Temple Mount and Land of Israel Faithfull Movement) realizou uma passeata em Jerusalém deslocando uma pedra de quase quatro toneladas que é considerada por alguns judeus ortodoxos a pedra angular para a edificação do terceiro Templo de Jerusalém.

O dia 21 de Maio foi escolhido para a realização da passeata porque é o "Dia de Jerusalém" em Israel, data em que os judeus celebram a vitória na Guerra dos Seis Dias, quando Israel reconquistou Samaria, Judéia, Gaza, os Montes de Golan e Jerusalém. Durante a passeata com a pedra de esquina que provavelmente suportará a edificação do Templo, o grupo do "Movimento de Fidelidade à Terra de Israel e ao Monte do Templo" protestou em frente ao Consulado dos Estados Unidos por causa da política para o Oriente Médio adotada pelo atual presidente norte-americano, Barack Hussein Obama, que quer dividir a cidade de Israel, estabelecendo a capital do Estado árabe dentro de Israel. Em frente ao Consulado, a multidão bradava: "Tirem as mãos da Terra de Deus e do povo de Israel e de Jerusalém!". Ao chegar no portão de Jaffa, na cidade velha de Jerusalém, o grupo de fiéis dançou e tocou trombetas de prata declarando seu amor a Jerusalém.

O grupo dos Fiéis do Monte do Templo é liderado pelo rabino Gershon Salomon, que já afirmou em entrevista ao arqueólogo norte-americano e cristão Randall Price (autor de Arqueologia Bíblica, CPAD) nos anos 90 o que se segue: "Creio que a reconstrução do Templo é a vontade de Deus. O Domo da Rocha deve ser retirado. Devemos, como sabem, removê-lo. E hoje temos todo o equipamento para fazer isso, pedra por pedra, cuidadosamente, embalando-o e enviando-o de volta para Meca, o lugar de onde veio. (…) No dia certo – creio que em breve – essa pedra [de esquina] será colocada no Monte Templo, trabalhada e polida. Será a primeira pedra para o terceiro Templo. A pedra não está longe do Monte Templo, mas bem perto das muralhas da Cidade Velha de Jerusalém, perto da Porta de Shechem. Dessa pedra se pode ver o Monte Templo. Mas, o dia está próximo em que essa pedra estará no lugar certo. Pode ser hoje ou amanhã, mas estamos bem pertos da hora certa".

Já há alguns anos que Gershon Salomon tem incentivado rabinos a realizarem sacrifícios próximos ao Monte Moriá, isto é, o Monte do Templo. Na Páscoa de 1998, rabinos judeus realizaram um sacrifício de um animal no Muro Ocidental, que pode ter sido o primeiro sacrifício animal realizado no local do Templo desde 70d.C., quando Jerusalém foi destruída pelos exércitos romanos. Em 4 de Abril de 1999, o próprio Gershon Salomon tentou realizar um sacrifício sobre o Monte do Templo, mas foi frustrado. E em Abril de 2008, rabinos em Israel afirmaram que estão se preparando para realizar alguns sacrifícios de animais, num lugar bem próximo ao Monte do Templo. Mais de um ano depois, ainda não os fizeram, mas eles têm se mostrado insistentes na idéia de fazê-los futuramente, o que para os árabes palestinos serão considerados atos muito provocativos.

Outro grupo é o Ateret Cohanim, que fundou uma yeshiva (escola religiosa) para a educação e o treinamento dos sacerdotes do Templo. O objetivo dessa organização judaica liderada por rabinos é pesquisar os regulamentos levíticos e treiná-los para um sacerdócio futuro no terceiro Templo.

Enquanto isso, todos os dias, três vezes ao dia, judeus ortodoxos oram diante do Muro das Lamentações pedindo a Deus para que o Templo seja reconstruído. Dizem as preces, quase em uníssono: "Que a Tua vontade seja a rápida reconstrução do Templo em nossos dias….".

O rabino Chaim Richman, diretor internacional do Instituto do Templo, é apontado como o mais provável a assumir a função de sumo sacerdote logo após a reconstrução; ele também liderará o Sinédrio, cujo lista de futuros membros, preparada por rabinos, já está pronta.

 

Oposição Palestina

Adnan Husseini, conselheiro do presidente palestino Mahmoud Abbas em questões relativas a Jerusalém, critica a existência do Instituto do Templo e seu projeto, que denomina "provocação". "Se eles falam de construir o Templo, o que isso significa? Significa destruir mesquitas islâmicas. E se eles o fizerem, ganharão 1,5 milhão de inimigos. É o desejo de Deus que esse seja um local de adoração islâmico e eles devem respeitar isso", afirma Husseini.

Em resposta, os rabinos do Instituto do Templo declaram que não têm projetos nenhum de destruição das mesquitas até porque a maioria dos rabinos ortodoxos crê, à luz das profecias da Bíblia hebraica, que a reconstrução do Templo será um ato do próprio Deus, ato este que só será realizado, afirmam, "quando chegar o tempo em que o Senhor achar os judeus merecedores do Templo mais uma vez". Eles destacam ainda que os preparativos são apenas uma demonstração de fé nas profecias.

Entretanto, apesar de não haver mesmo por parte do Instituto do Templo nenhum planejamento em andamento para a destruição das mesquitas que se encontram hoje no Monte do Templo, o rabino Chaim Richman, diretor internacional do Instituto (e forte candidato a assumir a função de sumo sacerdote do Templo),  declarou em dezembro de 2007 que a tarefa do Instituto nos próximos anos será "completar o projeto arquitetônico para o terceiro Templo, incluindo as projeções dos custos e os esquemas e detalhes das partes elétricas e das canalizações", informação publicada nos jornais israelenses e que deixou os palestinos irados.

Para esquentar mais o clima, em outubro de 2009, o Comitê para a Monitoração Árabe acusou Israel de estar fazendo escavações arqueológicas por baixo do Monte Templo, o que os israelenses negam. "Essas acusações são uma perfeita mentira. Alegar que os judeus andam escavando por baixo do Monte do Templo é como dizer que o dia é noite", afirmou o rabino Shamuel Rabinovitz, responsável por cuidar do Muro das Lamentações. Seja como for, uma pesquisa recente mostrou que 64% dos judeus israelenses desejam, contanto que seja possível, ver o Templo reconstruído.

Seja verdadeira ou não a denúncia das escavações, certo é que a conclusão dos preparativos para a reconstrução demonstram que a restauração dos rituais do Templo no final dos tempos, conforme as profecias bíblicas asseveram, não está longe da sua concretização. Muito ao contrário. É uma questão de tempo. E, ao que tudo indica, muito pouco tempo.

Fonte: Mensageiro da Paz de  Dez/2009

 

Sacerdotes e Levitas

O alfaiate Aviad Jeruffi, tirando as medidas do Rabi chefe e Levita Shlomo Riskin, para uma série de vestes sacerdotais

Com um turbante na cabeça e uma túnica azul claro com filetes de prata, encontra-se um homem numa loja da velha Jerusalém ao lado de rolos de linha branca presos a máquinas de costura. Uma pintura com os sumo sacerdotes realizando um sacrifício animal ao lado do Primeiro Templo mostra a função desta sala.

As vestes sacerdotais nunca mais foram usadas depois da destruição do Segundo Templo pelos romanos no ano 70 d.C. e não podem ser funcionais até que um terceiro templo seja construído.

Os sacerdotes levitas descendiam diretamente de Arão, irmão de Moisés, e são reconhecidos como tal pelo Instituto desde que os seus avós paternos observassem a tradição. Hoje, possuem responsabilidades religiosas. Em tempos antigos, eles realizavam os deveres mais importantes dentro do templo.

Cerca de um terço dos mandamentos da Torah (a Lei) não poderão ser cumpridos sem um templo, incluindo as obrigações dos levitas.

Porém, um Terceiro Templo parece ainda um sonho volúvel com implicações assustadoras para muitos, visto que tanto um santuário, o Domo da Rocha, como a mesquita El Aksa, que é a terceira estrutura mais sagrada do Islã estão presentemente sobre o Monte do Templo.

O diretor do Instituto do Templo, o rabbi Yehuda Glick, assume contudo acreditar que os muçulmanos poderão não estar contra a construção do templo.

"Já temos alguns muçulmanos que estão secretamente em contato connosco" – assegura o rabi.

Adianta ainda o rabi que quando o templo for construído, os levitas terão de vestir as roupas apropriadas para cumprir as suas obrigações.

Cada vestimenta completa inclui um turbante, calças de túnica e cinto, e são costurados peça a peça a um custo de cerca de 2.500 shekels (aprox. 500 Euros).

Foram necessários várias anos de intensas pesquisas para criar as vestes de acordo com a Lei judaica.

Fio especial de linho foi importado da Índia e foram necessárias várias viagens ao exterior para se obter as cores corretas para as vestes, incluindo várias idas a Istambul para obter minhocas da montanha das quais se consegue obter a verdadeira cor carmesim.

O segredo da correta tonalidade azul da púrpura tinha sido perdido desde a destruição do Segundo Templo, visto que se tinha perdido a identidade do chilazon, o caracol de onde era extraído, até ter sido identificado recentemente como o murex trunculus, um molusco gastrópode produtor da púrpura encontrado perto do Mar Mediterrâneo.

"O Templo não é uma mensagem só para o povo judeu. Ele reúne o mundo inteiro à volta de uma casa central de oração. Todos os profetas dizem que no final dos tempos todas as nações virão a Jerusalém e tomarão parte na construção do Templo" – afirma Glick.

Leia mais em: shalom-israel-shalom.blogspot.com

 

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